domingo, 1 de fevereiro de 2009

Entraves Culturais do Capimunismo

por Arlindo Montenegro
Há poucas semanas, conheci um sobrevivente daqueles anos que ficaram marcados culturalmente — através da imprensa, literatura, artes plásticas, teatro e cinema — como “anos de chumbo”, “trevas”, “ditadura militar”. Um homem perplexo e atormentado diante das rápidas transformações culturais que desde as mobilizações dos hippies, guerrilhas, sexo drogas mudaram a face da planeta, disseminando a violência terrorista e fortalecendo o poder de Estados controladores da economia, costumes, pensamentos e educação.
Os potentados de hoje dizem com cinismo que aqueles são anos esquecidos. Eles, sim, esqueceram o verdadeiro sentido da palavra Liberdade, da Democracia, do Estado de Direito. Eles, sim, objetivando o poder total, amesquinharam toda a cultura espiritual, substituindo-a pela cultura de propaganda ideológica do Estado que beneficia uns poucos e distribui cestas básicas para os miseráveis.
Insistem em perseguir as idéias democráticas e pessoas que mantêm a defesa de princípios, família e propriedade, patriotismo, virtudes, valores, crenças e liberdades tradicionais, que eles, potentados, atiraram ao lixo, enquanto mimam e nutrem o banditismo que se desenvolve apoiado pela ideologia do caos.
Personalidades, políticos e intelectuais pelo mundo afora, que viveram experiências marcantes, enfrentaram a propaganda esquerdista. Denunciaram os genocídios e o banditismo de estados totalitários de esquerda. Entre nós, no Brasil, salvo poucas exceções fora da mídia, a quase totalidade está curvada diante dos ídolos da hipocrisia.
Ídolos que representam a cultura da mediocridade. A relação de busca da felicidade como atributo da educação baseada na fé e nos méritos do trabalho continuado; baseada no respeito humano e no processo civilizatório; toda a bagagem cultural construtiva e produtiva, todos os códigos, desde Hamurabi até as Constituições atuais, toda ética, moralidade, foi atirada ao lixo.
Falha a Justiça, falho o Estado democrático de direito. Falham as emaranhadas Leis que devem ser interpretadas por juízes (alguns venais), sempre em benefício dos privilegiados. Foram e são Leis modificadas a cada dia por “representantes do povo” desmoralizados, corruptos, desmemoriados e que nada entendem de Pátria, Povo, Liberdade, Soberania, Democracia, História.
Nem mesmo entendem da fé que insistem dizer professar para enganar os incautos e desinformados eleitores, que por força da propaganda acreditam na legitimidade de maquininhas viciadas e pesquisas encomendadas, muito bem pagas.
Uma vertente cultural foi imposta por estados totalitários e tornou-se o vade-mécum da economia globalizada. Nenhum dos sistemas econômicos antagônicos — capitalismo/socialismo — preencheu as condições de liderança dos povos; nenhuma genialidade concebeu códigos suficientes para uma convivência natural e conveniente fundada em crenças e no respeito à vida.
O mundo está carente de idéias, de personalidades com caráter e confiabilidade. As críticas ferozes ao capitalismo não solucionam nada. O que representa a cultura positiva das civilizações deve ser posto em evidência e repetido até a assimilação de todos os povos. É uma tarefa para gigantes. E o cenário está tomado por homúnculos deformados pela cultura globalizada. Num buraco idêntico àquele que gerou nazismo e comunismo.
Uma cultura que reforça o poder total do estado contra a liberdade e valorização da vida. Uma cultura que impede a construção do estado democrático de direito, esta sim, merece ser desprezada e substituída com urgência. O Capimunismo não nos serve!
Em Davos e em Belém do Pará, ouvem-se críticas ao sistema capitalista. Nem Davos, nem Belém do Pará ofereceram alternativas viáveis para a convivência produtiva e harmônica entre as nações.
Em Davos, os controladores financeiros buscam multiplicar seu poder. Em Belém a meninada se diverte e até repete a palavra de ordem dos homens que se acham muito poderosos que falam em substituir capitalismo por socialismo, festejando com a grana acumulada pelos capitalistas. Eis a farra Capimunista!
Arlindo Montenegro é Apicultor.
Fonte: Alerta Total

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