por Arlindo Montenegro
Uns poucos grupos de militares da reserva puderam lembrar e comemorar a tomada do poder, que mudou a face da nação, abrindo as portas para as redes de comunicação, abrindo estradas e fazendo a economia da nação avançar, preservando a dignidade dos brasileiros. Melhor, preservando a vida e promovendo a pacificação.
Na imprensa, mesmo nos jornais e televisões que em 1964 agradeciam a ação das Forças Armadas — cuja firmeza, rapidez, senso de unidade e disciplina evitou o mal maior no mundo de então —, surgiram parcos comentários obedientes ao cabresto ideológico, lembrando a ditadura, torturas contra os inefáveis e "inocentes patriotas" assimilados pelo comunismo, armados e treinados por Moscou, Pequim e Havana.
Uma rede de televisão recentemente premiada pelos governantes com uma negociata envolvendo a Caixa Econômica Federal, agradeceu, lançando uma novela que pretende recuperar a história, de modo "isento", tão isento como a reportagem de um jornalista que entrevistou torturadores e torturados, vítimas da cruel ditadura militar, sem mencionar a causa das prisões! Presos por patriotismo? Presos por serem bons moços?
É bom lembrar que a palestra que o General Heleno prometia fazer, dentro do quartel, foi proibida! E foram proibidas outras reuniões comemorativas intra caserna, como em Fortaleza. Na tal reportagem como na novela em que prometem isenção, as imagens e a mensagem são contundentes contra à instituição militar, e a edição está proibida de deixar escapulir qualquer coisa que lembre o senso de disciplina que fez calar o General Heleno.
O que seria lembrado? A paralisia do país, o cerco feito pela CGT ao presidente Goulart, com apoio de congressistas que desejavam mudar de rumo e de patrão imperialista? Será que ele ia abordar as certezas atuais sobre a decisão tomada pelo Jango, para evitar uma guerra civil de longa duração? Ou que os profissionais das força armadas, por sua formação, por seu juramento à bandeira, por sua disciplina, por sua consciência sempre foram conselheiros na intimidade do núcleo de poder? Mas conscientes de que, acima de tudo, estava a soberania da nação.
Será que ele ia abordar a diferença entre o 31 de março de 1964, quando a cultura cristã era uma realidade, quando a ética e a moral de religiosos ainda incomodava os meios políticos ainda atentos aos valores culturais, hoje invertidos com a desmoralização da família, das leis e do mesmo estado apartado da nação?
Ou lembrar que hoje se sabe mais sobre a identidade e intenções do inimigo real que ilude a nação e explora a ignorância dos humildes? Que explora a estupidez geral produzida pela propaganda? Que explora a avidez dos que concentram a riqueza, aliados e dependentes dos que detêm o poder contra o bem estar das gentes e a evolução natural?
Será que ele ia dizer que os critérios de decisão são ditados pela ONU, por Londres, Nova Iorque, Washington, Wall Street em intimidade com Pequim, Moscou e Bruxelas? Que são valores contrários à nossa identidade cultural e soberania agonizante? Iria convocar as forças armadas para provocar uma guerra civil, provocar a invasão do território por forças da Venezuela e Cuba a serviço da ONU e das elites internacionais? Duvido! Quando muito ele iria lembrar a disciplina militar ferida e restaurada e a missão cumprida para proteger os brasileiros e preservar a dignidade e continuidade da nação em sua inteireza.
O confronto de 1964, repete-se agora. Encobertos os apelos ideológicos e afastada a ideia de forças políticas polarizadas entre duas potências, ambas militaristas e antagônicas. A grande farsa é agora um jogo aberto pelo poder de uma estrutura diabólica, pacientemente tecida para submeter as nações, reduzir as populações e decretar o governo internacional submetendo colônias de trabalho de uma "nova ordem mundial".
Será que os deputados, senadores, presidente que foram eleitos e ciscam nos terreiros de Brasília, têm consciência disto? Será que todos os coronéis, brigadeiros e almirantes têm consciência disto? Ou estarão conformados em seus postos de trabalho, esperando aviões, navios, tanques, armamento e decisões significativas para que possam cumprir seu dever constitucional de guardiães da nação e do território?
Os propósitos internacionalistas da elite capimunista, foram transformados em diretrizes, que Fernando Henrique e Luis Inácio receberam pessoalmente do Diálogo Interamericano patrocinado por Rockfeller. O sociólogo marxista e o operário, cumpriram direitinho, com financiamento e assistência das Fundações mantidas pelos banqueiros, pela elite política de Londres, Moscou e dos EUA.
O transe hipnótico promovido por Fundações e institutos que nem o Tavistock, se concretizou envolvendo as elites pensantes e gerencias empresariais intensamente treinadas para a reengenharia da sociedade. Hoje, graças à web se pode saber quase todos os movimentos do inimigo único, com um único propósito.
Mas a liberdade de expressão, a liberdade de escolhas, as iniciativas são exclusividade do estado. Quem for dissidente, quem pensar diferente, quem desejar preservar cultura, crenças, costumes e liberdade para educar os filhos, que se cuide. O estado-deus emerge com uma cabeça coberta por pensamentos-serpentes, que nem a cabeça da Medusa.
Fonte: ViVerdeNovo
COMENTO: (ATUALIZAÇÃO DE POSTAGEM) é interessante o fato de algumas pessoas demonstrarem um conhecimento "além de sua época". Acredito que o hábito de serem bons leitores ajudam a aquisição dessa característica. Além disso, as experiências de vida facilitam a visão das coisas que a maioria das pessoas não percebem. Sempre admirei os escritos de Arlindo Montenegro, e tinha a curiosidade de saber mais a respeito dessa pessoa. Isto foi esclarecido em março de 2022, por ocasião do falecimento de José Anselmo dos Santos, o famoso "Cabo Anselmo", quando o jornalista Jorge Serrão revelou que Arlindo Montenegro era um nome fictício que José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, usava para publicar seus textos no blog do amigo que o apoiava.
https://jovempan.com.br/jorge-serrao/a-morte-do-cabo-anselmo-o-homem-que-nao-existiu.html |
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