por Felipe Melo
A perseguição aos judeus na Alemanha iniciou-se efetivamente no ano de 1933. Em 1º de abril, pouco depois de subir ao poder, Adolf Hitler decretou um boicote oficial a todos os comércios — mercearias, joalherias, armazéns, bancos, dentre outros — que pertencessem a famílias judias.
Os judeus eram considerados Untermensch (subumanos) por fazerem parte de uma raça inferior. Assim, eram alvo de toda sorte de perseguições, e, como se sabe, cerca de 6 milhões deles foram exterminados nos campos de concentração da Alemanha nazista — campos que, aliás, foram construídos com apoio logístico, financeiro e militar do governo soviético.
As imagens são chocantes, realmente. Esses atos de vandalismo e de ódio, frutos da eficientíssima propaganda nazista, parecem hoje uma insanidade intolerável àqueles que possuem um mínimo de noção do que significa decência, liberdade e honradez. No entanto, mais de meio século depois das atrocidades cometidas contra os judeus na Alemanha, vemos hoje o mesmo modus operandi, a mesma organização e a mesma lógica de superioridade no Brasil.
Estão vendo as fotos à esquerda? As pichações foram providenciadas pelo Levante Popular da Juventude em ações que estão sendo conhecidas como “esculachos” ou “escrachos” — verdadeiros pogroms morais. O objetivo dos “esculachos” é denunciar publicamente supostos torturadores da “ditadura” militar e seus cúmplices, atraindo a atenção da opinião pública através de pichações, manifestações e encenações de toda sorte.
Assim como a
Sturmabteilung, o Levante é movido pelos mais puros sentimentos de superioridade, que, ao invés do cunho racial dado pelos nazistas, possui fulcro político-moral. Tal qual a propaganda nazista levava a crer que os judeus eram perigosos e perniciosos somente por serem judeus, o Levante é movido pela propaganda comunista brasileira que, até hoje, esforça-se por mostrar que aqueles que foram agentes de Estado durante o regime militar são maus apenas por terem trabalhado para o Estado.
As acusações de tortura, sequestro e desaparecimento que a tropa de choque do Levante utiliza são baseadas tão-somente na palavra das supostas vítimas — que, devemos lembrar, basearam sua ação armada na construção de uma bem concertada rede de divulgação de mentiras elaboradas com o intuito de minar a credibilidade dos militares.
As acusações de tortura, sequestro e desaparecimento que a tropa de choque do Levante utiliza são baseadas tão-somente na palavra das supostas vítimas — que, devemos lembrar, basearam sua ação armada na construção de uma bem concertada rede de divulgação de mentiras elaboradas com o intuito de minar a credibilidade dos militares.
O que estarrece nessa situação toda é que a agressividade dessa escumalha comunofascista é recebida com loas e louros pela imprensa. Paulo Henrique Amorim, membro honorário do JEG (Jornalistas Empregados pelo Governo) e da BESTA (Blogosfera Estatal), não se cansa de divulgar e apoiar em seu site as ações da trupe esquerdóide. Marcelo Rubens Paiva chegou mesmo a agradecer ao Levante pelos “esculachos” em seu blog, no site do jornal O Estado de S. Paulo: “Bacana. Criativo. Justo. Obrigado, garotada.”
Para o Levante, pouco importa se realmente essas pessoas cometeram os crimes que eles as acusam de ter cometido. Isso é somente secundário: é irrelevante. Assim como era irrelevante para os nazistas se os judeus eram, de fato, uma ameaça ou uma “raça inferior”. O que importa é a prática do ódio, o reforço da propaganda, o achincalhamento público. Não interessa ao Levante que os supostos crimes sejam apurados e que a verdade venha à tona: o objetivo mesmo é constranger, humilhar; é fazer com que em torno dessas pessoas se forme um perímetro de ostracismo moral e social.
E a verdade? Como diria o pusilânime e relativista Pôncio Pilatos em “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson: Quid est veritas? O que é a verdade? Pelo visto, a resposta que mais apetece a essa gangue foi dada por Joseph Goebbels: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”
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