por José Nivaldo Cordeiro
Ontem, rodando os canais da TV no fim de noite, deparei-me com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fazendo o discurso de paraninfo da turma de formandos da faculdade de Administração Zumbi dos Palmares. O ex-presidente sublinhou na sua fala o mantra que está na boca de todos os socialistas, que é aquele cunhado por Rousseau: igualdade. O discurso até seria bonito se diante da câmara não tivéssemos precisamente o contrário da igualdade: um universo predominantemente de pessoas da raça negra. Eu me perguntei: onde a igualdade? Vi ali muitas exortações ao racismo oficial.Mas quero me referir aqui não à escola, mas ao discurso. FHC é um legítimo representante da nossa elite, seja ela a política, a econômica ou a acadêmica. Um discurso dessa natureza na boca de FHC merece um único adjetivo: demagogia. Toda a nossa política, desde 1985, tem sido isso, a demagogia pura e crua nascida dos delírios do genebrino. E, quando referida ao problema racial, essa demagogia resvala para o mais perigoso e contrário à realidade nacional: as tais políticas afirmativas, que têm feito aqui precisamente o contrário da busca da igualdade. Estamos a construir os muros dos guetos do apartheid social, não os mecanismos da igualdade.
Fernando Henrique Cardoso e seus seguidores socialistas serão os autores originais desse mal que ficará como nódoa por muito tempo na Nação brasileira, de fabricar-se o racismo com sinal trocado. O discurso da igualdade suportando o seu contrário semeou o germe da discórdia racial que terá desdobramentos imprevisíveis e de nenhuma forma positivos. A serpente inteira que está contida nesse ovo de peçonha. A figura do ex-presidente, a discursar esse monte de mentiras políticas, me fez lembrar do filme de Ingmar Bergman sobre a gênese do nazismo. O mesmo fermento do rancor, o mesmo populismo que permitiu que a figura nefasta de Hitler emergisse para o seu epílogo sangrento.
Não posso deixar de pôr nos ombros do ex-presidente a máxima responsabilidade sobre o que vier a acontecer. Ele tem os meios de saber que essa demagogia está prenhe dos piores propósitos. Mais que ninguém ele sabe que as ideais de Rousseau são imorais e irracionais. Ele sabe que tudo que é revolução, desde o século XVIII, congregou lunáticos berrando pela igualdade de fato, quando na verdade a igualdade única possível é a igualdade diante da lei, aquela defendida por Locke. Esses revolucionários mataram muita gente. Nesse sentido, tanto quanto Rousseau, FHC é um sociopata, um maluco que passa por bom mocinho e que tomou o comando da política nacional. De um ovo de serpente só pode nascer uma serpente, já pronta para realizar sua missão maléfica no mundo.
Não há qualquer atenuante para FHC. Ele tem plena consciência intelectual dos seus atos. Não percebo nele nem mesmo a fé dos acólitos dos delirantes seguidores de Rousseau, percebo o oportunismo daqueles que fizeram da política o seu vício mais devastador.
O discurso de FHC deve ser ouvido e estudado. É o silvo da serpente que se arrasta sobre a terra. Para se saber o caráter de alguém basta lhe perguntar o que pensa sobre Rousseau. FHC o disse e repetiu. É a amoralidade personificada.
Fonte: BOOTLEAD
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