quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Cuspindo em Aristóteles

por Paulo Martins
Não estou lamentando o fato de não terem sido fuzilados no paredon e, sim, intrigado e, a bordo desse “intrigado” me pergunto: Por que os militares não fuzilaram, quando da vitória de 1964, o bando contrário, o que estava vencido, já que se o oposto tivesse ocorrido teria sido a conseqüência natural? Fidel Castro, quando venceu em Cuba ao lado do cruel facínora Tchê Guevara, não fuzilou aqueles que foram identificados como opositores? Sem julgamento, sem questionamentos, mortos como animais? Inclusive, os primeiros tiros de misericórdia nas nucas dos fuzilados saíram da pistola assassina de Tchê Guevara.
Mas, a resposta do “por que” está, justamente, na índole e na formação dos dois sanguinários; “Índole”. Eram assassinos, eram bandidos, eram dementes (um ainda vive, esperando carona para o inferno) enquanto que no Brasil o lado vencedor não era integrado por celerados, por bandoleiros, por endemoniados, por sanguinários. Eis a razão de hoje estarem vivos elementos como José Dirceu, como Marco Aurélio “top-top” Garcia, Dilma Rousseff, José Genoino, Tarso Genro.
Fossem os militares de 64 assassinos cruéis e bestiais como o eram os inspiradores comunistas que lutavam para implantar no Brasil o “logos” Marxista-Leninista, nem Lula teria sido tolerado apesar de sua insignificância de então, ele se “desenvolveu” depois.
Assim, ao invés de hoje reverenciarem os que estavam no comando do contra-golpe que a extremada esquerda pegajosa, anacrônica e estúpida planejava aplicar, ao contrário, tripudiam sobre “as memórias”. Ingratos. Algo como a velha expressão: “cuspir no prato que comeram”. Suas vidas foram preservadas e, os que tombaram, foram conseqüências de decisões próprias, tomadas a bordo do “matar ou morrer” pelo qual optaram.
Já os que tombaram pelo lado dos militares foram vítimas até de tocaias e emboscadas, isso sem se falar na quilométrica lista de inocentes, vítimas quando de bombas, assaltos a bancos, seqüestros e outros atos de terrorismo. Em Cuba, que idolatram, os contrários a ditadura comunista foram fuzilados, foram massacrados ao “sabor até de rituais públicos”. Assim, no Brasil de hoje, numa “questão de lógica”, tentam “mastigar, oprimir, esfolar e até matar se possível fosse aqueles aos quais devem suas vidas".
De “lógica”, sim, pois é aí que está o conflito, já que essa é que é “a lógica” da extrema esquerda carcomida, fossilizada, “a que não tem lógica”, e não a terá nem que se “esfregue nos focinhos de seus enfurecidos, destemperados e obsessivos inquilinos” a essência verdadeira de Aristóteles.
Fonte: Jornal Gazeta do Paraná - 14 Out 08

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