sábado, 18 de outubro de 2008

Uma Injustiça Planejada e Consentida

Gen Bda R1 Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira
Um julgamento ideológico acaba de perpetrar uma injustiça.
Na investida do estado totalitário e tendencioso contra o cidadão, perdeu, como esperado, o último.
Renegado por sua Instituição, abandonado a sua própria sorte, o Cel. Ustra poderia resistir por algum tempo, como resistiu. Poderia ser inocentado, não foi. No parcial julgamento, embasado em testemunhos e razões falsas, a justiça, de olhos vendados ou arregalados, vexada, não apareceu. Cedeu o seu lugar à injustiça.
Era uma mera questão de tempo. O resultado estava escrito no livro das iniqüidades e dependia de cenário e personagens que estavam nas mãos de conhecidos e virulentos inimigos dos militares.
O julgamento do Cel. Ustra, construído segundo mal-cheirosos interesses de governo sócio-comunista, da esquerda ressentida e vingativa, com o beneplácito da Instituição e o apoio incondicional de uma mídia corrompida, muito antes de ocorrer, já tinha traçado o seu desfecho. Ou melhor, seria intentado “ad aeterno”, até alcançar seu objetivo.
Assistimos, ano após ano, à montagem de um persistente complô jurídico, destinado a concretizar um objetivo, o de massacrar, publicamente, um cidadão.
Não acreditamos que esta vitória acalme a sede de vendeta. É pertinente, esperar por novos desdobramentos.
Ficou comprovado que levada ao arbítrio de um fórum faccionário, instrumentado por uma corja de crápulas, podemos esperar a chegada do mau–hálito da descarada perseguição e dos tenebrosos ventos do apocalipse.
Tal qual párias, não haverá canto escuro ou caverna, por abissal que seja, que possa resguardar a quem esteja na mira de magistrados dispostos a trucidarem o idealismo e a retidão.
Não importa a ausência de provas, não há nada, absolutamente nada, que possa rebater qualquer acusação; não importa de onde venha, “ai dos vencidos” na luta ideológica, e, assim, eles, os cordeiros, serão tangidos para o altar de sacrifício, para, no mínimo, sofrerem o escárnio moral do público.
É o triunfo da infâmia.
Assistimos a uma tragédia, a da indiferença, da avalização da covardia, da apoteose da resignação, pois, além da cumplicidade aos ditames conjunturais, nem um menor sinal de reprovação, nenhuma grita de horror. Tornaram–se normais ou aceitáveis a distorção da verdade e a parcialidade.
Sim, meus amigos, muito mais do que a injustiça que campeia solta “nesçepaiz”, assombram–nos a aquiescência, o torpor e a indiferença.
É evidente que o Cel. Ustra, ao ser julgado, não gozava dos mesmos direitos dos seus acusadores. Por isso, é com pesar que testemunhamos o desrespeito à igualdade entre os indivíduos. Infelizmente, a lei e a justiça não caminharam juntas.
Sem amparo, jogado à sanha de abutres, seu destino era uma questão de tempo.
Constatamos que ninguém está a salvo, que ninguém poderá escudar–se no cumprimento correto de suas missões e atribuições legais, pois tudo poderá mudar, numa patética demonstração de que a verdade, não é uma só, e poderá ter a face do inimigo.
É o alerta de que breve o seu jardim poderá ser invadido. Aguarde: você não perde por esperar, pois retornam com grande intensidade as tentativas para a “reabertura dos arquivos da Ditadura”; na verdade, uma nova investida para buscar vítimas militares, para inclusão no “índex” da esquerda, e serem sacrificadas nos seus tribunais de inquisição.
Quem mandou você querer salvar a Pátria? Quem mandou você colocar–se ao lado da Lei e da Ordem?
Por tudo o que temos visto, cabe um alerta aos jovens militares: “acautelai-vos, vocês poderão sofrer amanhã um linchamento público”.
“O tempora! o mores!” exclamava Cícero diante das traições e patifarias de Catalina, ao indignar–se com as injustiças e a perda dos costumes que assistia àquela época.
Resta–nos fazer coro com o filósofo, ... até ficarmos roucos. E “la nave va”.
Brasília, DF, 17 de outubro de 2008
Fonte: Ternuma

Um comentário:

  1. Tô sentindo um desejo no coração...
    Acho que vou aderir à onda do microconto.

    Ou será "marolinha"?

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