sábado, 19 de setembro de 2009

E Haja Imposto Para Sustentar Essa Corja!!

por Rafael Limberger
O servidor do Senado Federal João Paulo Esteves Coutinho ficou preso por cinco anos sem ter o salário interrompido e ainda recebe aposentadoria da Casa. Coutinho era servidor efetivo da Gráfica do Senado e ficou lotado no gabinete de Marco Maciel durante o tempo em que ficou preso.
O chefe de gabinete de Marco Maciel disse que o servidor cometeu o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) em 1977, mas não foi preso à época. Em 1984, ele foi admitido na Gráfica do Senado e em 1991 foi transferido para o gabinete de Marco Maciel, a pedido do irmão, Silvio Esteves, que era subchefe do gabinete do senador.
Esteves teria alegado ao senador que o irmão havia tido tuberculose e sofria de alcoolismo. Por isso, pediu que ele e o irmão trabalhassem juntos para que o tratamento de Coutinho fosse acompanhado de perto. A doença também foi usada como desculpa quando ele começou a faltar ao trabalhoSegundo Rebelo, apenas Esteves sabia da prisão do irmão.
Esteves foi responsabilizado pela irregularidade, mas também continua recebendo salário do Senado, lotado na Subsecretaria de Anais. A comissão de sindicância que investigou o caso apurou que ele assinava a folha de frequência no lugar do irmão e também recebia o salário no lugar dele. Segundo a assessoria do senador Marco Maciel, Esteves recebeu R$ 219 mil reais no lugar de Coutinho.
A irregularidade só veio à tona quando o juiz da Vara de Execuções encaminhou ofício para o Senado informando que Coutinho passaria a cumprir regime semiaberto e questionando se a Gráfica poderia aceitar o servidor de volta. A partir daí, foram abertos dois processos administrativos. As investigações concluíram que o preso não sabia do esquema.
Coutinho foi condenado pelo Senado a pagar multa durante 90 dias, equivalente a 50% do salário recebido durante este período. Pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Esteves foi condenado a devolver todo o dinheiro recebido irregularmente corrigido com multa e juros.
Segundo o chefe de gabinete de Maciel, João Paulo voltou a trabalhar no Senado e pouco tempo depois foi aposentado, diagnosticado com alienação mental. A então chefe de gabinete do senador, Maria do Socorro Rodrigues, também foi condenada pelo TCU a pagar multa de R$ 10 mil por ter negligenciado a folha de frequência do gabinete. Hoje, ela é aposentada do Senado.
Sem comentário. Mais uma prova de que um Brasil bicameral é realmente algo que não precisamos.
Fonte: Capital Gaucha
citado no Blog do Previdi em 18 Set 09.

COMENTO: alguém pensa que as condenações do TCU terão algum efeito prático e que o dinheiro desviado — uma merreca se comparado à qualquer outra das inúmeras falcatruas que pululam naquele valhacouto — será devolvido? Tolinhos!!!

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