por Jorge Serrão
Eis o real motivo da visita urgente, ao Brasil na semana passada, do presidente do Citicorp, o sempre otimista e sorridente Vilkram Pandit. The Citi neves sleeps, mas Meirelles também não dorme no ponto. Com tal encalacramento resolvido, Meirelles acha que o Banco Central consegue segurar a onda de valorização abrupta do dólar frente ao Real. Ontem, a moeda norte-americana caiu 5,4% — cotada a R$ 2,325. Logo mais, os especuladores poderão testar o otimismo de Meirelles.
Tudo também se acalmou ontem com a ajudinha de US$ 20 bilhões do governo dos EUA para o Citigroup não quebrar. Certamente, não será o último socorro aos incompetentes gerenciais que dominam hoje o capimunismo global — em que o Estado intervém e a iniciativa privada ainda recebe compensações pela besteira que promove. O total de dinheiro público americano gasto ou comprometido na atual crise financeira já chega a US$ 5 trilhões.
No meio do furacão, o chefão Lula da Silva reuniu 36 de seus 37 ministros para unificar o discurso do governo na crise e elaborar uma campanha publicitária para mostrar que nem tudo está ruim por aqui. Será que a nova marketagem da marolinha vai convencer alguém que a crise já chegou aqui? Só se a tática propagandística de Lula mostrar a saúde de nossos grandes bancos.
Apesar da crise global dos bancos, no Brasil, graças à política econômica de FHC até agora, tudo está no melhor dos mundos para o setor financeiro. Ontem foi divulgado com alegria que, pela primeira vez desde o início do governo Lula, em 2003, o lucro líquido dos bancos superou o das empresas não financeiras. Então, três vivas à especulação!
O resultado de 15 instituições financeiras no terceiro trimestre deste ano foi maior (R$ 6,92 bilhões) que a soma de 201 empresas de outros setores (R$ 6,01 bilhões). O estudo da empresa de informação financeira Economática não considera os resultados da Petrobras, Eletrobrás e Vale.
O motivo para essa inversão nos resultados está na cotação do dólar. A alta do dólar no trimestre elevou a despesa financeira das companhias não financeiras de R$ 1,3 bilhão, em setembro de 2007, para R$ 19,5 bilhões este ano. Entre 30 de junho e 30 de setembro de 2008, a moeda norte-americana subiu 19%, de R$ 1,59 para R$ 1,90. Isso elevou de forma significativa os custos da dívida em dólar das empresas e corroeu o lucro líquido do período.
Fonte: Alerta Total
COMENTO: E lá vamos nós, aproveitar as "pequenas taxas bancárias" de até 3% ao mês para usufruir os créditos oferecidos "para o Natal e Fim de Ano", com o dinheiro que depositamos nos mesmos bancos visando auferir "ganhos de até 0,8% ao mês". Tolinhos!!!
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