por Janer Cristaldo
Segundo dados de 2010 do Departamento Federal de Estatísticas (Destatis), quase um sexto da população da Alemanha vive em risco de pobreza, com menos de 952 euros por mês. A taxa, referente ao ano de 2010, é a mais alta desde que os dados começaram a ser levantados, em 2005.
Um indivíduo é considerado sob ameaça de pobreza quando dispõe de menos de 11.426 euros por ano ou 952 euros por mês, incluindo benefício estatais. A medida relativa leva em consideração aqueles que recebem menos de 60% da renda média nacional. Segundo estes números, 12,8 milhões ou 15,8% da população estavam ameaçados naquele ano. 952 euros, à taxa de hoje, são 2.525 reais.
Segundo a definição da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República), as pessoas com renda familiar per capita entre cerca de R$ 291 e R$ 1.019 são as que formam a classe média brasileira. De acordo com a secretaria, essa classe representa 54% da população brasileira e é a maior do país.
Traduzindo: o teto de renda mensal da classe média brasileira não chega hoje sequer à metade da renda mensal de quem era considerado em risco de pobreza na Alemanha, há dois anos.
Para definir os grupos de consumidores, a SAE usou o critério de vulnerabilidade, que considera a chance do brasileiro de determinada classe social voltar à condição de pobreza. Os extremamente pobres têm renda per capita familiar até R$ 81 e os pobres, de R$ 81 a R$ 162.
Risco de pobreza na Alemanha significa pelo menos 15 vezes a condição de pobre no Brasil. Ora, direis, o custo de vida na Alemanha é mais alto. Segundo o Índice Big Mac, utilizado pela revista britânica Economist, estes eram os preços do sanduíche em dólares, em 2010, ano das estatísticas do Destatis:
1. Noruega - 7,20
2. Suécia - 6,56
3. Suíça - 6,19
4. Brasil - 4,915. Dinamarca - 4,90
6. Colômbia - 4,39
7. Zona do euro - 4,33
O Brasil tinha o quarto preço mais alto do mundo, enquanto a Europa ocupava o sétimo lugar. Pobre Alemanha!
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