por Javier Alexander Macías
A chamada “democratização” dos meios de comunicação, é um tema de preocupação e discussão na Sociedade Interamericana de Prensa (SIP) que afirma que, se implementada, correr-se-ia o risco de chegar a um ponto sem retorno: a censura e o controle da informação a divulgar que poderiam ser impostos pela guerrilha das FARC.
Claudio Paolillo, presidente da Comissão de Liberdade de Prensa da SIP, assim fez saber na 71ª Assembléia Geral da entidade: “sabemos que o que buscam é controlar o fluxo informativo e impor a censura”, disse.
Em seu argumento, a SIP insiste em destacar que a liberdade de imprensa é inalienável e em nenhum momento se pode violar os direitos de acesso à informação.
.
Em seu argumento, a SIP insiste em destacar que a liberdade de imprensa é inalienável e em nenhum momento se pode violar os direitos de acesso à informação.
.
Deve haver prudência
O tema a que se refere a SIP é um assunto com o qual se deve ter especial cuidado por varias razões, expressam alguns analistas do conflito armado.
Em primeiro lugar — destacam — a “democratização” dos meios de comunicação é um tema que faz parte da agenda de negociação no ponto "Participação Política" e, dessa forma, ainda é discutível.
O professor de Ciência Política da Universidade Nacional, Alejo Vargas, joga luz sobre o tema ao referenciar que é uma proposta — apresentada em 2013 — na construção do acordo e seria uma referência para evitar que a oferta da comunicação seja manipulada apresentando um só lado das informações.
“Não concordo que democratizar os meios seja negativo. Os meios não devem estar em poucas mãos, isso não tem nada de positivo nem de democrático pois, nas sociedades modernas o que se busca é a multiplicidade de meios”, indica Vargas.
Na discussão, Juan Carlos Ortega, analista do conflito armado, faz um chamado à prudencia e expõe duas razões: a primeira, por que a SIP volta a um ponto da agenda que inclusive já está acordado; e o segundo, deve haver precaução para entender o que propõem as FARC como democratização dos meios e o que está interpretando a SIP.
“Tenho entendido, e segundo o acordo, uma das coisas que solicitam as FARC é que se incentivem os meios alternativos e haja subsídio estatal a outras formas de comunicação para forças políticas opositoras ou organizações sociais e populares”, diz.
Ante as duvidas geradas desde que as FARC anunciaram a intenção de “democratização” dos meios, na Assembleia da SIP, o diretor do periódico El Tiempo, Roberto Pombo, instou a estar vigilantes sobre o alcance da proposta. “Quero anotar o fato de que na negociação de paz entre as FARC e o governo, já se ouviu os guerrilheiros falarem sobre ‘democratização dos meios de comunicação’. Este tema não fez parte dos acordos, assim, considero importante que a SIP esteja vigilante sobre o que possa ocorrer”.
.
Futuro dos meios
Que as FARC cheguem a manipular os meios de comunicação, e nessa medida, a informação, é uma ideia que a jornalista María Jimena Duzán qualifica como “absurda”.
A periodista insiste em que não entende como, ou melhor, de onde a SIP tira esta conclusão, pois o que se conhece até agora é uma proposta — tornada pública pela guerrilha em 2013 — e que ela não sataniza, porque há que estudar o mencionado pelos negociadores do grupo guerrilheiro.
“Estamos em mora de ver o que ocorrerá com os meios de comunicação regionais, locais; não os que são privados, porque estes assim continuarão sendo, mas as emissoras comunitárias e outros meios, que hoje são presas de políticos. Não entendo à SIP porque esta é uma proposta das FARC e podemos discutir com eles a sua percepção dos meios que obviamente é diferente”, diz Duzán.
A periodista agrega que não se deve cair no jogo de pensar que se vai entregar os meios de comunicação às FARC, ou que se entregará o país, ou comparar com o que sucede na Venezuela.
O debate sobre a proposta das FARC de democratizar a informação segue aberto. Para a SIP, é uma forma de buscar a manipulação da informação, para analistas, uma dívida que o país tem com os meios de comunicação relegados ao esquecimento.
.
O Que Diz a Proposta das FARC
Ivan Marques, atual chefe das FARC - FOTO REUTERS |
.
Concluindo
A SIP expressou sua preocupação pela proposta das FARC de “democratizar” os meios de comunicação. Na Colômbia, especialistas dizem que os meios devem ter outras oportunidades.
Fonte: tradução livre de El Colombiano
COMENTO: obviamente, a busca de um acordo de paz na Colômbia é assunto a ser decidido pelos colombianos, mas as "exigências" dos narco-bandoleiros para a concretização desse acordo — apoiadas pelos "analistas" e "especialistas" destacados pela imprensa — expõem a organização centralizada das decisões do Foro de São Paulo, e o fiel cumprimento de suas ordens pelos seus integrantes. Mesmo assim, há alguns ingênuos ou mal intencionados que duvidam da capacidade organizativa dessa criação de Fidel, Lula e Hugo Chavez (que o capiroto o tenha). Acaso essa "reivindicação" dos narco terroristas colombianos não é a mesma que os patifes travestidos de brasileiros tentam enfiar goela abaixo da sociedade daqui? Juntemos isto com outras "propostas": anistia com um processo judiciário "transicional" — que como vimos, logo se transforma em anistia unilateral; seguida por indenizações e recompensas para que os guerrilheiros sejam "reinseridos" na sociedade. A procura por "desaparecidos" é outra artimanha para render propaganda (negativa para as Forças de Segurança colombianas, certamente) e recursos financeiros (indenizações) para os narco-bandoleiros. Agora, já querem o "controle social" da mídia, a fim de que possam reescrever sua história e manterem o proselitismo de sua ideologia. Somente os muito alienados e os comparsas desses patifes se recusam a ver que esse sistema idiota está falido e falindo todos os lugares onde se instalou. Dessa forma, eles tem a necessidade de agir com urgência, conquistando espaços e, principalmente, recursos, pois ninguém é mais ávido por verbas alheias do que um comunista. Temos nossos próprios exemplos e mais recentemente, já vimos o discurso de Castro II o imperador cubano, querendo "indenização" dos EUA pelos anos de bloqueio econômico. Como se a bosta da ilha comunista improdutiva não negociasse sua miséria recebendo donativos - não se pode dizer que comercializa alguma coisa - de diversas nações, inclusive a nossa, sob a capa de "ajuda humanitária". Vergonha na cara parece ser, para eles, só mais uma manifestação burguesa-capitalista.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atravanca um palpite aqui: