Conan e Pirulo, os dois cães que ajudaram a liquidar Alfonso Cano
Bogotá - 21 Out 2014
Graças aos cães que acompanhavam o então comandante das FARC, vulgo Alfonso Cano, há três anos atrás as Forças Militares Colombianas descobriram o local onde ele se escondia, e o abateram. Seu verdadeiro nome era Guillermo León Sáenz Vargas.
Em 4 Nov 2011, o Exército Colombiano bombardeou um local no departamento (Estado) de Cauca, a uns 350 quilômetros ao sudoeste de Bogotá, confiando que "Cano" se refugiava em uma casa campesina, no meio das montanhas.
A operação foi antecedida por várias tarefas de Inteligência - incluídas as interceptações das comunicações rebeldes - que permitiram situar com precisão o lugar. Logo, as autoridades esperaram pacientemente que uma pista confirmasse a presença de "Cano": esta foi o avistamento de dois cães que se sabia serem os fiéis escudeiros do bandido, conforme mostra uma gravação em vídeo do Exército Colombiano que foi entregue ao canal local RCN e cujas imagens foram adquiridas pela The Associated Press.
Conan, um labrador, e Pirulo, um cão sem pedigree, acompanhavam León Sáenz desde que este participou nos frustrados diálogos de paz das FARC com o governo do ex presidente Andrés Pastrana (1998-2002) na região de San Vicente del Caguán.
Confirmado o objetivo, na manhã de 4 de novembro de 2011 se autorizou o bombardeio. Veio depois o desembarque de tropas e a recuperação dos corpos de três guerrilheiros. León Sáenz, porém, não foi encontrado de imediato.
Foi ao cair a noite quando um soldado escutou sons na vegetação próxima à zona da operação e viu a silhueta de uma pessoa, que tentou escapar ante a determinação de alto. O militar, seguindo as ordens de seus superiores, disparou sem saber que se tratava do narcoguerrilheiro conhecido como "Alfonso Cano".
Estes detalhes da forma como caiu o chefe quadrilheiro foram conhecidos por ocasião de uma entrevista, feita pelo canal RCN com o militar que efetuou o disparo mortal ao delinquente, sendo mantida no anonimato sua identidade por questões de segurança.
"Alfonso Cano" assumiu a chefia das FARC em 2008 após a morte natural do longevo Pedro Antonio Marín, conhecido como "Manuel Marulanda" ou "Tirofijo".
Após a morte de León Sáenz, a guerrilha elegeu como seu chefe máximo a Rodrigo Londoño Echeverry, vulgo "Timochenko" ou "Timoleón Jimenez", que deu sua concordância às negociações em curso com o governo do presidente Juan Manuel Santos para tentar por fim a um conflito de meio século.
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