segunda-feira, 8 de março de 2010

Gasparetto Deve Explicações Das Inconfidências Sobre Eliseu Santos

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Nem um só político, jornalista ou policia, cobrou explicações do delegado Ildo Gasparetto, superintendente da Polícia Federal, que liberou trecho da conversa informal que teve com o ex-secretário Eliseu Santos, um dia antes do seu assassinato.
É que Gasparetto informou que Eliseu Santos confessou-lhe ter cometido um assassinato, mantido até hoje em segredo sepulcral.
Atacado pela RBS, PT e PSOL como homem violento e semeador de tempestades, o morto surgiu como um ente diabólico, capaz de tudo, portanto também das maracutaias que o Eixo do Mal passou a lhe atribuir desde sábado. A inconfidência de Ildo Gasparetto reforçou a tese, robustecendo as suspeitas.
Acontece que não era verdade.
O homem "assassinado" por Eliseu Santos apareceu lépido e fagueiro alguns dias depois e concedeu entrevista. O caso ocorreu há 25 anos em Viamão. O homem foi baleado na perna em função de um acidente de trânsito com briga. O ex-secretário foi absolvido em juízo, porque provou legítima defesa.
O linchamento moral tentado pelo Eixo do Mal contra um homem morto, no caso o ex-secretário Eliseu Santos, é inédito na história política do RS.
As malfeitorias locais praticadas contra os adversários do PT e do PSOL no RS, assumiram caráter bolivariano.
Fonte: Políbio Braga
COMENTO: costumo dizer que a Polícia Federal e as polícias estaduais em geral, funcionavam muito bem até o momento em que os delegados descobriram as câmeras televisivas. E gostaram. Passaram a buscar os seus "quinze minutos de fama" prometidos por Andy Warhol, ou expandi-los até alçar um posto político amparado por sua exposição midiática. Estivessem cumprindo seus deveres (investigando, revendo os inquéritos pelos quais são responsáveis, analisando dados, ouvindo depoimentos, etc) para os quais são muito bem pagos - apesar de estarem em permanente campanha por reposição salarial - não teriam tempo para patacoadas como esta ou para "vazar" informações, "desvendando" como ocorrem as investigações (ensinando os criminosos como protegerem seus crimes futuros). É lamentável a politização de uma profissão que deveria ser marcada pelo máximo de isenção pessoal.
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