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Decididamente o Brasil é uma Nação que não merece o povo que tem.
Um território farto em riquezas naturais, com abundância de água, a riqueza do futuro, abrigando um povo composto por uma amálgama do que deveria ser a síntese do dito "ser humano":
— a origem índia (de quem deveríamos ter herdado a simplicidade do modo de viver);
— mesclada com o branco europeu (que deveria nos legar sua cultura vinda desde os tempos helênicos, a bravura que os levou a arriscar-se nas Cruzadas — visando manter a Fé e as terras estratégicas necessárias à manutenção de seus Reinos — e, depois, a atravessarem o Atlântico em busca de novas oportunidades de riqueza e poder);
— os africanos com sua imensa esperteza que lhes possibilitou não só a sobrevivência física (os mais fracos e incapazes de se adaptar, morreram nos porões dos navios negreiros), e cultural (o sincretismo religioso burlou o cristianismo drástico, vigente à época, e acresceu importantes contribuições à culinária, artes e idioma do Brasil);
— a vinda posterior de árabes, com sua imensa capacidade de negociação, italianos e alemães, gente dedicada ao trabalho como principal atividade humana, mais tarde os japoneses especialistas na criação de novas tecnologias.
E o resultado disso tudo? Aparentemente só conseguimos incorporar o pior da herança genética desses povos citados.
A simplicidade indígena transformou-se em pura vagabundagem, onde qualquer esforço é tido como castigo divino; do europeu, nos restou a ambição e a avareza; a esperteza intelectual africana nos legou a "malandragem" de tirar proveito de tudo e de todos, o querer colher o que não plantou, o vitimismo de parecer menos que "ozôtro" para gerar piedade.
Deu no que deu. Um povo que tem por objetivo de vida o prazer, a exploração do alheio e a eterna esperança de que "alguém" (Deus, o pai, o patrão, o vizinho, as autoridades — qualquer um, menos eu) fará o que deve ser feito.
Assim, vamos, aos trancos e barrancos, sobrevivendo com os olhos voltados às tabelas dos intermináveis campeonatos de futebol, à trama da novela noturna da televisão, ao calendário na contagem de quantos dias faltam para o Carnaval — e à contagem de quantos feriados haverá neste ano.
Os dirigentes do país se sucedem sem que a população atente para quem são. O que vale é o herói, o "salvador da Pátria" do momento. Desta forma, já tivemos muitos. As decepções também, mas delas não tiramos ensinamento algum.
Para não regredirmos muito, tivemos Getúlio Vargas e sua ditadura de 15 anos, compensada pela CLT, o direito ao voto das mulheres e alguma coisa mais. Sua morte, por suicídio, acabou em choradeira generalizada e vandalismo por parte dos seus defensores mais ardorosos contra a oposição supostamente responsável por seu óbito. A queima dos estoques de café; as peripécias do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) e da (DESPS) Delegacia Especial de Segurança Política e Social e seu chefe, Filinto Muller; as negociações que nos proporcionaram a CSN; tudo foi esquecido.
Também tivemos Luis Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança.
Quem se der ao trabalho de buscar a história de vida dele, verificará que a partir de 1930 ele passou a cometer "equívocos" que terminavam por comprometer seus parceiros de aventuras. Dizem que era possuidor de inteligência acima da média. Não é o que os fatos demonstram. Sua história contém diversos fatos obscuros. Um deles foi o recebimento de 800 contos (milhões) de réis de Osvaldo Aranha para apoiar a Revolução de 1930. Ele ficou com o dinheiro mas não apoiou Vargas. Antes disso, de 1924 a 1926 teve papel secundário em uma tentativa revolucionária posteriormente batizada como "Coluna Prestes" por seus simpatizantes. Sua subordinação é comprovada.
Posteriormente, em 1934, recém chegado da extinta URSS foi aclamado presidente da comunista ANL (Aliança Nacional Libertadora). Em meados de 1935 divulgou um manifesto provocando Vargas, que tornou a ANL ilegal. Isso teria motivado a covarde Intentona Comunista de 27 Nov 35, deflagrada porque ele teria feito 'uma avaliação equivocada sobre o apoio popular à revolução', apesar dos avisos de companheiros de partido. A violenta repressão feita pela polícia de Vargas desmantelou a ANL e o PCB de então. Prestes foi preso por nove anos, mas não há notícia de que tenha sofrido maus tratos como os que foram provocados em seus companheiros comunistas, inclusive sua mulher, Olga Benário, entregue ao governo nazista da Alemanha, onde foi executada. Com o fim do Estado Novo em 1945, anistiado e solto, elege-se Senador. O radicalismo das ações dos comunistas faz com que, em 1947, o partido volte a ser proscrito e Prestes retorne à clandestinidade até 1958, quando a ordem de sua prisão foi revogada. Com a Contra Revolução de 1964, com os direitos políticos cassados, retorna à clandestinidade. Novamente, erra e permite que fossem apreendidas várias agendas onde constavam os dados necessários para incriminar as demais lideranças comunistas. Em 1971, foge de novo para a URSS de onde retorna em 1979 por ocasião da anistia decretada pelo governo. Morreu em março de 1990.
Parece um resumo biográfico de um herói? A mim parece a vida de um sujeito que soube tirar proveito da ideologia para "se dar bem"!
Nossa lista dos falsos heróis de nossa história é extensa. Não vou cansá-los e darei um salto no tempo, passando por Jânio da Silva Quadros e sua tentativa frustrada de estabelecer um governo totalitário com o apoio das Forças Armadas que não admitiam Jango; Tancredo Neves, tão político que até para morrer o fez na hora certa — antes de assumir a Presidência da República em tempos de crise que certamente abalariam sua imagem —; Leonel de Moura, aquele que iniciou a destruição do aparato de segurança legal do Rio de Janeiro; Fernando Affonso "Culhão Roxo", o caçador de marajás e seu tesoureiro, cuja fortuna amealhada ninguém sabe, ninguém viu; o Sindicalista Canalha, cujo nome e alcunha evito citar, que mesmo condenado vive tentando retornar dos infernos onde convive com outros mortos-vivos políticos, acreditando — e com ele, alguns seguidores — que ainda tem algum poder de convencimento. Também tivemos outros heróis passageiros como o Procurador Luiz Fernando, aquele que "plantava" boatos na imprensa e abria investigações com base nas publicações; o Delegado Protógenes e sua Operação Satiagraha — enterrada sem pompas por mexer com gente muuuito grande — que acabou levado aos braços do PCdoB e à decadência total ao entregar-se às praticas obscuras; o inquebrantável Joaquim Barbosa, e tantas outras "tomadas de três pinos" que nos foram, e continuam sendo enfiadas garganta abaixo pelos marqueteiros da mídia.
Por falar em Joaquim Barbosa, não podemos negar que antes dele pouco se ouvia falar — e assim, pouco se sabia sobre o Superior Tribunal Federal e seus ministros. Sua atuação atraiu os holofotes da mídia e, então, começamos a nos interessar por figuras como Gilmar Ferreira Mendes, destacado algumas vezes quando se pronunciava — nos autos e/ou fora deles — contrariando interesses dos governantes petistas. As luzes dos holofotes atraíram Marco Aurélio Mendes de Farias Mello — o urubu que se imagina pavão — que pegou gosto por disputar presença nos tele noticiários, dando uma martelada no prego e duas na ferradura. Depois deles, Enrique Ricardo Lewandowski e José Antonio Dias Tóffoli — a dupla "Tofodówski" — chegaram para se contraporem a tudo que contrariasse Lula e Dilma. O protagonismo televisivo atraiu até mesmo o até então discreto decano da corte, José Celso de Mello Filho, que se mantinha incógnito desde sua nomeação em 1989.
Quem fizer um pequeno exercício de memória, lembrará de, em alguma ocasião ter visto, escutado ou lido algum elogio à atuação dessas figuras, por sua postura ante algum caso analisado. A partir de janeiro de 2019, os citados, que ainda agem no STF, só são destacados na mídia por sua ação de oposição política contra o governo. E para isto, receberam o reforço de Alexandre de Moraes, nomeado em 2017.
Recentemente, nas eleições de 2018, vimos uma chuva de sedizentes "auxiliares do salvador da pátria". Alguns, depois de eleitos mostraram sua verdadeira face de reles aproveitadores da bonomia do povo brasileiro e do Presidente eleito, que não soube filtrar os recebedores de seu apoio pré-eleitoral. Assim, figuras como o televisivo João Agripino e o desconhecido juiz Wilson Witzel tornaram-se governadores das duas mais conhecidas Unidades da Federação, São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente. O eleitorado paulista nos brindou, ainda, com deputados como o ator Alexandre Frota, a jornalista Joyce Bejuska e o "ativista" (seja lá o que isto signifique) Kim Patroca. Destaquei esses nomes por serem pessoas claramente eleitas com a promessa de apoiarem o Presidente da República eleito nas mesmas eleições e, ao primeiro revés, colocaram-se na oposição a ele. E assim, chegamos até a um caso oposto. O da também "ativista" Sara Giromini, uma jovem em busca de fama, que aproveita as oportunidades que aparecem.
De militante feminista — fundadora da filial brasileira da organização Femen e suas manifestações de extremo mau gosto — transformou-se em figura de destaque em manifestações destrambelhadas, supostamente "de direita", a ponto de acabar presa acusada de terrorismo. Outras pessoas poderiam ser aqui citadas. A fonte é farta, mas o texto já se torna cansativo. Jornalistas dariam um texto à parte.
De tudo, nos fica a inferência de que o brasileiro em geral é um grande "desligado" das coisas que influenciam sua própria vida, atual e futura. Coisas como buscar conhecimento e uma formação profissional que lhe proporcione estabilidade futura não são consideradas pela grande maioria. Os poucos jovens que tem essa preocupação farão parte da elite dirigente do país em um futuro próximo. E sofrerão a crítica de terem sido privilegiados pela sorte, pelo poder econômico — mesmo que sejam oriundos de categorias econômicas mais baixas —, pelos pais que sustentaram seus estudos, etc. Dificilmente terão seus esforços reconhecidos.
Mas hão-de dirigir os destinos dos eternos preocupados com os resultados de jogos de futebol, contratações de jogadores, "paredões" dos inúteis "rialiti chous", votações de escolas de samba, e outros afazeres.
Quem se der ao trabalho de buscar a história de vida dele, verificará que a partir de 1930 ele passou a cometer "equívocos" que terminavam por comprometer seus parceiros de aventuras. Dizem que era possuidor de inteligência acima da média. Não é o que os fatos demonstram. Sua história contém diversos fatos obscuros. Um deles foi o recebimento de 800 contos (milhões) de réis de Osvaldo Aranha para apoiar a Revolução de 1930. Ele ficou com o dinheiro mas não apoiou Vargas. Antes disso, de 1924 a 1926 teve papel secundário em uma tentativa revolucionária posteriormente batizada como "Coluna Prestes" por seus simpatizantes. Sua subordinação é comprovada.
Prestes pede orientação ao "Sr General Miguel Costa" |
Parece um resumo biográfico de um herói? A mim parece a vida de um sujeito que soube tirar proveito da ideologia para "se dar bem"!
Nossa lista dos falsos heróis de nossa história é extensa. Não vou cansá-los e darei um salto no tempo, passando por Jânio da Silva Quadros e sua tentativa frustrada de estabelecer um governo totalitário com o apoio das Forças Armadas que não admitiam Jango; Tancredo Neves, tão político que até para morrer o fez na hora certa — antes de assumir a Presidência da República em tempos de crise que certamente abalariam sua imagem —; Leonel de Moura, aquele que iniciou a destruição do aparato de segurança legal do Rio de Janeiro; Fernando Affonso "Culhão Roxo", o caçador de marajás e seu tesoureiro, cuja fortuna amealhada ninguém sabe, ninguém viu; o Sindicalista Canalha, cujo nome e alcunha evito citar, que mesmo condenado vive tentando retornar dos infernos onde convive com outros mortos-vivos políticos, acreditando — e com ele, alguns seguidores — que ainda tem algum poder de convencimento. Também tivemos outros heróis passageiros como o Procurador Luiz Fernando, aquele que "plantava" boatos na imprensa e abria investigações com base nas publicações; o Delegado Protógenes e sua Operação Satiagraha — enterrada sem pompas por mexer com gente muuuito grande — que acabou levado aos braços do PCdoB e à decadência total ao entregar-se às praticas obscuras; o inquebrantável Joaquim Barbosa, e tantas outras "tomadas de três pinos" que nos foram, e continuam sendo enfiadas garganta abaixo pelos marqueteiros da mídia.
Por falar em Joaquim Barbosa, não podemos negar que antes dele pouco se ouvia falar — e assim, pouco se sabia sobre o Superior Tribunal Federal e seus ministros. Sua atuação atraiu os holofotes da mídia e, então, começamos a nos interessar por figuras como Gilmar Ferreira Mendes, destacado algumas vezes quando se pronunciava — nos autos e/ou fora deles — contrariando interesses dos governantes petistas. As luzes dos holofotes atraíram Marco Aurélio Mendes de Farias Mello — o urubu que se imagina pavão — que pegou gosto por disputar presença nos tele noticiários, dando uma martelada no prego e duas na ferradura. Depois deles, Enrique Ricardo Lewandowski e José Antonio Dias Tóffoli — a dupla "Tofodówski" — chegaram para se contraporem a tudo que contrariasse Lula e Dilma. O protagonismo televisivo atraiu até mesmo o até então discreto decano da corte, José Celso de Mello Filho, que se mantinha incógnito desde sua nomeação em 1989.
Quem fizer um pequeno exercício de memória, lembrará de, em alguma ocasião ter visto, escutado ou lido algum elogio à atuação dessas figuras, por sua postura ante algum caso analisado. A partir de janeiro de 2019, os citados, que ainda agem no STF, só são destacados na mídia por sua ação de oposição política contra o governo. E para isto, receberam o reforço de Alexandre de Moraes, nomeado em 2017.
Recentemente, nas eleições de 2018, vimos uma chuva de sedizentes "auxiliares do salvador da pátria". Alguns, depois de eleitos mostraram sua verdadeira face de reles aproveitadores da bonomia do povo brasileiro e do Presidente eleito, que não soube filtrar os recebedores de seu apoio pré-eleitoral. Assim, figuras como o televisivo João Agripino e o desconhecido juiz Wilson Witzel tornaram-se governadores das duas mais conhecidas Unidades da Federação, São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente. O eleitorado paulista nos brindou, ainda, com deputados como o ator Alexandre Frota, a jornalista Joyce Bejuska e o "ativista" (seja lá o que isto signifique) Kim Patroca. Destaquei esses nomes por serem pessoas claramente eleitas com a promessa de apoiarem o Presidente da República eleito nas mesmas eleições e, ao primeiro revés, colocaram-se na oposição a ele. E assim, chegamos até a um caso oposto. O da também "ativista" Sara Giromini, uma jovem em busca de fama, que aproveita as oportunidades que aparecem.
De militante feminista — fundadora da filial brasileira da organização Femen e suas manifestações de extremo mau gosto — transformou-se em figura de destaque em manifestações destrambelhadas, supostamente "de direita", a ponto de acabar presa acusada de terrorismo. Outras pessoas poderiam ser aqui citadas. A fonte é farta, mas o texto já se torna cansativo. Jornalistas dariam um texto à parte.
De tudo, nos fica a inferência de que o brasileiro em geral é um grande "desligado" das coisas que influenciam sua própria vida, atual e futura. Coisas como buscar conhecimento e uma formação profissional que lhe proporcione estabilidade futura não são consideradas pela grande maioria. Os poucos jovens que tem essa preocupação farão parte da elite dirigente do país em um futuro próximo. E sofrerão a crítica de terem sido privilegiados pela sorte, pelo poder econômico — mesmo que sejam oriundos de categorias econômicas mais baixas —, pelos pais que sustentaram seus estudos, etc. Dificilmente terão seus esforços reconhecidos.
Mas hão-de dirigir os destinos dos eternos preocupados com os resultados de jogos de futebol, contratações de jogadores, "paredões" dos inúteis "rialiti chous", votações de escolas de samba, e outros afazeres.
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