terça-feira, 24 de março de 2009

Senhor Comandante

Ernesto Caruso
Senhores Comandantes de Companhia, Esquadrão, Bateria, Batalhão, Regimento, Brigada, Divisão, Navio de Guerra, Base Aérea, Esquadra, Esquadrilha, NAPAFLU, NAÉ, e de outros escalões, defendam o Brasil.
A nobre missão de comandar tem o risco ao se tomar decisão em confronto com o “é mais fácil não fazer” da omissão.
Os Senhores têm em mãos o elemento humano — sensível às suas palavras — que a cada ano se renova, conscritos que chegam cheios de interrogação e dúvidas, jovens quase imberbes. Na caserna se transformam em reservistas que voltam aos seus lares, plenos de brasilidade, civismo e amor à Pátria. Fizeram um juramento, segmento impar da sociedade que não se compromete somente com as práticas de uma profissão, mas com a própria vida se preciso for. Jubilosos e senhores de si, com a satisfação do dever cumprido.
Efetivo grandioso, massa crítica que ouve e transmite as boas lições. Aproveitem todas as oportunidades disponíveis da formatura matinal à da leitura do Boletim no fim da tarde, mensagens curtas, mas que ficam, não são esquecidas, são comentadas nos seio da família, o dia a dia dos exercícios, as novidades, mancadas, diante da apreensão, preocupação de mãe, cuidado, mas, coragem e incentivo do pai, espanto e curiosidade do irmão mais novo. Não deixem cantar marchinhas que lhes diminuam o amor próprio; bola murcha, bunda mole. Soldado tem que ser audaz, valoroso, competente, capaz de lutar e vencer.
Toda agressão aos nossos heróis deve ser respondida nesses momentos e até nas conversas informais. Não só aos heróis, mas a tudo que afete à coesão do homem fardado, da mulher fardada, do passado e do presente. Da ativa e da reserva. Não deixem por menos. Rebatam tudo que é dito como inverdade, dito e repetido nos telejornais, sem pudor, nas novelas (veículo dos mais utilizados para a propaganda subliminar e não é de hoje; o fazem por 30, 40 anos), nos filmes e reportagens, das emissoras institucionais, tipo TV Câmara e do Governo, aliada à Telesur, nas propagandas partidárias, mentindo e contrariando a História, escrita por muitos deles nos livros, que poucos leem, do tipo Combate nas trevas (Gorender) e Carbonários (Sirkis).
Contem a História como ela é. Verdade histórica. A Revolução Democrática de 31 de Março de 1964 tem sido o alvo dessa mentira, que não deve ser só lembrada a cada aniversário. Eles, os derrotados nas armas e nas idéias, o fazem sempre. Sempre que podem, criam simpósios, reuniões, comemoram nos bares, fazem almoços e brindam os sequestros, roubos de cofres, explosões, assaltos.
Digam quem foi Dilma, Dirceu, Tarso, Genoino, o que fizeram. Quem foi Carlos Prestes. Isto é História, está registrado nos livros que alguns deles escreveram e nossa gente também.
Quando o presidente Lula defende culto a “heróis” mortos na ditadura em homenagem ao prédio/UNE, "Imagina se a Frente Sandinista ficasse lamentando todos que Somoza matou. Imagine se Fidel (Castro) ficasse lamentando todos que Batista matou. Não! É fazer com que essas pessoas que tombaram lutando por alguma coisa em que acreditavam se transformem em heróis, que sejam símbolos da nossa luta. Que na sede da UNE tenha a fotografia e a história dos que morreram", digam quantos Fidel e Che Guevara mataram, não no ato em si dos combates de tomada do poder, mas ao longo do 50 anos que o casseta foi à Cuba para comemorar. Comentem a ida do casseta; passou no fantástico.
Os ministros da Justiça, Tarso Genro, e dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, pregam que a Lei da Anistia não deveria valer para os “torturadores” e que a tortura não é um crime político, perdoado pela anistia, e sim um crime hediondo, omitindo que terrorismo também o é.
Levem o jornal para a formatura, comentem, claro com todo respeito à figura do presidente, mas digam que existem outros como o Duque de Caxias, Antonio João e tantos mais.
Digam quem foi Dilma, Dirceu, Tarso, Vanucchi, o que fizeram. Quem foi Carlos Prestes. Como ainda hoje admiram e homenageiam Fidel, FARC, Morales que mandou tropas invadirem as propriedades da Petrobras em solo boliviano.
Em Rondonópolis, quando lá comandava o 18º GAG, um político local disse por um jornal que “os militares vivem engordando nos quartéis com polpudos soldos”. Suficiente para que o assunto fosse abordado na formatura matinal.
Se a retratada pela TV for Olga Benário, contem quem foi Olga Benário. Imediatamente, poucas palavras, mas repetidas em todas as oportunidades que lhes surgirem.
Não podemos esquecer os nossos mortos e feridos, não lamentando como ensina o presidente, mas lhes rendendo homenagens, prestigiando e defendendo. Convidando-os para palestras ao longo do ano. Muitos estão vivos e poderão comparecer para relatar as vicissitudes que enfrentaram, a experiência de combate nas selvas, no Araguaia, em Registro e na guerrilha urbana, peito a peito com eles e elas, agora comportados, de terno e terninho, treinados em Cuba, China, Rússia e Argélia, seguidores dos ensinamentos de Prestes, da linha maoísta, foquista, trotskistas, terroristas, algozes, matadores a coronhadas e por estrangulamento como foi com jovem justiçada a mando de Prestes e pelo tribunal vermelho: Elvira Cupelo.
Cito nomes de alguns de nossos combatentes feridos como o Cel Lício Maciel, Cel Fredie Perdigão, mortos com o Maj Toja Martinez, Sgt FAB Walder Lima, Sd Kozel Filho e injustiçados como o Cel Carlos Brilhante Ustra e Cel Audir Maciel que estão sendo fustigados pelos derrotados que os escolheram para sintetizar uma vingança, abominável gesto dos vencidos em combate, como se após um duelo, tempos mais tarde o perdedor, salvo por milagre, tenta apunhalar pelas costas aquele que lhe preservou a vida.
Consultem as páginas do Ternuma  e  A Verdade Sufocada.
Abomináveis ontem, quando colocaram explosivos no Aeroporto de Guararapes, matando inocentes, abomináveis hoje. Não querem justiça, perdão, anistia, nem estão satisfeitos com milhões de indenização, querem sangue, AINDA.
Digam quem foi Dilma, Dirceu, Tarso, Franklin, Marighela, ....
Sintam que o Brasil está sendo fragmentado. No STF, só um voto patriótico, vencido, e dez outros não convincentes.
Não podemos aceitar o caminho da divisão, da transformação do todo — chamado Brasil, um grande legado — em várias nações.
As estrelas brilharam ontem, resplandecerão sempre.
Contribuam com o fortalecimento dos clubes militares, pois foram autores e atores da História. Que os Clubes facilitem a existência de um sócio simbólico, fora das sedes, a baixíssimo custo de cinco reais, por exemplo. Nossas associações serão mais fortes, muito mais representativas, fazendo com que as suas mensagens se propaguem com maior velocidade e penetração, em contrapartida ao que o ministro da Defesa do Governo Lula propõe como alijamento dos militares do cenário da segurança do Estado e da Nação.
Que se repita todo ano a “Manhã memorável e de muita emoção” do 31 de março de 2008 no Palácio Duque de Caxias e em todos os quartéis.
Saudações
Ernesto Caruso
egcaruso@gmail.com
Fonte: Navegação Programada
COMENTO: em um texto de ontem, comentei que no Brasil não há iniciativas que lembrem aos mais jovens, e a população em geral, os motivos pelos quais os militares foram levados ao governo do país na década de 60. O texto acima é de fácil execução. Um simples passo na caminhada contra a desmoralização que os bandidos — vencidos na luta armada e anistiados — buscam impor aos seus vencedores. E só querer!!! Quantos se habilitarão?

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