terça-feira, 21 de abril de 2009

Anos de Chumbo

por Laguardia
O ano era o de 1972, recém formado da Faculdade de Administração de Empresas trabalhava numa ONG de caráter religioso nas Favelas de Belo Horizonte, levando assistência médica, odontológica, reforço escolar e até mesmo reforço financeiro para famílias necessitadas moradoras dos morros da cidade.
Atendíamos cerca de cinco mil crianças necessitadas só em Belo horizonte, sem falar nas que eram assistidas em outras cidades em orfanatos e também em favelas, como as famílias que residiam no morro do Carapina em Governador Valadares.
Subíamos os morros sem medo. Levávamos aquelas famílias um raio de esperança e muito amor e carinho par parte das visitadoras sociais, pessoas que eram encarregadas de acompanhar e ajudar um determinado número de famílias. Levavam também a mensagem e o exemplo de paz e amor que nos foi ensinada por nosso Mestre Jesus Cristo.
Não buscávamos reconhecimento nem o nosso trabalho tinha qualquer coloração política.
Nesta mesma época havia outras pessoas fazendo outro tipo de movimentação. Tentavam instalar no Brasil uma ditadura do operariado nos moldes de Cuba. Pregavam que a religião era o ópio do povo. Pregavam o ódio e a vingança. Na verdade lutavam pelo poder.
Bancos eram assaltados, pessoas inocentes assassinadas em nome de uma ditadura socialista. Os recursos roubados eram destinados a compra de armas e munições que vitimaram tantas pessoas inocentes. Nunca para ajudar aquelas pessoas que mais necessitavam.
Os assaltantes eram pessoas de classe social privilegiada. Estudavam nos melhores colégios e universidades da época. Eram pessoas como Dilma Rousseff, que em Belo Horizonte estudou no Colégio Estadual, onde estudava a elite dos estudantes mineiros. Estudou na Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, onde estudavam os alunos egressos dos melhores colégios.
Pessoas com Fernando Pimentel, José Genuíno, e tantos outros que não posso dizer se conheciam ou não a dura vida dos que viviam nas favelas, sem calçamento, sem luz, sem água, sem esgoto em casas de chão batido.
As visitadoras sociais da ONG que subiam os morros debaixo de sol e de chuva, tinham orgulho do trabalho que faziam. Estavam ajudando ao seu semelhante. Hoje são pessoas de quem ninguém se lembra, mas tenho a certeza que Deus há de recompensá-las pelo trabalho que realizaram em favor do próximo.
Já os que alardeavam e até hoje alardeiam e recebem gordas compensações financeiras do erário público causaram dor e sofrimento a centenas de famílias.
Quantos jovens inocentes foram privados de viver, de ter uma família, de ter a benção de filhos e netos, de ver a família crescer, de envelhecer com alegria e paz, vítimas da ganância dos que pegavam em armas em interesse próprio, e que hoje, no poder, continuam sem olhar para o mais necessitado, procurando apenas o poder e o enriquecimento ilícito através da corrupção e desonestidade.
Um dia hão de pagar por seus crimes.

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