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A Câmara dos Deputados aprovou um projeto aumentando os salários de parte de servidores de nível médio da Casa. A proposta sobe as quatro menores faixas salariais de técnico legislativo. O reajuste será de 49,4%.
Os salários dos quatro menores níveis variam de R$ 6.697,68 a R$ 7.129,51, com as gratificações, e subirão para a faixa salarial de R$ 10.007,11 a R$ 11.170,92, também consideradas as gratificações. O projeto vai beneficiar 350 servidores entre assistentes administrativos, paramédicos e agentes de polícia legislativa, segundo informações da assessoria de imprensa da Câmara. O impacto na folha de pagamento não foi informado.
Os recursos são do Orçamento da Casa. O projeto de resolução foi aprovado rapidamente por votação simbólica e já foi promulgado. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que assina o projeto, argumentou que o servidor de mesmo nível do Executivo, do Ministério Público, do Senado e do Tribunal de Contas da União (TCU) inicia a carreira em padrões mais elevados, o que tem provocado desistência de funcionários aprovados em concurso para a Câmara.
"Tal situação tem gerado prejuízos para a Câmara dos Deputados. Dos 120 servidores nomeados inicialmente no último concurso de Assistente Administrativo, apenas 89 estão em exercício, tendo em vista o elevado número de desistências, fato este que vem ensejando a nomeação de outros aprovados", Maia justificou no projeto.
Fonte: Zero Hora - 21 Nov 12
COMENTO: o pequeno número de funcionários beneficiados pelo reajuste não pode servir como argumento para o mesmo. Se usarmos as técnicas impressionáveis da Estatística, temos que os 20% melhor classificados no concurso para a Câmara desistiram de sua nomeação. Na realidade, temos que 31 candidatos a cargos públicos podem ter encontrado melhor opção de trabalho. O único investimento público que esses 31 tiveram, teoricamente, foi sua possível formação em escolas públicas. E isso preocupa o presidente da Câmara dos Deputados. No corrente ano, mais de 200 Oficiais de Carreira das Forças Armadas pediram exoneração. A maioria Tenentes e Capitães, mas até Major do EB já trocou a carreira das armas por outro cargo público. Calcule-se o investimento público na formação desses Oficiais nas Academias, seus Cursos de Especialização e/ou Extensão e de Aperfeiçoamento, e teremos verbas públicas sendo desperdiçadas pela inépcia de governantes insensíveis. É explicável a preocupação do deputado Marco Maia, mas é simbólico o reajuste de 49% aprovados rapidamente para alguns, enquanto outros terão três parcelas de 9% anuais. É injustificável o descaso do Ministro da Defesa, e dos Comandantes das três Forças que não o pressionam em defesa de seus subordinados.
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