por Alexandre Pelegi
O jornal Correio Braziliense, em fevereiro de 2007, deu tintas àquilo que alguns sabem, muitos imaginam, mas a maioria desconhece: o financiamento de campanhas eleitorais está diretamente ligado a uma ingente troca de favores. Melhor seria chamar esta prática de 'investimento eleitoral', termo usado pelos jornalistas que redigiram a matéria.
Após realizar um cruzamento entre as listas de doadores de campanha e a composição das comissões permanentes da Câmara, chegou-se a impressionantes coincidências: a Comissão de Minas e Energia conta com uma aguerrida bancada de deputados financiados por mineradoras. Na de Agricultura, predominam parlamentares bancados por empresas de fertilizantes e agrotóxicos. Na de Finanças, marca presença a bancada dos bancos. E nas comissões que lidam com obras públicas, parlamentares ligados a construtoras.
Após realizar um cruzamento entre as listas de doadores de campanha e a composição das comissões permanentes da Câmara, chegou-se a impressionantes coincidências: a Comissão de Minas e Energia conta com uma aguerrida bancada de deputados financiados por mineradoras. Na de Agricultura, predominam parlamentares bancados por empresas de fertilizantes e agrotóxicos. Na de Finanças, marca presença a bancada dos bancos. E nas comissões que lidam com obras públicas, parlamentares ligados a construtoras.
Para ser mais direto, poderíamos afirmar que os interesses econômicos dos financiadores prevalecem sobre os compromissos assumidos com os eleitores. O voto dado pelo cidadão acaba sufocado pela vontade suprema ditada pelo interesse do ... patrão.
A conclusão é simples, e ao mesmo tempo escandalosa — a fidelidade partidária foi trocada de há muito pela imposição financeira. O voto do eleitor, em casos como este, não passa de um aval explícito a uma malandragem camuflada, uma relação incestuosa entre o interesse público e a vontade privada.
Como daqui a poucas semanas elegeremos prefeitos e vereadores, vale perguntar: tal fato se repete nas eleições municipais? Deixo a você a melhor resposta.
Se fosse possível sonhar — verbo atualmente desconhecido no mundo da política — eu imaginaria em meus sonhos uma reforma política que instituísse o Código de Defesa do Eleitor, em que teríamos direito a um recall dos eleitos, onde puniríamos os traidores de nossa confiança.
O problema é que na política brasileira a ausência de sonhos acabou ocupada por pesadelos. Conclusão: o melhor que temos a fazer é acordar e cuidar da vida...
(E pensar bem antes de votar)
Fonte: Contra o Vento
COMENTO: Caramba! Tal nota deve se referir aos Estados Unidos, Canadá, Holanda ou qualquer outro país onde o capitalismo degenerado corrompeu totalmente a política. Ainda bem que "nunca nessepaíz" poderia ocorrer algo parecido pois nossos representantes são honestos, escolhidos por um povo esclarecido e nossas instituições políticas (leis, partidos, parlamento, assembleias estaduais, câmaras de vereadores, etc) são rigorosas quanto à lisura da representação democrática. Eu nunca imaginaria uma coisa dessa natureza envolvendo meus representantes, nessa democracia tão cantada em verso e prosa, alcançada depois de tanta luta do povo.
MOVIMENTO NACIONAL PELA VALORIZAÇÃO DO VOTO – MONAV
ResponderExcluirNa luta contra a fraude e a corrupção eleitoral
VOTE BEM - OS DEZ NÃOS
1º - Não deixe de votar, valorize o seu voto
2º - Não vote contrariando a sua opinião, o seu voto é secreto
3º - Não vote para contentar parentes ou amigos, escolha o melhor candidato
4º - Não venda o seu voto, garanta a sua liberdade de escolha
5º - Não troque o seu voto por favores, o seu voto é livre e soberano
6º - Não vote sem conhecer a capacidade e o programa do candidato
7º - Não vote sem conhecer a competência e o passado do candidato
8º - Não vote sem conhecer o caráter do candidato, o seu voto merece respeito
9º - Não deixe nenhuma pesquisa mudar o seu voto, use de sua firmeza
10º - Não vote em candidato com Ficha Suja, deve ser Ficha Limpa
ESCOLHA BEM NA HORA DE VOTAR
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Email: contato@monav.com.br