terça-feira, 10 de março de 2009

Fundos de Pensão

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Vamos começar falando do INSS.
Todos os trabalhadores contribuem por 35 anos para com o INSS para que possam ter, ao final deste tempo, uma aposentadoria digna.
O trabalhador contribui com até 10% sobre o teto do INSS (10 salários Mínimos), já a empresa em que trabalha contribui com 20% sobre o total de salário pago ao trabalhador.
Ao final de 35 anos de contribuição, o trabalhador tem o direito a um benefício cujo valor máximo pode chegar a algo em torno de R$ 3.150,00 tributável na fonte de acordo com a tabela do IRPF em vigor.
No entanto o governo vem adicionando diversos penduricalhos ao INSS em que o mesmo proporciona benefícios sem que tenha havido o necessário aporte para cobrir estes benefícios. Entre estes está a aposentadoria de anistiado político.
O mais interessante é que para este benefício não existe teto. Por exemplo o Presidente Lula recebe do INSS R$ 4.800,00 livres de imposto de renda. Que maravilha! E o melhor, ele mesmo assinou o decreto se isentando do recolhimento do IR. Isto é que chamo de legislar em causa própria.
O INSS não provê uma aposentadoria digna para aqueles que recebem mais do que um salário mínimo de benefício, pois apesar de terem contribuído sobre dez salários o benefício é sempre corrigido a taxas inferiores a correção do Salário Mínimo, o que fará com que no decorrer do tempo todo mundo, independentemente do quanto contribuiu estará ganhando um salário mínimo.
Para corrigir esta distorção, muitas empresas, entre elas as empresas estatais, formaram Fundos de Pensão, onde o trabalhador e a empresa contribuem para que o aposentado receba uma complementação do benefício oficial.
Estes Fundos são controlados pela Secretaria de Previdência Social, órgão ligado ao Ministério da Previdência Social e pelo Banco Central.
É claro que estes fundos acumularam uma grande quantia de dinheiro. A Secretaria e o Banco Central especificam quantos por cento dos recursos poderão ser aplicados em imóveis, ações, títulos do governo e renda fixa.
Nos fundos de empresas estatais, o Sr. Luiz Gushiken e o Réu José Dirceu nomearam diretores de sua confiança. Estes diretores têm a autonomia de indicar quais as corretoras vão administrar os recursos dos fundos e em que o dinheiro será aplicado. Ai está uma grande fonte de corrupção.
Daí a briga do PT com o PMDB pelo controle do Fundo Real Grandesa. Não existe nenhuma motivação patriótica, posso garantir.
Os lulopetistas vivem dizendo que a Companhia Vale do Rio Doce foi doada pelo governo. Só não dizem para quem.
Os leitores sabiam que o verdadeiro dono da Vale hoje é a Valepar, cujo maior acionista é a PREVI - Fundo de Previdência do Banco do Brasil? Mas isto é outra história.
É por este motivo que os lulopetistas e a esquerda se arrepiam todos quando ouvem falar em privatização de empresas públicas. Se isto acontecer vai secar a fonte de dinheiro a ser roubado.
Durma-se com um barulho destes.

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