por Orion Alencastro
Enquanto o Gabinete de Segurança Institucional, a ABIN e o ministro da justiça Tarso Genro trabalham na operação abafa dos saques ilícitos dos cartões, as redações de jornais, revistas e TVs ao redor do globo estão pendentes no aguardo de notas de seus correspondentes em Brasília, Rio e São Paulo.
A mídia internacional está interessada em comparar os gastos oficiais de seus países com os dos cartões corporativos, sobretudo no que se refere às facilidades oferecidas pelo governo da República do Brasil a seus agentes públicos. A veiculação de matérias e editoriais, desmascarando a administração federal sob a presidência do ex-metalúrgico, motiva a mídia à reflexão de que Luiz Inácio da Silva não mais seduzirá o auditório de Davos e tampouco será bem-vindo ao fragmentado Fórum Social Mundial.
Mais de 11.500 cartões tornaram seus portadores objeto de suspeita de graves desvios, muitos dos quais já rastreados pela inteligência teriam possibilitado a locupletação e enriquecimento de membros do governo e militantes partidários que aparelham o Estado, desde o primeiro mandato do presidente.
O perigo ronda o Planalto
Desde o episódio da quadrilha dos 40, denunciada à Justiça pelo Procurador-Geral da República que culminou com a queda do ministro da Casa Civil José Dirceu, cassação do mandato de deputado federal e perda dos seus direitos políticos, o presidente Luiz Inácio da Silva se amarga e não consegue esconder a sensação de perigosa ameaça que se avizinha, rastilho de puríssima nitroglicerina. Nem mesmo as geleiras da Antártida conseguiram esfriar a cabeça a prêmio do Chefe da Nação.
Em mãos da imprensa investigativa, verdadeiros mísseis jornalísticos estão guardados a mil chaves, carregados de matérias desenvolvidas com fatos, destinos de valores do erário público e responsáveis, todos vinculados à descoberta da farra dos cartões corporativos, agora objeto de uma comissão parlamentar de inquérito, uma CPI chapa branca para dissuadir os autênticos crimes de peculato — compra de veículos, reforma de imóveis, construção de piscinas, etc.
A publicação do material bélico jornalístico dependerá da conveniência e oportunidade, conforme o andar da carruagem do monarca de Brasília, da articulação dos movimentos sociais e estudantis, do comportamento da Igreja, do aquecimento do Congresso e da evolução do ambiente da mídia.
Brasilprev, uma caixa preta muito importante
Executivos da Brasilprev Seguros e Previdência S/A, empresa de previdência privada complementar do Banco do Brasil em associação a Principal Financial Group e ao SEBRAE entraram em estado alerta, diante da eventualidade de sofrer alguma intervenção.
A Brasilprev também não escapou do aparelhamento político do governo petista, nos últimos anos. Recebeu em sua carteira previdenciária incontáveis agentes públicos federais e parentes próximos. Por "mera coincidência", inúmeros são portadores dos cobiçados cartões corporativos. O fato poderia até esclarecer parte do destino de milhões de reais do erário público, pulverizados e sem os devidos comprovantes para a contabilidade da União e do TCU.
O Gabinete de Segurança Institucional se empenha na coordenação de abafar o endereço de 650 mil reais que sumiram pelas mãos da Sra. Marisa Letícia da Silva, na utilização de seu poderoso cartão corporativo. O sigilo sobre o caso é questão de "segurança nacional", conforme defesa do Sr. Jorge Armando Felix, ministro-chefe do GSI, sabedor que a segurança é muito mais um grau de garantia porque é relativa, está sujeita a vulnerabilidades.
A verdade é que a esposa do presidente do governo mais corrupto da história da República desde D. João VI desembolsou, em dinheiro vivo, nada menos que R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), que foram recolhidos aos cofres da Brasilprev e incorporados ao seu balanço de 2007, para a aquisição de três planos de "previdência júnior" para garantir o futuro de seus três netinhos.
A senhora Marisa Letícia, a que entrou muda e certamente sairá calada do Palácio do Alvorada, usufrui a bel prazer das facilidades que a blindagem oficial propicia, mas que é relativa pois informações vazam. Lamentavelmente, a família da Silva que se tornou patrimonialmente poderosa em tão pouco tempo de reinado, ainda conta com a simpatia de uma legião de brasileiros sem emprego, sem moradia, sem educação, sem saúde, mas portadores do cartão da corporação dos miseráveis do país.
É importante refrescar a memória da sociedade. O SEBRAE é presidido pelo Sr.Paulo Okamoto, identificado e conhecido como o contabilista do poderoso chefão, o chefe da infeliz nação brasileira, eleito por um contingente que o permitiu fazer do Estado Democrático de Direito uma grande farsa que envergonha os homens e as famílias que prezam pela construção de um grande destino para nossa Pátria.
Fonte: Observatório da Imprensa
Brasil Acima de Tudo
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