quinta-feira, 21 de março de 2024

Estados Unidos Anunciam que Israel Matou o nº 3 do Hamas

por Laura Ruiz Sancho
Estados Unidos afirmaram que o líder do Hamas, Marwan Issa, foi morto numa ofensiva israelita.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, confirmou que forças israelenses mataram Marwan Issa, o vice-comandante da ala militar do Hamas em Gaza e um dos mentores dos ataques de 7 de outubro. O presidente dos Estados Unidos afirmou que Israel tem o direito de perseguir o Hamas, os autores do pior massacre do povo judeu desde o Holocausto, disse Sullivan. Da mesma forma, indicou que Biden indicou repetidamente que a continuação das operações militares deve estar ligada a um fim estratégico claro, razão pela qual ele precisava de uma estratégia coerente e sustentável para que isso acontecesse. No entanto, o conselheiro dos EUA alertou que um plano militar não pode ter sucesso sem um plano humanitário integrado e um plano político.
Nem o Hamas nem Israel comentaram oficialmente estes relatórios. Embora, em 11 de março, o Contra-Almirante israelense Daniel Hagari tenha afirmado que aviões militares israelenses haviam atacado Issa e outro alto funcionário do Hamas em um complexo subterrâneo no centro de Gaza.
Segundo o jornal britânico The Guardian, todos os sistemas de comunicação entre os líderes do Hamas ficaram em silêncio por mais de 72 horas após o ataque, como já aconteceu em diversas ocasiões em que altos líderes do Hamas foram mortos.
A mídia israelense informou que Issa foi morto em um ataque a um complexo de túneis sob o campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza. O Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Hervi Halevi, informou que uma operação das FDI (Forças de Defesa de Israel) em conjunto com o Shin Bet permitiu a eliminação de altos funcionários clandestinos. Da mesma forma, o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, sustentou que o resto dos altos funcionários do Hamas estão escondidos na profunda rede de túneis do Hamas.
As declarações do conselheiro de Segurança Nacional dos EUA surgiram depois do presidente dos EUA, Joe Biden, ter conversado por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pela primeira vez em mais de um mês. Nessa conversa discutiram a crise humanitária na Faixa de Gaza e uma possível operação israelense na cidade de Ráfah, que Washington considera um “erro”.
Especialistas disseram que o ataque a Issa sugere que Israel está obtendo informações de uma fonte importante da organização. "Israel precisaria saber onde e quando Issa estava escondido, e que ele permaneceria lá o tempo necessário  para que o gabinete aprovasse e [o exército israelense] lançasse a operação, necessitando, ainda confirmar que não havia prisioneiros israelenses detidos nas proximidades", disse Avi Melamed, ex-funcionário da inteligência israelense e analista regional.
Marwan Issa, que tinha 58 ou 59 anos no momento da sua morte, servia desde 2012 como substituto de Mohammed Deif, o líder das Brigadas Ezedin al-Kasem, o braço militar do Hamas. Issa serviu, ainda, no Conselho Militar do Hamas e no seu gabinete político em Gaza, supervisionado por Yahya Sinwar, o oficial de mais alta patente do grupo no enclave.
Fonte: tradução livre do Boletim LISA News

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