quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Como se Tornar Milionário na Presidência

por Felix Mayer
Neste ano, observou-se uma campanha maciça da imprensa contra o Congresso Nacional. Inicialmente, os ataques eram contra deputados que exorbitavam no uso e abuso de passagens aéreas. Posteriormente, as canhoneiras da imprensa passaram a apontar suas bocas contra o Senado Federal, saturando de fogos a cadeira do presidente da Casa da Mãe Joana, José Sarney, escolhido como alvo principal.
A coisa só amainou um pouco recentemente, depois que Mister Da Silva, "the guy", em uma embrulhada diplomática nunca antes vista neste País, resolveu abrigar Zé Laia na embaixada petista-bolivariana de Tegucigalpa.
Não que a imprensa não tenha o direito e, mais do que isso, o dever de denunciar as falcatruas promovidas pelos descarados políticos de Brasília. O problema é que, ao centrar as peças de artilharia apenas contra um dos poderes da República, a imprensa se esquece de informar à população o que ocorre em outro poder, onde impera um antro de corrupção muito maior, com gasto infinitamente mais elevado de dinheiro público: o Executivo federal.
Segundo levantamento feito pelo professor de Economia Ricardo Bergamini, a fome zero por comida, diárias e passagens do Executivo não tem limites, especialmente entre o famélico pessoal da Presidência.
De janeiro a julho de 2009, foram feitos os seguintes gastos (R$ 1,00):
Itens
Executivo
Judiciário
Legislativo
Total
Diárias
299.033.179,00
28.001.326,00
2.660.538,00
329.695.043,00
Passagens
300.943.798,00
10.399.781,00
32.808.166,00
344.151.745,00
Alimentação
730.715.278,00
371.845.773,00
111.631.125,00
1.214.192.176,00
Total
1.330.692.255,00
410.246.880,00
147.099.829,00
1.888.038.964,00
Entre janeiro e maio deste venturoso Annus Lulae 7 (Annus Domini 2009), foram gastos R$ 8,1 milhões com viagens do presidente da República. O valor inclui passagens no país e no exterior, diárias no país e no exterior e meios de transporte. Nesse total, estão as despesas do gabinete pessoal de Lula, da Casa Civil, da Secretaria-Geral, da Secretaria de Relações Institucionais, da Secretaria de Comunicação Social, da Secretaria de Assuntos Estratégicos e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). No ano passado, no mesmo período, o gasto foi de R$ 8,7 milhões.
Gasto bilionário esse, é bom frisar, que se estende apenas de janeiro a julho. Nada impede que se vá gastar o dobro no segundo semestre.
A verdadeira caixa preta a ser aberta, como se comprova com os dados acima, está no Executivo, não no Legislativo e suas passagens aéreas e atos secretos. A propósito: como se viaja e como se come nesta República Sindicalista do PT! Os retirantes têm uma fome que não acaba nunca!
Mas, a coisa não para por aí. Os gastos com cartão corporativo da Presidência duplicaram em 2009, se comparados com o ano anterior. Até o final de julho foram torrados R$ 34.975.225,45, dos quais R$ 15.721.590,91 foram “despesas secretas” (OESP, 17/08/09).
Na campanha presidencial de 2002, Lula apresentou ao TSE uma relação de bens que passavam de R$ 400.000,00. Na campanha da reeleição, em 2006, seus bens haviam duplicado de valor.
Uma pergunta que todo brasileiro gostaria de fazer ao próprio Lula: quanto Sua Excelência já recebeu de diárias nestes 7 anos e 9 meses de governo? Sem exagero, pode-se afirmar que Lula ficou milionário desde que se tornou presidente, não só pela mordomia que usufrui, com tudo pago pelo contribuinte, mas, principalmente, por conta das diárias que recebe nas incontáveis viagens ociosas que faz no Brasil e no exterior.
Nestes tempos modernos do telefone, da televisão, do fax, do e-mail, da videoconferência, não existe nenhum tipo de justificativa para que o presidente Lula viaje tanto. Computados os US$ 150,000.00 (cento e cinquenta mil dólares) que Lula recebeu da Unesco em 2009, qual seria, hoje, o seu patrimônio? R$ 1,5 milhão?
Não se disse em momento algum que a riqueza de Lula foi adquirida por meios ilícitos. Certamente, sua ascensão social foi realizada dentro da lei. Pode até ser legal, porém é imoral que um político, de origem humilde, que hoje é parte integrante da elite que tanto critica nos palanques, faça uso do aparelho burocrático presidencial para enriquecer.
O lema de todo político deveria ser o de servir ao povo, não servir-se dele.
Recebido por correio eletrônico

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