por Arlindo Montenegro
Nestes dias tive acesso a um destes grandes jornais e a um computador. Pude ver, ouvir e ler, ora rindo, indignado, ora envergonhado da condição humana, o que estamos fazendo com a consciência dos que habitam este mundo, recebendo rações balanceadas de informação, para pensar e agir como determina a lei dos que arrebataram a condução da manada. Para obedecer o roteiro traçado pelos que configuram o nosso destino há milênios.
Da rápida passagem pela civilização, fui informado que aqui nesta pequena cidade as autoridades também praticam o desvio de verbas públicas. Na rodoviária, esperando o ônibus para voltar ao tugúrio onde posso refletir em silêncio, sentou-se ao meu lado aquela mocinha que poderia ser minha neta. Através do celular a menina falava com alguém: “Estou na rodoviária esperando Jane. ... Foi comprar maconha aqui perto. Eu não fui ... tenho vergonha ...”
A mocinha saiu. Uma senhora me olhou dizendo: “É assim, meu senhor. E adianta falar? Na televisão ficam dizendo que tem que legalizar, mandam a polícia proteger a marcha da maconha, tem novela e filme falando disso toda hora, tem cartilha ensinando a usar. O crime já chegou aqui também. Demorou mais chegou. Toda semana tem morto, acidente, preso e casa assaltada. A paz se foi. A polícia faz muito pouco.”
Logo pensei em Stalin. Nem aquela senhora nem aquela menina sabe que há poucos dias inauguraram uma estátua daquele ditador na cidade de Penza, na Rússia. Num blog da internet estava a pergunta: “Por que não julgam os crimes da União Soviética e dos comunistas, como fizeram com os nazistas? O “Livro Negro do Comunismo” já relacionou tudo e o mundo cala. Por que?” A resposta já foi dada. A gente está adestrada para ler sem pensar, ficando apenas com o sensacionalismo da notícia parcial, incapaz de relacionar, compreender e concluir.
Vamos aos fatos. A conspiração que antecedeu a revolução bolchevique foi financiada por banqueiros, aristocratas, empresários, intelectuais e políticos norte americanos e europeus. Trotsky, que se chamava Bronstein recebia a grana através dos jornais comunistas e vivia na intimidade de Paul Warbug da Federal Reserve e mandava para Lênin, que vivia na Suíça — paraíso dos banqueiros — escrevendo seu jornalzinho e obra teórica. Logo após a tomada do poder pelos bolcheviques, a anarquia econômica, a desordem pública e o terror determinaram a resistência dos russos brancos que, no começo da guerra civil, contaram com ajuda dos democratas ocidentais.
Trotsky comandou o exército vermelho. A ajuda aos russos brancos cessou e os bolcheviques se instalaram no poder. Stalin, o terceiro homem forte, estava nas sombras. Lênin aceitou a ajuda econômica dos banqueiros capitalistas capitaneados pelos Rotschild e Jacob Schriff, da casa bancária Kuhn, Loeb & Co. e a ajuda técnica ocidental para reorganizar a indústria e as finanças. Sem aquela grana e tecnologia capitalista, repassada para as fábricas e estaleiros navais a história seria outra. Lênin morreu. Stalin deu um golpe para afastar Trotsky, o judeu que seria sucessor de Lênin. Stalin ajudou Hitler treinando militares nazistas e ensinando como fazer os campos de concentração e extermínio.
As drogas e experiências genéticas já eram utilizadas em laboratório, sob o comando da KGB. Hitler firmou-se e saiu do controle anglo americano. Segunda Guerra Mundial. Os nazistas que promoviam o socialismo nacional, foram derrotados e os comunistas que promoviam o socialismo internacional, tipo nova ordem mundial, estavam ao lado dos capitalistas e nas fotos do armistício: Stalin risonho — o Tio Joe, como era tratado pelos norte americanos — ao lado de Roosevelt, Churchil e De Gaule, dividindo o mundo em duas áreas de influência, melhor dizendo áreas de enrolação, enganação.
Guerra Fria. Ogivas Atômicas emprenhando os arsenais das duas super potências — Estados Unidos e União Soviética — então aterrorizando o mundo na queda de braço, disputando na bala o controle físico, político e cultural do mundo “subdesenvolvido” — África, Ásia e América Latina. Para reduzir a moralidade da civilização cristã ocidental, o projeto de disseminação das drogas foi acionado pela KGB com ajuda da China e particularmente de Cuba para as Américas.
Por que não julgam os crimes dos soviéticos? Porque “a experiência” é parte fundamental de um projeto estratégico multi-secular. Instala-se o internacionalismo governo sem fronteiras da ONU. O Brasil é importante, pode-se dizer mesmo que é área fundamental, reserva estratégica significativa. Daí, de repente, tantos investimentos estrangeiros, tanta falação e disputa sobre a Amazônia — que os estrangeiros já dominam, como dominam quase metade do agro negócio. Por isto o crédito fácil, a educação desestruturada, a perseguição aos militares que barraram o comunismo em 1964 e também as drogas, crimes, insegurança, ataque à propriedade privada, corrupção, partidos políticos estão contidos, calados, comprados, submetidos. Tudo traçado, previsto, documentado.
Fonte: ViVerdeNovo
COMENTO: (ATUALIZAÇÃO DE POSTAGEM) é interessante o fato de algumas pessoas demonstrarem um conhecimento "além de sua época". Acredito que o hábito de serem bons leitores ajudam a aquisição dessa característica. Além disso, as experiências de vida facilitam a visão das coisas que a maioria das pessoas não percebem. Sempre admirei os escritos de Arlindo Montenegro, e tinha a curiosidade de saber mais a respeito dessa pessoa. Isto foi esclarecido em março de 2022, por ocasião do falecimento de José Anselmo dos Santos, o famoso "Cabo Anselmo", quando o jornalista Jorge Serrão revelou que Arlindo Montenegro era um nome fictício que José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, usava para publicar seus textos no blog do amigo que o apoiava.
https://jovempan.com.br/jorge-serrao/a-morte-do-cabo-anselmo-o-homem-que-nao-existiu.html |
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