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A foto que ilustrava a reportagem do jornal Zero Hora do dia 4 de março, sobre a invasão da fazenda Tarumã, área de florestamento da empresa Stora Enzo, em Rosário do Sul, por integrantes da Via Campesina, poderia ter sido a imagem do ano, se tivesse sido feita por outro ângulo. Teria registrado a tentativa de assassinato do coronel Lauro Binsfield pela líder das invasoras, Irma Maria Ostroski.
— Do modo como foi registrada a foto de Zero Hora, o que chama a atenção é um brigadiano apontando uma pistola para uma mulher desarmada e supostamente indefesa, próxima ao comandante do Batalhão Regional de Policiamento Ostensivo da Fronteira Oeste, que segurava uma foice.
— Examine você mesmo a foto e perceba a incongruência dessa leitura apressada.
— A delinquência política tentou vender a informação que a Brigada Militar havia massacrado as mulheres com um arsenal de pistolas com balas de borracha, baionetas, bombas de efeito moral e cavalos, jogados sobre as invasoras.
A líder, Irma, tentou degolar outro brigadiano
O próprio ouvidor-geral da Secretaria de Segurança, Adão Paiani, que chegou ao local horas depois da desocupação da área, desautorizou o comandante Binsfield a se manifestar, confirmou os indícios de excessos cometidos pela BM e condenou, em nome da governadora Yeda Crusius, o uso da violência. Logo contra mulheres, às vésperas do Dia Internacional da Mulher. No dia 5, milhares de integrantes do Movimento dos Sem-Terra bloquearam rodovias importantes do Estado, em protesto contra a agressão. A Brigada Militar resultou manietada, “condenada” pelas “atrocidades” cometidas na Fazenda Tarumã.
— Esperava-se que cabeças rolassem nos dias seguintes.
— Uma cabeça, de fato, quase rolou, no sentido literal, é o que garantem diversas testemunhas dos momentos iniciais da invasão, ignoradas pela imprensa, mas não pela Polícia Civil, que instaurou um inquérito para apurar o episódio. Se a foto de Zero Hora tivesse sido captada por outro ângulo, toda a história teria outro enredo. De vítimas, as integrantes da Via Campesina passariam a algozes.
— Irma Ostroski, que foi detida por lesões corporais e enviada para a Penitenciária Estadual de Santana do Livramento, próximo a Rosário do Sul, não teria sido solta horas depois. E a Brigada Militar seria aplaudida pela ação eficiente e sem maiores conseqüências, salvo lesões leves em menos de 4% da massa delinquente, que destruiu 7 mil pés de eucalipto, matou diversas galinhas e depredou a sede da fazenda.
— A cena real será descrita no inquérito conduzido pelo delegado regional da Polícia Civil, Othelo Caiaffo, de Santana do Livramento, e revelada com exclusividade a esta página.
Inquérito mostra violência do ataque traiçoeiro contra o coronel
Os fatos: o coronel Lauro Binsfield, acompanhado de 12 brigadianos, chegou à fazenda Tarumã por volta das 7 horas, uma hora após a invasão, e posicionou-se em um flanco, próximo das 900 mulheres, armadas com 315 foices novas (sem sinais de uso), 139 facões, 15 machadinhas, dez machados, nove enxadas, 23 escudos de lata e 50 de madeira. Discutia a forma de ação com seus comandados quando a líder da Via Campesina, Irma Maria Ostroski, acompanhada de duas dezenas de companheiras, veio em direção ao comandante, foice em punho, em posição de ataque.
— Enquanto uma se atirava ao chão, tentando atingir as canelas do coronel, Irma lançava a foice na direção do pescoço do comandante, para decapitá-lo. Binsfield tentou proteger-se da agressão, sendo golpeado no braço, rasgando-lhe a carne, que exigiria 20 pontos para ser suturada.
— Um segundo policial tentou segurar Irma, enquanto um terceiro sacou da pistola e apontou para as companheiras que se aproximavam para finalizar o intento: matar o coronel Lauro Binsfield.
— Anulando o comandante, diz o delegado, pretendiam desestabilizar a tropa, tornando-a alvo fácil. Foi justamente a imagem deste policial com a arma em punho, descontextualizado, que abalou a opinião pública e escreveu a história equivocada.
— Sob esta ótica, não percebida naquele momento, a foto de Zero Hora passa a ter outro sentido. Caiaffo pondera que, se houvesse a intenção da Brigada Militar de tomar a iniciativa de agressão, não o faria com poucas pistolas e um pequeno efetivo. Eram 13 policiais contra 900 mulheres. Descobriu-se, depois, que 20 homens do MST também participaram da invasão, ficando em segundo plano, misturados à multidão. Mas como foi descrito pela imprensa local, pareceu que o coronel Binsfield foi quem partira para cima de Irma, tentando desarmá-la e, ferido acidentalmente, deu à pequena tropa a impressão de que estava sendo atacado, iniciando uma reação em cadeia.
“Massacre” foi de 13 policiais sobre 900 delinquentes armados
Em poucos minutos, descontrolados e sem comando, os policiais teriam desferido centenas de disparos com balas de borracha e bombas de gás, em direção à multidão, que não teria esboçado reações de defesa. Fossem balas de verdade, teria havido, ali, uma nova Eldorado dos Carajás. Ainda que presente ao local, toda a imprensa comprou a ideia tendenciosa e desinformada dos jornalistas de Livramento, que têm apoio do prefeito da cidade, Wainer Machado, do PSB, simpatizante desses movimentos sociais. Alguns veículos apenas descreveram resumidamente os acontecimentos do dia. Outros, o detalharam. Todos os deturparam, talvez porque, naquele momento, nada parecia muito claro.
— Era do que precisava a esquerda para disseminar a desinformação, que prevaleceu.
— Aquela terça-feira foi longa.
O confronto foi inevitável. Crianças foram usadas como escudo.
Durante todo o dia, com o efetivo recebendo o reforço de mais 67 policiais, vindos de Livramento e já sob as ordens do subcomandante-geral da BM, coronel Paulo Mendes — embora o coronel Binsfield, mesmo ferido, tenha permanecido na fazenda —, as militantes derrubaram sete mil pés de eucalipto, devastaram cinco hectares, montaram barracas e decidiram acampar no local. Como pretexto, o plantio de florestamento ilegal, por estar a menos de 150 quilômetros da fronteira com o Uruguai, vedado por uma lei federal do regime militar, de 1979, cuja revogação está em estudo pelo Congresso Nacional. Na visão da Via Campesina, a propriedade era mais ilegítima que a própria invasão.
— Logo em seguida, a estrada de acesso à fazenda Tarumã foi bloqueada pela BM e os jornalistas, deslocados para cerca de 10 km de distância da área de conflito. Como o coronel Binsfield está proibido pelo Alto Comando de se manifestar, a possível justificativa para a atitude em relação à imprensa veio do delegado Caiaffo. Para ele, diante dos jornalistas, as invasoras se sentiriam protegidas e poderiam seguir no seu intento destrutivo e de fincar acampamento. Os policiais não ousariam usar de violência contra elas diante de lentes e câmeras. Até porque estavam em um número mais de dez vezes superior. Havia, ainda, as crianças, que jogariam na linha de frente, como escudos.
— Também havia a questão da segurança. Alguém mais, além de policiais de invasores, poderia se ferir, já que a massa se descontrolaria diante de uma eventual necessidade de uso da força para retirá-las da área, protegida por um interdito proibitório e um mandato de reintegração de posse. Um oficial de justiça já estivera no local, no início da tarde, mas fora ignorado pelas manifestantes. Todas as tentativas de negociação, propostas pela BM, também. Os 80 policiais poderiam não ser suficientes para debelar a massa enraivecida.
— Sem platéia (a imprensa), a Via Campesina teve de usar um “plano B”. Resistir o necessário para que muitas integrantes fossem feridas e armar um circo em torno de uma suposta truculência da Brigada. O dia estava quente, as mulheres usavam roupas leves, expondo pernas, braços, barrigas (duas delas, inclusive, estavam grávidas). Qualquer ferimento ficaria muito evidente. As marcas serviriam para sensibilizar a opinião pública através da imprensa, no momento de deixar a fazenda, como se um ato covarde e prepotente tivesse, ali, sido protagonizado. A indignação dos jornalistas, por terem tido cerceado seu direito de cobrir o evento, alimentaria ainda mais o falso drama.
Via Campesina usa formação militar para o enfrentamento
O delegado regional Othelo Caiaffo tem certeza de que Irma Maria Ostroski posicionou as integrantes da Via Campesina em formação militar para o confronto inevitável.
— Baseado nos depoimentos, ele descreve a resistência da seguinte maneira:
- Uma linha de frente foi montada, com mulheres armadas de foices, que se encarregariam de atingir as pernas dos policiais.
- Atrás, outro grupo, também com foices, os atingiria em partes vitais, como rosto e pescoço.
- Nas linhas anteriores, dezenas de escudos, machados e enxadas, menos letais.
- A proporção era de 11 para 1. Os policiais seriam trucidados.
- Ao perceber a desvantagem, o comando da BM teria ordenado o lançamento de bombas de efeito moral. Perdidas em meio à fumaça e com os olhos lacrimejantes, as guerrilheiras foram atingidas, sem poder revidar, por centenas de disparos de balas de borracha. O impacto, na hora, é de dor profunda, mas a lesão, superficial. Brigadianos a cavalo, penetraram entre as invasoras, desarmando-as. Dominadas, foram todas embarcadas nos 27 ônibus fretados — e pagos em dinheiro — que as trouxeram de diversos municípios do RS, principalmente Livramento, Bagé e Passo Fundo, sede estadual da Via Campesina.
Coronel sangrou mais do que as “campesinas”
O braço do coronel Binsfield verteu, sozinho, mais sangue que as 39 integrantes da Via Campesina que tiveram de ser medicadas no Pronto Socorro da Santa Casa de Livramento. Mas, por serem em maior número, gritando, chorando e gemendo, pareceu que as frágeis e indefesas mulheres tinham sido vítimas de uma violência descomunal e desproporcional por parte da BM.
— Isto já era início da noite do dia 4. Os jornais precisavam do material para ser editado e ser veiculado na edição de quarta-feira. As fotos mais chocantes foram preferidas. A descrição do episódio, era baseada nas declarações da Via Campesina, apoiada por sua assessora de imprensa, a jornalista Raquel Casiraghi, e pela imprensa local. No dia seguinte, Zero Hora publicou o seguinte texto:
“O tumulto, por volta das 17h, gerou o registro de um ferido entre os policiais militares, segundo a corporação: o comandante da BM de Livramento, Lauro Birnfield, levou um golpe de foice no ombro direito. A assessoria da Via Campesina também confirmou agressões contra os invasores, mas não sabia precisar o número de feridos. Ela afirmou que duas manifestantes acabaram no hospital por problemas de saúde decorrentes da tensão. A confusão não foi a primeira do dia. Outro incidente ocorreu às 11h, quando a BM tentou furar um bloqueio dos invasores. Policiais sacaram armas, e as mulheres ameaçaram revidar com golpes de foices e facões”.
Ainda que verdadeiros, os fatos foram descritos de maneira inversa, segundo apontará o inquérito policial, o que compromete a compreensão das medidas adotadas pela Brigada Militar. Ajudada pela foto, sob um ângulo pouco privilegiado, a Via Campesina posou de vítima das circunstâncias. Assim como não foi mencionado que apenas uma, não duas mulheres, permaneceu internada na Santa Casa. Justamente uma das grávidas, sob ameaça de aborto. Todas as demais foram liberadas menos de uma hora depois de atendidas. A gravidade do suposto ataque foi descartada pelo próprio movimento, que já no dia seguinte, realizou uma imensa passeata pelas ruas de Livramento, incluindo as vítimas dos tiros da BM. Sinal de que os gemidos — ou a encenação — foram maiores que os ferimentos.
Juiz solta Irma depois de receber telefonema do Ministério da Justiça
O pequeno município de Rosário do Sul, onde está localizada a Fazenda Tarumã, não tinha estrutura para abrigar tanta gente. Assim, todos os integrantes da Via Campesina foram levados para Santana do Livramento. A pedido do delegado regional Othelo Caiaffo, o prefeito da cidade disponibilizou o ginásio Guanabara para o pernoite das mulheres e crianças. O Município ainda ofereceu alimentos e água. Os pertences das militantes, que ficaram na fazenda, foram recolhidos por dois caminhões da prefeitura de Livramento, e levados para o ginásio. Entre esses, havia 40 botijões de gás e centenas de colchões, provas irrefutáveis de que a Via Campesina pretendia, sim, permanecer na fazenda por muito tempo.
— Como as manifestantes cobriram os rostos com lenços, apenas a líder do movimento, Irma Maria Ostroski, foi identificada de imediato e presa em flagrante por lesões corporais contra o coronel Lauro Binsfield. Lavrada a ocorrência pelo delegado Eduardo Finn, da 1ª DP, foi conduzida à Penitenciária de Livramento. Para a surpresa do delegado regional, cinco advogados apareceram na delegacia logo após a detenção de Irma, mas apenas uma, Cláudia Ávila (OAB/RS 31017), de Porto Alegre, contratada pelo MST, respondeu pela líder da Via Campesina.
— Também causou espanto a Othelo Caiaffo a rapidez com que todos se apresentaram à delegacia, como se a Capital não ficasse a 500 quilômetros de distância de Livramento. Entre eles, o presidente do CPERS de Livramento, Juca Sampaio, o deputado estadual Dionilso Marcon e um representante do deputado federal Adão Pretto, todos do PT. Marcon, aliás, protagonizou alguns escândalos na delegacia, descreveu Caiaffo. Abusando de seus privilégios parlamentares, gritou, fez discursos, agrediu verbalmente os policiais e exigiu a soltura imediata da guerrilheira. O representante de Pretto disse que iria comunicar o fato ao ministro da Justiça, Tarso Genro.
— Ainda que detida em Livramento, coube ao juiz Roberto Coutinho Borba, titular da 2ª Vara Criminal de Rosário do Sul (onde ocorreu o episódio) decidir o destino de Irma Ostroski. Apesar de seu nome constar em dezenas de processos criminais, por ações semelhantes à da fazenda Tarumã, ela não possui nenhuma condenação. E, como fora detida em Livramento até então apenas por lesões corporais, o magistrado assinou o alvará de soltura. Irma foi liberada no início da manhã de quarta-feira, exatas 24 horas depois de invadir a propriedade da Stora Enzo, cujos prejuízos superam os R$ 30 mil, segundo calculou a empresa. Bem a tempo de organizar e liderar a passeata pelas ruas de Livramento, agora sob o pretexto de denunciar as agressões sofridas por parte da Brigada Militar.
Ouvido pela equipe desta página, o juiz Roberto Borba revelou que recebera, ainda naquela madrugada, um telefonema do Ministério da Justiça, sugerindo que Irma Ostroski não deveria ser mantida presa. Ele garante que o pedido não teve qualquer efeito sobre sua decisão, que havia sido tomada momentos antes da ligação.
Como os pertences das invasoras ficaram para trás, quando de sua remoção de Rosário para Livramento, está sendo difícil para o delegado Othelo Caiaffo identificar as mulheres envolvidas na invasão e destruição da fazenda Tarumã. Sobretudo porque, na maior parte do tempo, os rostos estavam cobertos por lenços. Fotografias e filmagens feitas pelos policiais e pela imprensa o estão ajudando.
— Todas serão indiciadas por co-autoria em tentativa de homicídio (Irma Ostroski o será como autora), esbulho possessório, desobediência, desacato e formação de quadrilha, crimes pelos quais a líder também responderá. Ele já sabe, contudo, que nem todas eram da Via Campesina. Diversas funcionárias públicas do Estado e da União já foram reconhecidas. O delegado comunicará aos superiores delas para que abram processo administrativo disciplinar.
Saiba quem é Irma Ostroski
Nascida em Erval Grande há 36 anos, Irma possui terras em um assentamento no 2º distrito de Piratini. É coordenadora do MST em Pedro Osório e uma das representantes da Via Campesina no Brasil, participou das ações em Porto Alegre, que resultaram na degola de outro brigadiano, o soldado Valdeci de Abreu Lopes (leia como foi o caso na Veja).
— Irma recebeu treinamento de guerrilha na Coréia do Norte e em Cuba. Ela teria sido a responsável por passar os ensinamentos às demais integrantes da Via Campesina, pela forma como agiram no confronto com a BM na fazenda Tarumã.
— Ela também liderou a invasão, sequestros e destruições nos laboratórios da Aracruz, em Eldorado do Sul. De quase uma dezena de processos referentes a ações da entidade no RS, Irma Ostroski aparece em todos. Responde a crimes como cárcere privado, sequestro, roubo e destruição de propriedade privada. Foi ela quem liderou o ataque à Aracruz, em Barra do Ribeiro, em 2006, que destruiu o viveiro de mudas de eucalipto e o laboratório de pesquisas da empresa. Também participou ou organizou ataques em Candiota, Bagé e Porto Alegre. Sabe-se que recebe recursos de uma organização não-governamental alemã, ainda não identificada.
— Em Livramento, onde Irma esteve presa, existem 37 assentamentos, com 1,5 mil famílias, ocupando uma área de 70 mil hectares. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Livramento, o também vereador tucano César Maciel, nenhuma área foi desapropriada. Todas as terras foram compradas pelo Incra, por valores várias vezes superior ao de mercado.
— Ele cita o assentamento Apolo como exemplo, junto à propriedade de sua família, com o qual possui 9 mil metros de cerca em comum. Anos antes de o Apolo ser criado, o pai dele comprou 350 hectares de terras lindeiras por US$ 350,00/hectare. Dois anos depois, a fazenda onde foi criado o assentamento foi oferecida a seu irmão por US$ 700,00 o hectare. Como não houve interesse, os proprietários da fazenda propuseram a compra ao Incra. O órgão federal aceitou, pagando US$ 1,4 mil o hectare.
— César Maciel garante que as irregularidades não ficam por aí.
— É comum um casal possuir duas áreas, uma em nome do marido, outra, em nome da esposa, como se fossem separados, embora vivam juntos em uma única área. Sob a segunda, constroem um barraco de dez metros quadrados, sem qualquer outra benfeitoria, apenas para não parecer ociosa. E a utilizam para a especulação agrária.
— O ruralista vai mais longe. Ele assegura que a legislação que instituiu a reforma agrária veda a participação de assentados em movimentos de invasão, sob pena de perderem o direito sobre a terra. Entretanto, dos 23 ônibus que conduziram as integrantes da Via Campesina à fazenda Tarumã, cinco partiram de Livramento.
— Um deles foi localizado pela equipe desta página. Pertence ao empresário Jorge Rodrigues, da JR Tur, que confirmou ter recebido R$ 800,00 para fazer o transporte. Seu contratante foi um assentado de nome Evaldo, conhecido na cidade. Rodrigues encontrou as manifestantes em um local pré-determinado e assegura que todas eram oriundas de assentamentos da cidade.
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