A Europa Morreu: A China faz o Funeral
26 Fev 2011
Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução, uma nova Era já começou!
As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta que há cerca de três meses começou a Revolução! Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução "a sério" e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos distraídos (desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar. Mas falo, seguramente, duma Revolução!
De fato, há cerca de três ou quatro meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em dez dos principais fatores que sustentam a sociedade atual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de seis a doze meses. E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos quinze ou 25 anos!
Tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/Woodstock/Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.
Estamos a viver uma transformação radical, tanto ou mais profunda do que qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou!
Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 fatores":
1º- A Crise Financeira Mundial: desde há oito meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os quatro grandes Bancos Centrais mundiais — a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico — têm injetado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronômicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história!
As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta que há cerca de três meses começou a Revolução! Não! Não me refiro a nenhuma figura de estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução "a sério" e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos distraídos (desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar. Mas falo, seguramente, duma Revolução!
De fato, há cerca de três ou quatro meses começaram a dar-se alterações profundas, e de nível global, em dez dos principais fatores que sustentam a sociedade atual. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com resultados visíveis dentro de seis a doze meses. E que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próximos quinze ou 25 anos!
Tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações induzidas pelo Vietname/Woodstock/Maio de 68 (além e aquém Atlântico), ou na crise do petróleo de 73.
Estamos a viver uma transformação radical, tanto ou mais profunda do que qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos que a Revolução já começou!
Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10 fatores":
1º- A Crise Financeira Mundial: desde há oito meses que o Sistema Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota") e só se tem aguentado porque os quatro grandes Bancos Centrais mundiais — a FED, o BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico — têm injetado (eufemismo que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero") montantes astronômicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá, ou como irá acabar esta história!
2º- A Crise do Petróleo: Desde há seis meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar. Uma coisa é porém clara, o petróleo jamais voltará aos níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há sete semanas a uma subida no preço dos bilhetes de ... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste fator: basta lembrar que por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15% do PIB) irá virtualmente desaparecer em doze meses! Acabaram as viagens de avião baratas (... e as férias massivas!), a inflação controlada, etc.
3º- A Contração da Mobilidade: fortemente afetados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contração profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retração, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração econômica mundial.
4º- A Imigração: a Europa absorveu nos últimos quatro anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrônico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos cinco ou seis anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-econômico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!
5º- A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa percebe que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de fato a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
6º- A Europa Morreu: embora ainda estejam a projetar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projeto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objetivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns! Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Réquiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do setor: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos dois anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios ... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia ... helás! Estamos a falar de centenas de milhares de postos de trabalhos e do maior motor econômico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).
8º- A Crise do Edifício Social: As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projeto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e atuação comum.
9º- O Ressurgir da Rússia/Índia — para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em cinco anos ultrapassarão a Alemanha!
10º- A Revolução Tecnológica: nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou todo o previsto e processou-se a um ritmo nove vezes superior à média dos últimos cinco anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez fatores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e ... imprevisível.
Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos doze meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos dez ou vinte anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!
Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades!
3º- A Contração da Mobilidade: fortemente afetados pelos preços do petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contração profunda e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão sofrer fortíssima retração, com as óbvias consequências nas indústrias a montante e na interpenetração econômica mundial.
4º- A Imigração: a Europa absorveu nos últimos quatro anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação, num movimento incessante e anacrônico (os imigrantes são precisos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos cinco ou seis anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-econômico (até agora, vivemos nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza deles)!
5º- A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular um pouco pela Europa percebe que o movimento de destruição das classes médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa deste governo) está de fato a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e capacidade de intervenção.
6º- A Europa Morreu: embora ainda estejam a projetar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já não tem projeto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e que já não consegue definir quaisquer objetivos num "caldo" de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns! Já nenhum Cidadão Europeu acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida ou o seu futuro! O "Réquiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do setor: a construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos dois anos, porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de construção ocupada por encomendas de navios ... da China. O gigante asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana (até aqui foi just a joke). Foram apresentados há dias no mais importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial europeia ... helás! Estamos a falar de centenas de milhares de postos de trabalhos e do maior motor econômico, financeiro e tecnológico da nossa sociedade. À beira desta ameaça, a crise têxtil foi uma brincadeira de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a qualificá-los cada vez mais).
8º- A Crise do Edifício Social: As sociedades ocidentais terminaram com o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as novas gerações não querem laços de projeto comum, os jovens não querem compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e atuação comum.
9º- O Ressurgir da Rússia/Índia — para os menos atentos: a Rússia e a Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas, em cinco anos ultrapassarão a Alemanha!
10º- A Revolução Tecnológica: nos últimos meses o salto dado pela revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou todo o previsto e processou-se a um ritmo nove vezes superior à média dos últimos cinco anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez fatores estão ligados por um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado é ainda desconhecido e ... imprevisível.
Uma coisa é certa: as nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos doze meses e as mudanças marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos dez ou vinte anos, forçando-nos a ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e ecológicos.
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!
Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo, visionando e desfrutando das suas potencialidades!
Fonte: Pica na Orelha
COMENTO: o texto escrito há quase um ano por algum lusitano apresenta um panorama quase caótico. Ele se refere à Europa, mas os resultados, aos poucos, projetam-se para o resto do mundo ocidental. Brasil inclusive!
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