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Notícias na imprensa europeia — e árabe — relatam que comandantes rebeldes da Líbia, que estão assumindo o poder no país, têm relação com a Al-Qaeda. É o que o ditador Muammar Kadaffi disse, desde o começo do bombardeio da OTAN em março.
Os países membros dessa força militar gastando bilhões para matar Kadaffi com mísseis aeronavais e agora anunciando a liberação bilhões confiscados do seu regime em vários países, para cair na mão da Al-Qaeda. Pano pra manga.
Entre os mais famosos membros da Al-Qaeda no comando dos rebeldes líbios figura nos jornais Abdelhakim Belhaj, um dos chefes militares dos rebeldes e hoje governador de fato de Trípoli.
Ele foi foi um jihadista. Foi preso pelo serviço secreto americano, há sete anos, por suas atividades terroristas. Na CIA é conhecido como Abou Abdallah al-Sadek, que antes dos ataques de 11 de setembro liderava o Grupo Islamista Combatente Líbio (GICL), que tinha dois campos de treinamento no Afeganistão do Taleban.
O jornal francês Libération, de esquerda, reporta que a inteligência da França atesta que o rebelde foi detido pela CIA, em 2003, na Ásia, e enviado para uma das prisões secretas mantidas pelos EUA na guerra ao terror. Depois, quando Kadafi renunciou ao terrorismo, a CIA entregou Belhaj ao regime líbio, que o manteve preso. Tempo depois, a ditadura na Líbia confirmou que ele e outros jihadistas teriam desistido da guerra santa. E em 2010, Saif al-Islam, filho do coronel Kadaffi, mandou libertá-lo.
Artigo no jornal francês La Croix, questiona se essa renúncia à jihad de fato ocorreu. O autor afirma que foram encontrados líbios do GICL em todas as células da Al-Qaeda. E também o rei saudita, Abdullah bin Abdelaziz al-Saud, num encontro com o presidente do Senegal, Abdoulayé Wade, disse que “Precisamos ter muito cuidado com o Conselho Nacional de Transição da Líbia, ele está infiltrado pela Al-Qaeda."
Quem diria, caças-bombardeiros da OTAN, autorizados pela ONU a jogar bombas na Líbia, dizendo "proteger os civis" do regime de Kadaffi, enquanto os rebeldes apoiados por sua artilharia aeronaval combateram em terra liderados por comandantes da Al-Qaeda. Se for verdade, EUA, França, Inglaterra, Itália, Canadá e outros países ocidentais vão se arrepender de cada tostão que pagaram para a OTAN tentar matar Kadaffi com mísseis. Ainda não conseguiram e o país segue no rumo de implantar tribunais da Al-Qaeda, como os da foto.
Fonte: Trem Azul
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