Diante de apelo do líder do PT, deputado José Guimarães (CE), para que deixe a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) foi enfático.
“Renuncio se João Paulo Cunha e José Genoíno, condenados no julgamento do mensalão, também renunciarem aos cargos que ocupam na Comissão de Constituição e Justiça”. Os petistas Cunha e Genoíno são membros titulares da CCJ.
O apelo de Guimarães foi feito em reunião de líderes partidários com Feliciano para convencer o deputado a deixar a presidência da Comissão de Direitos Humanos. A resposta de Feliciano causou mal-estar e inviabilizou o prosseguimento da reunião.
Fonte: Alerta Brasil
COMENTO: considero um grande equívoco misturar política com religião. Me parece que o tal Feliciano é mais um dos muitos personagens que não deveria estar no Congresso Nacional. Mas foi eleito por mais de 200 mil eleitores e a regra do jogo diz que ele não é menos deputado que nenhum outro. Digo que me parece que ele não deveria estar representando a sociedade por que seu hábito de defender opinião, fundamentando-se em um Deus que não é aceito por parcela da população, gera dissenção inútil. Creio que ele deve deixar claro que suas opiniões (sejam quais forem) são pessoais e expressas democraticamente, a fim de desempenhar plenamente o cargo para o qual foi eleito. Por outro lado, qualquer um pode criticá-lo mas ninguém pode lhe negar o direito de exercer qualquer função no parlamento por suas opiniões. O parlamento existe para isso, divergência de opiniões. Também me parece muito coerente sua proposta de deixar uma das muitas comissões inúteis da Câmara, se os deputados já condenados judicialmente também assim o fizerem. Ele, Feliciano, pelo menos, ainda não foi condenado judicialmente! Por fim, ser interpelado por José Guimarães — aquele sujeito impoluto que era o chefe daquele outro das ricas cuecas cheias de dinheiro de origem duvidosa —, convenhamos, é de perder as estribeiras. Finca as esporas Feliciano!
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