domingo, 21 de outubro de 2018

Povo Dominado por Fake News é Povo Escravo

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UMA SOCIEDADE QUE NÃO ENTENDE SUA REALIDADE É ESCRAVA DE SUA ESTUPIDEZ
Editorial
O excesso de dados que a sociedade recebe nos dias de hoje obriga cada indivíduo a escolher com cuidado e critério suas fontes informativas se quiser tomar decisões de maneira inteligente. Hoje é usual encontrar pessoas que pensam que, ao conhecer um dado ou o título de uma notícia já possuem tudo o que necessitam para serem cultas, mas a realidade é que se não se aprofundarem neles dificilmente poderão entende-los, e portanto, gerar conhecimento para si mesmos, uma opinião qualificada e uma ação inteligente; menos ainda, utiliza-los como conhecimento para transformar, criar e inovar.
Outro risco no consumo de dados e informação é o seu uso sem uma observação disciplinada do redator ou assinante. O primeiro erro comum é confundir fontes com as plataformas - Google, Facebook, Twitter, etc - ferramentas geniais mas não autoras. Expressões como: "eu li/vi/escutei nas redes" delata a ignorância e a pouca profundidade do narrador sobre um tema específico, já que evidencia que não conhece as qualificações do responsável pela informação que está compartilhando ou debatendo. O qual é, portanto, irresponsável.
Existem fontes anônimas, manipulações tecnológicas, mas também há autores e meios reconhecidos por sua trajetória com ética, respeitando os valores jornalísticos, que assinam cada produção, utilizam metodologias próprias do ofício e são regulados por normas legislativas, nacionais e internacionais. Temos que reconhecer que esses meios, apesar do seu rigor, não são infalíveis, mas sua busca diária é servir sua audiência com a verdade, mesmo que isto signifique incomodar setores da sociedade e inclusive por em risco suas vidas.
É lamentável que a classe política desminta qualquer notícia na qual é citada ou as questione com a  velha desculpa de que são notícias falsas ou que está ocorrendo uma campanha suja. O líder da maior potência mundial, Donald Trump, tem adjetivado a mídia como "inimigos", o ex candidato colombiano Gustavo Petro chegou a ameaçar na campanha empresas do setor e utilizou notícias falsas contra elas, incluído El Colombiano. Mais, ainda, os piores casos temos atualmente na Venezuela, onde a censura, fechamento e compra da midia por parte do governo "bolivariano" tem retirado do povo a liberdade de imprensa. O diário The Washington Post anunciou que Trump dizia 16 falsidades ou "meias verdades" diariamente. ¿Que tipo de transparência e lealdade ao povo pode ter um presidente com esse comportamento?
É tamanho o perigo dessa estratégia que em 16 de agosto passado mais de 350 periódicos de 49 estados atenderam ao convite do The Boston Globe em seu país para criticarem de maneira autônoma o comportamento do presidente norte-americano frente à liberdade de imprensa; pois o perigo dessas posições radicais, e das notícias falsas, é quando estas essas mentiras chegam em comunidades sem capacitação de discernimento que, além de tudo, repetem constantemente as inverdades e as ditas "afirmações" terminam sendo aceitas e aprovadas, trazendo como consequência danos à verdade, difíceis de reparar. É escandaloso que um estudo realizado pela empresa Ipsus Poll diga que 13% dos cidadãos da potência do norte concordem que Trump tenha autoridade para fechar órgãos de imprensa; que 48% compartilhe a afirmação do mandatário de que "a imprensa é inimiga dos estadunidenses"; e 43% considere que o Chefe de Estado deve ter a capacidade de "fechar agências de notícias envolvidas em mau comportamento".
"O inimigo é a desinformação que estamos vivendo nos Estados Unidos", expressou Marcela Garcia, editorialista do The Boston Globe a El Colombiano em entrevista na semana passada. Na Colômbia, como em todo o mundo, o risco é grande porque os alarmes são eloquentes, por isso convidamos a sociedade a defender e exigir jornalismo de qualidade, a não cair em frivolidades e por em evidência as manipulações de interesses políticos.  Uma sociedade que não entenda sua realidade, pelo mecanismo que escolhe, está destinada à estupidez.
Fonte:  tradução livre de  El Colombiano
COMENTO:  o autor do texto, colombiano, trata das mazelas da falta de honestidade na divulgação das mentiras - denominadas "fake news" -, mas não perde a oportunidade de fustigar o presidente dos EUA, atualmente repelido por onze em cada dez jornalistas de viés esquerdista do mundo. Parece que a isenção seja uma coisa impossível no mundo dos que tem a capacidade de influenciar opiniões alheias. Nos dias atuais a mídia brasileira se esmera na divulgação de "campanha" no sentido de evitar a proliferação de "fake news" mas não se furta de emitir mentiras, notícias sensacionalistas sem o mínimo fundamento, e meias verdades, omitindo-se de esclarecer seus pontos obscuros. 
A atual campanha eleitoral em desenvolvimento é o maior exemplo de hipocrisia e falta de honestidade de sedizentes "jornalistas e empresas de informação". A tomada de posição em favor de um candidato em detrimento do outro é visível. Mentiras e "ameaças à democracia" são destacadas e não desmentidas, sem o menor constrangimento.  Mas todos juram seu "compromisso com a verdade".  Certamente o conceito que eles tem de "verdade" não corresponde ao entendimento que as pessoas decentes tem da palavra. E tais "profissionais" se espantam quando verificam que boa parte da população, mesmo abraçando a causa da liberdade de imprensa, concorde que maus jornalistas sejam devidamente punidos. Jornalista mentiroso deve ser expurgado do meio profissional, pois usa o prestígio da atividade informativa para ludibriar seu público. É uma atitude criminosa!
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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

50 Anos do Assassinato do Capitão Chandler — Esquecer Também é Trair

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Em 12 de outubro de 1968, foi assassinado, friamente, na frente da família, quando saía de casa, em São Paulo, o Capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Rodney Chandler, vítima de sua cidadania (ver relato completo no ORVIL  Tentativas de Tomada do Poder, pag. 285, 306, 308, 309, 310, 311 e 312).
Charles Rodney Chandler cursava a Escola de Sociologia e Política da Fundação Álvares Penteado, foi morto na porta de sua residência, no Sumaré, na frente da esposa e de um filho de 9 anos, a tiros de metralhadora, por Marco Antonio Brás de Carvalho, Pedro Lobo de Oliveira e Diógenes José Carvalho de Oliveira, todos da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Marco Antonio Braz de Carvalho, o “Marquito”, era o homem de confiança de Marighella, que dirigia o Agrupamento Comunista de São Paulo e que fazia ligação com a VPR. Em setembro, ele levou para Onofre Pinto, então coordenador-geral da VPR, a possibilidade de ser realizada a ação de “justiçamento” do Capitão do Exército dos Estados Unidos da América, Charles Rodney Chandler, aluno bolsista da Escola de Sociologia e Política, da Fundação Alvares Penteado, e que morava em São Paulo com a esposa e dois filhos pequenos. Segundo os “guerrilheiros”, Chandler era um “agente da CIA” e “encontrava-se no Brasil com a missão de assessorar a ditadura militar na repressão”.
No início de outubro, um “tribunal revolucionário”, integrado por três dirigentes da VPR, ou seja, Onofre Pinto, como presidente, João Carlos Kfouri Quartim de Morais e Ladislas Dowbor, como membros, condenou o Capitão Chandler à morte. Graças a levantamentos realizados por Dulce de Souza Maia, sobre a vítima apurou-se os horários habituais de entrada e saída de casa, costumes, roupas que costumava usar, aspectos da personalidade, dados sobre os familiares e sobre o local em que residia, na casa da Rua Petrópolis no 375, no tranquilo bairro do Sumaré, em São Paulo.
Escolhido o “grupo de execução”, integrado por Pedro Lobo de Oliveira, Diógenes José Carvalho de Oliveira e Marco Antonio Braz de Carvalho, nada é mais convincente, para demonstrar a frieza do assassinato do que transcrever trechos do depoimento de Pedro Lobo de Oliveira, um dos criminosos, publicado no livro — Caso, Antonio: “A Esquerda Armada no Brasil”, Moraes Editores, Lisboa-Portugal, 1976, pág 162:
“Como já relatei, o grupo executor ficou integrado por três companheiros: um deles levaria uma pistola-metralhadora INA, com três carregadores de trinta balas cada um; o outro, um revólver; e eu, que seria o motorista, uma granada e outro revólver. Além disso, no carro, estaria também uma carabina M-2, a ser utilizada se fôssemos perseguidos pela força repressiva do regime. Consideramos desnecessária cobertura armada para aquela ação. 

Tratava-se de uma ação simples. Três combatentes revolucionários decididos são suficientes para realizar uma ação de ‘justiçamento’ nessas condições. Considerando o nível em que se encontrava a repressão, naquela altura, entendemos que não era necessária a cobertura armada”.
A data escolhida para o crime foi o dia 8 de outubro, que assinalava o primeiro aniversário da morte de Guevara. Entretanto, nesse dia, Chandler não saiu de casa, e os três terroristas decidiram suspender a ação. Quatro dias depois, em 12 de outubro de 1968, chegaram ao local às 7 horas. Às 8 horas e 15 minutos, Chandler dirigiu-se para a garagem e retirou o seu carro, em macha à ré. Enquanto seu filho, de 9 anos, abria o portão, sua esposa aguardava na porta da casa, para dar-lhe adeus. Não sabia que seria o último.
Os terroristas avançaram com o Volkswagen, roubado antes, e bloquearam o caminho do carro de Chandler. No relato de Pedro Lobo (idem, pag. 164),nesse instante, um de meus companheiros saltou do Volks, revólver na mão, e disparou contra Chandler”. Era Diógenes José Carvalho de Oliveira, que descarregava, à queima roupa, os seis tiros do seu Taurus de calibre .38.
E prossegue Pedro Lobo (ibidem, pag. 164-165), que dirigia o carro:
Quando o primeiro companheiro deixou de disparar, o outro aproximou-se com a metralhadora INA e desferiu uma rajada. Foram catorze tiros. A décima quinta bala não deflagrou, e o mecanismo automático da metralhadora engasgou (deixou de funcionar). Não havia necessidade de continuar disparando. Chandler já estava morto. Quando recebeu a rajada de metralhadora, emitiu uma espécie de ronco, um estertor, e então demo-nos conta de que estava morto”.
Quem portava a metralhadora era Marco Antonio Braz de Carvalho.
A esposa e o filho de Chandler gritaram. Diógenes apontou o revólver para o menino que, apavorado, fugiu correndo para a casa da vizinha. Após Pedro Lobo ter lançado os panfletos, nos quais era dito que o assassinato fora cometido em nome da revolução brasileira, os três terroristas fugiram no Volks, em desabalada carreira.

É interessante observarmos o destino dos sete envolvidos no crime:
— Marco Antonio Braz de Carvalho (“Marquito”), que deu a rajada de metralhadora, viria a falecer, em 26 de janeiro de 1969, após troca de tiros com a polícia.
 Onofre Pinto, o presidente do “tribunal revolucionário” que condenou Chandler à morte. Ex-sargento do Exército, foi preso em 2 de março de 1969 e banido para o México, em 5 de setembro, trocado pelo Embaixador dos Estados Unidos, que havia sido sequestrado. Em outubro, foi a Cuba onde ficou quase dois anos, tendo feito cursos de guerrilha. Em junho de 1971, foi para o Chile, com cerca de 20 mil dólares. Em maio de 1973, foi expulso da VPR, tendo sido acusado de “conivência com a infiltração policial no nordeste”, com referência às quedas dessa organização em dezembro de 1972. Temendo ser “justiçado” pela VPR, fugiu para a Argentina onde desapareceu, misteriosamente, em meados de 1974.
— João Carlos Kfouri Quartim de Morais, um dos membros do “tribunal revolucionário”, foi expulso da VPR, em janeiro de 1969, alguns meses depois, fugiu do Brasil, com dinheiro da organização. Radicou-se em Paris, onde foi um dos fundadores da revista “Debate”. Professor universitário e jornalista, ele regressou a São Paulo após a anistia, sendo um dos diretores da sucursal da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Em 1983, foi nomeado Secretário de Imprensa do Governo de Franco Montoro, em São Paulo.
— Ladislas Dowbor (“Jamil”), também membro do “tribunal”, foi preso, em 21 de abril de 1970, e banido, em 15 de junho, para a Argélia, em troca do Embaixador alemão, outro sequestrado. No exterior, casou-se com Maria de Fátima da Costa Freire, filha do educador comunista Paulo Freire. Após passar por vários países, dentre os quais, Suíça, Itália, Polônia, Chile, Portugal, Cuba e Guiné-Bissau, retornou ao Brasil, após a anistia, e aqui leciona Economia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e na Universidade de Campinas.
— Dulce de Souza Maia, que realizou os levantamentos sobre Chandler, foi presa, em 27 de janeiro de 1969, e banida para a Argélia, em 15 de junho. Tem curso em Cuba e percorreu diversos países, tais como, Chile, México, Itália e Guiné-Bissau, onde passou a trabalhar para o seu governo. Retornou a São Paulo em agosto de 1979, passando a desenvolver atividades em movimentos pacifistas, tendo sido eleita, em 1980, presidente do “Comitê de Solidariedade aos Povos do Cone Sul”.
— Pedro Lobo de Oliveira, o motorista da ação criminosa, foi preso em 23 de janeiro de 1969, quando pintava um caminhão com as cores do Exército, para o assalto ao quartel do 4º Regimento de Infantaria de Quitaúna. Em 15 de julho de 1970, foi banido para a Argélia, em troca do Embaixador alemão. Em fins daquele ano, foi para Cuba, onde fez curso de guerrilha. Após passar por vários países, dentre os quais Chile, Peru, Portugal e República Democrática alemã, ele voltou a São Paulo, em novembro de 1980, indo trabalhar como gerente de um sítio em Pariquera-Açú, de propriedade da família de Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado de subversivos e um dos dirigentes nacionais do Partido dos Trabalhadores.
— Finalmente, Diógenes José Carvalho de Oliveira (“Luiz”), que descarregou o seu revólver em Chandler, foi preso em 30 de janeiro de 1969, quando desenvolvia um trabalho de campo em Paranaíba, em Mato Grosso. Em 14 de março, foi banido para o México, trocado pelo Cônsul japonês (mais um dos diplomatas estrangeiros sequestrados), indo, logo após, para Cuba. Em junho de 1971, radicou-se no Chile. Com a queda de Allende, em setembro de 1973, foi para o México e, daí para a Itália, Bélgica e Portugal. Em 1976, passou a trabalhar para o governo da Guiné-Bissau, junto com Dulce de Souza Maia, sua amásia. Após a anistia, retornou ao Brasil, indo residir em Porto Alegre, onde vive com a advogada Marilinda Fernandes. Trabalhou como assessor do vereador do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Valneri Neves Antunes, antigo companheiro de militância da VPR, até outubro de 1986, quando este faleceu, vítima de acidente de auto.
Fonte: adaptado do Blog do Lício Maciel

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

EsSA - Concurso/2018 - CFS 2019/2020

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Passado o período de Exame Intelectual do Concurso aos Cursos de Formação de Sargentos do Exército Brasileiro que funcionarão em 2019 e 2020, podemos aqui manifestar alguns pontos de opinião, atualizando postagem feita em 2014.
De acordo com o edital publicado no Diário Oficial, são 1.070 vagas dividas nas áreas de aviação e geral, em que 910 são destinadas ao sexo masculino e 100, para o feminino; e, outras 60 são para área da Saúde, destinadas para técnicos de enfermagem. 
Com aproximadamente 94.000 candidatos inscritos no Concurso de Admissão 2018 aos Cursos de Formação de Sargentos 2019-20, a concorrência por área é a seguinte:
- 75 candidatos/vaga para a ÁREA Geral/Aviação (Masculino);
- 171 candidatos/vaga para a ÁREA Geral/Aviação (Feminino);
- 78 candidatos/vaga para a ÁREA Música; e,
- 93 candidatos/vaga para a ÁREA Saúde.

Uma demanda considerável, se comparada a outros concursos para cargos em função pública. 
Neste ano de 2018 houve um acréscimo de quase 100% de candidatos em relação a 2014, quando houve 48.173 candidatos confirmados.
Temos então que, apesar do esforço de algumas 'otoridades' - infelizmente com o apoio da grande mídia - em desmoralizar e desmotivar os profissionais das armas, a carreira militar continua a encantar nossos jovens que amam o Brasil e não temem sair de sob as asas dos seus pais.
Espero que entre os candidatos aprovados não haja quem espere "levar vantagem", pois se houver vai se decepcionar. A carreira castrense é para quem se sujeita a uma vida de sacrifícios com remuneração somente suficiente para a sobrevivência familiar.
Aos que tiverem sucesso nas provas, alguns pequenos esclarecimentos que não é costume serem feitos, mas que eu os faço previamente para que, mais tarde, não usem o argumento covarde de que não sabiam direito o que estavam fazendo:


- Diferentemente do que ocorre em Concursos para Cargos Públicos Civis, preparem-se para começar a "mostrar serviço" depois de frequentarem o Curso de Formação, quando começarem efetivamente sua carreira profissional; e isso vai continuar por 30 anos de serviço, no mínimo. É costume dizer que Sargentos devem provar a cada dia que são bons profissionais.
- Preparem-se, também, para permanecerem por sete ou oito anos na graduação de 3º Sargento, com vencimentos brutos mensais, após 01 Jan 2019, por volta de R$ 5.050,00. A isto podem ser agregados mais 10 ou 20% do soldo (R$ 382,50 ou R$ 765,00) se forem servir em regiões consideradas inóspitas.
- Preparem-se, ainda - também diferentemente das funções públicas civis -, para serem destinados para servir em qualquer parte do território nacional, independentemente dos interesses familiares (casa própria, emprego da esposa, curso universitário, doenças de pais, avós, sogros, etc).

- Depois do Curso, no exercício das funções de Sargento as condições profissionais continuarão difíceis (passar frio, cansaço, acampamentos em condições precárias, escalas de serviço apertadas - sem direito a recebimento de "horas extras" -, formaturas, exercícios físicos, "tempo zero" para estudos fora do EB, etc), acrescidas da responsabilidade de repassar seus conhecimentos, com os devidos cuidados de segurança, para seus subordinados (os Soldados incorporados anualmente para o Serviço Militar Inicial).
- Quanto aos aspectos financeiros, a cada promoção terão um acréscimo de 15 a 20% em seus vencimentos, chegando à graduação de Subtenente com o vencimento bruto, também a partir de 01 Jan 2019) valendo aproximadamente R$ 8.360,00.
Caso alcancem o oficialato, poderão chegar ao posto de Capitão, que terão vencimentos brutos, após 01 Jan 2019, por volta de R$ 14.700,00. Ao vislumbrar esses valores, a grosso modo, deve ser calculado o abatimento de cerca de 11%, a título de descontos obrigatórios para atendimentos de saúde e para o fundo que financiará, no futuro, a Pensão de sua viúva. Depois desse desconto, ainda tem que prestar contas com o famigerado e faminto Leão do Imposto de Renda.
- Os que não prestaram o Serviço Militar Inicial devem atentar para um detalhe importantíssimo: se acharem que as condições oferecidas durante o Curso de Formação não lhe agradaram, não insista. Se você teve capacidade para ser aprovado no Concurso do CFS, certamente tem capacidade para fazer outros concursos para atividades profissionais onde se sinta melhor. 
Se não gostou do Curso, não irá gostar do dia-a-dia da caserna, assim, busque sua felicidade seguindo outra carreira e não se torne um mau profissional (desmotivado, mal-humorado, dos que só enxergam motivos para reclamar e criticar, desagregador, sem disposição para consertar ou melhorar seu ambiente de trabalho).
- Aos que entenderem que podem passar seus dias dedicando-se às atividades castrenses, sejam bem vindos! Terão trinta e poucos anos de atividade profissional extremamente gratificante, em um ambiente que tem por característica principal a camaradagem!
Aproveito para citar cinco princípios a serem seguidos para um bom desempenho profissional:
- Conheça sua profissão (saiba qual seu papel na sociedade como profissional);
- Interesse-se por sua profissão (busque conhecimentos sobre como melhorar seu desempenho profissional);
- Conheça seus subordinados (identifique as características pessoais de cada um, a fim de melhor destinar missões, recompensas e sanções);
- Mantenha seus subordinados bem informados (só assim, eles poderão desenvolver sua iniciativa no sentido de melhor cumprir suas missões); e
- Interesse-se, verdadeiramente, pelo bem estar de seus subordinados.
Essas regras, que parecem simples, na realidade são difíceis de serem seguidas, pois são as que diferenciam os Líderes dos Chefes. E uma das principais características exigidas ao Sargento é ser Líder.
E sejam Sargentos, profissionais conscientes de pertencerem a uma das Instituições mais respeitadas por nossa população decente!

Imagens: "Futuro Sargento do EB"  no Facebook
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