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Há coisas que só podem ser entendidas e explicadas bem a posteriori. No mundo atual em que a informação — nem sempre completa — circula com velocidade vertiginosa, muitas vezes somos tentados a ter uma explicação para tudo. Isto, somado ao fato de que os meios de comunicação social nem sempre se interessam em divulgar todos os fatos em sua plenitude, por entender que alguns outros fatos devem ter prioridade de divulgação; por que alguns não proporcionarão audiência, e retorno financeiro; ou para não afetar interesses de aliados, financiadores, etc. Assim, tendemos a interpretar os fatos da forma como eles se nos parecem. E muitas vezes caímos em erro!
Há coisas que só podem ser entendidas e explicadas bem a posteriori. No mundo atual em que a informação — nem sempre completa — circula com velocidade vertiginosa, muitas vezes somos tentados a ter uma explicação para tudo. Isto, somado ao fato de que os meios de comunicação social nem sempre se interessam em divulgar todos os fatos em sua plenitude, por entender que alguns outros fatos devem ter prioridade de divulgação; por que alguns não proporcionarão audiência, e retorno financeiro; ou para não afetar interesses de aliados, financiadores, etc. Assim, tendemos a interpretar os fatos da forma como eles se nos parecem. E muitas vezes caímos em erro!
Há algum tempo, o senhor Francisco Scarpa Filho, conhecido por "Chiquinho Scarpa" — um famoso endinheirado —, proclamou seu desejo de imitar os faraós egípcios que enterravam suas riquezas e sepultar um valiosíssimo automóvel em seu jardim. O fato causou enorme repercussão, chamando a atenção de praticamente todos os órgãos da mídia e provocando grandes discussões na sociedade a respeito do enorme desperdício financeiro que se prenunciava.
Confesso que tive vontade de expressar minha opinião "pré-conceituosa" a respeito do que me pareceu mais uma futilidade do ricaço que aparentava não saber bem o que fazer com sua riqueza.
Na data aprazada, em setembro de 2013, um número enorme de equipes jornalísticas compareceu à casa do milionário para fazer a cobertura do "evento". "Chiquinho Scarpa", então, surpreendeu a todos anunciando que o carro não seria "sepultado" pois tudo aquilo era somente uma forma de promover a doação de órgãos — riqueza que poderia ser usada em prol da vida humana e que se perde ao ser sepultada por ocasião da morte.
“Eu fui julgado por querer enterrar uma Bentley, mas a verdade é que a grande maioria das pessoas enterra coisas muito mais valiosas que meu carro. Elas enterram corações, rins, fígados, pulmões, olhos. Isso sim é um absurdo. Com tanta gente esperando por um transplante, você ser enterrado com seus órgãos saudáveis que poderiam salvar a vida de várias pessoas, é o maior desperdício do mundo. O meu Bentley não vale nada perto disso. Nenhuma riqueza, por maior que seja, é mais valiosa que um único órgão, porque nada é mais valioso do que uma vida", anunciou Scarpa.
Me senti gratificado por não ter manifestado minha repulsa contra o que, no princípio, tinha me parecido uma grande demonstração de falta de noção de cidadania do magnata. E ele, que me era totalmente indiferente, passou a ter minha admiração.
Nesta semana, teve grande divulgação uma "prova" aplicada a alunos do ensino médio no Distrito Federal. Nela são utilizando termos de uma música popular e sua cantora é adjetivada como "grande pensadora contemporânea".
O tema repercutiu muito na internet, desencadeando reações diversas. Houve reuniões de pais e mestres para discutir o assunto. Cobranças às autoridades e indignações às centenas, ou milhares. Segunda ou terça-feira, ouvi o Professor de Filosofia Antônio Kubitschek, responsável pelo ato, em uma entrevista radiofônica.
Nesta semana, teve grande divulgação uma "prova" aplicada a alunos do ensino médio no Distrito Federal. Nela são utilizando termos de uma música popular e sua cantora é adjetivada como "grande pensadora contemporânea".
O tema repercutiu muito na internet, desencadeando reações diversas. Houve reuniões de pais e mestres para discutir o assunto. Cobranças às autoridades e indignações às centenas, ou milhares. Segunda ou terça-feira, ouvi o Professor de Filosofia Antônio Kubitschek, responsável pelo ato, em uma entrevista radiofônica.
Explicou ele que a questão se inseria no tema "Como a Imprensa Vai à Escola?" que ele desenvolve com seus alunos.
Entende o Professor que a Imprensa em geral só se interessa pela Escola, ou pela Educação, quando há fatos negativos para noticiar — ele não citou, mas ouso lembrar alguns desses "temas" ultimamente noticiados: brigas entre alunas, tráfico de drogas na porta dos estabelecimentos, estupros em banheiros, falta de professores, violência de alunos contra professores, mau estado das instalações escolares, e por aí vai. “Muitas vezes, acontecem coisas positivas no colégio, como uma exposição de fotografias que realizamos na escola, e apesar de anunciarmos à mídia, ninguém da imprensa foi lá mostrar”, criticou ele (talvez os termos que ele usou não tenham sido exatamente estes, mas a ideia certamente é essa).
Me atrevo a citar prêmios obtidos por alunos de ensino médio brasileiros em competições internacionais de Química e Física, Robótica, e Matemática que nunca tiveram seus feitos noticiados, ou que dos quais só tomaram conhecimento as pessoas de seus círculos de amizade. Nem vou citar bons resultados de alunos do Sistema Colégio Militar por que esses, já se acostumaram com o desprezo da mídia nacional somente pelo fato de pertencerem a uma instituição que carrega o terrível epíteto de "militar".
Pois bem, explicado o fato, peço que meus leitores façam como eu fiz. Busquem na internet as notícias sobre ele e terão como resposta:
1. se procurarem "prova popozuda", 367.000 resultados em (0,32 segundos);
2. se procurarem "Antonio Kubitschek", 1.800.000 resultados em (0,35 segundos).
Obviamente, não li todas esses resultados, mas os inicialmente apresentados ocupam-se, todos, sobre se a cantora Valesca Popozuda é ou não uma "grande pensadora", com direito até mesmo, a entrevistas com a própria, onde ela manifesta sua opinião.
Pode então, o digno professor do Distrito Federal orgulhosamente afirmar que sua teoria está correta, CQD ("como queríamos demonstrar").
A chamada "grande Imprensa" efetivamente não tem interesse algum pela Escola/Ensino, muito menos por alguma crítica contra ela, Imprensa, vinda do segmento escolar ou de qualquer outro!
Como escrevi no início, ha coisas que só podem ser compreendidas depois que acontecem. As ações de "Chiquinho Scarpa" e do Professor Antônio Kubistchek são algumas delas. Suas atitudes, em princípio incompreensíveis, depois tornaram-se perfeitamente fundamentadas e coerentes com o fim a que se destinavam.
Por outro lado, atitudes como a da chamada grande mídia, que dá importância ao que não tem importância ou que possui importância relativa em detrimento do que efetivamente nos interessa continuam incompreensíveis.
Podemos citar algumas coisas que enchem os jornais e programas jornalísticos de rádio e televisão, como futilidades do mundo das artes e do futebol (o Neymar anda "pegando" quem mesmo?), o acidente do avião malasiano, as peripécias de Putin na Criméia e adjacências (alguém já foi conferir no mapa, onde fica a Criméia?), a crise econômica grega, a perseguição aos militares malvados que consumiram com 200 ou 300 meliantes no século passado, e por aí vai.
Enquanto que, por aqui, nunca mais se ouviu falar sobre as investigações e/ou processo contra a dona Rosemery Noronha (a amiga "íntima" do ex presidente, lembram?), as investigações e/ou processo contra quem matou e quem financiou a morte do cinegrafista da Bandeirantes, a cassação das medalhas militares concedidas a bandidos condenados, as denúncias de possíveis fraudes nas urnas eletrônicas, as buscas do avião sumido no Pará, o aumento dos crimes contra a vida e sua impunidade (apesar de ser recorrente vermos autoridades omissas e policiais, covardes e incompetentes, incentivando o desarmamento do cidadão e recomendando a não reação aos meliantes), o empréstimo de vultosas quantias a países governados por ditadores, que nunca terão retorno (pelo menos não ao Tesouro), a violência política que massacra a sociedade venezuelana (a Venezuela, vizinha limítrofe, está nos devendo o pagamento de sua parte na Refinaria Abreu e Lima — mais um "negócio da china" promovido pela quadrilha do Nove Dedos) e tantos outros temas que nos dizem respeito diretamente.
Quando chegará a hora de podermos compreender a real motivação disso tudo?
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Como escrevi no início, ha coisas que só podem ser compreendidas depois que acontecem. As ações de "Chiquinho Scarpa" e do Professor Antônio Kubistchek são algumas delas. Suas atitudes, em princípio incompreensíveis, depois tornaram-se perfeitamente fundamentadas e coerentes com o fim a que se destinavam.
Por outro lado, atitudes como a da chamada grande mídia, que dá importância ao que não tem importância ou que possui importância relativa em detrimento do que efetivamente nos interessa continuam incompreensíveis.
Podemos citar algumas coisas que enchem os jornais e programas jornalísticos de rádio e televisão, como futilidades do mundo das artes e do futebol (o Neymar anda "pegando" quem mesmo?), o acidente do avião malasiano, as peripécias de Putin na Criméia e adjacências (alguém já foi conferir no mapa, onde fica a Criméia?), a crise econômica grega, a perseguição aos militares malvados que consumiram com 200 ou 300 meliantes no século passado, e por aí vai.
Enquanto que, por aqui, nunca mais se ouviu falar sobre as investigações e/ou processo contra a dona Rosemery Noronha (a amiga "íntima" do ex presidente, lembram?), as investigações e/ou processo contra quem matou e quem financiou a morte do cinegrafista da Bandeirantes, a cassação das medalhas militares concedidas a bandidos condenados, as denúncias de possíveis fraudes nas urnas eletrônicas, as buscas do avião sumido no Pará, o aumento dos crimes contra a vida e sua impunidade (apesar de ser recorrente vermos autoridades omissas e policiais, covardes e incompetentes, incentivando o desarmamento do cidadão e recomendando a não reação aos meliantes), o empréstimo de vultosas quantias a países governados por ditadores, que nunca terão retorno (pelo menos não ao Tesouro), a violência política que massacra a sociedade venezuelana (a Venezuela, vizinha limítrofe, está nos devendo o pagamento de sua parte na Refinaria Abreu e Lima — mais um "negócio da china" promovido pela quadrilha do Nove Dedos) e tantos outros temas que nos dizem respeito diretamente.
Quando chegará a hora de podermos compreender a real motivação disso tudo?
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Bingo.
ResponderExcluirOutrossim, o comentarista Luis Carlos Prates já falou várias vezes sobre a boa qualidade dos alunos e escolas militares.
Matéria replicada.
Abraços