.
O choque entre grupos inseridos no desarme e as dissidências revelam problemas graves: o atraso na concentração de Frentes prejudica, o cessar fogo é violado e a droga atrai mais desertores.
Enquanto que em San Vicente de Caguán, Caquetá, eram recolhidas provas para esclarecer os detalhes de um combate entre um grupo protegido pelo processo de abandono de armas pelas FARC e uma facção dissidente, o Ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, confirmava a apreensão de meia tonelada de cocaína em Tumaco, Nariño, de um outro grupo que se declarou fora dos acordos. Deve ser salientado que as FARC eram carcomidas há tempos por um câncer bem conhecido: o narcotráfico.
Da descrição derivam duas situações concretas: essa guerrilha, ainda que tenha interesse em reinserir-se à vida civil, ainda dá tiros. E seus desertores começam a montar uma nova ameaça, tanto para a segurança do país, como para o próprio processo de paz.
São noticiadas mais dissidências em Guaviare, Meta, Vichada, Guainía, Chocó e Antioquía, em áreas específicas permeadas pelos cultivos ilícitos e a economia mafiosa das drogas, onde abundam corrupção, violência, recrutamentos, justiça pelas próprias mãos, armas e desterrados, entre outros fenômenos.
Analistas consultados por este diário contemplam em seus cenários e hipóteses que os desertores do processo chegariam até 40% dos efetivos da guerrilha. Ou seja, de oito mil homens em armas, cerca de três mil "ex guerrilheiros das FARC" poderiam buscar outras estruturas criminais existentes, ou formar novas.
Nos últimos trinta anos, desde 1987 até hoje, entre o romantismo revolucionário, a pretendida austeridade marxista e a disciplina militar por um lado; e por outro a ambição de financiar e crescer um exército - com "impostos" ao circuito de produção cocaleira - parece que no jogo dentro da subversão ganharam grande força os vícios da ilegalidade e do lumpemproletariado. Por isso, os especialistas temem que se tratará de uma dissidência "muito mais degradada, interessada unicamente" em atividades próprias das economias ilegais.
E advertem que, na prática, quanto mais se atrase o cronograma de instalação e funcionamento das zonas de concentração veredais, com seus dispositivos de verificação internacional e de segurança estatal, se amplia o risco de que mais guerrilheiros em trânsito à civilidade desistam e se somem aos aparatos armados do narcotráfico e, inclusive, à delinquência comum, rural e urbana.
Nessa perspectiva, são requeridos a estratégia e o tratamento concebidos para as dissidências das FARC - que devem ser de duro combate militar-policial e ação jurídico-punitiva - e o controle estrito das Frentes pre-agrupadas, para que cumpram o cessar fogo definitivo.
Há um mal estar cidadão compreensível e críticas argumentadas dos opositores, porque no Acordo Final se consignou que as FARC não executariam "atos de violência ou qualquer ameaça que ponha em risco a vida e integridade pessoal" da população civil.
O tiroteio na localidade Noiva Celestial, em Caguán, alerta para que os vigilantes da força pública e os observadores da ONU cumpram seu papel, tanto em impedir ataques armados, como em apontar responsáveis.
Concordamos com o comunicado das Forças Militares: ainda que fosse em resposta à hostilidade de uma esquadra dissidente, as FARC violaram o que foi pactuado ao disparar outra vez. A perseguição dos delinquentes e a luta contra grupos ilegais são obrigação e tarefa exclusiva do Estado, mediante sua Força Pública. As FARC o sabem e devem acata-lo sem reparos ou desculpas.
São noticiadas mais dissidências em Guaviare, Meta, Vichada, Guainía, Chocó e Antioquía, em áreas específicas permeadas pelos cultivos ilícitos e a economia mafiosa das drogas, onde abundam corrupção, violência, recrutamentos, justiça pelas próprias mãos, armas e desterrados, entre outros fenômenos.
Analistas consultados por este diário contemplam em seus cenários e hipóteses que os desertores do processo chegariam até 40% dos efetivos da guerrilha. Ou seja, de oito mil homens em armas, cerca de três mil "ex guerrilheiros das FARC" poderiam buscar outras estruturas criminais existentes, ou formar novas.
Nos últimos trinta anos, desde 1987 até hoje, entre o romantismo revolucionário, a pretendida austeridade marxista e a disciplina militar por um lado; e por outro a ambição de financiar e crescer um exército - com "impostos" ao circuito de produção cocaleira - parece que no jogo dentro da subversão ganharam grande força os vícios da ilegalidade e do lumpemproletariado. Por isso, os especialistas temem que se tratará de uma dissidência "muito mais degradada, interessada unicamente" em atividades próprias das economias ilegais.
E advertem que, na prática, quanto mais se atrase o cronograma de instalação e funcionamento das zonas de concentração veredais, com seus dispositivos de verificação internacional e de segurança estatal, se amplia o risco de que mais guerrilheiros em trânsito à civilidade desistam e se somem aos aparatos armados do narcotráfico e, inclusive, à delinquência comum, rural e urbana.
Nessa perspectiva, são requeridos a estratégia e o tratamento concebidos para as dissidências das FARC - que devem ser de duro combate militar-policial e ação jurídico-punitiva - e o controle estrito das Frentes pre-agrupadas, para que cumpram o cessar fogo definitivo.
Há um mal estar cidadão compreensível e críticas argumentadas dos opositores, porque no Acordo Final se consignou que as FARC não executariam "atos de violência ou qualquer ameaça que ponha em risco a vida e integridade pessoal" da população civil.
O tiroteio na localidade Noiva Celestial, em Caguán, alerta para que os vigilantes da força pública e os observadores da ONU cumpram seu papel, tanto em impedir ataques armados, como em apontar responsáveis.
Concordamos com o comunicado das Forças Militares: ainda que fosse em resposta à hostilidade de uma esquadra dissidente, as FARC violaram o que foi pactuado ao disparar outra vez. A perseguição dos delinquentes e a luta contra grupos ilegais são obrigação e tarefa exclusiva do Estado, mediante sua Força Pública. As FARC o sabem e devem acata-lo sem reparos ou desculpas.
COMENTO: ainda estou almejando pelo sucesso desse tal "pacto de paz" enfiado goela abaixo da população colombiana - igual ao plebiscito do desarmamento brasileiro, imposto de forma oposta ao que foi decidido na votação - pelo seu presidente Juan Santos. Aos desatentos, houve um escrutinio sobre o tal tratado de paz, que foi rejeitado pelos votantes, mas foi "aprovado", posteriormente, pelo Congresso colombiano. Como era de se esperar, os narcoguerrilheiros usaram a "boa vontade" demonstrada pelo dirigente colombiano para tentar fazer lá o que os canalhas da "luta armada" brasileira fizeram: inserir-se na sociedade, difundir a imagem de bons cidadãos e assumir o poder com a complacência da população, além de se locupletarem às custas das burras e se vingarem de seus vencedores, transformando-os em delinquentes via Comissão da Calúnia. Essa intenção dos narcobandoleiros já foi demonstrada aqui, aqui, e aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atravanca um palpite aqui: