quinta-feira, 23 de maio de 2013

Arma-se o Golpe Contra as Condenações do Mensalão

O blog VideVersus publicou mensagem do advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa em que este comunicou a renúncia à defesa de Roberto Jefferson no processo do Mensalão, enviada ao Supremo Tribunal Federal com detalhada explicação quanto ao "motivo imperioso" para o fato. 
"Todos quantos conhecem Luiz Francisco Correa Barbosa não têm a mais mínima (sic) dúvida a respeito de sua capacidade, de sua hombridade, de sua retidão, de sua capacidade. Já não se pode dizer o mesmo do ex-cliente. Pelos fatos conhecidos, e já avaliados, ele fez também de sua condenação, e da fuga do cumprimento de pena, uma moeda de troca. Todos os indicativos são de que ele negociou com o PT, com Tarso Genro, intermediado pelo dono regional do PTB, Sérgio Zambiasi, com Lula e Dilma, o indulto presidencial para não ir para a cadeia. E, de rebarba, ainda acertou o apoio do PTB à reeleição de Dilma Rousseff. Assim se vê onde foram parar os dois partidos brasileiros que se arrogam defensores dos trabalhadores."
Em resumo, o advogado conhecido no Rio Grande do Sul como "Barbosinha" sentiu-se desautorizado pelo seu cliente que difundiu nota recriminando-o por ter citado Luiz Inácio, aquele, como participante do enredo motivador do processo.
Seguem três notas do jornalista Políbio Braga explicando melhor a patifaria que Barbosinha evitou se envolver. Os textos originais podem ser conferidos por meio dos enlaces nos títulos.

Em momento nenhum o advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa moveu uma só letra do teclado do seu computador sem que o ex-deputado Roberto Jefferson soubesse o que fazia.
Corrêa Barbosa é um homem e um profissional extremamente ético, sobretudo no trato com seus clientes, entre os quais está o editor, que nos últimos anos acompanhou-o em dezenas de audiências, sempre como réu, e sempre em ações movidas por líderes petistas, seus aliados e seus áulicos.
O ex-deputado do PTB alega desconhecer o que sabia porque movem-lhe outros interesses do momento  e do futuro.

Nesta quarta-feira (22/5), o jornalista Vitor Vieira, que edita o blog VideVersus, e que nesta área é mais do que bem informado, revelou que as boas relações com os governos do PT no RS e em Brasília, facilitaram o contato de Sérgio Zambiasi com Tarso Genro, em Porto Alegre, destinado a encaminhar o pedido de indulto presidencial a Roberto Jefferson, para Lula levá-lo até Dilma Roussef. Em troca, Roberto Jefferson livrou Lula dos seus processos com o testemunho de que o petista nada teve a ver com o Mensalão do PT. Zambiasi e Roberto Jefferson são dirigentes nacionais do PTB e conviveram intimamente durante todo o episódio do Mensalão.
Roberto Jefferson veio a Porto Alegre de jatinho para conversar com Zambiasi. Depois disso e do acordo, desautorizou seu advogado, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que pediu no STF a inclusão de Lula no processo do Mensalão.

Zambiasi volta em grande estilo (?) à cena política e eleitoral. Ele é cotado para vice de Tarso, pelo PTB, caso ninguém mais tope o encargo. 
O ex-senador Sérgio Zambiasi, que é um dos nomes com os quais a RBS (Zambiasi é empregado da rádio Farroupilha, da RBS) conta para ocupar a primeira cena política do RS nas eleições do ano que vem. Ele é cada dia mais ativo no apoio ao governo Tarso Genro, PT, do qual faz parte o seu Partido, o PTB, mas também transita bem no governo federal de Dilma, integrado igualmente pelo PTB (o PTB também integra o governo municipal de José Fortunati). 
Sérgio Zambiasi é uma espécie "zumbi" do governador do Rio Grande do Sul, desde que seu suplente de senador, Claudio Manfrói, foi investigado e grampeado na Operação Rodin, e ele mesmo, Zambiasi, foi investigado e grampeado na Operação Solidária, embora sendo senador, tudo comandada pelo então ministro da Justiça, o petista Tarso Genro. Na época, além de Manfrói e o próprio Zambiasi, também seu amigo, empresário Sérgio Piccinini, de Canoas, foi investigado pela Polícia Federal, tendo invadida sua casa, seus escritórios, e sido preso ao lado da mulher e das duas filhas médicas.
COMENTO:  delineia-se, assim, a solução da quadrilha para livrar os seus patifes do cumprimento da pena que devem à sociedade brasileira. Confirmado o pedido do Canalha-Mor à sua preposta e sendo este aceito  o que não se pode duvidar —, está aberto o caminho para a extensão do "indulto" aos demais "cumpanhêrus" condenados pelo STF. A respeito de Zambiazi, espero que os gaúchos já tenham refletido sobre a cagada que fizeram ao permitir a eleição de Tarso Fernando ao governo do Estado e não se deixem enganar mais uma vez pelo "radialista do povo". Quanto ao suposto indulto coletivo, faço votos de que a parte sadia da sociedade, ainda que minoria, se manifeste e não permita mais esse deboche escrachado contra o que resta de honra e seriedade "neçepaíz"!
ATUALIZAÇÃO — 23 Mai 2013:
Capítulo final — Chegou ao fim o suspense em torno do nome do substituto do ministro Carlos Ayres Britto, já aposentado, no Supremo Tribunal Federal. O indicado é o advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso, que nos últimos apareceu em diversas listas de candidatos a uma vaga da máxima instância da Justiça brasileira.
Vencida a enxurrada de especulações, a presidente Dilma Rousseff confirmou o nome de Barroso após reunião, nesta quinta-feira (23), com o ministro da Justiça, o petista José Eduardo Cardozo, que logo mais fará o anúncio oficial.
A cadeira de Ayres Britto estava vacante há aproximadamente seis meses, um dos mais longos hiatos da história recente do STF. Apenas a nomeação do ministro Luiz Fux, em março de 2011, consumiu mais tempo. À época, o então presidente Luiz Inácio preferiu deixar para sua sucessora, a neopetista Dilma, a escolha do nome do substituto do ministro Eros Grau, aposentado em agosto de 2010.
Com participações destacadas em julgamentos do STF, como o das células-tronco e do terrorista Cesare Battisti, Luís Roberto Barroso é próximo a integrantes da cúpula do PT, começando por José Dirceu, e do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Não causará surpresa se o caso do Mensalão do PT sofrer uma reviravolta. 
Fonte: Ucho.Info

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