sábado, 24 de dezembro de 2011

Escândalo Sobre o Financiamento das Madres de Mayo

Sergio Schoklender e Hebe de Bonafini - Imagem: La Nación



Buenos Aires, 16 dic (EFE) - O ex-procurador da Fundação Madres de Plaza de Mayo, Sergio Schoklender, semeou hoje (16/12) nova polêmica com revelações sobre o suposto financiamento irregular da organização com assaltos e seus vínculos com guerrilhas latino-americanas.
Assaltos e armas
Schoklender, acusado de malversação e desvio de fundos públicos destinados a um plano de habitações das Madres de Plaza de Mayo, sustenta que a organização liderada por Hebe de Bonafini chegou a financiar-se com assaltos e ocultou armas na universidade.
Tanto Madres de Plaza de Mayo como outras organizações humanitárias e o governo argentino tem optado por manter silencio ante as revelações de Schoklender, que adiantou em um par de entrevistas divulgadas hoje (16/12) parte do conteúdo de um livro que publicará em breve.
Suposto contato com as FARC
Segundo o ex-procurador, a organização Madres de Plaza de Mayo manteve contato com as Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (FARC) com o objetivo de treinar jovens para um movimento na Argentina que derivaria na “revolución”.
Certamente que é um erro, porém não viram outra forma de resistência”, afirmou hoje em declarações à cadeia Radio 10, nas quais assegurou que o “contato com essas organizações se faziam na Venezuela”.
Além disso, em uma entrevista com o escritor argentino Martín Caparrós publicada hoje (16/12) em seu blog Pamplinas, afirmou que durante a vigência das leis do Ponto Final e Obediência Devida se chegou a planejar o sequestro do repressor Emilio Massera, porém foi a própria Hebe de Bonafini quem freou o plano.
Assegurou que, “como nos velhos tempos”, roubavam
Se referiu também ao financiamento das Madres de Plaza de Mayo. Quando tínhamos que sair para arrecadar, saíamos a arrecadar como nos velhos tempos: choreo (roubo)”.
Em negócios, em supermercados melhor. Tratávamos de que fossem lugares que representassem mais a concentração oligárquica, não a farmácia da esquina
, aclarou na entrevista com Caparrós.

Foi um brevíssimo tempo (…) se pagava a luz, os gastos médicos das Madres, o gás da casa, a água, como podíamos”, insistiu nas declarações à Radio 10.
Hebe de Bonafinicertamente sabia, ficava implícito que o dinheiro aparecia magicamente. Ela sabia de onde vinha, dizia 'não me digas o que fizestes'”, acrescentou.
Isso durou muito pouco, foi muito breve e equivocado, porém foi certo, porém depois, durante muitíssimo tempo, eu financiava e sustentava desde o cassino. Eu ia, trabalhava, eu sou um brilhante jogador de black jack, e trabalhava todas as noites para poder pagar as contas no dia seguinte”, afirmou à cadeia de radio.
Sergio Schoklender conheceu Bonafini quando ele cumpria uma pena por parricídio, começou uma estreita amizade com ela e ao sair da prisão se converteu em seu braço direito à frente da Fundação Madres de Plaza de Mayo.
Fonte:  tradução livre de Noticias 24
COMENTO:  o sujeito cumpriu parte de uma pena por ter auxiliado um irmão a assassinar seus pais, o que não garante boa índole. Mesmo assim, foi entronizado na cúpula da organização da sra Hebe Bonafini.  Tem fundamento! Lá, como por aqui, o que interessa é "la revolución" e os aliados, tendo utilidade, podem vir de qualquer lado.

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