por Paulo Martins
Comecei guri nessa área da comunicação. Já deixei para trás mais de quarenta anos entre rádio, jornal e televisão. Embora resistisse, acabei tendo que me convencer sobre a fragilidade do ser humano em relação ao que chamam de “comunicação de massa”. Neste ano de 2008, eis que me curvo a essa fragilidade, mas a bordo da inarredável indagação: convenço-me graças “ao que ou a quem”?
Respondo “ao que”: Graças ao PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO. É uma praga fracassada, mas resiste, vai vivendo e tapeando as massas e aos poucos vai conseguindo domesticar a frágil sociedade brasileira a seu modo. O comunismo no Brasil, que tenta passar por benfeitor, é tão falso que chega a ter duas caras: PCB e PCdoB ... e vive, mesmo a bordo dessa falsidade !
Essa ideologia é pior que erva daninha e, não há “inseticida ou herbicida” que elimine essa decomposição, tanto que até na minha área profissional há colegas que comemoram o aniversário de fundação desse organismo político que, desde a passagem da teoria, à prática de organização social, até hoje nada, absolutamente nada que se possa respeitar, ofereceu a humanidade onde se arranchou. Até muitos de seus próprios integrantes são tapeados por sua essência. Aliás, o comunismo não é apenas uma praga, o comunismo, da forma como seus seguidores — uns tolos, outros mal intencionados, outros ainda inocentes ignorantes e ainda os que “ouviram falar” — tentam pregá-lo não passa de uma desgraça corrosiva, cruel, bestial, infame, estúpida e deletéria.
Os comunistas sempre foram torturadores e, em nome da causa espúria, sempre estiveram dispostos a matar. E mataram. Um aforismo árabe diz: “Entrega o deserto a certa gente e, em pouco tempo faltará areia.” É o caso do comunismo.
Não sei se esse artigo pode ser considerado como um desabafo — no jornalismo desabafos não são recomendáveis e, sim, a objetividade, preceito técnico — todavia, o jornalista não é algo asséptico, o jornalista é um ser humano, o sangue também corre em suas veias, assim, em certas ocasiões não consegue ele se manter alheio a influência de pragas envolventes, traiçoeiras e maquiavélicas e acaba despindo-se da regra objetiva para berrar contra a condenável inclinação de mal intencionados de usá-lo com fins despudorados.
Toda essa minha manifestação de aqui, agora, está sendo estimulada por elementos que estão vindo a público para tentarem honrar com festejos mais um aniversário de agremiações comunistas. Meu Deus, que gente é essa? Que colegas são esses, os que usam o jornalismo para propagar essa verdadeira selvageria ideológica? Será que jamais passaram os olhos pela história do Brasil para se ilustrarem sobre quem foi Luiz Carlos Prestes? E Olga Benário? Casal traiçoeiro, casal de assassinos, casal diabólico que liderou ação de assassinatos de soldados brasileiros, colegas de Prestes, colegas de farda, altas horas da madruga, enquanto dormiam? Será que esqueceram que o muro de Berlim, o mais infame símbolo do comunismo internacional, caiu?
Fazem questão de isolar do povo brasileiro a informação dando conta de que o comunismo ASSASSINOU CEM MILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO. Qual formação de caráter tem uma pessoa a ponto de tentar esconder dos povos de hoje que o COMUNISMO, quando de Mao Tse Tung, na China, em sua revolução cultural, mandava para fuzilamento qualquer um que simplesmente fosse flagrado com uma bíblia na mão? Só lá, na China, foram sessenta milhões de pessoas assassinadas! Em Cuba, vinte e cinco mil — dado oficial, fora o extra oficial — através de Fidel Castro e Tchê Guevara, o primeiro, certamente, será barrado no inferno quando lá chegar, pelo próprio Demônio que, tacitamente, não estará disposto a admitir concorrência desleal em seus domínios e, o segundo já deve estar lá implorando para entrar naquele ambiente que com ele tanto se identifica.
Ora ... Ora ... PCB ou PCdoB ... Escárnio. São tão díspares em métodos — embora semelhantes em conteúdo político lúgubres — que no Brasil tentam atacar em duas frentes, através de duas siglas, às quais, em suas denominações, ostentam essa corrosão social denominada de “comunismo”. Em mais de dezenas e dezenas de entrevistas que realizei com muitos deles — com inocentes e não inocentes — em televisão, radio e jornal, nunca, jamais consegui arrancar dos entrevistados uma roupagem objetiva ou mesmo em qualquer uma das definições dialéticas. Para muitos cheguei a citar Thomas Morus e sua utopia, ressaltando a utopia. Raros sabiam o que estava sendo indagado.
Sobre Marx, malandrão que, segundo a história, nunca trabalhou na vida, apenas retrucavam trechos de seu “O Capital”, revelando ignorar que essa intuitiva organização social ali proposta, nem concluída foi, em vida, pelo propagado autor e que Engels, sim, era quem sustentava o malandro (estranha aquela amizade, um homem sustentando outro homem, embora nem parente fosse de sua lavadeira) e concluído o trabalho que, convenhamos, apreciaria conhecer quem teve “saco” para chegar ao fim, devido à chatice. Enfim, o Partidão esteve de aniversário ... não os ouvi falarem dos sanguinários Lênin e Stalin, de Pol Pot, doutrinado pelo comunismo em universidade francesa e assassino de milhões de pessoas no Laos, não ouvi falarem de Trotsky, o montador do exercito vermelho, “comunista assassinado pelo próprio comunismo” a golpe de picareta, quando exilado, fugido do terror que ajudara a criar, algo como uma espécie de pai sendo morto pelo filho. Não os ouvi falar em razão dessas bandeiras estarem manchadas de sangue ... sangue de inocentes.
Não ouvi falarem de Gramsci, afinal, como os métodos desse último estão sendo aplicados por aqui, não convém arriscar alertas através de citações. É próprio do comunismo esse tipo de mordacidade, faz parte de seu caráter corrosivo, desumano, ateu, perverso, brutal e cruel. Mas, escrevo tudo isso por uma outra razão, por um detalhe...pequeno detalhe ... mas detalhe insolente, descarado até, detalhe gerado não por ignorante, mas por mal intencionado e, esse detalhe não é outro se não o que foi escrito por alguém que habita esse mundo jornalístico. Disse ele: “Festejamos o aniversário de um partido ao qual devemos a conquista da 'DEMOCRACIA'”. O leitor, que me deu a honra de acompanhar esse despretensioso escrito até aqui, me permite uma vez na vida, pelo menos, uma expressão rotulada de palavrão, para que eu possa expressar meus sentimentos aquele “escriba”, sobre essa aberração que tentou emplacar ?
Então, se me permite, digo a ele e só a ele, já que não merece outra resposta ... “CARA ... VAI PRÁ PQP.”
Desculpe, caro leitor, mas as pessoas educadas também se zangam.
Fonte: Coluna Isto Posto
Gazeta do Paraná — 29 Mar 08
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