por Izidro Simões
Roraima parece que está mesmo em fase de extinção como entidade federativa e parte do Brasil. O mais conhecido grande golpe contra Roraima, foi a homologação da Raposa Serra do Sol, com 1.700.000 hectares, quase do tamanho de Sergipe, assinada por Lula e, referendada pelo STF.
Nem tinha esfriado essa celeuma da Raposa/Serra do Sol, surgiu a notícia de que Lula também assinará a homologação da Reserva Indígena do Anaro, no município de Amajari, Norte de Roraima. Com as atenções voltadas para o vozerio levantado nacionalmente em torno da TIRSS, talvez por desânimo, não houve nenhuma manifestação por causa de Anaro, embora essa área indígena tenha 30.474 hectares para abrigarem apenas e tão somente 54 índios wapixanas; não são 54 famílias, e sim, apenas 54 indivíduos. Como a maioria das pessoas urbanas não tem familiaridade com medidas de área, para comparação, convém saber que esses 30.474 Ha são mais ou menos o total da área urbana de Boa Vista-RR, que tem cerca de 200.000 habitantes. Além do mais, são índios completamente aculturados, onde existe até escola de 1º grau.
Neste momento mesmo, esta em andamento secreto, mais uma feroz mordida em Roraima, desta vez, na Serra da Lua e suas vizinhanças. Uma ONG supostamente “ambiental” (mais uma) chamada ICMBio — Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade —, está fazendo o levantamento geodésico da área. A ICMBio é estreitamente ligada a ONG chamada ISA — Instituto Sócio Ambiental — um dos propugnadores e ativo participante da criação do mega latifúndio ianomâmi, homologado por Fernando Collor, de triste memória.
Tudo começou na surdina em 2006 (pasmem!) mas, o projeto foi agora descoberto pela jornalista Andrezza Trajano, da Folha de Boa Vista (RR), e o público ficou informado de mais essa esperteza federal, através da página 08, na edição do dia 02 de dezembro de 2009.
A nova área já tem nome: será o Parque Nacional do Lavrado, com um tamanho inicial de “apenas” 155.000 hectares. Os trabalhos estão sob a responsabilidade da técnica ambiental Larissa Diehl, e essa área ficará fazendo parte do programa da ARPA-Áreas Protegidas da Amazônia.
Para se ter um parâmetro, é preciso repetir o espantoso tamanho: são “apenas” 155.000 hectares. A área urbana da capital paulista é de mais ou menos 90.000 hectares. Deu para “sentir” o tamanho da mordida nas terras de Roraima e no Brasil?
Por pura “coincidência”, essa terras tão cobiçada ficam no município de Bonfim, que tem petróleo confirmado e, também por outra pura “coincidência”, fica na fronteira com a República da Guiana (ex-inglesa) e que, também por absoluta “coincidência” — nada mais que isso, é claro — beirando a margem direita do Rio Tacutu, que tem na margem oposta e bem em frente (na Guiana), uma área também de “preservação ambiental” com mais de 400.000 hectares, a qual tem como “patrono”, nada menos que o diligente Príncipe Charles, aquele lá da Inglaterra. Já ouviu falar dele? Pois é, aí está um bom vizinho “ambientalista” para a “nossa” área ambientalista, que conta também com o entusiasmo e decidido apoio do ISA-Instituto Sócio-Ambiental, por pura “coincidência também”, bom parceiro dos ingleses.
Está tudo em casa, não é mesmo? Para apossarem-se dessas imensas terras, não titubeiam e vão expulsar os proprietários, que logo, logo, serão chamados de “invasores” e “posseiros de má-fé” tal como fizeram com os quase 200 fazendeiros e seus familiares que viviam na Raposa/Serra do Sol.
A homologação já tem data marcada! É para 30 de abril de 2010. São 261 famílias, perfazendo 794 pessoas muitas das quais, tal como as da Raposa/Serra do Sol, nasceram, criaram seus filhos e vivem até hoje na região, com suas famílias! Várias das fazendas tem título definitivo e registro, datado de 1914 mas, mesmo assim, os moradores vão ter que “picar a mula” e sair de lá.
Até hoje a FUNAI não conseguiu reassentar todos os que foram expulsos da Raposa/Serra do Sol, porque as terras públicas de Roraima estão “sumindo”.
Para onde irão mais esses sofredores, que perderão tudo o que eles, seus pais e avós conseguiram formar em várias décadas e até mesmo em mais de um século de trabalho duro e persistente? E as ínfimas indenizações, que mesmo sendo assim, o governo garante mas, não paga, ou paga muitos anos depois e, com precatórios?
Apanhado nesse flagrante de esperteza do governo federal, e que também estava sendo gestada na surdina, Nagib Lima, assessor da Casa Civil, conhecido no Estado pelo apelido de “gerentão da Dilma” imediatamente tratou de desmentir e minimizar tudo. “Garante” que os projetos já estão paralisados, que nada vai ser feito sem consulta prévia ao Governo do Estado, em audiência pública e para que “a sociedade” manifeste-se contra ou a favor.
Acham que é pouco? Então vejamos mais adiante: Roraima tem hoje, três parques nacionais, três estações ecológicas e duas florestas nacionais, totalizando oito unidades de conservação.
Lula também já confirmou sua presença em Roraima para 30 de abril, quando deseja assinar de uma vez só, todas as homologações, mas parece que não vai parar por aí. Nagib Lima, o “gerentão” nega sempre, mas sabe-se que outras áreas já estão demarcadas, faltando apenas a assinatura da homologação. Uma delas: Trombetas/Mapuera, envolvendo terras do Pará e Roraima, abrigando uma mistura de ONZE etnias (!), totalizando mesmo assim, apenas 8.470 índios, sendo que a maioria está no Pará.
PRESTE MUITA ATENÇÃO! Essa ínfima quantidade de índios receberam nada menos que 558.502 hectares! Repetindo, para firmar bem o total absurdo: 558.502 hectares — quase a metade da Raposa/Serra do Sol, QUASE SEIS VEZES O TAMANHO URBANO DA CAPITAL PAULISTA PARA 8.470 ÍNDIOS, e 10% dessa área está dentro de Roraima, nos municípios de Caroebe e São João da Baliza.
Depois disso, sobrarão para Roraima, apenas 25% de suas terras, se o governo federal já não estiver arquitetando alguma outra esperteza, por trás dos bastidores.
Neste momento mesmo, esta em andamento secreto, mais uma feroz mordida em Roraima, desta vez, na Serra da Lua e suas vizinhanças. Uma ONG supostamente “ambiental” (mais uma) chamada ICMBio — Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade —, está fazendo o levantamento geodésico da área. A ICMBio é estreitamente ligada a ONG chamada ISA — Instituto Sócio Ambiental — um dos propugnadores e ativo participante da criação do mega latifúndio ianomâmi, homologado por Fernando Collor, de triste memória.
Tudo começou na surdina em 2006 (pasmem!) mas, o projeto foi agora descoberto pela jornalista Andrezza Trajano, da Folha de Boa Vista (RR), e o público ficou informado de mais essa esperteza federal, através da página 08, na edição do dia 02 de dezembro de 2009.
A nova área já tem nome: será o Parque Nacional do Lavrado, com um tamanho inicial de “apenas” 155.000 hectares. Os trabalhos estão sob a responsabilidade da técnica ambiental Larissa Diehl, e essa área ficará fazendo parte do programa da ARPA-Áreas Protegidas da Amazônia.
Para se ter um parâmetro, é preciso repetir o espantoso tamanho: são “apenas” 155.000 hectares. A área urbana da capital paulista é de mais ou menos 90.000 hectares. Deu para “sentir” o tamanho da mordida nas terras de Roraima e no Brasil?
Por pura “coincidência”, essa terras tão cobiçada ficam no município de Bonfim, que tem petróleo confirmado e, também por outra pura “coincidência”, fica na fronteira com a República da Guiana (ex-inglesa) e que, também por absoluta “coincidência” — nada mais que isso, é claro — beirando a margem direita do Rio Tacutu, que tem na margem oposta e bem em frente (na Guiana), uma área também de “preservação ambiental” com mais de 400.000 hectares, a qual tem como “patrono”, nada menos que o diligente Príncipe Charles, aquele lá da Inglaterra. Já ouviu falar dele? Pois é, aí está um bom vizinho “ambientalista” para a “nossa” área ambientalista, que conta também com o entusiasmo e decidido apoio do ISA-Instituto Sócio-Ambiental, por pura “coincidência também”, bom parceiro dos ingleses.
Está tudo em casa, não é mesmo? Para apossarem-se dessas imensas terras, não titubeiam e vão expulsar os proprietários, que logo, logo, serão chamados de “invasores” e “posseiros de má-fé” tal como fizeram com os quase 200 fazendeiros e seus familiares que viviam na Raposa/Serra do Sol.
A homologação já tem data marcada! É para 30 de abril de 2010. São 261 famílias, perfazendo 794 pessoas muitas das quais, tal como as da Raposa/Serra do Sol, nasceram, criaram seus filhos e vivem até hoje na região, com suas famílias! Várias das fazendas tem título definitivo e registro, datado de 1914 mas, mesmo assim, os moradores vão ter que “picar a mula” e sair de lá.
Até hoje a FUNAI não conseguiu reassentar todos os que foram expulsos da Raposa/Serra do Sol, porque as terras públicas de Roraima estão “sumindo”.
Para onde irão mais esses sofredores, que perderão tudo o que eles, seus pais e avós conseguiram formar em várias décadas e até mesmo em mais de um século de trabalho duro e persistente? E as ínfimas indenizações, que mesmo sendo assim, o governo garante mas, não paga, ou paga muitos anos depois e, com precatórios?
Apanhado de surpresa, Domingos Santana (PV), prefeito de Bonfim, está peregrinando pelas propriedades que serão atingidas e, marcou uma grande reunião na fazenda Rancho W, para o dia 12 de dezembro — sábado, com a presença de todos os proprietários atingidos. O prefeito informou ainda, que a Prefeitura e os fazendeiros entrarão na Justiça contra mais essa decisão absurda, perpetrada contra Roraima.
Uma nova encrenca que está sendo gestada, com a demarcação, marcada para 30 Abr 2010 próximo, pode-se dizer que o dia fatídico já está quase na porta desses pioneiros e sofredores.Apanhado nesse flagrante de esperteza do governo federal, e que também estava sendo gestada na surdina, Nagib Lima, assessor da Casa Civil, conhecido no Estado pelo apelido de “gerentão da Dilma” imediatamente tratou de desmentir e minimizar tudo. “Garante” que os projetos já estão paralisados, que nada vai ser feito sem consulta prévia ao Governo do Estado, em audiência pública e para que “a sociedade” manifeste-se contra ou a favor.
Acham que é pouco? Então vejamos mais adiante: Roraima tem hoje, três parques nacionais, três estações ecológicas e duas florestas nacionais, totalizando oito unidades de conservação.
Lula também já confirmou sua presença em Roraima para 30 de abril, quando deseja assinar de uma vez só, todas as homologações, mas parece que não vai parar por aí. Nagib Lima, o “gerentão” nega sempre, mas sabe-se que outras áreas já estão demarcadas, faltando apenas a assinatura da homologação. Uma delas: Trombetas/Mapuera, envolvendo terras do Pará e Roraima, abrigando uma mistura de ONZE etnias (!), totalizando mesmo assim, apenas 8.470 índios, sendo que a maioria está no Pará.
PRESTE MUITA ATENÇÃO! Essa ínfima quantidade de índios receberam nada menos que 558.502 hectares! Repetindo, para firmar bem o total absurdo: 558.502 hectares — quase a metade da Raposa/Serra do Sol, QUASE SEIS VEZES O TAMANHO URBANO DA CAPITAL PAULISTA PARA 8.470 ÍNDIOS, e 10% dessa área está dentro de Roraima, nos municípios de Caroebe e São João da Baliza.
Depois disso, sobrarão para Roraima, apenas 25% de suas terras, se o governo federal já não estiver arquitetando alguma outra esperteza, por trás dos bastidores.
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