sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Liderança ou Caudilhismo??

Caudilhos
Há uma cena em Wild Wild Country, o documentário que a Netflix produziu sobre Osho (Bhagwan Shri Rashnish), que nos mostra a essência dos caudilhos.  Como a maioria dos gurus religiosos, o tal Bhagwan era uma espécie de narciso ao cubo e perante as pessoas que o adoravam entrava em êxtase e se convertia em um mar de tranquilidade. De repente, depois de desafiar a uma comunidade de moradores do Oregon e se meter em graves problemas com a lei, sua secretária e "braço direito", Sheela, o abandona. Então o véu cai e surge reluzindo a alma do homem. Com uma mirada de ódio puro, Bhagwan diz sobre Sheela:
Nunca fiz amor com ela. Quem sabe, esse seja o motivo dos ciúmes. Ela sempre quis, mas nunca me rebaixei a fazer amor com uma secretaria. Uma história de amor nunca termina; pode converter-se em uma história de ódio. Ela não demonstrou ser uma mulher real; demonstrou ser una perfeita cadela.
É preciso reiterar uma obviedade que às vezes passa por alto não aos crentes, mas aos cidadãos que devem lidar com caudilhos na vida pública: o caudilho de verdade demonstrará até a saciedade que seu vicio é o poder, um poder menos limitado possível. Para um caudilho de porte, os famosos pesos e contrapesos de Montesquieu são um enfeite. Pode-se ver em gravações sucessivas até que ponto Hugo Chávez se deleitava com cada uma de suas tropelias, de seus insultos e de suas expropriações. E também se percebe que ao gritar Você está demitido! ou ao contar uma de suas incontáveis mentiras, Trump adquire um ar orgiástico.
Uma inferência fundamental do escrito acima é que dar poder a um caudilho implica um grave risco e que, quando mesmo assim ocorre, é preciso ficar alerta porque mais cedo ou mais tarde este vai querer abusar daquele. Seu verdadeiro plano consiste em obter poder, aumenta-lo e preserva-lo. O que consta em seus programas políticos tem um significado secundário: são pretextos, possíveis subprodutos, pouco mais que letra morta para ingênuos. Essencial, por outro lado, é o recrutamento de gente que os ajude a obter e reter o poder. Todo caudilho se rodeia de pessoas obedientes e submissas, ainda que implacáveis com os inimigos do chefe o do "paizinho".
O que nos leva a uma segunda conclusão, ainda mais espinhosa. Um caudilho sem sua guarda pretoriana não é ninguém. Há, no entanto, uma falha no espírito das multidões que, dadas certas circunstâncias, as fazem acercar-se aos caudilhos e entregar-se incondicionalmente. Sim, é claro que esperam benefícios materiais que não estarão disponíveis aos omissos, mas há algo mais: querem fugir de suas inseguridades fundindo-se com o líder, querem exercer suas agressividades por meio de um intermediário, querem odiar. O pecado não é ter desavenças pessoais com eles, mas sim ofender o caudilho idolatrado. Para isto não existe perdão nem trégua.
Desencadeado o fenômeno, é muito difícil neutraliza-lo. Da mesma forma que os vícios, o caudilhismo tem que ir até o fundo, causar uma imensa catástrofe para que as pessoas lhe virem as costas. ¿Pode alguém acreditar que ainda haja quem, na Venezuela ou na Nicarágua, diga que Maduro e Ortega são vítimas de uma conspiração imperialista internacional e não uns vís verdugos de seus respectivos povos? Pois todavia existem.
O único freio efetivo contra os caudilhos são as instituições fortes, de modo que um país que não as construi ou que não as defende, está brincando com fogo.
Fonte: tradução livre de El Espectador
COMENTO: independendo de supostas ideologias - eis que na atualidade a ideologia dos políticos em geral é simplesmente tomar posse da chave do cofre - a idolatria pode conduzir massas populares a um frenesi irracional. Há que se diferenciar bem liderança de caudilhismo. A primeira é a capacidade de motivar as pessoas espontaneamente para um objetivo simplesmente pelo uso do carisma. O falecido político Leonel de Moura Brizola - de quem eu não era fã - é um bom exemplo de líder. Como diziam em sua época de fama, se lhe proporcionassem um caixote e uma esquina, ele obtinha rapidamente um séquito. Já o caudilhismo obtém seguidores mediante a expectativa de algum retorno imediato, nem sempre legal e moral. Bom exemplo disso ocorre atualmente no Brasil, com boa parte da população idolatrando um reles ladrão condenado - com fartas provas de sua ilicitude - e preso; além das claras demonstrações de falta de decoro público e comportamento totalmente fora dos padrões minimamente éticos que se espera de um líder, sempre em troca de promessas de "benefícios" ou ameaças de suspensão dos mesmos.
Quanto ao seriado citado a respeito do "líder religioso", leia um bom texto em Huffpostbrasil.
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sábado, 15 de setembro de 2018

Alemanha: Ascensão dos Salafistas

por Soeren Kern
Tradução: Joseph Skilnik
Milhares de pessoas ouvem com atenção o pregador salafista Pierre Vogel discursar em um comício para simpatizantes em 9 de julho de 2011 em Hamburgo, Alemanha. (Foto: Christian Augustin/Getty Images)
O número de salafistas localizados na Alemanha mais que dobrou nos últimos cinco anos, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 10 mil, de acordo com a Agência de Inteligência Interna da BfV da Alemanha. A BfV calcula que haja na Alemanha mais de 25 mil islamistas, dos quais praticamente 2 mil representam uma ameaça iminente.
Os dados fazem parte do último relatório anual do Departamento Federal para a Proteção da Constituição (Bundesamt für Verfassungsschutz, BfV), apresentado pelo ministro do interior, Horst Seehofer e pelo presidente do BfV, Hans-Georg Maaßen em Berlim em 24 de julho.
O relatório, considerado o mais importante indicador de segurança interna da Alemanha, desenha um quadro sombrio. O BfV calcula que o número de islamistas presentes na Alemanha aumentou de 24.425 em 2016 para no mínimo 25.810 por volta do final de 2017.
Causa espécie que o relatório não forneça nenhuma estimativa quanto aos dados no tocante aos seguidores do Estado Islâmico ou da al-Qaeda que vivem na Alemanha. Consequentemente, a verdadeira dimensão do número real de islamistas presentes na Alemanha é, indubitavelmente, maior do que 25.810.
Segundo o relatório, os salafistas formam o maior grupo islamista da Alemanha. O número de salafistas presentes na Alemanha saltou para 10.800 em 2017, dos 9.700 em 2016, 8.350 em 2015, 7.000 em 2014, 5.500 em 2013 e 4.500 em 2012.
O relatório do BfV ressalta:
"Os salafistas se veem como guardiões do Islã original, puro. Eles modelam sua prática religiosa e seu estilo de vida exclusivamente nos princípios do Alcorão, do Profeta Maomé e das três primeiras gerações muçulmanas, os assim chamados antepassados justos (Al-Salaf al-Salih em árabe). Como consequência, os salafistas querem implantar uma "teocracia" de acordo com a sua interpretação das diretrizes da Lei Islâmica (Sharia), na qual não se aplica mais a ordem democrática liberal.
"Os jihadistas salafistas e os políticos salafistas nutrem basicamente a mesma ideologia. A diferença primordial são os meios para atingirem seu objetivo, a "teocracia salafista". Os políticos salafistas disseminam a ideologia islamista fazendo uso de intensa propaganda, que eles retratam como 'trabalho missionário' (Dawa), para transformar a sociedade por meio de um processo de longo prazo, segundo as normas salafistas.
Muitos políticos salafistas se posicionam contra o terrorismo. Eles enfatizam a natureza pacífica do Islã e rejeitam o chamamento aberto à violência. No entanto, vale a pena lembrar que o salafismo político tem uma relação ambivalente com a violência porque, em princípio, não exclui a violência inspirada na religião como meio de atingir seus objetivos.
Ao interpretarem o Islã, os políticos salafistas fazem uso seletivo das obras clássicas da literatura jurídica islâmica, que sustenta profunda afinidade com a violência quando se trata de lidar com não muçulmanos. Os salafistas acreditam que a reivindicação universal do Islã, devido à sua superioridade como plano divino de salvação para toda a humanidade, deve ser imposta por meio da força, se necessário, portanto, no cerne, a aprovação do uso da violência é parte intrínseca da ideologia salafista.
"As duas correntes salafistas têm visões diferentes, mas passíveis de conciliação à luz do pré-requisito, a violência pode ser usada. Isso explica porque a transição do salafismo político para o salafismo jihadista é acomodável".
O relatório do BfV assinala que os salafistas estão concentrando seus esforços proselitistas e de recrutamento em migrantes que buscam refúgio na Alemanha:
"Sob o pretexto de ajuda humanitária, os islamistas conseguiram radicalizar inúmeros migrantes. No passado, os salafistas em particular, procuraram estender a mão aos migrantes. Eles visitavam abrigos para refugiados para esse fim, oferecendo assistência. O grupo alvo não era apenas o dos migrantes adultos, era também o dos adolescentes desacompanhados que, devido à sua situação e idade, são particularmente suscetíveis às práticas missionárias salafistas".
As diversas práticas propagandísticas dos salafistas, que eles minimizam como se fosse 'proselitismo' ou 'convite para as pessoas conhecerem o Islã', é na verdade uma doutrinação sistemática e muitas vezes o início da radicalização, com bons resultados: o salafismo islamista está em voga e é o que mais cresce na Alemanha.
O ambiente salafista representa o ponto nevrálgico do recrutamento para a Jihad. Todos que têm alguma conexão alemã, com raríssimas exceções, que se juntaram à jihad estiveram anteriormente em contato com o ambiente salafista."
Segundo o BfV, o crescimento do movimento salafista na Alemanha está sendo alimentado em parte por migrantes da Tchetchênia:
"No ambiente salafista da Alemanha, os atores de origem caucasiana do Norte, em especial os da República da Tchetchênia, ganharam maior importância. Os estados mais afetados são os estados federais da Alemanha Oriental e da região Norte, assim como o estado do Reno, Norte da Westphalia.
O ambiente islamista do Cáucaso do Norte é caracterizado pela disseminação de peculiaridades e redes espalhadas por toda a Europa. Em grande medida é ambiente fechado para o mundo exterior. O fator crítico para a radicalização é um espectro de contato pessoal que conecta elementos da religião e da estrutura tradicional do clã. O islamista do Cáucaso do Norte estabeleceu contatos com grupos jihadistas do Oriente Médio devido aos 'sucessos' dos combatentes do Cáucaso do Norte na Síria e no Iraque."
O relatório do BfV mostra uma ligação direta entre o aumento do antissemitismo na Alemanha e a ascensão dos movimentos islamistas no país:
"A propaganda islamista frequentemente mistura motivações religiosas, territoriais e/ou políticas nacionais com uma visão de mundo antissemita. A 'imagem inimiga do judaísmo', portanto, forma o pilar central da propaganda de todos os grupos islamistas.
O BfV registrou um número enorme de incidentes antissemitas em 2017. O espectro dos incidentes ia desde banners anti-israelenses em eventos públicos e sermões antissemitas a postagens antissemitas nas redes sociais e ataques verbais e até físicos contra judeus.
O BfV constatou que todos os grupos islamistas ativos na Alemanha disseminam e nutrem ideias antissemitas. Isso representa uma ameaça significativa à coexistência pacífica e à tolerância na Alemanha."
De acordo com o BfV, o segundo maior movimento islamista da Alemanha é o Millî Görüş (em turco "Visão Nacional"), que conta com cerca de 10 mil integrantes. O movimento se opõe categoricamente à integração muçulmana na sociedade europeia:
"O movimento acredita que uma ordem política 'justa' é aquela fundamentada na 'revelação divina', ao passo que os sistemas concebidos pelos humanos são 'fúteis'. No momento, a civilização ocidental 'fútil' predomina, baseada na violência, injustiça e na exploração dos mais fracos. Esse sistema 'fútil' deve ser substituído por uma 'ordem justa', baseada exclusivamente nos princípios islâmicos e não nos princípios concebidos pelo homem, portanto, com 'leis arbitrárias'. Todos os muçulmanos devem colaborar para a concretização da 'ordem justa'. Para tanto, os muçulmanos devem adotar uma determinada visão (Görüş) do mundo, a saber: uma visão nacional/religiosa ('Milli'), um Millî Görüş".
Além dos salafistas e o Millî Görüş, os cálculos do BfV indicam que a Alemanha já abriga 1.040 membros da Irmandade Muçulmana, 950 membros do Hezbolah e 320 membros do Hamas.
Após a apresentação do relatório do BfV, o ministro do interior Horst Seehofer exigiu que o governo acelere as deportações dos islamistas. "Nós não temos nada sob controle em nenhuma área", concluiu ele.
Soeren Kern é membro do Gatestone Institute de Nova Iorque.
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sábado, 8 de setembro de 2018

Para a Ciência Sobreviver no Brasil, Só Se For de Ferro

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Eu não vou falar muito sobre o incêndio do Museu Nacional, a mídia já publicou tudo que é possível ser dito, só me restaria xingar os responsáveis e a lista é imensa, cobrindo décadas. Hoje vamos conhecer uma historinha que representa muito da relação do Brasil com ciência, nossa teimosia, burrice e malandragem. Com vocês a Saga do Meteorito de Bendegó, a Pedra Que Queimou Duas Vezes.
O Bendegó é um meteorito de ferro/níquel, com 5,3 toneladas de peso, 2,2 metros de comprimento, 1,45 m de largura e 58 cm de altura. É um dos maiores meteoritos do mundo, e por bilhões de anos vagou pelo Sistema Solar até que encontrou Wellington, um asteroide amigo que deu a dica: “Você já foi à Bahia, nego? Então vá!”. Com esse empurrão que faltava, sua órbita se alterou e ele entrou em rota de colisão, e alguns milhares de anos atrás causou uma explosão considerável e um clarão que seria imediatamente registrado na história dos índios, se eles tivessem inventado a escrita, claro.
Por séculos o meteorito ficou curtindo o clima de Monte Santo, na Bahia, até que sua paz foi atrapalhada por um jovem pastor chamado Domingos da Motta Botelho, mas quem ficou com o crédito foi o pai, Joaquim da Motta Botelho.

A pedra era muito estranha, aparentemente indestrutível e se tornou uma curiosidade no sertão da Bahia de 1784, e logo a notícia chegou até o governador, que querendo dar uma olhada na pedra, fez o que todo político acomodado faria: mandou alguém buscar.
Usando o máximo de tecnologia da época no Brasil, tentaram colocar o Bendegó em um carro de boi, puxado por 12 juntas de obviamente bois. Obviamente o planejamento foi feito nas coxas, a pedra escorregou por um barranco e foi parar no leito do rio Bendegó. Bernardo Carvalho da Cunha, o responsável pelo transporte da pedra viu que daria trabalho, lembrou que era brasileiro e deixou pra lá.
Bendegó na beira do Rio Bendegó, onde ficou por 100 anos.
O Bendegó foi abandonado e ficou enferrujando no rio por CEM ANOS, o único interessado nesse período foi um químico inglês chamado Aristides Franklin Mornay, ele trabalhava pro governo da Bahia procurando fontes de água mineral, ouviu a história da pedra e foi atrás.
Como bom cientista ele fez desenhos detalhados do meteorito, colheu amostras e as enviou para laboratórios na civilização.
Mornay suspeitou que o meteorito fosse um meteorito, suspeita essa confirmada pelos exames feitos por William Hyde Wollaston, da Sociedade Geológica Real de Londres. Mornay em 1816 publicou suas pesquisas sobre o meteorito no paper An Account of the Discovery of a Mass of Native Iron in Brazil (Bendego), Philosophical Transactions of the Royal Society of London Vol. 106 (1816), pp. 270-280, e se você ainda duvida que a internet é uma ferramenta incrivelmente maravilhosa, você pode ler o paper original de Mornay aqui.
Em 1820 dois naturalistas, Carl Friedrich Philipp Von Martius e Johann Baptist Von Spix foram estudar o meteorito e para conseguir retirar amostras acenderam uma fogueira em torno do Bendegó por 24 horas. Ou seja: o incêndio de 2018 não foi a primeira vez que o Bendegó fez cosplay de picanha.
Bendegó em vibe Juma Marruá, tomando banho de rio.
A ideia de um meteoro valiosíssimo para a Ciência ficar jogado no interior da Bahia não era agradável, e em 1883 o diretor da Seção de Mineralogia do Museu Nacional, Orville Adelbert Derby alertou que o bendegó poderia ser coberto por terra, durante a cheia do rio e ter sua localização perdida.
Obviamente ninguém ligou, e a coisa só andou em 1886, quando Dom Pedro II, o Imperador Nerd estava na França e tomou conhecimento da existência do Bendegó, quando membros da Academia de Ciências de Paris, que não tinham NENHUMA capacidade de profecia, disseram que seria mais seguro remover o meteorito para um museu.
1887
No começo de 1887 foi nomeada uma comissão para planejar a transferência do meteorito, que só começou em 7 de setembro, quando inauguraram … um marco comemorativo da empreitada, em Monte Santo. O transporte mesmo só começou em 1888, quando a extensão de um ramal ferroviário colocou trilhos de trem a 108 km do meteorito.

A tecnologia utilizada? Como isso aqui é Brasil, obviamente nada mudou em 100 anos. Colocaram o bendegó em um carro de boi, e depois de 126 dias de viagem, ele chegou a uma estação ferroviária em Itiúba, de onde foi para Salvador. Curiosidade: o transporte ferroviário foi gratuito, a Companhia Inglesa da Estrada de Ferro doou o transporte, bem como o vapor Arlindo, que seguiu para Recife e depois Rio de Janeiro.
Lembra que NENHUM ministro compareceu à Cerimônia dos 200 anos do Museu Nacional, e que o último presidente a visitar o Museu foi Juscelino Kubitschek? Pois é. Quem recebeu o Bendegó quando ele chegou ao Rio foi ninguém menos que a Princesa Isabel.
Levado para o Arsenal de Marinha, um pedaço de 60 kg do meteorito foi cortado para estudos e dividido para ser enviado a 14 museus pelo mundo. Entre outros 3,675 kg estão em Munique, 2,491 kg estão em Londres, 2,317 kg estão em Viena, 190 g estão em Berlim, 180 g em Erlanger e 500 g em Copenhague.
O Meteorito de Bendegó ficou então exposto no primeiro prédio do Museu Nacional, no Campo de Santana, depois foi movido para o Palácio Imperial. Lá teve períodos de altos e baixos, perdendo e ganhando de volta seu lugar de destaque na entrada do museu, aonde está ainda hoje, resistindo ao descaso de décadas, talvez séculos, mas correndo risco de ser roubado e derretido tal qual a taça Jules Rimet ou as Vigas da Perimetral.
De resto, nada mudará e nada será feito, pois a única constante é que o Brasil Odeia Ciência. Hoje, Sempre e em 1888 o Nordeste passou por uma grande seca, a população da região achou que a estiagem era uma maldição pela retirada da pedra e destruíram o obelisco celebrando o feito.
A lição que tiramos disso é que a única forma da Ciência sobreviver no Brasil é ela ser feita de pedra, e essa pedra, ser feita de ferro.
Fonte:  Meio Bit
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