Gen Bda R1 Valmir Fonseca Azevedo Pereira
O conchavo político-ideológico engendrado em Salvador, como os anteriores, foi a festiva apoteose dos novéis tiranetes forjados na região, pelo total predomínio do Poder Executivo, graças à leniência dos demais Poderes.
A fórmula para a consagração dos populistas e loquazes líderes regionais é a mesma em todos os países, como são as medidas que concretizam o domínio legal do Estado e a manipulação dos corações e das mentes de todos os cidadãos. As leis de exceção e as que sub-repticiamente endossam o seu domínio são aprovadas sob os olhares complacentes da sociedade, e com a indecorosa cumplicidade dos demais Poderes.
Os nefastos instrumentos que sacralizam a submissão da sociedade, quando não aprovados em 1ª instância, retornam com novas roupagens e, não raro, com as mesmas vestes, para, finalmente, e gáudio dos comunistas e comunistóides serem formalizadas como aparatos legítimos de uma distorcida democracia.
Vejamos o caso da Venezuela, onde, ao que tudo indica, o seu cabotino presidente está prestes a tornar-se, legalmente, como Fidel Castro em Cuba, o implícito dono dos venezuelanos.
Com o Judiciário corrompido, e construído à sua feição e submissão pelo Poder Executivo; e por um Legislativo que não legisla, mas se curva aos desmandos do Executivo, observamos à degradação e ao aviltamento da grandeza e da independência que deveriam ser os faróis daqueles Poderes.
A toda a espécie de adesismo, comprado, negociado ou subvertido, testemunhamos arremedos de oposição, que duram por fugazes momentos, visto que eles soçobram à vista das vantagens e benesses que o desgoverno distribui para amordaçar qualquer reação.
No contexto sul-americano, o cenário é, entre os mandatários, o de risonha felicidade. Tirante os virulentos e permanentes ataques contra os EUA e os pequenos arroubos nacionalistas contra seus próprios vizinhos, no qual o Brasil é o principal alvo, seguido pela Colômbia, a canalha segue em frente. Sem o mínimo pejo, nada impede que a Venezuela ameace a Colômbia, alfinete a Argentina, esta o Uruguai e assim por diante. Contudo, tais diatribes são meros jogos de cena. Nada de mais grave e sensível que um descarado abraço entre “cumpanheiros” não resolva.
No seu périplo, como de praxe, os autoritários velhacos elegeram um inimigo externo e um propósito comum — derrubar os EUA e glorificar Cuba.
Quem não se recorda da outrora decantada Albânia, por longo período uma das vestais do comunismo. Tempos em que os embevecidos marxistas brasileiros cantavam em prosa e verso o paraíso que seria a magnífica Albânia, consagrada como um exemplo e apontada como um vistoso êxito do regime comunista.
Mas, eis que cai o Muro de Berlim e a gloriosa Albânia fica exposta aos olhos do mundo. Era o país mais miserável do Leste Europeu.
Nas nossas bandas, por mais que sejam expostas as mazelas e a crônica miséria de Cuba, o produto acabado do fracasso comunista, os canalhas, sem o menor rubor, insistem em prestigiar àquele arcaico gueto familiar, que substituiu para pior a ditadura de Fulgêncio Batista, com uma crucial agravante: ela conseguiu deteriorar, em todos os sentidos, a situação do País, que por décadas vive sob o nepotismo dos Castro.
Ao sediar o 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, a nossa democrática Nação mergulhou de cabeça no regime comunista, tornando-se o centro de difusão de um malfadado e odiado regime de opressão. Tudo conforme a cartilha do Foro de São Paulo.
E nada poderá deter a sanha dos inimigos da democracia. Veja-se o ingresso da Venezuela no Mercosul, com o beneplácito do voto de nossa Câmara dos Deputados, faltando apenas o do Senado.
Hoje, Raul Castro, um reles assassino, é recebido como um herói, promovido, acobertado e adulado pela “esquerda”, graças aos interesses de um grupelho de ditadores determinados a disseminar a subversão e o engodo na região. Na verdade, ao propugnarem pela submissão do continente sul-americano ao novo socialismo, mal conseguem esconder que promovem, realmente, um projeto de vida, o de se perpetuarem no poder.
Graças à distribuição de bolsas e benesses à custa da Classe Média e ao favorecimento de Bancos e grandes empresários, o que lhes permite captar substanciais recursos financeiros, eles mantém atrelados aos seus projetos as classes pobres e os detentores do dinheiro.
Aos poucos, somos envolvidos numa viciosa e matreira rede de ligações espúrias que, canhestramente, acobertam os reais propósitos desta malta de cretinos. A União Sul-Americana de Nações (Unasul), o Conselho Sul-Americano de Defesa (seu 1º filhote) e outras siglas (vem aí a OEA sem o Canadá e os EUA) endossam a motivação e o surgimento de reuniões para o acerto de medidas que permitirão a concretização de seus planos, e tudo sob as expensas dos Estados, que cobrirão com o dinheiro público esses encontros ideológicos.
O Conselho de Defesa, num primeiro momento, subordina-se aos propósitos de Evo Morales, que deseja aniquilar seus oponentes na Bolívia, a começar pelo Governador de Pando, exorcizado como um demônio a ser crucificado pelos notáveis que mobíliam aquela assembléia. E assim será, doravante, sempre que surjam oponentes aos novos tiranetes.
O indigitado Conselho será reunido para declarar ilegal qualquer obstáculo às pretensões da URSAS ou de seus membros. Quem viver verá.
Realmente, não há vida inteligente abaixo da linha do Equador.
Brasília, DF, 19 de Dezembro de 2008
Em tempo: Para os que não sabem, aconselhamos a decorar a letra do maior hino socialista, a célebre “A Internacional”
Fonte: Ternuma Regional Brasília
COMENTO: E tudo regado pela mais deslavada capacidade de mentir. O Mico Mandante venezuelano até pouco tempo refutava a possibilidade de manter-se no poder. Hoje mudou de opinião e tenta empurrar goela abaixo da população a "reeleição eterna", já derrotada em plebiscito nacional. Certamente ocorrerá o mesmo em uma outra "Banânia" conhecida nossa. Ainda na Venezuela, o aprendiz de ditador impede desavergonhadamente a posse dos governadores de oposição eleitos em 23 Nov 08. No departamento (estado) de Tachira, a Assembléia Regional, dominada por chavistas, recusa-se a reunir-se para dar posse ao novo governador. No estado de Carabobo, vítima da mesma estratégia chavista, o governador eleito foi empossado por um Juiz que, imediatamente após o ato, foi suspenso "por ordens superiores" sendo invalidado todos os seus atos, inclusive a posse do governador. No estado de Miranda, logo após sair o resultado das eleições, um decreto do Governo Nacional passou para o âmbito nacional a administração de quatro hospitais, o serviço de transporte público regional, as instalações desportivas e um canal de televisão. A Polícia desse departamento foi desarmada em uma "inspeção de rotina" e desarmada permanece. Em Caracas, onde a oposição conseguiu maioria no Cabildo (Câmara de Vereadores), o prédio da instituição foi "confiscado" pelo Parlamento Nacional, de maioria chavista, estando os legisladores municipais sem local para reunir-se. Por aqui, "voçolíder" vive batraquiando que não pensa em reeleição, mas "sem que ele saiba" (o país todo sabe, mas ele não) seus "cumpanhêros" tramam uma Emenda Constitucional que lhe possibilite morrer no cargo.
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