quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A Tragédia da Chacina Familiar em São Paulo

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Logo completaremos um mês da tragédia que se abateu sobre a família dos Policiais Militares assassinados em São Paulo, supostamente, pelo filho adolescente do casal em 5 de agosto.
Em princípio, devemos aceitar as conclusões policiais que apontam o jovem como autor do massacre, com base em exames periciais a que nem sempre se pode ter acesso, por motivos vários. Até mesmo para não alertar potenciais malfeitores sobre como são feitas as investigações.
Mas o que eu quero destacar aqui não se refere diretamente às investigações mas a duas constatações que não tem merecido a atenção da imprensa, ou pelo menos não tem sido explorada com a profundidade que merece em função do "politicamente correto", essa patifaria hipócrita que nos é imposta cotidianamente.
A primeira é quanto a presença de dezenas de policiais militares no imóvel onde ocorreu a chacina, logo após sua descoberta. Essa constatação conduz a duas outras que me parecem de extrema gravidade. Em primeiro lugar, demonstra completa falta de comando sobre as equipes policiais que atuam na cidade. O que faziam tantos policiais na cena do crime, além de saciar a mórbida curiosidade que faz humanos quererem ver com seus próprios olhos alguma tragédia ocorrida? Mesmo os que tinham ligações de amizade com os falecidos, não estando escalado para trabalhar naquela área, não deveriam  até mesmo por não lhes ser novidade a visão de colegas mortos  simplesmente acorrer ao local por solidariedade ou curiosidade. Nada mais havia a ser feito em prol das vítimas. Em compensação, durante bom tempo diversos pontos urbanos que deveriam estar sendo policiados ficaram desprotegidos enquanto os responsáveis pelos mesmos participavam da lamentação coletiva.
O outro efeito negativo da acorrida policial ao local da tragédia foi a inegável contaminação do local, prejudicando uma perícia criminal isenta de erros. Não sou técnico no assunto, mas a grande presença de pessoas certamente criou marcas de pés, impressões digitais e outros vestígios que devem ter se sobreposto a outros que deveriam ser mantidos íntegros para uma perfeita avaliação científica.
Considerando que isso não ocorreu somente nessa cena de crime envolvendo policiais, temos um fato recorrente a ser analisado e corrigido por quem exerce o comando policial, civil ou militar.
A outra constatação cujo destaque tem sido evitado pela imprensa — imagino que para evitar "chocar a audiência" — é a quantidade de jovens adolescentes que tinham conhecimento das "intenções assassinas" do acusado pelas mortes. É bem verdade que o assunto pode ter sido considerado conversa fiada pelos amigos do menino. Mas nenhum deles se animou a comentar o caso em casa?
Ou houve algum comentário que foi sufocado com a velha desculpa covarde de não se envolver com problemas alheios? 
Há tempo venho comentando que a sociedade brasileira encontra-se acovardada. E a covardia se manifesta de forma mais cruel na forma de omissão. Às vezes é um assaltante flagrado em plena atividade e ninguém se move no sentido de lhe tolher a ação, detê-lo ou pelo menos chamar a polícia. Ora são vândalos que se imiscuem em manifestações legítimas deturpando as mesmas, e ninguém se lhes opõem. Daí à corrupção praticada por agentes estatais e políticos à vista e conhecimento de muitos, colegas e funcionários, é uma distância de nada! E todos se queixam de que "ninguém faz nada"! E a velha fábula do guizo no pescoço do gato nos vem à mente.
Voltando aos colegas do menino supostamente assassino e suicida que já tinham escutado algo sobre suas intenções. São muitos, por volta de uma dezena. Há até mesmo um boato de que alguns teriam, com o morto, composto um "grupo de matadores" cujo "ritual de iniciação" seria a morte dos pais. 
Boato ou não, o assunto reforça a discutida — e, em muitos casos, não resolvida — falha na comunicação familiar entre pais e filhos. Esses meninos teriam coragem para tratar sobre o assunto com seus pais? Os pais dariam a devida atenção ao mesmo? Temos conversado suficientemente com nossos filhos?
Estaria a polícia trabalhando também com a hipótese da tragédia ter contado com a presença física de algum colega do suposto assassino/suicida?
Para finalizar: sobre o boato do "grupo de matadores". 
Será algum boato maldoso ou, quem sabe, o jovem Marcelo foi o único  até o momento  a cumprir o proposto? Pelo sim, pelo não, acho bom os pais desses meninos acordarem para a vida e buscarem um contato mais franco com seus filhos!
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PS - antes que me caiam de pau: criei um casal de filhos que me enche de orgulho. São a perfeita expressão de cidadãos de bem!
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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Uma Homenagem, Atrasada, aos Soldados do Exército Brasileiro

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Vídeo apresentado em 2010 durante uma palestra realizada na
Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

Ele foi postado, ainda em 2010 no You Tube,
por Giovane Silveira.


COMENTO:  se compararmos o presente vídeo - certamente elaborado por algum Sargento, não profissional de propaganda - com as "propagandas institucionais", de qualidade extremamente duvidosa, mas regiamente pagas pelo governo via Ministério da Defesa, percebemos, mais uma vez, o quanto de verbas públicas é desperdiçados (distribuídas à cumpanherada)!
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domingo, 25 de agosto de 2013

Grita, Xinga, Escancara, Joaquim!!!

por Glauco Fonseca
O Brasil perde a graça a cada dia que passa. Só nos faz sorrir em tons de amarelo, amarelo de vergonha, de constrangimento. O voto vai para as pessoas erradas, assim como o dinheiro escoa corrompido para pessoas erradas. O dinheiro da educação não gera educação, assim como o dinheiro da segurança não gera segurança. O país sofre com sorriso ocre, podre. Podre de vergonha. Mas não adianta nada. Na próxima eleição, o voto vai de novo para as pessoas erradas, assim como o dinheiro público desaguará, novamente, nos estuários da bandidagem.
No entanto, o Brasil ficou mais elegante. Ao invés de corrupção, temos novos termos como alopramento ou recursos não contabilizados. Vossa Excelência não mente mais. Apenas falta com a verdade. Juízes do Supremo Tribunal Federal a cada dia são mais versáteis. Alguns, além de julgar, agora também servem como advogados de defesa de réus do partido que lhes rendeu indicação para o cargo. Assim mesmo, escancaradamente. Ao longo de muito tempo assistindo o julgamento da Ação Penal 470 — neologismo elegante para Mensalão — ficou sempre aquela sensação de que, de um lado, estavam os defensores da Constituição e do Direito e de outro, os defensores do PT e do que não é direito. Pergunte a qualquer brasileiro se ele entende que Celso de Mello e Dias Tóffoli estão do mesmo lado, da defesa da Constituição  que é a atribuição do STF. Pesquisem, façam enquetes, discutam em bares ou nas salas de espera de dentistas ou pediatras.
Agora, a discussão é a respeito do “descontrole” do Presidente Joaquim Barbosa, da falta de educação com seus pares, do despreparo para gerir o Tribunal. Pois Joaquim Barbosa, ao contrário do que pensam os brasileiros que votam errado e que não se preocupam mais para onde estão indo os recursos de seus impostos, é perfeito para o Brasil. Barbosa não trata ímpares como pares. Não há mais como segurar a ira, que é merecida por parte de pessoas como o Ministro Lewandowski, que parece não sem importar, há muito tempo, com sua imagem, sua carreira e os destinos da vida moral e jurídica brasileira. Não há como tratar com respeito, a esta altura do campeonato, pessoas que desejam corromper o decidido no Acórdão da Ação Penal mensaleira. Isto sim é corrupção! Livrar a cara de ladrões de dinheiro público, de impatriotas, de salafrários não é chicana, não. Chicana é elogio para o que fazem os destinatários da ira de Barbosão. O que está em curso é a CORRUPÇÃO de uma esperança inteira. E a “equipe” encarregada de detonar os resultados do julgamento, ao que parece, aumentou bastante de tamanho.
Pois berra, esperneia, sapateia, Ministro Joaquim Barbosa. E tomara que teus pares (estes sim) não te deixem sozinho. O Brasil não te deixará sozinho. Tu, sim, nos representa. José Dirceu, Genoíno, Delúbio e os outros 36 não nos representam. Joaquim Barbosa nos representa. Pois então eleva tua voz, aponta o dedo, seja rápido e encerra de vez esta merda, que já fede há muito tempo e que nos toma tempo e nos aborrece a impunidade.
Roda a baiana, Joaquim! Não deixa que nos ceguem com falsas liturgias, não permita que nos enrolem com a “falta da verdade”. Coloca, o quanto antes, os pingos nos “ii” e um ponto final neste crime hediondo que foi o Mensalão.
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sábado, 24 de agosto de 2013

Médicos "Importados"

O governo gastará R$ 21 mil com cada médico cubano, mas o governo de Fidel Castro embolsará R$ 20.300,00 pagando aos trabalhadores escravos apenas R$ 700,00.
Enquanto enganava a opinião pública com o programa "Mais Médicos", fazendo de conta que queria atrair médicos de Portugal e Espanha, o governo afivelava tudo por baixo do pano com os cubanos de Fidel Castro. Os primeiros médicos-escravos, espiões comunistas e cabos eleitorais do PT, começarão a desembarcar amanhã, numa velocidade espantosa e jamais vista antes neste País. 
Um total de 244 médicos formados fora do país (sendo 99 brasileiros) começam a chegar ao Brasil a partir da tarde desta sexta-feira para atuar no programa Mais Médicos, do governo federal. De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, não há profissionais cubanos nesses grupos — eles devem chegar somente a partir de amanhã.
O Ministério Público do Trabalho anunciou que poderá vir a questionar a importação, pelo governo Dilma, de 4.000 médicos cubanos para atuar no interior do país pelo programa Mais Médicos. Segundo a “Folha de S.Paulo”, o procurador José de Lima Ramos Pereira, que comanda no órgão a Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho, disse que a forma de contratação fere a legislação trabalhista e a Constituição.O MPT vai ter que interferir, abrir inquérito e chamar o governo para negociar”. O acerto também foi questionado por auditores fiscais do Ministério do Trabalho em São Paulo e pelo presidente da comissão da OAB-SP que trata de assistência médica. O procurador Ramos Pereira afirmou ao jornal que a contratação é “totalmente irregular”, sob pretexto de resolver uma questão relevante (a falta de médicos), “mas que não está caracterizada com a urgência que exige uma situação de calamidade, como epidemia e terremoto. Ele disse que seria preciso concurso público.O governo será empregador na hora de contratar e dirigir esses médicos, mas, na hora de assalariar, a remuneração é feita por Cuba ou por meio de acordos. Isso fere a legislação trabalhista.” 

Saiba qual a importância da exportação de médicos para a economia cubana, segundo reportagem do jornal El País, Madrid. CLIQUE AQUI para ler.
Em 2006, os cubanos eram proibidos de namorar nativos e de sair de casa após às 18 horas sem autorização e de pedir empréstimo local, é o que informa a revista Veja deste sábado. Leia mais:
Em 2006, a Bolívia fechou um convênio com os irmãos Castro para levar médicos cubanos para trabalhar no país. Era um acordo similar ao assinado pelo Ministério da Saúde brasileiro na última quarta-feira. Aos que foram enviados à Bolívia, foi entregue uma cartilha de doze páginas, à qual o site de Veja teve acesso, com normas e restrições que deveriam ser cumpridas à risca. Para quem desobedecesse, a punição variava da advertência pública ao regresso imediato a Cuba.
Dividido em onze capítulos, o grau de detalhamento do Regulamento Disciplinador chegava ao nível de dizer o que os cubanos deveriam fazer caso começassem algum relacionamento amoroso com uma nativa. A título de curiosidade: obrigava os cubanos a informar às autoridades o relacionamento. Além disso, a parceira deveria estar ciente do pensamento revolucionário das missões cubanas — e concordar com ele.
CLIQUE AQUI para ler tudo.

Questões colocadas pelo leitor Roberto Mello Castro, depois de examinar a foto ao lado:
1 - Porque o jaleco se não estão no trabalho?
2 - Se estão prontos para trabalhar ou sinalizam que vieram para trabalhar já de uniforme, o que fazem usando sapatos abertos, pois qualquer médico sabe que não se usa sapato abertos a trabalho. Pelo menos, a boa norma de saúde assim recomenda.
3 - Se estes médicos cubanos são tão bons quanto dizem, como deixaram Chaves morrer?
4 - Se ha solidariedade continental e comunista, por que não pedem ao seu governo que devolvam os R$ 31 mil que receberá mensalmente do Brasil.
5 - Onde estão os familiares desses cubanos, que viverão três anos no Brasil ?
Os primeiros médicos cubanos que desembarcaram no Brasil para participar do programa Mais Médicos, do governo federal, disseram neste sábado que não sabem quanto receberão pelo trabalho e que vieram "por solidariedade, e não por dinheiro". "Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro." A informação anterior e as seguintes são do site www.uol.com.br de hoje. "Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo", afirmou o médico de família Nélson Rodríguez, 45, ao desembarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife (PE).
Ele disse que a atuação dos profissionais no Brasil seguirá as ações executados em países como Haiti e Venezuela, onde já trabalhou. "O sistema de saúde no Brasil é mais desenvolvido que nesses outros países que visitamos, então poderemos fazer um trabalho até melhor na saúde básica", afirmou.
À imprensa, outros médicos que deram entrevistas concordaram com o colega. Todos eles falaram "portunhol"  afirmaram que tiveram contato com o português quando trabalharam na África ou por terem amigos que já trabalharam no continente. Natacha Sánchez, 44, que trabalhou em missões médicas na Nicarágua e na África, disse que os cubanos estão preparados para o trabalho em locais com "condições críticas" e que pretendem trabalhar em conjunto com os médicos brasileiros. Ela afirmou não ter conhecimento das críticas feitas pelo Conselho Federal de Medicina ao programa Mais Médicos.
Os médicos cubanos desembarcaram vestindo jaleco, com bandeiras do Brasil e de Cuba. Eles foram escoltados por homens do Exército e da Marinha durante os procedimentos de imigração e alfândega, de onde seguiram em vans para alojamentos das Forças Armadas. Quatro deles foram levados para uma sala e conversaram com jornalistas.
O voo dos cubanos pousou por volta das 14h. Em um avião fretado da empresa Cubana, vieram 206 médicos. Desses, 30 ficarão em Pernambuco e os outros irão ainda hoje para Brasília. Amanhã, outro grupo de 194 médicos chega em voos que farão escalas em Fortaleza, Recife e Salvador. Eles ficarão hospedados em instalações militares durante o treinamento do programa, até serem deslocados para os municípios onde irão atuar. A expectativa do governo é que, até o final do ano, mais 3.600 médicos cubanos desembarquem no Brasil.
Fonte:  Políbio Braga
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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Patriotada ou Viadagem Solidária?

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Curtindo um bom passeio e um afastamento da rede mundial por dificuldades de conexão — acreditem, apesar do ufanismo de dona Dilma e do marido de dona Gleise, aliados à inoperância do ministério do Turismo, há lugares "neçapaíz" em que internet não é coisa para quem está fora de casa — tive que me esforçar e buscar contato com o mundo para tratar de um assunto que vem "dominando" o noticiário. 
Pelo terceiro ou quarto dia consecutivo a "grande imprensa"  jornalões, e redes Globo, Band e Record de televisão  continua dando importância desmedida à retenção de um "estudante brasileiro" pelas autoridades policiais britânicas. Efetivamente, abusos de autoridade praticados por policiais não são bom sinal de respeito aos direitos humanos mas neste caso há um componente que me escapa a compreensão.
O fato vem sendo destacado, também, por jornalistas internacionais que aproveitam para não deixar que o caso da "espionagem mundial" atribuída a Barack Obama saia das manchetes. Até aí, nada de anormal. Imprensa vive de audiência e o assunto chama a atenção mundialmente.
Como escrevi, abusos de autoridade não devem ser tolerados como rotineiros, por outro lado, detenções para averiguações nem sempre devem ser consideradas abuso. Isso depende da motivação que conduz ao fato.
No caso em questão, o pano de fundo são as denúncias que um traidor do serviço secreto yankee fez sobre os métodos usados por seu país para obter os dados que julga necessários para estabelecer a segurança de sua sociedade.
Um dos fundamentos da teoria do Estado apregoa que "os cidadãos abrem mão de parte de sua liberdade em troca da segurança proporcionada pelo Estado". Concordemos ou não com esse axioma, a verdade é que o Estado, para bem desempenhar seu papel, tem que ter alguma ascendência sobre a individualidade de seus cidadãos. Não adianta achar ruim! A sobrevivência do coletivo tem que ser superior aos interesses individuais.
Aí temos um grande problema que aflige o serviço de Inteligência de qualquer Nação: como bem executar sua atividade sem ultrapassar os limites legais? Somente os muito ingênuos podem acreditar que um país com pretensões mínimas de sobreviver no conjunto internacional de nações abre mão das atividades ilegais executadas por seu serviço de Inteligência. O Brasil está repleto desses ingênuos, inclusive fazendo parte de sua Agência de Inteligência, que mais aparenta ser um enclave burocrático destinado a catar na imprensa e na internet — fontes obviamente nem sempre confiáveis — os dados que necessita.
Os Estados Unidos, ainda a maior potência econômica e militar deste planeta, obviamente utiliza da melhor forma que lhe parece possível os seus serviços de Inteligência ou, se quiserem, a espionagem. As demais grandes potências, da mesma forma possuem e usam serviços de espionagem. E nessa atividade, há somente um crime: ser descoberto.
Daí, outra grande dicotomia. O espião bem sucedido, apesar de não ter seu sucesso divulgado oficialmente, é considerado um herói nacional em seu país, seja ele qual for. Temos aí exemplos que nos vem desde os tempos bíblicos, passando por tempos de guerra aberta e chegando aos nossos dias em que a maior guerra se dá no aspecto econômico. Não há outra saída. Ou se progride ou se é absorvido. Em outras palavras: ou come ou é comido! 
E a função da espionagem se dá, prioritariamente em duas vias paralelas: buscar dados que conduzam a informações sobre novidades que propiciem oportunidades de crescimento; e proteção de dados e informações que proporcionem vantagens a concorrentes, nem sempre inimigos em termos de conflito violento, mas sempre adversários em termos político-econômicos.
Mas não podemos perdoar o espião que falha, esteja ele do nosso lado ou do lado adversário. E ao profissional dessa atividade que se transfere para para o lado adversário não há outro adjetivo: é um traidor. Ele trai sua profissão, seus colegas, sua atividade e, em última instância, seu país ao colocar a imagem deste em cheque perante as demais nações.
Aí temos o problema do norte-americano Snowden que decidiu "anunciar ao mundo" o que faz seu país em termos de espionagem.
Como se todo mundo já não soubesse. Na falta de outro assunto que sobrepuje o interesse, a imprensa e os governos de muitos países aproveitam para colocar os EUA contra as cordas. Até mesmo o governo brasileiro, incapaz de definir sequer um programa que defina o que lhe interessa em termos de Inteligência, foi aos holofotes bradando contra a suposta invasão de seus segredos.
Pura palhaçada mas que se liga à importância dada ao "namorado brasileiro" de um americano com ligações a Snowden! Quem garantiria que o tal brasileiro não havia viajado com a intenção de recolher novos dados a serem divulgados? Pode-se criticar que tenham tentado conferir a respeito dessa dúvida ser valida ou não? Havendo essa possibilidade, deveriam os norte-americanos e seus aliados britânicos deixar de verificar sua veracidade em nome dos "direitos individuais"? Ou deveriam se portar como os inocentes idiotas (não necessariamente nessa ordem) brasileiros que se recusam a importunar os integrantes das inúmeras ONGs que nos extraem riquezas em forma de conhecimento, para não ofender os outros países? Pura hipocrisia. Mas como escrevi, o crime é ser apanhado com a mão na cumbuca. O estudante brasileiro escapou, deixando a polícia britânica com o ônus de explicar o que não tem explicação. Caso que poderia ser encerrado com um pedido formal de desculpas! Mas não! A honra nacional foi conspurcada e devemos todos bradar por vingança — e, quem sabe uma indenizaçãozinha pecuniária, pois ninguém é de ferro!
Mas o que me parece muito fora do contexto é a atenção que me parece desproporcional dada pelos jornalistas brasileiros. Os mesmos meios que não conseguiram noticiar com oportunidade a invasão e inspeção de um avião militar brasileiro na Bolívia  o caso só veio à tona dois anos depois  e ficaram suficientemente satisfeitos com uma nota medíocre do presidente cocaleiro, qualificam o caso do detido em Londres como uma agressão diplomática. Esses mesmos veículos de informação se omitem ou pouca importância dão aos brasileiros  dezenas deles  que frequentemente são retidos e detidos em aeroportos portugueses e espanhóis, às vezes por períodos superiores a 24 horas, sem direito a advogados, apoio de representantes diplomáticos ou mesmo uma alimentação minimamente razoável  quando não são privados até de medicação regular de que necessitem. Também é raro se ver alguma nota ou comentário, ou novidades, ou pressão mesmo, a respeito do político boliviano em situação carcerária na embaixada brasileira em La Paz.
Mas a retenção do brasileiro "namorado" de um jornalista norte-americano tem tido boa divulgação, sendo elevada à condição de "agressão à liberdade de imprensa", com direito a foto de capa na Folha mostrando o emocionado reencontro do casal.
Mas, o ápice do caso me pareceu a emotiva participação do ministro-auxiliar de relações exteriores brasileiro. O tal de Patriota, cujo patriotismo aparentemente se resume ao sobrenome, correu célere para os holofotes em defesa da honra brasileira, parecendo até que ia declarar guerra aos britânicos, numa repetição cômica da fanfarronada argentina por ocasião da Guerra das Malvinas.
O que motivaria essa pantomima toda?
Uma reação de indignação contra todos os maus-tratos feitos contra brasileiros, em todas as épocas? Uma tentativa a mais de desviar as atenções dos acontecimentos nacionais que teimam em desnudar a incapacidade administrativa do desgoverno? Uma manifestação temporã de "anglofobia"? Ou somente uma inocente manifestação de solidariedade "homoafetiva" dos nossos editores noticiosos e diplomatas para com o brasileiro e seu par yankee?  
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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Mendacium

por Jacornélio M. Gonzaga
Na mentira patológica, o ato de dizer mentiras é com frequência um fim em si mesmo. Um mentiroso que mente deliberadamente sabe que mente, ao passo que um mentiroso patológico pode não saber."
Na mitologia grega, Prometeu, filho do Titã Jápeto e de Clímene, era primo de Zeus (Júpiter), o deus que mandava no Monte Olimpo, que embora fosse bem mais alto que o Morro do Alemão, sem teleférico e longe da Linha Amarela, era a morada dos doze deuses chefões daquela quadra do tempo.
À época, só existiam os deuses e seus familiares, portanto ninguém trabalhava. Depois da “intentona” dos Titãs, o socialismo bolivariano foi implantado e os moradores do Olimpo, que continuaram sem trabalhar, passaram sentir a falta de artigos de primeira necessidade. Historiadores citam que houve até a necessidade da importação de papel higiênico. Zeus, muito preocupado com o andar da carruagem, e sentindo a necessidade de cobrar novos impostos, para sustentar as diversas bolsas do Olimpo, resolveu povoar o planeta Terra, dando a seu primo  Prometeu  a missão de educar os mortais, que seriam a nova fonte de recursos.
Antes de roubar o fogo de Zeus — no sentido literal da palavra — para dá-lo aos homens, Prometeu  que era também um grande escultor, resolveu usar toda sua habilidade para esculpir uma nova forma que representasse uma reflexão filosófica de atitude, que ele achava essencial para regular o comportamento das pessoas: a Verdade. Como naquela época o português ainda era restrito aos garrafeiros e “burros sem rabo”, Prometeu deu o nome de Aletheia (Veritas) à sua nova obra.
O preocupado escultor, sentindo-se cansado e sem descendentes com dons artísticos, havia feito uma seleção para uma vaga de “training” em sua oficina. O jovem Dolus (Trapaça) fora o vencedor da acirrada concorrência, tendo demonstrado, de imediato, suas características de interesse e astúcia.
Trabalhando incessantemente em seu ateliê, o dedicado CEO (1) da humanidade dava os últimos retoques em Aletheia  quando foi convocado por Zeus para comparecer, com urgência, ao Olimpo. Como hoje, já naquela época, atender ao chefe tinha caráter emergencial; e lá se foi o diligente escultor em direção ao Olimpo, sabendo que teria de encarar uma baita subida, passando por encardidos becos, sempre disputado por facções rivais.
Dolus, sentindo no afastamento de Prometeu a sua grande oportunidade para mostrar serviço ao mestre, aproveitou o tempo para moldar uma réplica de Véritas, copiando todas as características com apurado esmero. A pequena estátua estava ficando idêntica, mas um imprevisto aconteceu: Prometeu foi assaltado quando cortava caminho por uma das vielas da “comunidade” (2) da Rocinha e retornou ao ateliê para buscar mais dinheiro para dar aos ladrões, caso fosse abordado novamente.
Apavorado com o repentino retorno do mestre, Dolus sentou-se sobre a réplica, o que ocasionou dano às partes inferiores da peça  os pés. Estudiosos de mitologia dizem que houve também o esmagamento do dedo mínimo da mão esquerda.
Desconfiado, o Antônio Francisco Lisboa (3) da época mandou que seu estagiário se levantasse, tendo ficado admirado com a perfeição da réplica elaborada pelo aprendiz. Mas, a fim de comprovar a semelhança, colocou as duas estatuetas no forno e, quando estavam completamente cozidas, infundiu-lhes a vida.
Véritas deu seus primeiros passos com firmeza, ao contrário de sua estátua gêmea que, por ser uma falsidade, uma ilusão, um produto de subterfúgios, após cambaleantes passos, empacou, não mais conseguindo sair do lugar.
Prometeu batizou a grotesca imitação com o nome de Pseudologos, em homenagem aos espíritos especializados em farsas, mentiras e engôdos; posteriormente, os romanos deram o nome de Mendacium (Falsidade) àquela divindade grega da dissimulação.
Passam-se os anos, os séculos, os milênios e chegamos aos dias atuais e lá encontramos o Mendacium de Garanhuns (Caetés), o deus, que mesmo nunca sabendo de nada, é o responsável pelo(a): pagamento da dívida externa; autossuficiência energética (incluindo o petróleo); inclusão de milhões e milhões de pessoas na classe média; total erradicação da pobreza; fim da inflação; saúde pública de primeiro mundo, que “dá vontade ‘dagente’ ficar doente”; segurança pública em nível suíço; educação modelo Coréia do Sul; e, blá. Blá, blá. ...
Mendacium de Garanhuns não é um mentiroso patológico, ele mente deliberadamente e sabe que mente. Suas mentiras têm o aval e a colaboração do séquito de daimones que compõe a corte petralha; e dos aproveitadores e vendilhões que manobram a política “Panis et Circensis”, em voga na Ilha de Vera Cruz.
O dito popular nos ensina que a Mentira tem pernas curtas e os gregos e romanos nos passaram que ela não tem pés, assim sendo, acredito que, de vez em quando, alguma coisa falsa pode começar com sucesso e nos enganar alguns anos, mas com o tempo, Véritas (Verdade) é a certeza da vitória.
NOTAS:
(1) CEO é a sigla inglesa de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo em português. CEO é a pessoa com maior autoridade na hierarquia operacional de uma organização. É o responsável pelas estratégias e pela visão da empresa.
(2) Nome politicamente correto dado às favelas na Grécia antiga.
(3) O Aleijadinho
Jacornélio é especialista em história grega.
 Concorreu a uma bolsa de estudos no Oráculo de Delfos, na Grécia
Por não ser filiado ao ParTido foi preterido.
 Em função disso, fez seus estudos mitológicos em OLÍMPIA/SP.
Fonte:  Alerta Total
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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Segredos Brasileiros São Bisbilhotados Há Décadas

por Mário Chimanovitch
A denúncia do ex-técnico da NSA Edward Snowden de que os EUA usam métodos sofisticados para nos espionar, que gerou furor nos meios governamentais, não deveria ter causado tanta comoção.
Casos ocorridos nos anos 80 e 90, e até antes, mostram que os segredos políticos e tecnológicos do Brasil são bisbilhotados há décadas não só pelos americanos, mas também por franceses, israelenses e sabe-se lá quem mais.
Documentos ultra-confidenciais do extinto Serviço Nacional de Informações revelam que várias instituições do governo e indústrias estratégicas foram alvo permanente de espionagem externa  os mais visados eram o CTA (Centro Técnico Aeroespacial) e o Instituto de Estudos Avançados da Aeronáutica, em São José dos Campos (SP).
Com o SNI voltado para o “inimigo interno”, a atividade de contraespionagem era praticamente nula no Brasil. Mesmo assim, vez por outra, investigavam-se agentes de “países amigos”, como John James Gilbride Jr., que também utilizava os nomes John Gilbraith ou Jack O’Brian.
Credenciado como vice-cônsul para assuntos econômicos, fachada comumente usada pela CIA no exterior, operou no Brasil de 1988 a 1992, nos consulados dos EUA no Rio e em São Paulo.
Estava empenhado em recrutar cientistas e pesquisadores do CTA, principalmente do programa aeroespacial. Deixou o país quando já estava “queimado” — ou seja, identificado como agente empenhado em ações prejudiciais a interesses brasileiros.
Apurou-se que Gilbride nunca fora diplomata de carreira. O assunto foi encoberto, já que o governo do Brasil queria evitar a eclosão de um escândalo diplomático.
O espião americano marcara almoço com importante cientista brasileiro numa churrascaria da Alameda Santos (SP). Os agentes brasileiros que o vigiavam descobriram ser impossível pôr escutas no local devido à fortíssima interferência das antenas de rádio e TV. Terminado o almoço, o americano despistou nada menos que 11 agentes.
O interesse estrangeiro recaía também sobre os centros de pesquisa de universidades como a Unicamp e a USP, com tentativas persistentes de aliciar técnicos e cientistas.
Entre 1983 e 1985, a então Telesp, hoje Vivo, teve roubados carros e macacões dos serviços de manutenção. Após os furtos, a Polícia Federal localizou gravadores em postes do Vale do Paraíba.
Esses grampos  especulou-se  objetivavam registrar telefonemas de pessoas ligados ao setor aeroespacial.

Morte Misteriosa
A misteriosa morte do tenente-coronel José Alberto Albano do Amarante, da Aeronáutica, em 3 de outubro de 1981, evidenciou a atuação de um espião do Mossad, o célebre serviço secreto de Israel.
Nos anos 70, o Brasil desenvolvia secretamente um programa nuclear para fins militares. Parceria com o Iraque assegurava os altos recursos financeiros necessários à sua execução; em troca, os iraquianos teriam acesso aos conhecimentos tecnológicos dos cientistas brasileiros.
O responsável pelo programa na Aeronáutica era Amarante, engenheiro eletrônico pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica visto como o pai da pesquisa nuclear no país.
Em outubro de 1981, ele foi atacado por uma leucemia galopante: morreu em dez dias. Sua morte passou a ser investigada pela Aeronáutica  teria sido contaminado de propósito por radiação.
A família acreditava que o cientista fora morto pelos serviços secretos de EUA e Israel, mas nada se comprovou. Na época, a mulher de Amarante contou que ele se queixava de ser seguido quando ia a SP ou ao Rio. Depois, quando seus restos mortais foram exumados para novo enterro no Rio, a família constatou sinais de violação da sepultura.
Amarante fundara o Laboratório de Estudos Avançados, grande centro de estudos destinado a se constituir na espinha dorsal da pesquisa nuclear do país. Seu objetivo era ambicioso: desenvolver o enriquecimento de urânio por raios laser (usados para detonar a reação nuclear), em vez do sistema de centrífugas, mais oneroso e lento.
No exterior, cresciam as suspeitas de que as experiências objetivavam desenvolver armas nucleares, o que sempre foi negado pelo Brasil.

Escutas no Hotel
As investigações sobre a morte de Amarante revelaram a existência de um misterioso personagem, Samuel Giliad ou Guesten Zang, um israelense nascido na Polônia, que lutara contra os alemães na Segunda Guerra.
O israelense, apelidado de “Mister Pipe” por fumar cachimbo, chegou a São José em 1979 para gerir o Hotel Eldorado, o principal da cidade, que hospedava muitos estrangeiros, civis e militares, envolvidos em atividades industriais e científicas na área.
Extremamente simpático, Giliad mancava de uma perna devido a um tiro levado na guerra, contava. Hábil, instituiu no Eldorado reuniões sociais de secretárias e gerentes de indústrias, gente solitária capaz de soltar a língua estimulada por drinques. Assim, tinha acesso a informações valiosas: sabia quais delegações visitavam quais indústrias da região e, sempre que possível, a razão das visitas.
O israelense tentou se aproximar de Amarante, mas o oficial o repelia: nunca atendeu a nenhum convite. Passou a frequentar o dentista que atendia Amarante, procurando marcar horários logo depois dos do oficial.
O coronel aborrecia-se com a insistência, e suas suspeitas cresceram quando o dentista o alertou das perguntas que Giliad fazia: “O que é que a Aeronáutica está construindo em Cachimbo (Pará)? Ouvi dizer que se trata de uma grande pista de pouso. Mas para que servirá, se já existem as de Manaus e Belém?”.
Era em Cachimbo que estava sendo preparado o local para a primeira experiência do projeto nuclear brasileiro.
Diante dessas perguntas, o alarme foi dado, e Giliad passou a ser vigiado de perto. Descobriu-se que ele tinha cinco passaportes com nomes diferentes e instalara escutas nos quartos e demais dependências do hotel, para ouvir hóspedes e empregados.
Após dois anos, o israelense bateu em retirada de forma hábil quando percebeu que a vigilância crescia: publicou anúncio num jornal local procurando uma acompanhante para dividir despesas numa viagem à Argentina.
O Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica errou ao responder ao anúncio enviando um agente (homem). Percebendo que fora desmascarado, Giliad deixou a cidade e desapareceu.
Foi durante a ação do agente israelense em São José que a mídia internacional revelou que o Brasil fazia remessas secretas de urânio enriquecido ao Iraque, disfarçadas em material bélico da Avibrás.
Foi também durante a sua estada na região que o “Latin America Weekly Report” noticiou a misteriosa morte de Amarante, expondo suas atividades secretas com impressionante riqueza de detalhes.
Finalmente, quando se divulgou, em 1981, a história das remessas secretas, o Mossad já sabia de tudo e as documentara com fotos. O episódio brasileiro, acreditam os especialistas, serviu como manipulação da opinião pública para que Israel justificasse seu bem-sucedido ataque aéreo ao complexo atômico de Tamuz, no Iraque.
COMENTO: texto interessante, mas o autor não tem bons conhecimentos sobre a atividade de contrainteligência desenvolvida no Brasil pré-ABIN. Para quem quer saber um pouco do trabalho nessa área, recomendo a leitura do excelente livro “A Contra-espionagem Brasileira na Guerra Fria”, escrito por JORGE DA SILVA BESSA, agente brasileiro aposentado.
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domingo, 11 de agosto de 2013

Imprensa Golpista

por Félix Maier
Toda vez que a imprensa publica que petralhas foram pegos metendo a mão no dinheiro, os honoráveis petistas e os jornalistas aduladores falam em “imprensa golpista”, que deseja derrubar o governo do PT. “A esquerda vive acusando a grande imprensa de ‘golpista’, de ‘conservadora’, de ‘neoliberal’. Globo, Folha, Estadão e Veja, todos na lista negra desses que vibram de tanta emoção com a ‘nova mídia do povo’, os Ninja. ‘Finalmente alguém para desbancar esses reacionários!’, eles bradam” (Rodrigo Constantino  O paradoxo de Epicuro aplicado aos Ninjas).
A esquerda até inventou uma sigla, PIG — Partido da Imprensa Golpista. Para os petralhas, a revista Veja é seu objeto de ódio predileto. Tentam diabolizar o mensageiro da notícia (Veja), de modo que a mensagem (os crimes cometidos) seja esquecida. No entanto, como se pode comprovar abaixo, a sigla correta para o “porco” imundo é Partido da Imprensa Governista, composta, principalmente, pelas redes de TVs, que recebem milhões de reais em publicidade para bajular o governo.
Os lulistas reclamam da imprensa. Não entendo o motivo. Lula já teria sido deposto se jornais, revistas e redes de televisão não estivessem tomados por seus partidários. (...) O Globo tem Tereza Cruvinel. É lulista do PCdoB. Repete todos os dias que o mensalão ainda não foi provado. E que, de fato, José Dirceu não deveria ter sido cassado. Cruvinel aparelhou o jornal da mesma maneira como os lulistas aparelharam os órgãos públicos. (...) Franklin Martins é José Dirceu até a morte. Eliane Cantanhêde é da turma de Aloizio Mercadante. Luiz Garcia é lulista, sem dúvida nenhuma, mas não consigo identificar sua corrente. Vinicius Mota é do grupo de Marta Suplicy. Quem mais? Alberto Dines é seguidor de Dirceu. Alon Feurwerker, do Correio Braziliense, é do partidão, e apoia quem o partidão mandar. Paulo Markun, da TV Cultura, tem simpatia por qualquer um que seja minimamente de esquerda. Paulo Henrique Amorim é lulista de linha bolivariana. Ricardo Noblat era lulista ligado a Dirceu, mas pulou fora no momento oportuno” (MAINARDI, 2007: 53-54). [1] Diogo Mainardi acrescenta, ainda, que Leonardo Attuch, da IstoÉ Dinheiro, é subordinado a Daniel Dantas; e Mino Carta, a Carlos Jereissati (pg. 54).
Gramsci, que queria ‘o partido’ como o Moderno Príncipe, dizia que ele deveria ser o ‘imperativo categórico’ da sociedade e que tudo deveria existir e ser feito em função de suas necessidades. Até mesmo a crítica deveria ser autorizada por ele e tê-lo como referência. Em certos setores da imprensa, já experimentamos algo parecido. Só se aceita que petistas contestem petistas” (AZEVEDO, 2008: 26-27) [2]
O PT, para esconder suas falcatruas, pretende atacar a imprensa livre, apresentando projetos fascistas, como o “marco regulatório da comunicação” ou a “regulamentação dos meios de comunicação”, ou seja, estabelecer uma censura prévia como existe em Cuba e na China.A imprensa revelou o caso da Gamecorp, a empresa do filho de Lula comprada pela Telemar. Como a Telemar reunia interesses de lulistas e oposicionistas, o escândalo foi acobertado com o argumento de que era necessário salvaguardar a família do presidente” (MAINARDI, 2007: 23). Ou seja, quando os “malfeitos” são simultaneamente cometidos por petistas e tucanos, os fatos são varridos para debaixo do tapete — como também ocorreu no caso da CPI do Banestado, comprovando que o PT e o PSDB são irmãos siameses.
No mundo virtual, é crescente o uso da internet para ataques contra a imprensa e desafetos políticos, configurando-se verdadeira guerrilha digital. Um exemplo foi o “tuitaço” promovido por Rui Falcão, presidente do PT, e simpatizantes contra a revista Veja, que publica tanto os “malfeitos” da petralhada, quanto os dos tucanos. Eles utilizam robôs e perfis peões, para enganar que houve grande adesão a um movimento, como #vejabandida. O # (hashtag ou marcador) colocado na frente de uma palavra ou expressão compete por atenção na rede. Em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais.A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil” (cfr. Falcão e os insetos: guerrilha digital envenena o Twitter”). Na China, os “peões” que defendem o governo comunista recebem 50 centavos por cada inserção de apoio. No Brasil, quanto ganham os insetos petralhas?
Sobre a imprensa, aprecie esse “bate-asas” da libélula da USP, Marilena Chauí, que ostenta orgulhosamente o título de filósofa e disse que “odeia a classe média”: “A imprensa? Não, pois embora os jornalistas aspirem pela universalidade e desejem ser guardiões da moralidade pública, trabalham para uma particularidade, a empresa capitalista de que são funcionários. Na medida em que insistem em fazê-lo, transformam a imprensa, no melhor dos casos, em igreja e, no pior, em servidora de interesses totalitários, uma vez que não reconhecem ao fato político ‘sua necessária aura de amoralidade’ e ‘zonas de indefinição’ (...) E fazemos o jogo da chamada ‘tolerância passiva’, em que toleramos o governante que nos engana porque é ele quem faz as regras da ausência de regras” (in “Acerca da moralidade pública”, Folha de S. Paulo, 24/5/2001). Chauí é um chuá de tolices, que ainda hipnotiza uma legião de idiotas. “Seu ideal [da intelectualidade moderna] é reduzir a consciência do historiador à condição do sapo da fábula, habitante de um poço, que, indagado sobre o que era o céu, responde: ‘É um buraquinho no teto da minha casa’” (CARVALHO, 2000: 191). [3]
Atualmente, nada é mais vergonhoso na imprensa do que a distorção da História recente do Brasil promovida pela famigerada Comissão Nacional da Verdade — ou “Comissão da Vaidade”, segundo o comissário Gilson Dipp, que se atém a requentar apenas fatos envolvendo os agentes do Estado que combateram o comunismo, deixando de fora as atrocidades cometidas pelos terroristas de esquerda. Lembrando o livro 1984, de George Orwell, a campanha midiática "Dois Minutos de Ódio" foi transformada por Dilma Rousseff em "Dois Anos de Ódio contra os Militares", já que o trabalho do “Esquadrão de Reescritores”  os tais comissários bolcheniquins  terá pelo menos dois anos de duração. A mídia em geral se comporta como servil “caixa de ressonância” desse embuste fenomenal. E o que vem a ser isso? A “caixa de ressonância” é uma das fases do processo da desinformação. “Na publicidade, as primeiras caixas de ressonância são os media que fazem passar as mensagens publicitárias. (...) Na desinformação o caso é mais complexo. O tema, equipado com os seus suportes, é geralmente confiado a um agente influenciador que vai encontrar forma de o passar adiante. (...) Mas para levar a bom termo uma operação não basta apenas uma caixa de ressonância. É preciso que o tema da sinfonia desinformadora seja retomado por toda a orquestra, o que não é tão difícil como se julga, pois os media têm tendência a copiar-se uns aos outros, a falar ‘do que se fala’, além de existirem jornais ou programas considerados os mais importantes e pelos quais os outros acertam o passo. Basta assim ter um conhecimento no ‘bom’ jornal ou na ‘boa’ emissora para que a orquestração do tema esteja no ‘bom’ caminho” (VOLKOFF, 2004: 104-5). [4]
O ‘revanchismo’ grassa à solta, oriundo do próprio Governo; a mídia, primordialmente ‘revanchista’, reflete a história recontada e não a história verdadeira. É essa história recontada que os estudantes aprendem até mesmo, pasmem, na AMAN, cujos professores do QCO e os contratados tiveram formação universitária com essa distorção” (Gen Ex Carlos Tinoco Ribeiro Gomes — História Oral do Exército — HOE/1964, Tomo 10, pg. 39). [5]Mas a história, ela própria, acontece duas vezes. Uma no instantâneo eclodir dos fatos. Outra nas obras literárias, históricas, memorialísticas e, hoje, no audiovisual, na TV, no cinema, em CD-ROM. Se na primeira perdemos fragorosamente, na segunda não nos saímos de todo mal” (Alfredo Sirkis, gabando-se da "vitória midiática" da esquerda no prefácio da 14ª edição de seu livro Os Carbonários — citado pelo Gen Div Raymundo Maximiliano Negrão Torres — HOE/1964, Tomo 14, pg. 49).
O silêncio das Forças Armadas tem sido mantido pela crença ética, mas ingênua, nos resultados da Anistia concedida. A falta de versão oficial permitiu que os comunistas transformassem seus atos abomináveis em lenda e esta lenda se transformou em mito perverso que, até hoje, ganha gordos espaços e manchetes na mídia infiltrada e doutrinada pelas esquerdas, sem nenhum compromisso com a verdade histórica” (Cel Aluisio Madruga de Moura e Souza — HOE/1964, Tomo 15 pg. 356).
A memória do que se passou nos últimos quarenta anos está sendo totalmente apagada, caricaturada, recontada, reescrita, safenada, já fizeram ‘o diabo’ com essa história” (Otto Maria Carpeaux — HOE/1964, Tomo 3, pg. 102).
Enganando a sociedade, a esquerda tenta seguir a máxima de Aristóteles Onassis: “Não ser descoberto na mentira é o mesmo que viver na verdade”. O que dizer sobre essa neurose da esquerda, de tentar modificar sua biografia, destruindo o passado? Freud explica: “O passado rejeitado volta com redobrada força”. Por que perpetuar esse conflito com o passado? É Hitler que responde ao “fascismo gay”: “Deve-se permitir que as pessoas entrem em atrito mútuo. O atrito produz calor, e calor é energia”.
Imprensa golpista? A imprensa, na verdade, sempre esteve cheia de golpistas  de esquerda. Durante o governo dos militares, Frei Betto infiltrou muitos comunistas na Editora Abril e na Folha da Tarde. Frei Betto, o "Vítor" ou "Ronaldo", ficou encarregado do sistema de imprensa dos terroristas e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do Agrupamento Comunista em São Paulo (AC/SP), precursor da Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella.
Na Folha da Tarde, Frei Betto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (Diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de “documentos”, e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior.
Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas). Roberto Civitta, criador da revista Veja, em suas memórias, fala com mágoa de Mino Carta, que trabalhou muitos anos na Editora Abril, a favor do esquerdismo.
Nesse livro [O Repórter e o Poder, do jornalista José Carlos Bardawil], ele dá vários depoimentos que mostram o poder imenso que, já na década de 1970, o Partido [PCB] tinha sobre a classe jornalística” (Otto Maria Carpeaux — HOE/1964, Tomo 3, pg. 122).
Assim como a Igreja Católica ajudou a criar o PT (com suas Comunidades Eclesiais de Base — CEBs) e o MST (com a Comissão Pastoral da Terra — CPT), Golbery, o bruxinho que era bom, influiu diretamente no aparelhamento esquerdista de toda a sociedade brasileira:
Antes da Revolução, meu irmão fez, aqui no III Exército, um Manual de Guerra Psicológica, no qual mostrava isso tudo. (...) Acontece que o nosso Golbery do Couto e Silva, uma das eminências do Governo, não era favorável ao combate sistemático e radical da subversão. Ele dizia que os subversivos tinham que ter alguma coisa para fazer, para se expandir e assim permitiu que eles se infiltrassem. Então, com o consentimento dos governos militares, a esquerda apossou-se de todos os pontos-chave da mídia e dos estabelecimentos de ensino, inclusive das cadeiras de Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e de Moral e Cívica, que tinham sido criados justamente para difundir os nossos ideais” (Gen Ex Ruy de Paula Couto — HOE/1964, 1964, Tomo 13, pg 45).
Paradoxal e surpreendentemente, a primeira publicação no Brasil dos Cadernos do Cárcere, do comunista italiano Antonio Gramsci  uma iniciativa de Ênio Silveira e de sua Editora Civilização Brasileira  veio à luz entre 1966 e 1968, com uma reedição em 1970, em plena ‘ditadura’. Um ‘cochilo’ da censura ou a ‘mordaça’ não era tão severa como muitos na época e ainda hoje querem fazer crer? Isto é a confirmação do que afirmou Olavo de Carvalho, ao dizer que ‘por uma coincidência das mais irônicas, foi a própria brandura do governo militar que permitiu a entronização da mentira esquerdista como história oficial’ quando ‘o governo, influenciado pela teoria golberiana, jamais fez o mínimo esforço para desafiar a hegemonia da esquerda nos meios intelectuais, considerados militarmente inofensivos’” (Gen Div Negrão Torres — HOE/1964, Tomo 14, pg. 80).
Deu no que deu.
A esquerda sonha com o dia em que não haverá mais “imprensa golpista” no Brasil, a exemplo do que ocorre em Cuba, na China e na Venezuela. O que ela deseja é que apenas a imprensa composta por pelegos ideológicos sobrevivam, como a Mídia Ninja, cujos integrantes já foram entrevistados pela esquerdosa Roda Viva. Eu espero não estar mais vivo quando essa desgraça ocorrer.
Notas:
[1] MAINARDI, Diogo. Lula é minha anta. Record, Rio e São Paulo, 2007.
[2] AZEVEDO, Reinaldo. O País dos Petralhas. Record, São Paulo e Rio, 2008.
[3] CARVALHO, Olavo de. O Jardim das Aflições (2ª edição, revista). Realizações, São Paulo, 2000.
[4] VOLKOFF, Vladimir. Pequena História da Desinformação  do Cavalo de Troia à Internet. Editora Vila do Príncipe Ltda., Curitiba, 2004.
[5] MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador Geral). História Oral do Exército — 1964 — 31 de Março — O Movimento Revolucionário e sua História. Tomos 1 a 15. Bibliex, Rio, 2003.
Fonte:  Usina de Letras
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sábado, 10 de agosto de 2013

Seis Passos Para Destruir Um Rival Potencial Sem Guerra

por Gélio Fregapani
1º - Criar dependência
Há milênios que se sabe: podemos domesticar um animal, se o acostumamos a comer da nossa mão. Isto também vale para um povo inocente e crédulo. Assim, pode ser em termos de créditos desnecessários, assistência militar ou de qualquer outro tipo, mas principalmente acostumá-lo a depender de firmas estrangeiras para sua subsistência e seu emprego.
Para isto, naturalmente, é preciso bloquear toda iniciativa local que possa levar a algum desenvolvimento autônomo. Na esfera privada, progressivamente a atividade produtiva vai sendo transferida para o domínio de empresas estrangeiras Firmas nacionais que não puderem ser bloqueadas devem ser compradas ao preço que for e posteriormente fechadas. As firmas estatais que não puderem ser sabotadas devem ser privatizadas, seja lá o que tiver que ser pago aos governantes corruptos. Se forem muito lucrativas continuarão vivas, talvez até mais dinâmicas, mas sob o controle estrangeiro. Quando grande parcela da população depender de estrangeiros para seus empregos e sua subsistência, o país está pronto para ser domesticado. Até que é um jugo suave. A mais cruel das “dependências” propositalmente criada que registra a História foi praticada pela Inglaterra contra a China por meio do ópio.
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2º - Quebrar a auto-estima do país-alvo
Idealizando um way of life estrangeiro em detrimento dos valores locais se consegue criar um complexo de vira-lata da tal forma que mesmo os melhores valores chegam a ser desprezados, criando a desafeição pela própria terra.
Não se trata, em Guerra de 4ª Geração, de aperfeiçoar uma cultura, mas sim de cortar as ligações emocionais com a própria pátria. O cinema americano, nem sempre propositalmente, foi eficiente nesse papel. A Imprensa e a TV, mais objetivamente dirigidas, cuidam de destruir toda auto estima do povo-alvo ressaltando somente seus defeitos. É difícil se contrapor, pois o poder da influência é incomensurável. Controlando os meios de comunicação se elege políticos comprometidos para o Executivo e o Legislativo e influencia até no Judiciário, mas isto é só a consequência. A verdadeira conquista foi dos corações e mentes da população vítima.
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3º - Quebrar a vontade de resistir
A moderna ciência da Polemologia nos ensina que o Poder é o Potencial multiplicado pela vontade, ou seja pela disposição de lutar. Não havendo disposição para lutar, por maior que seja o potencial, o resultado da multiplicação será igual a zero. A História nos mostra alguns exemplos: As hordas de Gengis Kan ameaçando a todos com morte horrível conseguia rendições sem luta. A sutil chantagem atômica contribuiu para a fraca resistência nas Malvinas.
Entretanto, nenhum dos exemplos históricos se compara ao maquiavelismo empregado contra o nosso País para quebrar a vontade de resistir as pressões e as ameaças. Iniciou inocentemente com a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança – não se arrisque, sua vida é preciosa. Prosseguiu com a campanha do desarmamento – possuir armas é perigoso. Mais seguro é ceder. O importante é a vida. E prosseguia a campanha de acovardamento – não olhe para o bandido. Leve algum dinheiro para que o ladrão não fique aborrecido e faça represálias. A vida é o bem mais precioso (mais que a honra, certamente). Quebrada a disposição das pessoas para resistir mesmo às mínimas ameaças, como esperar que a nação resista se ameaçada? Que se defenda com unhas e dentes, se a vida é o bem maior? E todo um povo, outrora valente, fica pronto a ser escravizado, pelos bandidos daqui e de fora.
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4º - Dividir as pessoas em segmentos hostis
Divide e impera, já diziam os antigos romanos. Esse procedimento, usado por todos os conquistadores ao longo da História, foi a estratégia da União Soviética para a expansão de seu império: incentivar a luta de classes para enfraquecer os adversários, quando não para tomar o poder. Superada (ou quase superada) a fase da luta de classes com a queda da União Soviética, os anglo-americanos se viram livres para investir na principal vulnerabilidade dos países emergentes – a multiplicidade étnica e religiosa.
Cada um dos atingidos se defende como pode. A China controla as minorias a ferro e fogo, como só uma ditadura pode fazer. A Rússia faz a guerra aberta, a Índia usa sua cultura sem abdicar o uso da força. O nosso Brasil, mais tolerante, mais miscigenado e portanto menos vulnerável ainda não percebeu a extensão do problema. Entretanto, o aparato internacional investe fundo na divisão étnica e se revelou realmente perigoso. Com o auxílio de traidores já separou 15% do território em “nações” indígenas, das quais várias reivindicam abertamente a independência.
O caminho da secessão está aberto e também o da guerra civil. Daí, uma intervenção militar será irresistível, principalmente com as Forças de Defesa desmanteladas
Vale a pena aprofundar-se nessa questão que muito influenciará em nossas vidas. A melhor análise está no livro “Quem Manipula os Povos Indígenas”, da Capax Editora, (021)2510-3656, que magistralmente expõe o aparato internacional que controla esta guerra.
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5º - Reduzir a taxa de natalidade do país-alvo
Todo o estrategista sabe que as fronteiras não são sagradas nem foram traçadas por Deus. Que são resultado de pressões; pressões militares, culturais, econômicas e demográficas, sendo esta última a única capaz de garantir que uma conquista dure para sempre. Pois bem, na medida em que uma população diminui seu poder se esvai.
Se é verdade que as taxas de natalidade dos países desenvolvidos estão diminuindo espontaneamente, nos emergentes e nos sub desenvolvidos isto é incentivado, por motivos óbvios. Com apenas dois filhos por casal a população já diminuirá e baixando a 1,3 crianças por casal é a condenação à extinção do grupo social.
Quem dispuser de um vasto território, como o nosso e não o povoar, mais cedo ou mais tarde vai perdê-lo.
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6º - Detonar as Forças Armadas.
No fundo, o Direito se ampara na força que o sustenta. Não só o Direito como tudo o mais. Sem seus duros lanceiros não haveria nem a cultura grega, berço da civilização Ocidental.
O ideal de qualquer conquistador é eliminar completamente qualquer força de reação, mas como isto é quase impossível, o objetivo passa a ser reduzir ao máximo, sua força bélica, mantendo os militares com as suas reservas baixas, tanto de munição, víveres e combustível e com seu armamento tão obsoleto e sucateado quanto possível. Ao mesmo tempo procura-se desviar as Forças de sua missão primordial, orientando-as para missões policiais, combate ao narcotráfico e de outros desvios, esquecendo de suas reais finalidades.
Seguindo este modelo, nossas Forças, sem recursos e com equipamento obsoleto chegaram a imaginar a suspensão de suas atividades nas sextas-feiras, porque nos quartéis, nos navios e nas bases aéreas por não há dinheiro nem para o almoço dos soldados, enquanto isto aviões da FAB transportam políticos para o seu lazer.
Não foi a primeira vez que ocorreu a destruição da nossa força bélica: já aconteceu no início da República pelo distorcido positivismo de Benjamin Constant e agora, maquiavelicamente, desde que os militares deixaram o poder em 1985. Por momentos, o governo atual pareceu reverter esse rumo, mas certamente as pressões foram grandes demais e ele se rendeu. Aliás, a grande rendição foi quando renunciou unilateralmente a desenvolver armas nucleares.
Sem Forças Armadas com poder dissuasório, o nosso Brasil jamais será uma nação realmente independente, soberana e com chances de se desenvolver. Detonar as Forças Armadas é acabar com a última esperança. E ela está acabando. Que Deus proteja a todos nós
Gelio Fregapani 
Fonte:  DefesaNet
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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A CV Passa por Dúvida Atroz: Assumir a Denominação de "Comessão de Verbas" ou "Comissão da Vingança"

por Leandro Mazzini
Numa reunião tensa que durou seis horas na terça-feira (30/7), a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário, chorou duas vezes diante de críticas e depoimentos de familiares das vítimas do Araguaia (TO).
O momento mais delicado foi quando Rosário não se segurou ao ouvir da ex-guerrilheira Criméia Almeida que ‘nada presta’ e que está ‘tudo ruim’ na Comissão de Mortos e Desaparecidos - relatam testemunhas -, trabalho coordenado pela SDH.
No encontro foi exposto o racha entre os familiares das vítimas, após a inédita votação verbal sobre os rumos dos trabalhos. Por 12 a 6, vão continuar as buscas por 45 desaparecidos na região do Araguaia durante o regime militar. Eram 47 – desde o início das buscas, duas ossadas foram encontradas.
Enquanto a maioria quer encontrar as possíveis ossadas, integrantes do grupo Tortura Nunca Mais pregam o fim das buscas. A despeito do desencontro, uma sentença da Justiça Federal prevê indenização de R$ 25 milhões para cada familiar – valores de hoje.
A sentença de 2006, em primeira instância, da juíza Solange Salgado, determina a continuidade das buscas ou a indenização para cada família em R$ 10 mil/dia, com pagamentos retroativos.
O grupo que luta por interromper as buscas levanta um argumento patriótico: o governo já teria gastado demais com os trabalhos. “Emocionalmente, não quero que se gaste mais recursos públicos para procurar meus irmãos”, argumentou Laura Petit, que tem dois irmãos desaparecidos.
Representantes de seis famílias manifestaram-se pela interrupção das buscas e pelo consequente fim do processo – Vitória Grabois, Elizabeth Silveira, Criméia Almeida, Laura Petit, Lorena Barroso e Sônia Maria de Souza. Lideradas por Diva Santana, representante oficial das famílias na Comissão dos Mortos e Desaparecidos, doze familiares preferem que o Estado continue buscando respostas.
Segundo a SDH, a reunião debateu ‘Balanço das Atividades’, ‘Pedido de oitiva de militares que participaram da guerrilha’ e ‘Retorno das atividades de busca’. A assessoria informou que ‘a ministra se emocionou em alguns momentos ao ouvir relatos de familiares’.
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Uma bomba pode explodir na Comissão Nacional da Verdade (CNV) e o caso vir à tona, se a representação no Brasil do Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL), ligada à OEA, entregar um documento que rascunha.
CEJIL não quer que a CNV faça trabalhos de busca de supostos sobreviventes da Guerrilha do Araguaia (TO), na ditadura, e que hoje estariam sob proteção federal, após mudança de identidades. Seriam 20 os ‘mortos-vivos’ da época, hoje escondidos.
Trata-se de uma iniciativa preventiva, pois não estão na pauta da CNV quaisquer investigações sobre esse assunto, um dos mais polêmicos mistérios da ditadura.
CEJIL representa famílias dos desaparecidos do Araguaia. Procurada desde quarta (31/7), a ONG não se manifestou por ora. A CNV informou que ainda não recebeu a carta.
Anos atrás, o então ministro Jarbas Passarinho revelou que o guerrilheiro Luiz Renê, do PCdoB, foi abrigado no Ministério da Educação, após ser dado como ‘morto’. Renê ganhou nova identidade. Segundo relatos históricos, teria sido a pedido do General Antonio Bandeira.
René foi preso no Araguaia, em fevereiro de 1974, ao lado de Hélio Navarro de Magalhães, seu melhor amigo dos tempos da militância estudantil no Rio de Janeiro. Dona Carmen Navarro, mãe de Hélio, há cerca de 20 anos pede às autoridades de Direitos Humanos que investiguem o paradeiro de seu filho, que ela acredita estar vivo.
CEJIL faz o lobby a pedido da irmã de Renê, Elizabeth Silveira. Há suspeita de que ele vive no MT. A família não tem notícias.
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O governo pagou R$ 4,3 milhões em indenizações, entre 2011 e 2013, a parentes de mortos na Guerrilha do Araguaia, nos anos 70.
Deste total, R$ 2,1 milhões foram pagos a herdeiros de beneficiários já falecidos, que não tinham direito segundo a Lei de Mortos e Desaparecidos.
São US$ 3 mil a cada um dos familiares por despesas médicas, por busca de informação e dos restos mortais dos desaparecidos; mais US$ 45 mil para cada familiar direto e US$ 15 mil para cada familiar não direto por dano imaterial.
A Secretaria de Direitos Humanos aguarda decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos para depositar ainda este ano quantias a outros 12 herdeiros de beneficiários falecidos.
A questão da identificação dos beneficiados foi submetida ao Departamento Internacional da Advocacia-Geral da União para cumprimento da decisão judicial.
O governo trata com cuidado a divulgação de nomes para proteger a intimidade dos familiares das vítimas. Herdeiros foram definidos em sentença da Corte IDH de 2010.
Com Vinícius Tavares, da equipe de Brasília
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A pedido do Grupo de Trabalho Araguaia, comandado pela Secretaria de Direitos Humanos, a juíza Solange Salgado, da 1ª Vara da Justiça Federal, decretou segredo de Justiça no processo sobre os desaparecidos da região durante o regime militar.
O GTA procura ossadas naquela área desde 2009, mas os supostos gastos estupendos com aluguel de aeronaves para pesquisadores e familiares das vítimas chamaram a atenção. E o governo não quer problemas quanto a custos.
Desde então foram encontrados dois dos 47 guerrilheiros desaparecidos na década de 70. O governo pagou R$ 4,3 milhões em indenizações, entre 2011 e 2013, a parentes de mortos na Guerrilha do Araguaia. Deste total, R$ 2,1 milhões foram pagos a herdeiros de beneficiários já falecidos, que não tinham direito segundo a Lei de Mortos e Desaparecidos. Leia aqui 
As famílias dos desaparecidos continuam divididas. Numa reunião tensa que durou seis horas na terça-feira, dia 30 de julho, a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário, chorou duas vezes diante de críticas. O momento mais delicado foi quando Rosário ouviu da ex-guerrilheira Criméia Almeida que ‘nada presta’ e que está ‘tudo ruim’ na Comissão de Mortos e Desaparecidos, relatam testemunhas.
No início do ano, a coluna revelou que o governo preparava delicada e sigilosa operação para devolver a Xambioá, no Araguaia (TO), as ossadas de duas crianças que foram descobertas no inventário feito pela Polícia Federal, junto aos ossos de outros 23 ex-guerrilheiros, guardados numa sala-cofre do Hospital Universitário da UnB. Os corpos das crianças foram enterrados nos locais das buscas sem qualquer ligação com a guerrilha, mas o governo investiga a suposta participação de ex-guerrilheiros [na inclusão indevida das ossadas infantis], na tentativa de chocar a opinião pública.
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Suzana Lisboa, do grupo Tortura Nunca Mais, passou por Brasília e disse que estaria articulando com emissários da presidente Dilma, dentro do Planalto, uma solução pacífica para a Comissão da Verdade. A substituição de dois membros. O grupo pretende a demissão dos comissários que são contra a revisão da Lei da Anistia, Paulo Sérgio Pinheiro e José Carlos Dias, e indicar nomes ligados às famílias dos desaparecidos políticos. Teria ela o apoio de José Dirceu.
indicado pelo Blog do Licio Maciel
COMENTO: como falou o filósofo Hildebrando Pasqual, vamos por partes. Em primeiro lugar, me parece muito suspeita a pretensão de suspender as buscas por ossadas, manifestada por seis familiares de supostos desaparecidos no Araguaia. Não consigo imaginar essas pessoas preocupadas com "gastos de verbas públicas". Tem alguma coisa por baixo desse angu! Em segundo lugar, é de se destacar a falta de vontade de buscar a verdade verdadeira (não a verdade forjada que pretendem implantar) sobre os "mortos vivos", não só do Araguaia, mas de todos os episódios da luta subversiva para a implantação do comunismo nas terras brazilis. Apesar do fato já ter sido anunciado pela imprensa, em diversas ocasiões, inclusive aqui e aqui, neste blog. No livro “Guerrilha do Araguaia, Relato de Um Combatente”, do Coronel Lício Maciel, ele fala sobre esses “mortos vivos”. Um deles ficou com medo de comparecer a um encontro com o Coronel, marcado por um jornalista, no RJ. Renê, Hélio, Paquetá e Bichento, o Coronel Lício garante que estão vivos; não aparecem porque temem ser “justiçados” pelos anjinhos do Velho Mário. Por outro lado, contrastando com a preocupação com os "gastos públicos", temos uma pequena fortuna gasta em função de uma "decisão da CIDH". Temos, assim, a administração pública brasileira submetida a um organismo internacional com poder de decisão superior ao nosso Poder Judiciário. Divulgada a gastança, não só de indenizações indevidas mas principalmente nas inúteis buscas que só servem para o faturamento de diárias e outros custos para a "cumpanherada", a ministra (i)rresponsável pelo andamento da farra pede, e uma juíza já comprometida com "as buscas" aceita, encobrir tudo sob o manto do sigilo judicial. Para encerrar, temos o reforço dos objetivos da Comissão da Vingança, de acordo com as velhas práticas stalinistas, os "cumpanhêrus" que divirjam das determinações do "coletivo" devem ser eliminados. Como a eliminação física, nos dias atuais, é problemática, pelo menos eles devem ser expurgados do grupo a fim de que outros, fieis ao ideário revanchista, prossigam na missão de enxovalhar a imagem daqueles que, chamados à luta armada, venceram.