segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Direito à Memória Verdadeira

por Roberto Maciel
Rui Patterson, que escreveu o artigo intitulado 2014, o Ano que já Começou, é advogado, penso que um bom advogado e um homem aparentemente preocupado com a legalidade e os direitos humanos.
O texto dele é incisivo, mas esconde, mais do que revela, o passado, inclusive o seu. E quem esconde o passado, camarada, tem culpa no cartório!
Rui, um senhor de ralos cabelos brancos, deve ser um vovô bondoso. Mas Rui foi um terrorista, pegou em armas e foi detido pela ditadura. Não vamos inverter, ele não pegou em armas contra a ditadura, a ditadura é que teve que detê-lo na criminosa senda armada em que se aventurou.
Dilma não é uma guerreira assumida, é terrorista, Rui, sem eufemismos. Entre os "desaparecidos", seria bom contabilizar o milhão de dólares do cofre do Adhemar de Barros e o jovem Kosel Filho, pulverizado por uma bomba, ação planejada por Vanda.
Quem é Vanda, Rui? E que fez você para mourejar numa prisão e de lá sair sem um arranhão? O passado vai ser reescrito Rui, e vai-se chegar cada vez mais próximo da verdade.
E biografias não autorizadas começarão a surgir, não adianta o que se escreva nos dias atuais.
Roberto Maciel é General de Divisão, na reserva.
Fonte:  Alerta Total
COMENTO: não reproduzi o texto de Rui Patterson por não concordar com o escrito. Mas me reservo o direito de fazer um alerta aos jovens que forem estudar o mesmo, nos mesmos termos em que tentei, sem sucesso, comentá-lo no blog em que foi publicado: ao lê-lo com atenção, verificamos que a adjetivação utilizada nos dá uma boa mostra dos objetivos do autor. 
O texto distribuído pela Secretaria de Educação baiana é "valioso e único material valioso sobre o período" — livros como "Combate nas Trevas" de Jacob Gorender ou "A Verdade Sufocada" de Carlos Alberto Ustra, ou mesmo o recente "ORVIL" não existem para o autor —; Universidades e sindicatos são "santuários de democracia e representação popular"; o período de 21 anos (1964/85) é um "longo período de arbítrio", deixando de ser consideradas todas as boas realizações — não as citarei por serem de fácil identificação pela internet, mas peço que procurem lembrar alguma grande realização governamental "pós-ditadura", ou seja depois de 1985. 
O AI-5 que durou dez anos efetivamente tem sua face cruel se o examinarmos fora do contexto daquela época, mas nos dias de hoje seus artigos 8º e 10º (pesquisem, não acreditem no que é "falado") em muito auxiliariam o combate à corrupção que atualmente aflige o país. 
o período de 28 anos de 1985 a 2013 não é citado como sob vigência de uma democracia decepcionante (são citadas a inflação do governo Sarney, as maracutaias de Collor, a "juventude colorida de caras pintadas" — omitindo a participação de PT e PCdoB na liderança das entidades promotoras das "manifestações populares" —, FHC, "doutor-sociólogo, de colarinho branco" -?-). 
Por fim, Luis Inácio, "sertanejo e operário, a partir da criação de verdadeiro trabalhismo, enfrentou a elite ..." (sertanejo que com 14 anos de idade já manuseava torno mecânico onde acidentou-se perdendo o dedo mínimo? Operário que 12 anos após o acidente citado já participava da diretoria do sindicato ficando à disposição deste? e o que seria o "verdadeiro trabalhismo"?); ele se elege "incluindo cerca de 40 milhões de pessoas à sociedade de consumo" (sociedade de consumo simbólica do capitalismo tão criticado, em que essa parcela da população é inserida graças a auxílios financeiros que não permitem sua emancipação financeira nem proporcionam condições de escapar da dependência governamental com recursos retirados dos impostos extorquidos da "burguesia", também tão criticada). 
No esforço de evitar duas grandes injustiças do texto, temos o dever de apontar a omissão em citar o papel da Dona Rose, aquela, compensando com amor e dedicação as agruras que a oposição (existe isso?) impunha ao Grande Cachaceiro, ops, Timoneiro; e ao não referenciar o desempenho desse herói macunaímico como araponga (nesse caso o termo é aceitável) do DOPS paulista. 
Os louvores a Luis Inácio — em contraste com a depreciação a tudo o que lhe antecedeu — tem continuidade com Dilma, "mulher e guerreira assumida ... [que] demite ministros e outros tantos" e enfrenta "tempos de severa recessão". Será essa Dilma a mesma que faliu uma lojinha de "1,99" que lhe pertencia, fazendo o mesmo com as finanças municipais de Porto Alegre na época em que foi Secretária de Administração? 
E os "ministros e outros tantos" demitidos serão os mesmos que o Diário Oficial publica terem sido "exonerados a pedido" (possibilitando seu posterior retorno a outros cargos públicos "de confiança")? E, para encerrar, temos que a "severa recessão causada pela banca internacional atingindo todos os países" tem afetado perversamente o Brasil com maior contundência pois fechamos a fila dos países "em desenvolvimento" (nova denominação do "país do futuro", aquele que nunca chega). 
Temo pelos estudantes que recebem os ensinamentos proporcionados por esses "sobreviventes [que] continuamos fazendo história, marcando presença no “chão da escola” da educação básica".

2 comentários:

Anônimo disse...

Mas que merda este teu blog.

Uma grande confusão, não diz coisa com coisa.

Vais muito mal dessa maneira.

Bate continência miliquinho.

GM Ferraz disse...

Poizé, meu leitor Anônimo. Fico grato por tua participação. Até aceito que qualifiques o blog como "merda", mas não entendi o motivo de afirmares que aqui não se diz "coisa com coisa". O que não deves ter compreendido é que houve uma referência a um texto do tal Rui Patterson (se quiseres ler o texto, é só clicar no título dele, está sublinhado indicando ser um enlace para ele). Como dizia, o General fez uma crítica ao texto do Rui e, na sequencia, eu ratifiquei (reforcei) o comentário, citando partes do texto criticado e expondo minha opinião sobre tais partes criticadas. Espero que agora compreendas o motivo por que te pareceu não se dizer "coisa com coisa". Por fim, eu já não sou um "miliquinho". Sou um profissional que entregou 37 anos de sua vida ao Exército Brasileiro e se tivesse possibilidade, o faria de novo. Quanto a fazer continência, esse é um ato que muito me orgulha, com a ressalva que já posso escolher quem tem direito ao mesmo. E não vejo no rol das atuais "otoridades" ninguém que o mereça. Bom Fim de ano!