Montagem de dossiê sobre gastos sigilosos de Fernando Henrique expõe governo Lula ao descrédito e ao ridículo
ALOPRADOS nunca faltaram ao governo Lula, cumprindo habitualmente a função de assumir a responsabilidade por iniciativas que seus superiores dizem ignorar. O exemplar mais recente dessa espécie é, conforme revelado pela Folha nesta sexta-feira, a principal assessora de Dilma Rousseff na Casa Civil. Seu nome é Erenice Guerra; surge no noticiário por admitir, a interlocutores, que foi sua a ordem de organizar um banco de dados com as despesas sigilosas de Fernando Henrique e Ruth Cardoso no governo anterior.
O alopramento petista já fez coisas piores que esmiuçar, para posterior divulgação, o custo secreto das codornas desossadas que abasteceram a cozinha do Palácio da Alvorada. Erenice Guerra não foi surpreendida com uma mochila repleta de dólares destinada a comprar dossiês contra um candidato oposicionista; nem mesmo revelou os dados bancários de um caseiro a quem interessasse intimidar. Na vasta despensa do desgoverno ético petista há sigilos e sigilos, dossiês e dossiês, aloprados e aloprados, cada qual com seu peso próprio.
Quebrar a privacidade das contas de um cidadão é ato bem mais grave do que o vazamento de informações sobre as despesas palacianas do Executivo, que afinal são pagas pelo contribuinte, e sobre as quais se impõe uma blindagem injustificada.
Mesmo assim, o governo Lula e, em especial, a ministra Dilma Rousseff, desacreditam-se pateticamente neste episódio. O dossiê, que uma retórica esfarrapada traduz em "base de dados", foi de fato produzido; não se confunde meramente com os registros oficiais do sistema de controle de gastos do Executivo.
Torna-se ridículo o argumento de que os dados de consumo de Lula devem ser protegidos por segredo de Estado, quando o próprio governo o quebra no intuito de minar seu antecessor. Não teve êxito nesse alopramento de armazém; mina-se, em troca, o nome de Dilma Rousseff na sucessão presidencial. Pouco importa. Se há alguma lição a tirar do episódio, é que o segredo em tais contas deve ser reduzido ao prazo mínimo indispensável para a segurança presidencial. O sigilo nesse aspecto é tão pouco republicano quanto o ato de rompê-lo por motivações partidárias; o governo petista conseguiu, entretanto, reunir as duas coisas num só vexame.
Comentário postado no Coturno Noturno:
Fonte: Coturno Noturno
Também acho que o caso do Francenildo foi o golpe mais baixo, rasteiro, criminoso que alguém poderia executar. Vindo de onde veio, do Governo Federal, e não de estrepolias de crackerzinho adolescente, a coisa toma uma dimensão ainda mais escandalosa, dada a desproporção das partes envolvidas: um cidadão simples, com detalhes particulares de sua paternidade exposta ao ridículo, às piadinhas maledicentes, questionada [a mãe não é jornalista, né mesmo?], além de valores da conta em si. Foram dois crimes: a invasão da conta bancária e da privacidade do cidadão. A outra parte, a que demonstrou cabalmente ser uma organização criminosa, usando e abusando dos poderes negados aos demais cidadãos, dado que conhece os caminhos da burocracia, os meandros da lei, detentora das chaves e senhas que quiser, coisa que nem mesmo a polícia pode usar para investigar uma pessoa suspeita de crime, salvo se apresentar razão para uma autorização judicial de acesso a informações protegidas pelo sigilo.
À parte todos os roubos do dinheiro público, que impressionam pelo montante, o caso do Nildo foi, sem sombra de dúvidas, um motivo mais que suficiente pra pedir a cabeça do chefe da quadrilha, Lula, que como presidente é sim responsável por todos os atos de seus comandados diretos, ainda mais quando seria ele o beneficiado pela ação.
Qualquer delegado de polícia sabe que para começar a investigar um crime de morte, a primeira pergunta que se faz é: a quem interessa/va ?
A inominável safadeza interessava a Lula, ao PT. Claro como o sol.
Infelizmente, a melhor e justa ocasião para impichar o pistoleiro de Garanhuns foi perdida, graças a quem?
Aos que se esforçam em blindar Lula, gente que nem mesmo faz parte da base do governo, é ou deveria ser oposição, as vidraças nas quais o perereca de porcelana vive jogando pedras, tendo como ponta de lança o FHC, que agora está na berlinda, passando por aperreios desnecessários, colhe o resultado da sua criminosa cumplicidade ao defender Lula de impedimento.
Não dá pra sentir pena. Nem mesmo agora ele vira o CD de lado, não reconhece que errou, que Lula na política é um coisa que não deveria ter nascido.
Quando é que ele vai ser homem o bastante para evitar, ao menos, a exposição da mulher (principal alvo do dossiê) a mais uma situação vexatória, não bastasse o caso das guampas que só ela ostenta sem reclamar?
FHC deveria pensar nela para variar, já que não tá nem aí para o país de merda que nos legou ao fazer seu sucessor de fato. Entregou tudo ao Lula, agora até o restinho de paz que a mulher pensava que teria no final da vida, mesmo aturando os desvios do mala.
FHC deveria pensar nela para variar, já que não tá nem aí para o país de merda que nos legou ao fazer seu sucessor de fato. Entregou tudo ao Lula, agora até o restinho de paz que a mulher pensava que teria no final da vida, mesmo aturando os desvios do mala.
Crie vergonha FHC e diga de uma vez se é ou não leão-de-chácara do Lula. Tão inteligente, estudado, bem relacionado, com prestígio internacional e não tem capacidade para mobilizar forças políticas e acabar com a agonia em que vivemos?
Já tivemos todas as crises agudas que uma democracia pode suportar.
Já tivemos todas as crises agudas que uma democracia pode suportar.
Até quando só Lula, PT e seus vampiros vão ser os únicos a atropelar o 'estado de direito' que só existe na retórica dos acomodados??
Se eu fosse a Ruth trocaria o FHC pelo Nildo, aquele sim teve coragem de enfrentar Lula; tá com pouca quilometragem, a lataria em melhor estado e entende de podas...hehe
Como dizem por aqui: Nildo, dax um banho!
Lia
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