.
Fugiu de Cuba e voltou para buscar a Família
No dia 20 de maio de 1991, decolou de solo cubano o Major Orestes Lorenzo, em um Mig-23 para mais um treinamento de rotina. Na máxima velocidade e rente ao mar (2mts) para fugir dos radares cubanos e americanos, em menos de 10 minutos atravessou os 150 km que afastam os dois países, os radares americanos apenas o detectam 45 segundos antes dele aterrizar na Base Aérea de Key West.
Após os interrogatórios de praxe Orestes solicita asilo político nos EUA. O Major Lorenzo era um dos melhores pilotos de Cuba, veterano da guerra de Angola e com inúmeras missões, tinha até sido instrutor na União Soviética.
Na sua última visita ao país já durante a Perestroika de Gorbachov, Orestes começou a questionar o regime comunista e a vida das pessoa na Rússia e em Cuba.
A sua deserção foi uma grande humilhação para o regime dos Castro, já que um veterano condecorado piloto tinha não só abandonado o paraíso comunista como também exposto na televisão americana todos os problemas da Ilha.
Assim que teve aprovado seu status de refugiado politico Orestes solicitou ao governo de Cuba a saída de sua esposa e seus dois filhos para os EUA, mas recebeu a negativa do então Comandante da Forças Armadas Raul Castro.
Orestes recorreu à Comissão de Direitos Humanos da ONU sem êxito, na Cúpula Ibero-americana de 1992 celebrada em Madri e com presença de Fidel Castro, ele se prendeu as grades do prédio em sinal de protesto, a rainha Sofia que era muito próxima do Fidel pediu para liberarem a família de Orestes sem sucesso.
Raul Castro pessoalmente falou para Victoria (esposa de Orestes) "diga para seu marido que se teve culhões para levar o avião embora, então que os tenha também para vir buscar vocês".
Orestes, então, publicou uma carta aberta à Fidel no The Wall Street Journal afirmando que se sua esposa e filhos fossem liberados ele se entregaria para ser julgado por uma corte marcial em Cuba, mas nunca teve resposta.
Sem êxito em suas tentativas de se reunir com a família por vias diplomáticas e já desesperado Lorenzo decidiu então ir pessoalmente buscar sua família.
Pegou U$ 30.000 emprestados de uma organização humanitária é comprou um velho Cessna 310 bimotor, umas amigas mexicanas turistas levaram um recado a sua esposa em Cuba dizendo hora, dia e local onde deveriam estar. Assim no dia 19 de dezembro de 1992, ás 17:00 horas, decolou de um pequeno aeroclube perto de Miami e falou “Se em 2 horas não voltar é por que estou morto”.
MIA02-ORLANDO-(EEUU)-11/03/04-El ex piloto militar cubano Orestes Lorenzo, que se fugó en 1991, de Cuba en un avión MiG-23 y que regresara un año después por su familia en una avioneta, ha rechazado cinco guiones y la película sobre su proeza. EFE/Orestes Lorenzo
Sendo piloto de MiG, ele estava intimamente familiarizado com as defesas aéreas cubanas. Como auxílio visual, Orestes desenhou marcações em um mapa. Semicírculos vermelhos marcavam os setores de SAM (mísseis superfície-ar), um corredor amarelo marcava uma área cega para o radar devido ao terreno e uma linha verde perto do paralelo 24 indicava o limite do alcance do radar cubano.
Além disso, Orestes conhecia os procedimentos de comando e controle cubanos. “Eu sabia que nenhum SAM poderia ser lançado sem a permissão pessoal de Castro. A razão para isso era que Castro não queria ser abatido por engano quando estava voando".
Mais uma vez voando rente ao mar para fugir dos radares americanos e cubanos Orestes se aproximou de uma estrada na praia de Mamey a uns 120 km de Havana, onde sua esposa e filhos o aguardavam. Com extrema perícia, pousou sua avioneta na estrada e em menos de um minuto embarcou sua família decolando novamente rente ao mar a 20 pés (5 a 6 metros) de altitude, rumo aos Estados Unidos, assim que ultrapassaram os limites cubanos ele falou para os familiares: "agora vocês são livres".
O ato de Orestes foi um escândalo midiático pois pela segunda vez tinha ridicularizado o regime castrista. Em uma entrevista coletiva, em Miami, falou "Digam para Raul Castro que lhe segui o conselho e eu mesmo fui buscar minha família”.
Atualmente, Orestes Lorenzo é um bem sucedido empresário no ramo da construção civil nos Estados Unidos e ainda voa em shows aéreos num Albatroz.
Fonte: Hideo in Japan
Nenhum comentário:
Postar um comentário