Obviamente que Arthur Virgílio, que na última semana preocupou-se mais em homenagear Clodovil e Hebe Camargo no plenário, e Heráclito Fortes, que sugeriu fechar o senado, não cortaram na própria carne. Nenhum deles abriu mão de nenhuma das seguintes benesses, que representam um custo da ordem de R$ 150 mil mensais de sua inteira, completa e total responsabilidade:
— Salário mensal da ordem de R$ 15 mil (são 15 por ano);
— Salário de 5 assessores técnicos (cada um recebendo R$ 9.979,24, sem incluir horas extras);
— Salário dos 6 assessores parlamentares (cada um recebendo R$ 6.858,81, sem incluir horas extras);
— Verba indenizatória de R$ 15 mil mensais;
— Auxílio moradia de R$ 3 mil mensais;
— Conta de Telefone e Correios de R$ 4, 2 mil mensais;
— Oito passagens aéreas mensais para o estado de origem, mais uma de ida e volta ao Rio de Janeiro, cuja despesa média é de R$ 9.923,55;
— Carro com motorista, mais 15 litros de combustível por dia, equivalente a R$ 12 mil mensais.
Desta forma, apenas com despesas de gabinete, Arthur Virgílio e Heráclito Fortes custam, cada um, cerca R$ 150 mil mensais aos cofres públicos. Como temos 81 senadores, o valor chega a R$ 12 milhões mensais. Contando horas extras, planos de saúde e outras mordomias mais, o custo direto dos senadores passa fácil de R$ 200 milhões por ano, para sustentar pouco mais de 1.000 pessoas. Aliás, a previsão pode estar furada, pois os 81 senadores estão mais unidos do que nunca para manter fechada a maior caixa-preta deste país. Frente a tudo isso, o senador Arthur Virgílio tem a cara de pau de apresentar "um projeto de resolução para cortar 3.000 cargos comissionados na Casa". Por que não começa demitindo 50% do seu gabinete e abrindo mão da verba indenizatória? E tem gente que acha que tem algum santinho dentro da pocilga.
Fonte: Coturno Noturno
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