1. Advogados querem ex-prefeito no processo de Estância Velha
Os advogados das vítimas do atentado político de Estância Velha, RS, que comprometeu toda a cúpula do PT, pediram ontem ao promotor de Portão, Marcelo Tubino, que o ex-prefeito Elevir Desian e o investigador Omar Pereira sejam incluídos na lista dos quatro réus já denunciados. Os advogados também vão pedir a prisão preventiva de todos.
O pistoleiro Alexandre Ribeiro, que acertou sete tiros no jornalista Mauri Martinelli e tocaiou sem êxito o vereador Duduzinho, está preso. O processo 095/209.0000179-3 corre em segredo de Justiça na Comarca de Portão. O juiz de Estância Velha considerou-se impedido. A lista dos acusados é liderada pelo ex-chefe de gabinete do prefeito do PT, Jayme Schneider, pelo ex-presidente do PT e atual vereador Luís Carlos Soares, pela cafetina Ana Cloni Campos e pelo empresário Jauri de Matos, fornecedor da prefeitura do PT. São todos apontados como mandantes do crime ou membros da quadrilha.
— Envolvido até a medula na trama que envolveu pistoleiros, prostitutas, políticos e empresários, o PT acabou perdendo as eleições do ano passado. Venceram os políticos que a quadrilha política queria assassinar.
Os três minutos de fama pelos quais procurou o ex-ouvidor Adão Paiani, terminaram melancolicamente depois que o corregedor-geral da Justiça, Luiz Felipe Brasil Santos, confirmou que as escutas telefônicas que estão em poder da OAB/RS, entregues à entidade pelo advogado, são legais. As escutas foram autorizadas pela juíza eleitoral de Lajeado, Nara Cristina Saraiva. O presidente da OAB disse, antes de conhecer a posição, que a declaração confirmaria quem mentiu, Paiani ou o promotor de Lajeado. O sr. Claudio Lamacchia está agora na obrigação de dizer que foi feito de palhaço por um mentiroso, levando o caso para a Comissão de Ética.
1) ao contrário do que denunciou Paiani publicamente e jurou à OAB, não houve escuta ilegal a mando de Yeda ou de algum cruel espião a serviço do Piratini.
2) ao contrário do que denunciou Paiani publicamente e jurou à OAB, nada nas gravações indica crime.
Isto tudo está muito parecido com o suicídio de Marcelo Cavalcante, ex-representante do governo do RS em Brasília, cujo mandante teria sido a governadora Yeda Crusius, como também está muito parecido com o festival de denúncias mentirosas produzidas pela deputada Luciana Genro e pelo vereador Pedro Ruas, visando desmoralizar a governadora Yeda Crusius.
Em todos os três casos, os deputados Bohn Gass e Raul Pont, do PT, saíram rapidamente a campo para exigir das autoridades constituídas um ataque em regra contra Yeda, de preferência destituindo-a do cargo — com desonra.
— O caso da deputada Luciana Genro e do vereador Pedro Ruas é de camisa de força, Paiani talvez possa ser tratado em alguma clínica psiquiátrica de bairro, mas o que dizer de Bonh Gass e Raul Pont? Talvez fosse interessante aplicar-lhes os mesmos corretivos que eles aplicariam contra adversários assassinos, caso estivessem no comando. A sociedade gaúcha não pode continuar tolerando oportunistas e lavadrazes que cometem crimes diários para manter o Estado em permanente comoção, simplesmente porque querem porque querem ganhar no tapetão ou no tapa o que perderam nas urnas, solapando o estado de direito democrático. Esta é a hora das lideranças mais esclarecidas da sociedade gaúcha, dizerem que a coisa passou de todos os limites, porque passou.
Os advogados das vítimas do atentado político de Estância Velha, RS, que comprometeu toda a cúpula do PT, pediram ontem ao promotor de Portão, Marcelo Tubino, que o ex-prefeito Elevir Desian e o investigador Omar Pereira sejam incluídos na lista dos quatro réus já denunciados. Os advogados também vão pedir a prisão preventiva de todos.
O pistoleiro Alexandre Ribeiro, que acertou sete tiros no jornalista Mauri Martinelli e tocaiou sem êxito o vereador Duduzinho, está preso. O processo 095/209.0000179-3 corre em segredo de Justiça na Comarca de Portão. O juiz de Estância Velha considerou-se impedido. A lista dos acusados é liderada pelo ex-chefe de gabinete do prefeito do PT, Jayme Schneider, pelo ex-presidente do PT e atual vereador Luís Carlos Soares, pela cafetina Ana Cloni Campos e pelo empresário Jauri de Matos, fornecedor da prefeitura do PT. São todos apontados como mandantes do crime ou membros da quadrilha.
— Envolvido até a medula na trama que envolveu pistoleiros, prostitutas, políticos e empresários, o PT acabou perdendo as eleições do ano passado. Venceram os políticos que a quadrilha política queria assassinar.
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2. Paiani, Genro, Ruas, Pont, Bohn Gass ... todos passaram dos limites. Os três minutos de fama pelos quais procurou o ex-ouvidor Adão Paiani, terminaram melancolicamente depois que o corregedor-geral da Justiça, Luiz Felipe Brasil Santos, confirmou que as escutas telefônicas que estão em poder da OAB/RS, entregues à entidade pelo advogado, são legais. As escutas foram autorizadas pela juíza eleitoral de Lajeado, Nara Cristina Saraiva. O presidente da OAB disse, antes de conhecer a posição, que a declaração confirmaria quem mentiu, Paiani ou o promotor de Lajeado. O sr. Claudio Lamacchia está agora na obrigação de dizer que foi feito de palhaço por um mentiroso, levando o caso para a Comissão de Ética.
1) ao contrário do que denunciou Paiani publicamente e jurou à OAB, não houve escuta ilegal a mando de Yeda ou de algum cruel espião a serviço do Piratini.
2) ao contrário do que denunciou Paiani publicamente e jurou à OAB, nada nas gravações indica crime.
Isto tudo está muito parecido com o suicídio de Marcelo Cavalcante, ex-representante do governo do RS em Brasília, cujo mandante teria sido a governadora Yeda Crusius, como também está muito parecido com o festival de denúncias mentirosas produzidas pela deputada Luciana Genro e pelo vereador Pedro Ruas, visando desmoralizar a governadora Yeda Crusius.
Em todos os três casos, os deputados Bohn Gass e Raul Pont, do PT, saíram rapidamente a campo para exigir das autoridades constituídas um ataque em regra contra Yeda, de preferência destituindo-a do cargo — com desonra.
— O caso da deputada Luciana Genro e do vereador Pedro Ruas é de camisa de força, Paiani talvez possa ser tratado em alguma clínica psiquiátrica de bairro, mas o que dizer de Bonh Gass e Raul Pont? Talvez fosse interessante aplicar-lhes os mesmos corretivos que eles aplicariam contra adversários assassinos, caso estivessem no comando. A sociedade gaúcha não pode continuar tolerando oportunistas e lavadrazes que cometem crimes diários para manter o Estado em permanente comoção, simplesmente porque querem porque querem ganhar no tapetão ou no tapa o que perderam nas urnas, solapando o estado de direito democrático. Esta é a hora das lideranças mais esclarecidas da sociedade gaúcha, dizerem que a coisa passou de todos os limites, porque passou.
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3. MP pede e Salazar entregará nesta quinta, 14h, mais provas contra Pont e Bohn GassPaulo Roberto Salazar da Silveira (foto), ex-tesoureiro da Democracia Socialista (DS) e Cargo de Confiança (CC) dos deputados estaduais Raul Pont e Elvino Bohn Gass, ambos do PT, entregará nesta quinta-feira (19), as 14h, ao Ministério Público Estadual mais um documento que comprovaria a prática de caixa 2 do PT gaúcho. A pedido das promotoras Luciana Maria Ribeiro Alice e Daniela Santos Variani, Salazar repassará ao MP um extrato bancário contendo o depósito de R$ 100 mil na conta de Milton Kruger, a sua principal testemunha de acusação no processo civil movido contra a dupla Pont/Bohn Gass.
Milton Kruger foi assassinado em Canoas. Levou dois tiros na cabeça e um no peito. A investigação está a cargo da 2ª Delegacia de Polícia. A polícia não sabe se existe conexão com o caso Salazar x Pont x Bohn Gass, mas Kruger também lavava dinheiro para a DS. Familiares de Kruger são militantes do PT. A polícia investiga todas as hipóteses. Em Estância Velha (leia aí ao alto), semana passada, boa parte da cúpula do PT foi indiciada em inquérito policial, já nas mãos do juiz de Portão, por organizar quadrilha e contratar o pistoleiro que alvejou com sete tiros o jornalista Mauri Martinelli, que se opunha ao governo do Partido dos Trabalhadores. São também notórios os casos do ex-prefeito Celso Daniel e Toninho do PT, ambos assassinados em circunstâncias misteriosas e com denúncias fortes de que nos dois incidentes teria ocorrido fogo amigo.
Salazar revelou as promotoras que o dinheiro dos extratos de Kruger foram repassados por uma empresa de Porto Alegre para a campanha a prefeito de Raul Pont, em 2002. O MP convocou o ex-CC petista para pedir maiores explicações sobre notas fiscais e extratos bancários entregues por ele para a abertura de inquérito contra dos deputados do PT.
Raul Pont e Bohn Gass são acusados por Salazar de confisco do seu salário como funcionário da Assembleia Legislativa, cobrança de diárias com notas frias e lavagem de dinheiro para o caixa 2 da campanha de Pont a prefeito da Capital e também para a DS.
— Na semana passada, a Assembleia Legislativa remeteu boa parte dos documentos solicitados pelo MP. Por isso a imediata convocação de Salazar feita pelas promotoras, que ainda pediram para ele ficar de prontidão, porque pode ser chamado a qualquer momento para prestar mais esclarecimentos.
— Os documentos entregues ao Ministério Público correspondem a que período?
— Entreguei notas fiscais frias usadas para justificar diárias pagas pela Assembleia, que eu buscava no interior do Estado, e extratos bancários do Banrisul e do Unibanco, em meu nome, de 1999 a 2005. Tem coisa que eu nem tenho. No período, fui CC dos deputados Bohn Gass e Pont.
— Em uma das ações que o senhor move contra os deputados na Justiça, há um pedido de indenização de salários não recebidos. Qual é o valor total?
— É preciso dizer que eu nunca recebi nenhum salário como funcionário da Assembleia Eu assinava o contracheque e não recebia. O único pagamento que ganhava era por trabalhar na DS [Democracia Socialista]. Por isso, no processo na 16ª Vara Civil, eu peço uma indenização de R$ 445 mil.
— Qual o montante de dinheiro sujo que passou pelas suas mãos durante todos esses anos, tendo como destinatários os deputados e o PT ?
— É impossível saber. O que passou pela minha conta é uma parte mínima.
— Quanto?
— Uns 20, 30% no máximo. A maioria vinha em dinheiro vivo.
— De quem?
— De empresas, de advogados ... em época de campanha, todo dia chegava dinheiro vivo.
— E isso era contabilizado na campanha?
— Nada. Tudo era caixa 2.
— Os deputados dizem que o senhor está mentindo.
— Eu desafio a provarem que estou mentindo. Eu estou apresentando provas contundentes na justiça. Se não tivesse comprovação do que estou dizendo, não faria nada, não arriscaria. Sabe qual é a resposta dos deputados?
— Qual?
— Eles pediram prescrição dos processos movidos por mim. Não é estranho que eles peçam simplesmente para arquivar os processos? Eu repito que a verdade está comigo e vou provar tudo na justiça.
A entrevista foi concedida pouco antes da entrega de novos documentos aos procuradores da Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público, na tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre. Salazar entregou, também, cópia de extrato de uma conta corrente da sua principal testemunha, que foi assassinada há um mês em Canoas. Ela também lavava dinheiro sujo.
Milton Kruger foi assassinado em Canoas. Levou dois tiros na cabeça e um no peito. A investigação está a cargo da 2ª Delegacia de Polícia. A polícia não sabe se existe conexão com o caso Salazar x Pont x Bohn Gass, mas Kruger também lavava dinheiro para a DS. Familiares de Kruger são militantes do PT. A polícia investiga todas as hipóteses. Em Estância Velha (leia aí ao alto), semana passada, boa parte da cúpula do PT foi indiciada em inquérito policial, já nas mãos do juiz de Portão, por organizar quadrilha e contratar o pistoleiro que alvejou com sete tiros o jornalista Mauri Martinelli, que se opunha ao governo do Partido dos Trabalhadores. São também notórios os casos do ex-prefeito Celso Daniel e Toninho do PT, ambos assassinados em circunstâncias misteriosas e com denúncias fortes de que nos dois incidentes teria ocorrido fogo amigo.
Salazar revelou as promotoras que o dinheiro dos extratos de Kruger foram repassados por uma empresa de Porto Alegre para a campanha a prefeito de Raul Pont, em 2002. O MP convocou o ex-CC petista para pedir maiores explicações sobre notas fiscais e extratos bancários entregues por ele para a abertura de inquérito contra dos deputados do PT.
Raul Pont e Bohn Gass são acusados por Salazar de confisco do seu salário como funcionário da Assembleia Legislativa, cobrança de diárias com notas frias e lavagem de dinheiro para o caixa 2 da campanha de Pont a prefeito da Capital e também para a DS.
— Na semana passada, a Assembleia Legislativa remeteu boa parte dos documentos solicitados pelo MP. Por isso a imediata convocação de Salazar feita pelas promotoras, que ainda pediram para ele ficar de prontidão, porque pode ser chamado a qualquer momento para prestar mais esclarecimentos.
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4. Entrevista: "Eu acuso Bohn Gass e Raul Pont"
ENTREVISTA
Eu acuso Bohn Gass e Raul Pont: Paulo Salazar, ex-tesoureiro da DS, do PT do RS
— Os documentos entregues ao Ministério Público correspondem a que período?
— Entreguei notas fiscais frias usadas para justificar diárias pagas pela Assembleia, que eu buscava no interior do Estado, e extratos bancários do Banrisul e do Unibanco, em meu nome, de 1999 a 2005. Tem coisa que eu nem tenho. No período, fui CC dos deputados Bohn Gass e Pont.
— Em uma das ações que o senhor move contra os deputados na Justiça, há um pedido de indenização de salários não recebidos. Qual é o valor total?
— É preciso dizer que eu nunca recebi nenhum salário como funcionário da Assembleia Eu assinava o contracheque e não recebia. O único pagamento que ganhava era por trabalhar na DS [Democracia Socialista]. Por isso, no processo na 16ª Vara Civil, eu peço uma indenização de R$ 445 mil.
— Qual o montante de dinheiro sujo que passou pelas suas mãos durante todos esses anos, tendo como destinatários os deputados e o PT ?
— É impossível saber. O que passou pela minha conta é uma parte mínima.
— Quanto?
— Uns 20, 30% no máximo. A maioria vinha em dinheiro vivo.
— De quem?
— De empresas, de advogados ... em época de campanha, todo dia chegava dinheiro vivo.
— E isso era contabilizado na campanha?
— Nada. Tudo era caixa 2.
— Os deputados dizem que o senhor está mentindo.
— Eu desafio a provarem que estou mentindo. Eu estou apresentando provas contundentes na justiça. Se não tivesse comprovação do que estou dizendo, não faria nada, não arriscaria. Sabe qual é a resposta dos deputados?
— Qual?
— Eles pediram prescrição dos processos movidos por mim. Não é estranho que eles peçam simplesmente para arquivar os processos? Eu repito que a verdade está comigo e vou provar tudo na justiça.
A entrevista foi concedida pouco antes da entrega de novos documentos aos procuradores da Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público, na tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre. Salazar entregou, também, cópia de extrato de uma conta corrente da sua principal testemunha, que foi assassinada há um mês em Canoas. Ela também lavava dinheiro sujo.
ATUALIZAÇÃO: Jaime Dirceu Antônio Schneider, citado no texto morreu em 8 de maio de 2022, sem sequer ter sido julgado. O processo de nº 09520900001793 tramita na 1ª Vara da Comarca de Estância Velha, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, e segue dormindo em berço esplêndido na gaveta do juiz. Ele foi aberto no dia 6 de março de 2009, já completou 13 anos desde sua instalação e o tribunal do júri ainda não se reuniu para julgá-lo. É algo absolutamente inacreditável, só sendo possível entender tal demora por ser um processo que envolve criminalmente o PT. E ainda há quem diga que o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul é o melhor do Brasil.
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