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As agências de inteligência da Inglaterra estão recrutando aprendizes de espiões cibernéticos em uma tentativa de aproveitar os talentos da “geração Xbox”.
Cerca de cem jovens de 18 anos terão a chance de treinar para uma carreira no serviço secreto, lutando contra guerras cibernéticas e criminosos da internet.
O esquema, anunciado pelo secretário de Relações Exteriores, William Hague, é predominantemente destinado à GCHQ (QG das Comunicações Governamentais - Government Communications Headquarters), a agência de Comunicação Eletrônica do governo britânico, que integra o Serviço de Inteligência do país.
Alguns recrutas também vão trabalhar nas outras agências - o Serviço Secreto de Inteligência, MI6; e o Serviço de Segurança, MI5.
A iniciativa marca uma ruptura com as práticas do passado, quando as agências recrutavam, principalmente, jovens graduados em universidades.
Discursando em Bletchley Park - a casa britânica dos analistas de código na Segunda Guerra Mundial - William Hague disse que é importante selecionar as pessoas mais talentosas para garantir a qualidade da perícia cibernética do Reino Unido no futuro.
“Serão os jovens inovadores desta geração que ajudarão a manter nosso país seguro nos próximos anos, contra ameaças que são tão sérias quanto algumas das que enfrentamos durante a Segunda Guerra Mundial”, disse ele, segundo o jornal britânico “The Sun”.
“Hoje, não estamos em guerra, mas todos os dias eu vejo provas de ataques deliberados e organizados contra a propriedade intelectual e as redes do governo no Reino Unido, partindo de criminosos virtuais ou estrangeiros, com o potencial de minar a nossa segurança e competitividade econômica”, continuou o secretário de Relações Exteriores.
Autoridades disseram que o programa de aprendizagem da inteligência, agora, visa aproveitar as habilidades da “geração Xbox”, que cresceu no mundo das redes sociais, conexões globais e jogos interativos.
Os recrutas serão submetidos a um programa de dois anos de formação, com cursos de graduação em comunicação, segurança e engenharia na Universidade De Montfort, em Leicester.
Eles também irão estudar para um diploma de nível 4 na área de TI, software, web e competência profissional em telecomunicações.
Fonte: O Globo - Megazine
COMENTO: Serviço de Inteligência funciona assim. Verifica suas necessidades, escolhe quem pode fazer parte de seus quadros, recruta e treina. E mesmo assim sofre traições, vazamentos, defecções, etc. Por aqui, seleciona-se "concurseiros" (a bem da verdade, há que se reconhecer que há bons profissionais oriundos de concursos na ABIN, mas o predomínio é dos que simplesmente buscaram um "bom emprego" - o que não significa que gostem de "um bom trabalho").
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