por Carlos Alberto Cordella
O presidente Lula parece não ter limites. A cada discurso ele se supera. A platéia vai ao delírio. Apupos retumbam endossados pelas gargalhadas e mugidos. A claque ensandecida atinge o orgasmo com a verborréia do presidente.
Nunca antes na história desse país tivemos um presidente tão afinado com essa escória de romeiros e puxa-sacos que o rodeiam e engrossam esse respeitável séqüito de bovinos.
Um verdadeiro chafurdeiro. De causar inveja as mais conservadoras pornocracias. O presidente quando discursa freqüentemente traduz em palavras o que o meu intestino produz regularmente.
A diferença, talvez, esteja no resultado. Enquanto o linguajar esmerado do presidente consegue contagiar multidões, a produção do meu intestino perde-se em alguma fossa séptica sem nenhum aproveitamento.
Invariavelmente, o presidente é acometido por sucessivas diarréias cerebrais, espalhando sua verborréia como máximas a serem cultuadas e seguidas. Milhares de crianças neste país padecem por diarréias pela falta de saneamento básico. Não confundir diarréia no mercado financeiro com diarréia presidencial. Na primeira você fica sem dinheiro e quebra, na segunda você já sabe o resultado. Se não sabe vá a um comício do presidente. Mas, não esqueça de levar uma capa protetora, com capuz.
Deveríamos propor sanear a cabeça do presidente. Vamos imaginar que um cidadão vá ao Palácio do Planalto tomar café da manhã com o presidente. Evidentemente, que esse cidadão não vai chegar ao presidente e dizer:
“Pô, presidente o senhor quando discursa parece estar com diarréia cerebral, de sua boca só sai M”.
Caso esse cidadão se dirigisse ao presidente nestes termos, ele na bucha lhe responderia vá sifu.
Vivemos três situações distintas. Ou o Brasil não é um país sério, ou o presidente não é sério ou o povo não é sério.
Gosto de pensar que apenas o presidente não é sério, não conseguiria conviver com a idéia que os três não são sérios.
Ainda outro dia, o presidente em mais um rompante de bravatas e bazófias disse textualmente, que a crise financeira internacional passaria pelo Brasil como uma marolinha.
Alguns dias depois, a Petrobrás, aquela empresa fundada no governo Getúlio Vargas, e que um dia já foi séria, após anunciar a descoberta de mais dois poços de petróleo na Bacia de Campos correu à Caixa Econômica Federal e retirou empréstimo para honrar sua folha de pagamentos.
A Vale anunciou a demissão de 1.300 funcionários e deu férias coletivas para mais 5 mil.
Os produtores de cana-de-açúcar de São Paulo ficaram sem receber dos Usineiros o pagamento por sua produção. Estes alegaram falta de financiamento bancário.
Após a Ministra Dilma afirmar que a Petrobrás já estava fazendo grandes investimentos no Pré-sal, vem o presidente da Petrobrás e a desmente. Explica que uma broca ficaria em torno de 1 bilhão de reais e que talvez fossem necessárias em torno de 300 brocas. Que com a queda do barril de Petróleo, em torno de 35 dólares, seria inviável a Petrobrás investir no pré-sal, nos próximos anos, sem grandes investimentos externos.
O presidente discursa mandando o povo gastar, o Unibanco associado a AIG seguros, empresa americana, é vendido ao Itaú cheio de dólares podres.
O presidente manda todo mundo gastar e eu pergunto inocentemente quem pagará a conta?
O mercado de carros usados está parado e o presidente diz que a crise passará pelo Brasil como uma marolinha.
Lula continua surfando na marolinha. Vamos torcer para que a marolinha não se transforme numa onda gigantesca e que esta onda gigantesca não se transforme numa grande diarréia, porque se isto acontecer nós sifu ...
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