quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Piratas da Internet

por Solivar Soares
Piratas da Internet é a nova maneira, sutil, que a mídia convencional (redes de televisão e rádio, além de jornais escritos e revistas de circulação nacional) encontraram, para atacar a Internet, que vem se tornando uma ameaça real ao monopólio da informação, pertencente, a mídia convencional.

Apesar das redes de TV e rádio só poderem operar, após receberem a concessão pública, dada pelo Estado, para ser usada em benefício da sociedade, este privilégio é usado para divulgar a opinião da elite, em comum acordo, com interesses econômicos e políticos.
Para se ter uma ideia, de 2003 até hoje, a mídia convencional recebeu em torno de três bilhões de reais vindos de publicidade do governo.
Então, os donos dessa mídia, comprada, nunca irão expor a opinião popular. A linha editorial deles, já está direcionada, para difundir um ponto de vista manipulado, sem participação popular.
Observamos esses jornalistas, editores de jornais, apresentadores de TV, artistas, entre outros, falarem em nosso nome, algo que não gostaríamos que fosse dito, ou promover políticos e/ou defender campanhas, como a do desarmamento com a intenção de direcionar a votação, usando atores de novelas, como fez uma importante rede de televisão brasileira.
Esta rede de televisão foi eleita para defender os interesses do povo?
A velha mídia não permite a sua manifestação, caso esta seja contrária a linha editorial dela.
Para que a nossa liberdade de expressão pudesse ser exercida, surgiu a Internet e com ela a criação de inúmeros sites, entre eles, o YouYube.
No YouTube você pode divulgar vídeos com notícias não apresentadas na mídia convencional e tecer os seus comentários, o que você não pode fazer na mídia comprada.
Muitas verdades são ditas nos comentários autênticos vindos do povo e são exibidos no mundo inteiro.
O número de internautas cresce e, hoje, está acima de dois bilhões. Só no YouTube existem mais de um bilhão de contas.
Com o crescimento da Internet a velha mídia está perdendo espaço, prestígio, dinheiro e o mais importante, a credibilidade.
A reação dos poderosos donos da informação não tardou. Vários projetos de lei estão sendo criados usando o subterfúgio da proteção aos diretos autorais e crimes praticados na Web, como se seus autores estivessem realmente preocupados com esses problemas.
A bem da verdade, sabemos, que o interesse da velha mídia é o de não perder o monopólio da informação, que lhe faculta manipular as notícias e ganhar muito dinheiro.
O medo é terrível!
Consequentemente, as inúmeras campanhas e notícias manipuladas, com o fim de censurar a liberdade de expressão dos internautas, aumentam.
A mordaça virtual é a última esperança de se manter o monopólio da informação.
Para que não percamos a nossa liberdade de expressão, no mundo virtual, faz-se necessário que a imprensa tradicional, ultrapassada e cada vez mais desacreditada, seja substituída e depois eliminada, por uma mídia livre e autêntica: a Internet agradece.
COMENTO: é bem verdade que a Internet permite a difusão de muita porcaria. Eu a vejo como uma extensão das antigas "conversas de boteco". Feitas entre amigos e conhecidos, onde todo tipo de assunto é tratado sob o ponto de vista de cada um, com os riscos de ouvir e dizer (ler e escrever) bobagens. E sendo contestado, com argumentos, sem que haja estremecimentos nas amizades.
Assim sendo, entendo que as tentativas de restrições ao que é divulgado nas redes sociais são, simplesmente, censura às liberdades individuais. Cabe a CADA UM acreditar, aceitar, ignorar ou "não dar bola", refutar, "deixar prá lá", apresentar opiniões, etc. Tudo em função da noção de credibilidade que CADA UM tem a respeito do outro. Tudo muito simples.
Por isso, sou extremamente contra qualquer controle da internet pelo Estado. Não aceito que um servidor estatal, seja qual for o cargo que ocupe, decida no que ou em quem devo acreditar. Muito menos o que ou quais assuntos posso tratar. Já sou bastante crescido, não sofro deficiências cognitivas, e não abro mão do direito de decidir com quem devo, ou não, me relacionar. Tais "procedimentos" são atos que contrariam os direitos mínimos de cidadania definidos na Constituição Federal, mas contam com pleno apoio da imprensa prostituída,  que não vê nenhum erro ou motivo de críticas.
Aí vale o discernimento de cada um para aceitar ou refugar o que lhe é oferecido. Isso depende de educação, cultura, moral, ética de cada usuário. Mas censura à Internet é inaceitável!
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