quarta-feira, 6 de abril de 2011

Mensagens ao Reitor da Universidade de Coimbra

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I - CARTA ABERTA AO PROF. JOÃO GABRIEL SILVA,
MAGNÍFICO REITOR DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Na condição de professor universitário venho perante Vossa Excelência manifestar a minha perplexidade - e porque não dizê-lo-, indignação, diante da concessão do título de doutor honoris causa, pela instituição que ora Vossa Excelência representa, ao ex-Presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Tomando como referência o significado que tem, para nós brasileiros, a Universidade de Coimbra, entendo que a iniciativa destoa aberta e completamente de toda a sua tradição. Aprendemos que as personalidades que lideraram o processo da Independência e que assumiram os destinos do novo país - a começar do Patriarca, José Bonifácio - formaram seu espírito na Universidade de Coimbra. Aplaudimos com entusiasmo a concessão daquele título a ilustres representantes da contemporânea cultura brasileira, a exemplo do saudoso Miguel Reale. Em eventuais excursões a Portugal, todo membro da comunidade acadêmica brasileira sente-se no dever de conhecer a instituição que consideramos parte integrante de nossa história.
A concessão do mencionado título contraria frontalmente toda a idéia que nós fizemos da Universidade de Coimbra pelo fato, sobejamente conhecido, de que o ex-Presidente sempre se vangloriou de não haver freqüentado qualquer curso. Insistentemente, perante a nossa juventude, buscou inculcar a noção de que o sucesso pessoal independe de qualquer esforço no sentido de aprimorar o conhecimento. E, sobretudo, por uma administração desastrosa em matéria educacional.
No plano estritamente político, notabilizou-se por institucionalizar a corrupção, alegando inclusive tratar-se de fenômeno arraigado, que não lhe competia combater.
Esteja certo de que, com esse passo temerário, de um só golpe, a Universidade de Coimbra deu-nos uma clara demonstração de não ter qualquer compromisso com o respeito à memória que seus antecessores souberam construir.
José Carlos Aleluia, é professor universitário, 
Membro da Comissão Executiva do Democratas e
 Presidente da Fundação Liberdade e Cidadania
Fonte:  Blog Democrata
II - Repasso abaixo para os meus correspondentes o comentário que enviei à Universidade de Coimbra a respeito do título concedido ao pilantra mor brasileiro.  Otacílio
"Senhor Reitor da Universidade de Coimbra:

Jamais em meus 67 anos de vida julguei possível testemunhar uma instituição do nível da Universidade de Coimbra jogar na cesta do lixo o seu prestígio internacional ao conceder o título de Doutor Honoris Causa a um semi-analfabeto, sobretudo levando-se em conta a justificativa de tal homenagem, ou seja, a luta pela erradicação da miséria. Não houve absolutamente luta contra a miséria, mas sim, a sua perpetuação através de um programa de compra de votos denominado Bolsa Família, cujo valor não excede R$ 120,00 mensais por família. Entender que este valor - que é pago com o dinheiro dos contribuintes brasileiros, portanto, uma esmola ao invés de um programa contra a miséria - seja justificativa para a concessão de tão alta honraria, é abrir mão do bom senso e da inteligência e utilizar o prestígio dessa nobre instituição para a promoção da mediocridade. 
Não houve, em verdade, nenhum combate à miséria no Brasil, porque o Brasil continua sendo um dos países mais miseráveis do mundo, rivalizando com aqueles da África que Portugal "colonizou". A miséria atual no Brasil não é diferente da existente em Moçambique e Angola como pode ser comprovado por qualquer pessoa que visite o país e se dê ao trabalho de subir os morros das milhares de favelas existentes em todas as suas grandes cidades, a começar pelo Rio de Janeiro, e a percorrer os sertões do nordeste onde 50% da sua população sobrevive como animais. Em verdade, o senhor Lula da Silva comprometeu o futuro do Brasil com sua péssima administração. O crescimento médio do PIB nos seus oito anos de governo foi de pouco mais de 4%, inferior a média da América Latina no mesmo período. E os serviços públicos essenciais, como educação, saúde e segurança pública são considerados como os piores do mundo. Em renda per capita o Brasil ocupou em 2010 a 71ª posição no ranking mundial e o país se situa entre os últimos avaliados pela ONU em IDH-Índice de Desenvolvimento Humano. 
O que justificaria, portanto, a concessão de tal honraria? A meu ver, talvez os bilhões de dólares que Portugal quer emprestado do Brasil, já que não quer se submeter às saudáveis normas de gestão pública exigidas pelo FMI para a concessão de empréstimos. 
Como brasileiro esclarecido, deploro, portanto, ver essa instituição lançar na sarjeta o seu passado glorioso e o seu prestígio com a concessão imerecida de tão importante título.
Otacílio M. Guimarães"
Recebido por correio eletrônico
COMENTO:  transcrevo dois textos relativos ao assunto. O primeiro, uma explicação feita pelo editor do blog Coturno Noturno: "Está explicado o verdadeiro motivo para homenagem feita ao "Doutor" Lula pela Universidade de Coimbra. 10% do alunado da prestigiosa universidade (apenas no Brasil) é composta por bolsistas brasileiros. Nem a Espanha, ali ao lado, manda tanto aluno para a UC. As bolsas são pagas pelo governo brasileiro. Ontem, 900 bolsistas brasileiros formaram uma barulhenta claque paga para aplaudir o doutoramento do iletrado. Juntos estes bolsistas recebem, por ano, da Capes, cerca de U$ 20 milhões para estudar lá fora. O quanto é pago para Coimbra não é conhecido, mas deve ser basicamente a mesma coisa. Quem não fala inglês, francês ou italiano, costuma buscar o canudo em dinossauros como Coimbra em Portugal, Lion na Espanha ou o Museo Argentino, no vizinho ao lado. O único ônus é ter que, uma vez na vida e outra na morte, aplaudir um Lula virando doutor. Mas, como diria o poeta português Fernando Pessoa, tudo vale a pena, se a bolsa, ops!, se a alma não é pequena."
A segunda explicação foi feita por um leitor da Coluna do Claudio Humberto: "Progresso no Ensino - Caro CH, é notória a melhoria do ensino no nosso país. Alias reconhecimento até no exterior desta considerável melhoria. É um avanço para um país jovem em transformação. Não precisamos de estatísticas para avaliar a real melhoria da educação, basta um exemplo; a quem nós brasileiros julgávamos ser uma pessoa não estudada, em Portugal ela é considerada Doutor. Nunca imaginava que havia uma melhoria tão grande na qualidade de ensino. Parabéns aos brasileiros e aos demais países se esforcem para melhorar.... Wilson Miranda - Brasilia - DF"

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