Neste novembro de 2012, reverenciamos a todos os que, em novembros passados, tombaram pela fúria política de terroristas. Os seus algozes, sob a mentira de combater uma ditadura militar, na verdade queriam implantar uma ditadura comunista em nosso país. Para isso, atentaram contra o Brasil e agora lhes negam até mesmo o lenitivo de serem pranteados por nós.
Nestes tempos de esperança, cabe-nos lutar para que recebam isonomia no tratamento que os "arautos" dos direitos humanos dispensam aos seus assassinos, que hoje recebem pensões e indenizações do Estado contra o qual pegaram em armas.
A lembrança deles não nos motiva ao ódio e nem mesmo à contestação aos homens e agremiações alçados ao poder em decorrência de um processo político legítimo. Move-nos, verdadeiramente, o desejo de que a sociedade brasileira lhes faça justiça e resgate aos seus familiares a certeza de que não foram cidadãos de segunda classe, por terem perdido a vida no confronto do qual os seus verdugos, embora derrotados, exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda, urdida por um revanchismo odioso.
A esses heróis o reconhecimento da Democracia e a garantia da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha sido em vão.
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12/11/64 - Paulo Macena - (Vigia - RJ)
Morto durante a explosão de uma bomba colocada Cine Bruni, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em protesto contra a "Lei Suplicy". Também ficaram feridas seis pessoas.
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07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - (Civil - SP)
Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.
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04/11/69 - Estela Borges Morato - (Investigadora do DOPS - SP)
Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o terrorista Carlos Marighela.
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04/11/69 - Friederich Adolf Rohmann - (Protético - SP)
Morto durante a operação que resultou na morte do terrorista Carlos Marighela.
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07/11/69 - Mauro Celso Rodrigues - (Soldado PM - MA)
Morto em uma emboscada, durante a luta travada entre lavradores de terra, incitados por militantes da Ação Popular (AP).
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14/11/69 - Orlando Girolo - (Bancário - SP)
Morto por terroristas durante assalto ao Banco Brasileiro de Descontos (Bradesco).
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17/11/69 - Joel Nunes - (Sub-Tenente PM - RJ)
Morto a tiros por Avelino Bioen Capitani, durante um assalto da Organização Terrorista PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário) ao Banco Sotto Mayor, na Praça do Carmo, Rio de Janeiro. Desde janeiro de 2003, Capitani, que vive em Porto Alegre, é reconhecido como segundo tenente da Marinha.
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10/11/70 - José Marques do Nascimento - (Civil - SP)
Morto por terroristas em confronto com policiais.
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10/11/70 - Garibaldo de Queiroz e José Aleixo Nunes - (Soldados PM - SP)
Mortos em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo.
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01/11/71 - Nelson Martinez Ponce - (Cabo PM - SP)
Metralhado por Aylton Adalberto Mortati, durante um atentado praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular), contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A, em Vila Brasilândia, São Paulo.
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10/11/71 - João Campos - (Cabo PM - SP)
Morto na estrada de Pindamonhangaba ao interceptar um carro que conduzia terroristas armados.
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22/11/71 - José do Amaral Villela - (Oficial da Reserva do Exército - RJ)
Morto pelos terroristas da VAR PALMARES (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares) e do MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá Ferreira, Nelson Rodrigues Filho, Paulo Roberto Jabour, Thimothy William Watkin Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos, que assaltaram um carro-forte da firma TRANSPORT, na Estrada do Portela, em Madureira. José do Amaral Villela, que trabalhava como guarda, foi morto a rajadas de metralhadora e ficaram feridos os guardas Sérgio da Silva Taranto, Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva.
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27/11/71 - Eduardo Timóteo Filho - (Soldado PM - RJ)
Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio Marti.
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Morto por Ana Maria Nascimento Furtado (Márcia, Patrícia, Rita ou Lola) ao pedir documentos a ela e Flávio Augusto Neves Sales, militantes da ALN. Ela foi presa e morreu em tiroteio alguns dias depois ao conduzir a polícia ao esconderijo de seu grupo
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Os mortos acima relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações, mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome à escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro.
Fonte: Texto adaptado de: TERNUMA
COMENTO: por uma questão de justiça, também lembrarei aqui alguns membros de organizações terroristas que foram "justiçados" por seus companheiros de luta. Para isso, relato mais um desses "justiçamentos". Trata-se de Carlos Alberto Maciel Cardoso, da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 13 de novembro de 1971, no Rio de Janeiro.
Ele e sua companheira Hermelinda de Jesus Melo e Silva foram presos dia 9 de outubro pela Polícia Federal, por suspeita de participação no assalto ao Hospital da Ordem Terceira da Penitência. Admitiram algumas coisas, procurando ganhar a confiança de seus inquisidores. Vislumbrando a possibilidade de ser solto, Carlos Alberto propôs entregar os militantes da organização. Solto no dia 10, Carlos Alberto entregou um "ponto frio", com um dirigente de CR/GB, conseguindo fugir do controle dos policiais.
Retornando ao seio da organização, narrou a sua astúcia para conseguir a liberdade. Não convenceu. Foi julgado por um "tribunal revolucionário", composto da direção da CR/GB, naquela altura constituída por Hélcio Pereira Fortes, Flávio Augusto Neves Leão de Sales e Antonio Carlos Nogueira Cabral e condenado à morte.
No dia 13 de novembro os juízes, transvestidos de carrascos, tiveram um encontro com Carlos Alberto e informaram-no do seu destino. Apavorado, Carlos Alberto saiu correndo, sendo perseguido por Flávio Augusto e Antonio Carlos, disparando suas armas.
Ferido, ainda tentou abrigo no interior de uma casa da Rua Bernardo, no Encantado, onde seus algozes terminaram o serviço. Hélcio Pereira Fortes recolheu os companheiros, de carro, após concluída a missão de "justiçamento".
Os dirigentes da CR/GB não se preocuparam com Carlos Alberto, apesar dos "relevantes serviços" prestados em levantamentos que proporcionaram ações de vulto para a organização. Os argumentos de traição não se confirmaram, pois a organização nada sofreu com a prisão de Carlos Alberto. Apenas as suspeitas de três elementos, constituídos em "tribunal revolucionário", foram suficientes para determinar a sua morte ....
Em janeiro de 2005, uma certidão fornecida pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), atestou que Carlos Alberto nunca passou qualquer informação ao CENIMAR (O Globo - 31/01/2005 - página 3). O "tribunal revolucionário" errou. Carlos Alberto fora "justiçado" sem ter traído os terroristas.
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