segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tuma Jr. Lança Livro com Ataques a Lula - "O Barba"

.
O ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior lançou ontem (14/12/13) o livro Assassinato de Reputações - Um Crime de Estado, no qual ataca Luiz Inácio Lula da Silva e acusa o partido do ex-presidente, o PT, de utilizar a máquina do governo federal para montar dossiês contra adversários.
Tuma Júnior, que é delegado, foi secretário do Ministério entre 2007 e 2010, durante o segundo mandato de Lula na Presidência da República. Na época, foi demitido por suspeitas de envolvimento com a chamada máfia chinesa. Parte do conteúdo do livro foi revelada na edição da semana passada da revista Veja.
Em uma das acusações mais polêmicas feitas no livro lançado ontem, o delegado afirma que Lula foi informante da ditadura. Segundo escreveu Tuma Júnior, o então líder sindical repassava dados sobre greves sob o codinome de "Barba" ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), onde atuava seu pai, Romeu Tuma. O petista ficou preso em 1980 por 30 dias no DOPS, após greves no ABC.
Segundo Tuma Júnior, ao dar informações ao governo militar, Lula garantiu "privilégios" na prisão. O livro do delegado lista como privilégios noites de sono em um sofá do DOPS e uma visita à mãe, dona Lindu, que estava gravemente doente.
Procurado, o Instituto Lula informou ontem que o ex-presidente não iria fazer comentários.
Reputações. 
Boa parte do livro é dedicada ao que o delegado chama de "assassinato de reputações". Diz que o então ministro da Justiça e hoje governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o assediava para que deixasse vazar documentos que prejudicariam adversários. Ele cita o caso do cartel que começou a ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em 2008.
Segundo Tuma Júnior, "começou a sair na imprensa que vinha informação da Alstom envolvendo os tucanos. Um dia chegou o documento da Suíça, em nome da secretaria. Falei para não mandarem para o Ministério Público ainda: 'Lacrem o envelope, tragam para mim e avisemos ao ministro, porque chegou a bomba dos documentos da Alstom'", escreve. As informações tinham como alvo principal Robson Marinho, ex-chefe da Casa Civil do governo tucano de Mário Covas. Eram relatórios enviados voluntariamente pelo país europeu. O ex-secretário de Justiça relata que, mesmo sendo documentos compartilhados por poucas pessoas, eles acabaram vazando mesmo assim.
Ele também critica a ação de parte dos promotores paulistas. "É importante registrar: no Ministério Público de São Paulo existe uma ala que sempre protegeu tucanos de alta plumagem".
Tuma Júnior também acusa outro ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, de pedir que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), fosse investigado após dizer que Lula sabia do mensalão. A ordem ao ministro, diz Tuma Júnior, teria sido dada por Gilberto Carvalho, braço direito do ex-presidente. Carvalho afirma que vai processar o delegado.
'Armação'. 
O ex-secretário Nacional de Justiça atribui a sua demissão do cargo, em 2010, a uma "armação" do governo Lula com o Estado.
Em 5 de maio de 2010, o jornal publicou reportagem revelando que a Polícia Federal tinha interceptado gravações e e-mails ligando-o a Li Kwok Kwen, o Paulo Li, acusado de ser um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo.
A quadrilha era suspeita de ser especializada em contrabando de telefones celulares e venda de vistos permanentes.
"A pergunta que faço é: o que era mais importante para o Estadão noticiar? A foto do 'chefe da máfia', um chinês, com o secretário Nacional de Justiça na China, ou entregando um presente para o presidente Lula (...)? Eu respondo: é óbvio que, se não fosse armação do governo com o jornal, se o indivíduo fosse mesmo um mafioso, o Lula estaria na capa do Estadão e não eu", escreve, referindo-se ao fato de o então suspeito de integrar a máfia chinesa aparecer em várias fotos ao lado de autoridades da República. 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Direito à Memória Verdadeira

por Roberto Maciel
Rui Patterson, que escreveu o artigo intitulado 2014, o Ano que já Começou, é advogado, penso que um bom advogado e um homem aparentemente preocupado com a legalidade e os direitos humanos.
O texto dele é incisivo, mas esconde, mais do que revela, o passado, inclusive o seu. E quem esconde o passado, camarada, tem culpa no cartório!
Rui, um senhor de ralos cabelos brancos, deve ser um vovô bondoso. Mas Rui foi um terrorista, pegou em armas e foi detido pela ditadura. Não vamos inverter, ele não pegou em armas contra a ditadura, a ditadura é que teve que detê-lo na criminosa senda armada em que se aventurou.
Dilma não é uma guerreira assumida, é terrorista, Rui, sem eufemismos. Entre os "desaparecidos", seria bom contabilizar o milhão de dólares do cofre do Adhemar de Barros e o jovem Kosel Filho, pulverizado por uma bomba, ação planejada por Vanda.
Quem é Vanda, Rui? E que fez você para mourejar numa prisão e de lá sair sem um arranhão? O passado vai ser reescrito Rui, e vai-se chegar cada vez mais próximo da verdade.
E biografias não autorizadas começarão a surgir, não adianta o que se escreva nos dias atuais.
Roberto Maciel é General de Divisão, na reserva.
Fonte:  Alerta Total
COMENTO: não reproduzi o texto de Rui Patterson por não concordar com o escrito. Mas me reservo o direito de fazer um alerta aos jovens que forem estudar o mesmo, nos mesmos termos em que tentei, sem sucesso, comentá-lo no blog em que foi publicado: ao lê-lo com atenção, verificamos que a adjetivação utilizada nos dá uma boa mostra dos objetivos do autor. 
O texto distribuído pela Secretaria de Educação baiana é "valioso e único material valioso sobre o período" - livros como "Combate nas Trevas" de Jacob Gorender ou "A Verdade Sufocada" de Carlos Alberto Ustra, ou mesmo o recente "ORVIL" não existem para o autor -; Universidades e sindicatos são "santuários de democracia e representação popular"; o período de 21 anos (1964/85) é um "longo período de arbítrio", deixando de ser consideradas todas as boas realizações - não as citarei por serem de fácil identificação pela internet, mas peço que procurem lembrar alguma grande realização governamental "pós-ditadura", ou seja depois de 1985. 
O AI-5 que durou dez anos efetivamente tem sua face cruel se o examinarmos fora do contexto daquela época, mas nos dias de hoje seus artigos 8º e 10º (pesquisem, não acreditem no que é "falado") em muito auxiliariam o combate à corrupção que atualmente aflige o país. 
o período de 28 anos de 1985 a 2013 não é citado como sob vigência de uma democracia decepcionante (são citadas a inflação do governo Sarney, as maracutaias de Collor, a "juventude colorida de caras pintadas" - omitindo a participação de PT e PCdoB na liderança das entidades promotoras das "manifestações populares" -, FHC, "doutor-sociólogo, de colarinho branco" -?-). 
Por fim, Luis Inácio, "sertanejo e operário, a partir da criação de verdadeiro trabalhismo, enfrentou a elite ..." (sertanejo que com 14 anos de idade já manuseava torno mecânico onde acidentou-se perdendo o dedo mínimo? Operário que 12 anos após o acidente citado já participava da diretoria do sindicato ficando à disposição deste? e o que seria o "verdadeiro trabalhismo"?); ele se elege "incluindo cerca de 40 milhões de pessoas à sociedade de consumo" (sociedade de consumo simbólica do capitalismo tão criticado, em que essa parcela da população é inserida graças a auxílios financeiros que não permitem sua emancipação financeira nem proporcionam condições de escapar da dependência governamental com recursos retirados dos impostos extorquidos da "burguesia", também tão criticada). 
No esforço de evitar duas grandes injustiças do texto, temos o dever de apontar a omissão em citar o papel da Dona Rose, aquela, compensando com amor e dedicação as agruras que a oposição (existe isso?) impunha ao Grande Cachaceiro, ops, Timoneiro; e ao não referenciar o desempenho desse herói macunaímico como araponga (nesse caso o termo é aceitável) do DOPS paulista. 
Os louvores a Luis Inácio - em contraste com a depreciação a tudo o que lhe antecedeu - tem continuidade com Dilma, "mulher e guerreira assumida ... [que] demite ministros e outros tantos" e enfrenta "tempos de severa recessão". Será essa Dilma a mesma que faliu uma lojinha de "1,99" que lhe pertencia, fazendo o mesmo com as finanças municipais de Porto Alegre na época em que foi Secretária de Administração? 
E os "ministros e outros tantos" demitidos serão os mesmos que o Diário Oficial publica terem sido "exonerados a pedido" (possibilitando seu posterior retorno a outros cargos públicos "de confiança")? E, para encerrar, temos que a "severa recessão causada pela banca internacional atingindo todos os países" tem afetado perversamente o Brasil com maior contundência pois fechamos a fila dos países "em desenvolvimento" (nova denominação do "país do futuro", aquele que nunca chega). 
Temo pelos estudantes que recebem os ensinamentos proporcionados por esses "sobreviventes [que] continuamos fazendo história, marcando presença no “chão da escola” da educação básica".
.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Em Depoimento na Comissão da Verdade, General Diz: “Eu Não Vou Dizer Nem Pro Papa”

.
Em complemento ao texto "Depoimento de um General à 'Comissão da Verdade'", que postei a alguns dias atrás, encontrei um bom resumo do que foi dito no citado depoimento. Vale a pena verificar. 
"Se o general Enzo disser  'Fala Álvaro.' Eu vou dar um adeus pra ele ... Isso eu levo pro túmulo
Essa semana a Revista Sociedade Militar teve acesso a um dos mais significativos depoimentos sobre a época em que os militares tiveram que intervir para impedir que o comunismo fosse imposto em nosso país. É claro que as grandes redes de TV não se interessaram em divulgar o ocorrido, já que o militar permaneceu impassível e se negou a dar quaisquer detalhes que pudessem elucidar supostos fatos atribuídos aos militares. O General inclusive disse que se resolver contar detalhes das operações das quais participou, o fará para o editor da revista NewsWeek.
O general Álvaro Pinheiro, no depoimento dado no dia 13 de novembro para a CNV, entre outras coisas, disse que não adianta procurar pelos mortos do Araguaia. O General, inquirido por Mariana Barros, assessora da Comissão, foi ao local acompanhado de mais 13 pessoas, todos militares, da ativa e reserva.Durante o depoimento o militar se mostrou bastante simpático, ironizando em todo o tempo os parcos conhecimentos da assessora da CNV. Deve-se ressaltar que o militar deu uma aula de história para os membros da CNV presentes.
eu sou General de Brigada, tendo passado para a reserva no ano de 2003... nascido em julho de 1944... Eu quando tomei conhecimento que tinha que passar por essa situação esdrúxula, completamente patética...
O General fez questão de repetir o juramento que todos os militares fazem no início de suas carreiras. Segue o depoimento:
pela minha honra juro cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado... e dedicar-me inteiramente ao serviço da pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida... Esse juramento norteou a minha vida, inclusive norteou o meu passado de combate a subversão e ao terrorismo... essa participação foi tão marcante que eu fui agraciado com a mais valorosa condecoração do exército brasileiro em tempo de paz, que é a Medalha do Pacificador com Palma... Graças a nossa vitória o Brasil não se transformou numa grande CUBA... se nós tivéssemos perdido não sabemos onde estaríamos hoje.
Por que na América Latina esses movimentos revolucionários não foram bem sucedidos? Na Ásia e na África eles tinham a motivação da independência política, e aqui na América Latina eles queriam derrubar regimes já estabelecidos e independentes politicamente... só tivemos uma exceção, Sierra Maestra, em que Fidel guardou até ao último momento que ele era marxista... Só que no dia em que ele conquistou Havana ele desencadeou 'El Paredon', milhares de pessoas foram aniquiladas sumariamente... O fato das Forças Armadas brasileiras terem vencido a subversão impediu que os norte-americanos viessem ao país... os boinas verdes americanos estavam no Uruguai, estavam na Argentina, estavam no Peru combatendo o Sendero Luminoso, estavam derrubando Allende, estavam capturando e eliminando Che Guevara na Bolívia... Só houve um país na América Latina onde não tivemos o desgosto de ver estrangeiros, nem como observadores, nem assessores e muito menos TROPA aqui dentro...
O General diz que em vários locais do mundo ouviu, com muito orgulho, chefes militares americanos dizerem que no solo brasileiro não há sangue americano derramado. Nesse momento a funcionária da CNV faz impertinente observação e diz: Mas tem american Money”. O general responde dizendo que dinheiro não faz parte de seu dia-a-dia, e que não pode contradizer o que ela disse. Continuando.
A nossa relação com os americanos sempre foi no mesmo nível, sempre fizemos um intercâmbio... treinamento de infiltração com deslocamento sub-aquático... quem é melhor que o Brasil na selva?
Nesse momento o General foi inteligentemente sarcástico. “O Soldado é aquele homem que está preparado, não para morrer pela pátria  morrer pela pátria quem faz é amador  matar pela pátria. Nós não queremos que nossos filhos sirvam ao Exército para morrer pela pátria. É ou não é? Agora se eles gostam daquilo nós queremos que eles sejam exímios matadores ” ... 
não ganhei um tostão a mais, não fiquei rico não, mas as Tropas Especiais são indiscutivelmente a tropa mais bem preparada... o Operador de Forças Especiais sabe trabalhar com o terreno humano, que é o conflito atual... O conflito hoje é para ganhar corações e mentes de populações.
eu não vou conversar com você sobre pessoas, sobre eventos, sobre datas, de jeito nenhum. Eu não vou dizer a você o que foi feito lá, não cabe a mim dizer o que foi feito lá, até porque, eu vou te ser franco, muito franco. Vocês já ouviram falar na industria da indenização? Todas as perguntas que me fazem é pra alguém ganhar indenização na família. Você sabe que a mulher do Lamarca... Vocês conhecem Carlos Lamarca, um dos maiores canalhas desse país. Canalha, desertor do Exército Brasileiro, traidor da pátria. Esse canalha, antes de desertar mandou a família pra Havana... A senhora do Lamarca ganha 14 mil reais por mês... O soldado Mario Kosel Filho, a família dele ganha 365 reais, olha que coisa. É terrível isso.
Olha, o dia que eu tiver que contar isso (sobre as circunstancias em que foi ferido no Araguaia) eu não vou contar pra você... eu vou contar pro editor chefe da NewsWeek, lá em Nova York, que ele quer saber, isso vai vender adoidado, inclusive há fotografias... agora eu posso te garantir uma coisa, que isso foi combate... você quando atira não existe tiro pra ferir… não falarei pessoas, locais, datas... Nada.
O casal é extremamente simpático, é típico de quem não vivenciou aquelas coisas. Se vocês conhecessem o Mariguella iam ver que figura horrorosa, um ser humano intratável, mas hoje é modelo de terrorismo para o mundo... O manual de terrorismo da Al Quaeda, não é coincidência, tem citações do mini-manual do guerrilheiro urbano, que não é nada de guerrilha... Nos Estados Unidos... na academia de West Point... cadetes do quarto ano... estudando o mini manual do guerrilheiro, eu já tive vezes que eu me orgulhei desse FDP ser brasileiro... ele era iluminado. Vocês devem conhecer o Osvaldão melhor do que eu, devem saber até o dia que ele foi pro inferno, lugar de onde nunca deveria ter saído... Nossa obrigação era neutralizar as células terroristas... esse negocio de dizer que enterrou, onde é que está enterrado, vão ficar procurando eternamente e não vão achar coisa nenhuma.
No Brasil nunca houve guerrilha... seria força de guerrilha se eles tivessem conseguido recrutar gente, aquilo nunca deixou de ser um foco de terrorismo rural 
Em alguns momentos o interrogatório parecia uma brincadeira, como quando foi perguntado ao General qual era o seu codinome. Como sempre, o General ironizou a inocência da equipe da CNV, e respondeu: “isso eu não posso te dizer… Eu sempre fui muito esperto porque eu não tinha só um, pra cada área eu tinha um diferente... eu jamais perdia a dignidade...
Tivemos companheiros que não voltaram... Estamos falando de calibre 7.62mm... A morte do Cabo Rosa ninguém sabe... essa equipe descaracterizada, num determinado ponto da selva... Foram emboscados pelo Osvaldão, e o Cabo Rosa foi morto imediatamente porque ele foi o primeiro que entrou na zona de batalha, e os outros se separaram e sumiram, um em cada direção... a 8º Região Militar não é um Comando Operacional, é um Comando Administrativo.
Pacto de silêncio! O depoimento inédito de Pinheiro durou 92 minutos. Alguns sites, como o IG, disseram que ficou reforçado que há um tipo de pacto de silencio entre os oficiais.
O General afirmou que a CNV “é uma farsa, que carece de legitimidade e de credibilidade”. Disse que as investigações deveriam abordar os dois lados do conflito, apurando os casos de sequestro, assassinatos, assaltos e atentados cometidos pela esquerda armada.
Acho difícil encontrar (restos mortais)”, disse ele, sem confirmar se em 1985, preocupados com o deslocamento de caravanas de familiares à região, os mesmos militares coordenaram uma “operação limpeza” para desenterrar e dar fim aos restos mortais dos 67 guerrilheiros desaparecidos.
A ofensiva final ao Araguaia, levada a cabo por integrantes das Forças Especiais de Exército, Marinha e Aeronáutica, a partir meados de 1973, resultou na eliminação completa do foco terrorista.
Álvaro Pinheiro afirmou que desconhece uma suposta ordem do comando segundo a qual nenhum guerrilheiro deveria sair vivo das matas do Araguaia. No entanto, acabou confirmando que alguns foram capturados com vida.
"Ás vezes se rendiam, se entregavam. Chegavam às bases dizendo ''não quero mais'."
"O modelo do Araguaia era um modelo maoista, mas não era chines, era albanês. Imagine se a Albânia em 1975 podia ser modelo pro Brasil, é possível isso?'
"O João Amazonas era o presidente do PCdoB... abandonou a fogueira lá... ele disse: atenção, pra nós não existe mais, e esqueceu de dizer para eles... O velho Mario ficou lá até o último momento por que ele pensou que estava cumprindo missão. E o João Amazonas e a Elza Monerat, que são presidentes do PCdoB em São Paulo, oito meses antes já tinham abandonado o Araguaia. Isso que as famílias não sabem, isso que os jornais não publicam"
"Polícia confunde operação de inteligência com investigação policial, são uns imbecis, são incompetentes, por isso que a gente não acaba com o crime organizado no Brasil
À Pergunta: GENERAL, o Senhor poderia explicar então como mais de 70 pessoas desapareceram? Ele respondeu: "Como é que eu vou lhe explicar uma coisa dessas? Você ta querendo que eu diga pra você que essas pessoas foram eliminadas sumariamente, isso acontece num regime stalinista, isso acontece na China de Mao, isso acontece na Coréia do Norte. Mas aqui no Brasil duvido que isso aconteça... eu não sei absolutamente coisa nenhuma... não estou nem um pouquinho interessado nisso, o meu interesse nesse episódio é que a população brasileira compreenda que o Exército resolveu um problema grave, que traria prejuízos muito sérios"
A inquiridora disse, em dado momento:Já ouvimos vários colegas seus e alguns já relataram que… Quatro relatos nesse sentido de que… Eles receberam ordens superiores, destruam tudo que vocês possuem em relação ao episódio do Araguaia
O general responde: “Então se vocês sabem disso por que estão perguntando pra mim, vocês querem me emboscar? Pra achar a verdade tinha que ser feito dos dois lados, mas está sendo feito de um só, isso é uma canalhice sem tamanho… Eu desconheço de que [algo] foi queimado as pressas para esconder alguma coisa escusa. O problema disso daí, hoje, eu lhe digo qual é. O problema hoje é que nenhuma instituição séria quer alimentar a canalha da indústria da indenização. Por que no fundo de tudo isso — a senhora me perdoe — ninguém quer achar a verdade de nada. Isso aqui… Pra achar a verdade tinha que ser feito dos dois lados, e está sendo feito de um lado só. Isso é uma canalhice sem tamanho. As pessoas que bolaram isso são pessoas inescrupulosas. A coisa que mais me repudia na esquerda brasileira é que além de incompetente… O sujeito ser comunista no Sec. XX, no Sec. XXI é um estúpido. É ou não é verdade? Agora pior do que isso é a corrupção, são corruptos, inescrupulosos. “

A inquiridora, nada imparcial por sinal, diz: “a gente também tá apurando a corrupção na época do regime militar, também vamos escrever sobre isso
General: “você sabe que eu fico satisfeito de ouvir isso? Porque a senhora é jovem, e nós precisamos de gente assim, mas sempre se lembre do seguinte, faça dos dois lados. O que não é possível é isso, eu, um homem de bem, chefe de família, estar respondendo esse tipo de pergunta quando vocês não discutem o sequestro do embaixador. Por que,
quem é que sequestrou o Embaixador? Quais foram as consequências que isso gerou no campo internacional? Quem matou o Capitão Chandler em São Paulo? Essas coisas não se discute... Quem é que roubou o dinheiro do cofre do Ademar? Quem é que planejou e executou o atentado ao 2º Exército em São Paulo? Mas não… O sr se lembra quem morreu, o corpo do fulano, a Maria Dinah atirou no senhor? O que é isso? O tiro da Maria Dinah perto do que eu estou falando… é uma coisa preocupante. Eu respeitava a esquerda até um determinado momento, esse tipo de raciocínio está destruindo o país…
eu considero que a Comissão Nacional da Verdade é uma farsa, ela carece de legitimidade e de credibilidade, a Comissão Nacional da Verdade é revanchista, ela pretende que se repita aqui o que está acontecendo na Argentina… Agora, eu considero que… Isso é de cunho pessoal, não represento o Exército e nem tenho esse direito… A esquerda brasileira vai dar um tiro no pé. A sociedade brasileira está começando a se informar e não vai se deixar engabelar por esse tipo de farsa.
Leonardo, da CNV:a CNV pretende realizar audiências públicas sobre a guerrilha do Araguaia, o senhor teria disponibilidade ou disposição de participar e publicamente fazer um relato como o senhor fez hoje?
General:sem nenhum problema… Se eu dissesse que não… Essa pergunta que você me faz só tem uma resposta, não pense você que eu gosto de aparecer, soldado não gosta de aparecer, mas se eu respondesse que não, fica no ar que eu to querendo esconder alguma coisa, eu não escondo nada, aliás, não sei se vocês sabem, eu tenho ido a muitos programas de televisão… Programas com Joelmir Betting… Eu estou pronto e estarei pronto sempre porque eu não tenho nada a temer. Agora eu sei, que tanto eu… E aqueles que estão sentando no meu lugar aqui estão expostos física e moralmente, porque não faltam radicais tresloucados que queiram pagar contas passadas nos atingindo. Eu não ando com seguranças na rua, mas eu tomo cuidado, até porque, na minha idade e com a experiência que eu tenho não é qualquer vagabundo que vai me pegar, mas os vagabundos estão aí, e hoje os vagabundos estão travestidos de policiais do governo, estamos aí assistindo a formação de uma GESTAPO. Então, isso daí me preocupa profundamente.
Leonardo da CNV:Ok, muito obrigado General Álvaro Pinheiro.
No mesmo dia, foram ouvidos também o ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro, General Nilton Cerqueira, o Comandante da Operação que dizimou a suposta guerrilha, e vários coronéis. Com exceção de Álvaro Pinheiro, todos responderam às perguntas relevantes sobre os desaparecidos com um “nada a declarar”.
Ferido em confronto — Na época da guerrilha, Álvaro de Souza Pinheiro era Primeiro Tenente do Exército e teve seu batismo de fogo em maio de 1972 num confronto em que, por pouco, não foi eliminado. Um tiro na clavícula, supostamente disparado pelo guerrilheiro Bergson Gurjão Faria o tirou de circulação.
Membros da CNV:
Leonardo Jun é advogado e pesquisador, gerente de projetos na CNV e autor do livro Manual de direitos humanos internacionais
— Mariana Barros Barreira é assessora técnica na Comissão da Verdade.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ricardo Boechat e a Identificação do Verdadeiro Idiota

Boechat ofende “soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, majores e coronéis“ e é condenado.
Ele mandou: "jogar um tijolo ou fazer pipi sobre as viaturas ... esses idiotas que estão causando ... são uns idiotas completos ...
Boechat chega a mandar que as pessoas ofendam os militares. Que ninguém interprete mal as coisas, a profissão militar é realmente exercida por pessoas que se submetem à hierarquia e disciplina. Mas que isso não seja confundido, nem por militares nem por civis. Assim como qualquer cidadão, os militares podem, e vão recorrer a justiça para reparação de qualquer dano causado pela língua de cidadãos que exagerem em seus comentários.
Algumas pessoas acreditam que por que um militar é soldado, cabo ou sargento qualquer um tem precedência hierárquica sobre este. Militares são submissos às autoridades enquanto instituídas oficialmente, em momentos determinados, e dentro das prescrições previstas em regulamentos, e nada mais do que isso.
Boechat confundiu as coisas, esperamos que isso não ocorra novamente. E aconselhamos a todos que se sentirem ultrajados por qualquer um, seja repórter, político ou mesmo outro militar, que não deixe passar em branco, denuncie essa pessoa judicialmente.
Boechat foi processado por um soldado, mas corre o risco de sofrer mais acusações, já que se dirigiu a um grupo bem grande.
Veja a decisão.
Alegou o autor que é Policial Militar e que ficou ofendido com as declarações do requerido no momento em que este, em uma programação jornalística, ofendeu toda a hierarquia da Polícia Militar de São Paulo ao chamar todos de idiotas. Pleiteia indenização por danos morais. Na contestação a parte requerida afirmou que seu profissional fez apenas uma manifestação genérica, em razão do que não teve o condão de ofender o autor.
Quando um jornalista chama toda a cadeia de hierarquia da Policia Militar de “idiota”, acaba por ofender todos os integrantes da mesma. Claro, um Policial Militar, que tem orgulho de sua carreira, ao ouvir estas palavras, certamente ficou magoado, principalmente porque acaba por perder respeito perante as pessoas próximas e na comunidade em que vive. Respeito este essencial ao próprio exercício da função. Imagine-se o contrário. Um Policial Militar, ao se valer de um programa de televisão, chamasse todos os apresentadores de telejornal de “idiotas”. O requerido certamente e com razão se ofenderia por estar incluído neste todo.
Assim, presente está o dano moral em virtude de as declarações do requerido ter ofendido o autor. A questão da ofensa direta ou indireta, contudo, serve para quantificar o valor, pois, quando a injúria é feita de maneira direta, por certo o dano é maior. O valor de R$ 5.000,00 parece ser mais prudente do que o pleiteado, já que de certa maneira repara o dano sofrido pelo requerente, sem acarretar enriquecimento indevido, e de certa forma coíbe novas práticas abusivas da parte requerida. Desse modo, deve ser o acolhido.
Ouça o áudio disponibilizado pelo site Abordagem Policial clicando aqui.
JULGO PROCEDENTE a ação para condenar os requeridos Radio e Televisão Bandeirantes Ltda e RICARDO EUGÊNIO BOECHAT, de forma solidária, em danos morais no valor de R$ 5.000,00 (Cinco mil reais).
COMENTO: Excelente atitude do Policial Militar. Como consta no texto, deve servir de exemplo a todo e qualquer um que se sinta agredido por esses "formadores de opinião" irresponsáveis. No caso presente, é importante ressaltar que em futuras ações, esses réus já não são considerados "primários" pois a citada condenação constitui precedente agravante. Parabéns aos militares de atitude!
.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Vítimas do Terrorismo - Dezembros

.
Neste dezembro de 2013, insistimos em reverenciar os que, em dezembros passados, tombaram pela fúria política de terroristas.
Os seus algozes, sob a mentira de combater uma ditadura militar, na verdade queriam implantar uma ditadura comunista em nosso país.
Cabe-nos lutar para que esses mártires recebam isonomia no tratamento que os "arautos" dos direitos humanos dispensam aos seus assassinos, que hoje recebem pensões e indenizações do Estado contra o qual pegaram em armas.
Move-nos o desejo de que a sociedade brasileira lhes faça justiça e resgate aos seus familiares a certeza de que não foram cidadãos de segunda classe, por terem perdido a vida no confronto do qual os seus verdugos, embora derrotados, exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda.
A esses heróis o reconhecimento da Democracia e a garantia da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha sido em vão.

- 15/12/67 – Osíris Motta Marcondes - (Bancário – SP)
Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.

- 17/12/69 – Joel Nunes - (Sargento - PM – RJ)
Neste dia o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioen Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.

- 18/12/69 – Elias dos Santos - (Soldado do Exército – RJ)
Paulo Sérgio Granado Paranhos, preso no dia anterior, ao ser interrogado “abriu” um “aparelho” do PCBR localizado na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Antonio Prestes de Paula, ao fugir pelos fundos da casa, matou, à queima-roupa, com um tiro de pistola .45, o soldado do Exército Elias dos Santos que integrava a equipe que “estourou” o “aparelho”.
A respeito do soldado Elias, morto em combate no cumprimento do dever, o Ternuma recebeu um comovente e-mail: “Fico feliz de achar uma página da Internet a qual faz uma homenagem a uma pessoa que não conheci, mas com certeza, muito especial. Desde pequena vejo minha avó aos prantos lembrar de seu filho Elias dos Santos, morto brutalmente por assassinos terroristas. Não conhecia direito a história, fiquei sabendo agora. Realmente é revoltante saber que a família de Carlos Lamarca tem direitos que minha avó não teve. Não tenho palavras, só agradeço Daniele Esteves”.

- 10/12/70 – Hélio de Carvalho Araújo - (Polícial Federal – RJ)
No dia 07/12/70 a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária, seqüestrou no Rio de Janeiro, o Embaixador da Suíça no Brasil, Giovani Enrico Bucher.
Participaram, ativamente, da operação os terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polaris de Alvarenga, Inês Etienne Romeu, Alfredo Hélio Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos Lamarca.
Após fecharem e paralisarem o carro que conduzia o Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo, calibre .38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e a uma distância de 2 metros atirou, duas vezes, no agente Hélio. Uma das balas seccionou a medula do policial.
Os terroristas levaram o Embaixador e deixaram o agente agonizando. Transferido para o Hospital Miguel Couto, faleceu no dia 10/12/70.
Carlos Lamarca desertou do Exército como capitão. Morreu lutando, não contra a “ditadura” como a esquerda propaga, mas de armas na mão, tentando implantar no Brasil, uma ditadura no modelo cubano. 
Sua vítima fatal, neste seqüestro, foi um Agente da Polícia Federal, morto em serviço, no cumprimento do dever, dando proteção a um Embaixador, cuja segurança era uma obrigação do governo brasileiro.
A família do assassino Lamarca recebe a pensão de coronel, porque ele, se não morresse, poderia chegar a este posto. Além disto, sua família recebeu uma polpuda indenização, assim como todas as famílias de todos os subversivos e terroristas mortos, cerca de 300. Os que permaneceram vivos estão recebendo pensões vitalícias por terem sido “perseguidos politicamente”.

- 13/12/71 – Hélio Ferreira de Moura - (Guarda de Segurança – RJ)
Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador de valores da Brink’s, na Via Dutra. 

Os mortos acima relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações, mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome à escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro.
Texto adaptado de: TERNUMA
.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Lembrai-vos de 35! Vítimas do Terrorismo - Novembro de 1935

.

Em 1935, a primeira geração de assassinos vermelhos deu provas sobejas do desamor pelo Brasil e do fanatismo pelo qual exercia a sua opção política. Crueldade, frieza e barbárie foram a tônica de uma ação traiçoeira, pela qual mataram brasileiros fardados, no sombrio da noite, para intentar contra o País.
Nos anos sessenta e setenta, a segunda geração prosseguiu na perfídia, enlutando famílias e promovendo o terror, nos episódios que hoje ostentam sob a mentira de terem combatido a "ditadura dos generais". Omitem seu verdadeiro propósito que era o de transformar o Brasil em um mais um satélite da extinta URSS. Pelos "serviços prestados" são recompensados com generosas indenizações e pensões, nas quais incluem "apoiadores" da época e aderentes posteriores, que tal quais modernos piratas sugam o que podem dos cofres públicos.
Se ontem imolavam brasileiros de bem, agora sangram os inocentes e impotentes contribuintes, na sanha por dinheiro e poder.
Neste 27 de novembro de 2013, certamente, a mídia comprometida com as duas gerações fará juras de amor a essas camarilhas, contando deturpadamente os fatos e lembrando o batismo de ruas e obras públicas com os nomes de criminosos, que ontem só eram vultos por agirem encobertos pela sombra.
Vítimas atraiçoadas em 1935:
Poucos conhecem esses nomes. Eles morreram na madrugada de 27 de novembro de 1935. Não em combate, mas covardemente assassinados. Alguns dormindo...
Durante todos estes anos, suas famílias, em silêncio resignado, nada reivindicaram dos governantes, a não ser um mínimo de coerência, a fim de que pudessem acreditar que eles não morreram em vão.

Abdiel Ribeiro do Santos - 3º Sargento
Alberto Bernardino de Aragão - 2° Cabo
Armando de Souza Mello - Major
Benedicto Lopes Bragança - Capitão
Clodoaldo Ursulano - 2° Cabo
Coriolano Ferreira Santiago - 3° Sargento
Danilo Paladini - Capitão
Fidelis Batista de Aguiar - 2° Cabo
Francisco Alves da Rocha - 2° Cabo
Geraldo de Oliveira - Capitão
Jaime Pantaleão de Morais - 2° Sargento
João de Deus Araújo - Soldado
João Ribeiro Pinheiro - Major
José Bernardo Rosa - 2° Sargento
José Hermito de Sá - 2° Cabo
José Mário Cavalcanti - Soldado
José Menezes Filho - Soldado
José Sampaio Xavier - 1° Tenente
Lino Vitor dos Santos -Soldado
Luiz Augusto Pereira - 1° Cabo
Luiz Gonzaga - Soldado
Manoel Biré de Agrella -2° Cabo
Misael Mendonça - Ten Cel
Orlando Henrique - Soldado
Pedro Maria Netto - 2° Cabo
Péricles Leal Bezerra - Soldado
Walter de Souza e Silva - Soldado
Wilson França - Soldado 
A lembrança deles é motivada, verdadeiramente, pelo desejo de que a sociedade brasileira lhes faça justiça e resgate aos seus familiares a certeza de que não foram cidadãos de segunda classe, por terem perdido a vida no confronto do qual os seus verdugos, embora derrotados, exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda, urdida por um revanchismo odioso.
A esses heróis o reconhecimento da Democracia e a garantia da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha sido em vão. 

Texto adaptado deTERNUMA
COMENTO:  A imagem que ilustra o texto é a do Monumento em homenagem aos heróis que tombaram na covarde tentativa de implantar o o comunismo no Brasil, localizado na Praça General Tibúrcio, Praia Vermelha/RJ. Este monumento ocupa hoje o antigo local onde estava sediado o 3º RI, que, sublevado, foi completamente destruído.
A falta de conhecimento ou a ingênua crença, difundida pelos maiores interessados, de que o comunismo acabou, faz com que pessoas descuidem da ameaça permanente representada pelos desmiolados que ainda acreditam poder impor a "ditadura do proletariado" no mundo, a partir de "centros de irradiação" como o Brasil. Esses fanáticos retardados acreditam no que fazem. É só ver a sua capacidade de mobilização, a favor ou contra, quando há algum interesse seu em jogo. Hoje o seu grande interesse é a manutenção da canalha no topo do poder. Daí a quietude da "sociedade civil organizada" frente os repetidos escândalos, ladroagens, falta de escrúpulos, solenemente ignorados pelos "movimentos sociais" que por muito menos provocam destruições em bens públicos e privados, atacam representações diplomáticas estrangeiras, e chegaram a destituir um presidente da república "neçepaíz". Essa mesma sociedade civil organizada (o que pressupõe uma outra sociedade civil desorganizada e, quem sabe uma sociedade militar organizada ou não) vê com naturalidade a deterioração de entidades públicas como os Correios, os bancos estatais usados como fonte de verbas publicitárias para a compra da opinião difundida pelos meios de comunicação de massa e absorvida pela população sem educação nem capacidade de discernimento; o Congresso Nacional, submetido pelos mensalões e negociatas; e o próprio Judiciário dominado pela conveniência de não afrontar a quem tem o poder de nomear os seus ocupantes de cargos de prestígio. Mas, felizmente, ainda podemos contar com boa parcela da população que não se deixa enganar pelos criminosos "cantos de sereia". Hão de tentar inúmeras vezes, mas ao ultrapassarem os limites, serão contidos, por bem ou por mal, como nas outras vezes!
.

domingo, 24 de novembro de 2013

Depoimento de um General à “Comissão da Verdade”

.
Se você se interessa pelo resgate da verdade histórica, ouça e amplie a divulgação, já que se tratando da Verdade e não de uma farsa que o governo procura montar, a ele não interessará o registro. 
É a voz e a vez de um combatente falar do que ele próprio combateu em defesa do Brasil e não mais uma parcela do embuste em processo de montagem, com a colaboração de intelectuais — que além de ilustres também gostam de holofotes e de serem citados na mídia — sem conhecimento de causa.
Corajoso, preciso e perfeito o depoimento — com a duração de 92 minutos — prestado pelo Gen Álvaro à Comissão Nacional da Verdade.
Vale ouvir incontáveis vezes e repassar a todos os seus correspondentes.
Ouça o depoimento publicado no A Verdade Sufocada em 22 Nov 2013.
Fonte: texto adaptado de A Verdade Sufocada
COMENTO:  Atenção aos minutos após 67:00 a 69:00 e 78:00 a 80:00!!!
.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Agressão ao Pavilhão Nacional às Vésperas do Dia da Bandeira

.
No dia 19 de novembro os brasileiros comemoram o Dia da Bandeira. E o que é a Bandeira? É um dos Símbolos Nacionais, como o Hino Nacional e as Armas da República. Esses Símbolos tem a finalidade de representar o Brasil como Pátria, Nação, País, Estado. E o que é Pátria, Nação, País, Estado? São denominações dadas, grosso modo, ao conjunto composto por um determinado povo que vive em determinado território, sob um governo - administração política geralmente consensual - e comunga diversos usos e costumes que denominamos cultura. Temos, então que os Símbolos Nacionais são respeitados pelos cidadãos que se identificam culturalmente como parte da população do País, pois são tidos como a representação deste.
A Bandeira Nacional, como os demais Símbolos Nacionais brasileiros, possui legislação específica sobre seu uso, apresentação e sinais de respeito a que tem direito.
Eu até havia preparado uma postagem referente à Bandeira Nacional no dia patrioticamente a ela consagrado.
Mas uma imagem do dia 15 passado conseguiu me tirar do sério.
Aí temos um agrupamento de pessoas que se define como partido político e, dessa forma, pretende assumir o poder político do Brasil, que em sua propaganda impõe seu dístico - a maldita combinação da foice e do martelo, símbolo de uma ideologia fracassada, que só rendeu mortes e sacrifícios aos povos que a experimentaram - sobre a Bandeira Brasileira. Fosse uma atitude de algum grêmio estudantil ou de algum clube de lazer comunitário, até se poderia relevar o fato. Mas não! Trata-se de um grupo de fanáticos cuja obsessão pela tomada do poder pela via violenta fez com que se separasse do Partido Comunista original, ainda na segunda metade do século passado, criando um movimento de guerrilha no norte do país, derrotado pelas Forças Armadas. Esse grupo político, ora contando com inúmeros assessores pendurados em cargos no governo federal, poderia nos ter poupado - e a Presidente - do triste espetáculo de mostrar nosso Símbolo Pátrio em posição secundária quanto ao emblema comunista. Mas essa exposição foi proposital. Uma forma de reafirmar que sua ideologia está acima de qualquer representação da sociedade que eles adjetivam como 'burguesa'.
Não bastasse isso, temos a presença da Presidente da República no palanque adornado com essa verdadeira heresia cívica. Será que na multidão de assessores e assessores dos assessores presidenciais não houve um sequer para atentar para esse detalhe vergonhoso? É claro que deve ter ocorrido alertas para essa situação esdrúxula a que a Presidente estava se expondo. Mas ela não poderia recusar a participação no palanque de seus 'companheiros de armas', particularmente adornado com imagens de Karl Marx e Josef Lenin.
Pode parecer carolice, mas o desrespeito à Bandeira Nacional por um grupo que se diz partido político, com o aval da presidAntA, é a mais clara demonstração de que para esses patifes só valem seus símbolos e sua idolatria a tudo o que não presta!
Por fim, mas não menos revoltante, vemos que o dia dedicado ao Lábaro Nacional não é considerado feriado, mas o dia seguinte (Dia da Consciência Negra) o é em mais de 20% dos municípios brasileiros! 
Temos assim que, a homenagem a uma parcela da população é tida, em mais de 1.000 municípios brasileiros, como mais importante do que a homenagem ao Símbolo que representa a unidade nacional.
.

domingo, 17 de novembro de 2013

Justiça? Verdade? Onde?

por Janer Cristaldo
Parte da nação se regozija, neste fim de semana, com a prisão de dez dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, decretada em data emblemática, a da proclamação da República. De uns tempos para cá, a palavrinha república andou ganhou ganhando prestígio. Foram os petistas que a trouxeram à baila, enchendo a boca com expressões como “valores republicanos”.
Como se valores republicanos quisesse dizer alguma coisa. Até 1991, tivemos a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, ditadura que durou três quartos de século. Ainda temos, sob o tacão da Partido Comunista, a República Popular da China. Isso sem falar na República Democrática Popular da Coreia, que vem sendo governada por “presidentes” da mesma família desde sua fundação em 1948.
Parte da nação se regozija, dizia. Pois há outra parte que não. A nação está dividida desde 1964, quando os comunistas tentaram reeditar a intentona de Prestes, com apoio da URSS, China e Cuba. Há quem pense que os militares foram os vencedores da luta contra a guerrilha. Nada disso. Os vencedores foram os derrotados. 
Derrotadas na luta armada, as esquerdas venceram a luta política. Tanto que uma guerrilheira é hoje a presidente do Brasil.
Foram derrotados os comunistas? O que vemos são seus líderes em prosa e verso cantados, na literatura e no ensino nacionais, ostentando aura de heróis, dando nomes a salas, ruas e rodovias e gozando de gordas aposentadorias. Os militares, que se pretendem vencedores, foram jogados à famosa lata de lixo da História e relegados ao papel de vilões.
Enquanto o Exército não tinha verba sequer para pagar o rancho de recrutas e a Força Aérea desfilava a pé, aos vitoriosos de 64 Fernando Henrique Cardoso conferiu honras, glória e gordas aposentadorias.
Nada mais natural, pois, que os quadrilheiros tenham se entregue à polícia brandindo punhos e a auréola dos justos, jogados ao cárcere pelas elites do país. O Supremo Tribunal Federal foi relegado, pelos “heróis”, à condição de um monumento à iniquidade. Nada de espantar em uma nação que venera como heróis celerados como Che Guevara, Marighella e Lamarca.
As prisões tiveram ampla repercussão na imprensa internacional. Segundo The Economist, “não haverá mais jabuticabas jurídicas para os mensaleiros”, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou protelatórios os recursos da maioria dos réus que entraram com segundos embargos durante a sessão da última quarta-feira. Para o The New York Times, “problemas burocráticos” atrasaram o envio dos condenados no processo para a prisão, e, no Brasil, “é raro políticos brasileiros de alto escalão condenados por crimes cumprirem pena na prisão”. Para o Washington Post, as prisões dos condenados dispersam especulações de que os envolvidos no esquema encontrariam brechas jurídicas para fugir de suas penas. Já a BBC classificou o mensalão como o “maior caso de corrupção” do Brasil e destacou o ato do ex-presidente do PT José Genoino que, ao se entregar à Polícia Federal ontem, ergueu seu punho e gritou “viva o PT”. 
Glória ao país que decidiu pôr atrás das grades a cúpula do partido que hoje detém o poder. Restam algumas perguntinhas. Os líderes da negociata, seus autores intelectuais, foram condenados a penas significativas, mas no fundo simbólicas. Alguns ficarão alguns aninhos no cárcere, a maioria em regime de prisão aberta. Só quatro cumprirão a pena em regime fechado. 
Quanto aos operadores, mandaletes de fim de linha, todo o rigor da lei. O empresário Marcos Valério, o principal operador do esquema de compra de votos no Congresso Nacional, foi condenado a 40 anos, quatro meses e seis dias de prisão a ser cumprida no regime fechado em presídio de segurança máxima. Os seis dias denotam a preocupação dos ministros em medir com precisão microscópica a justeza da pena. Mas nem tudo é tragédia na vida do mais castigado pelo STF. 40 anos, em verdade, são pouco menos de sete anos.
Qui prodest? A pergunta é velha mas se impõe. A quem beneficiou a compra de votos? Il capo di tutti i capi está livre como um passarinho e ainda ousa se pronunciar cinicamente, em apoio aos condenados: “estamos juntos”. Domínio de fato só vai até Zé Dirceu. Daí não passa. Lula sabe disso. Quando a gente começa a mentir, não para mais"  disse o presidente, em admirável confissão de autoconhecimento. A bicicleta precisa continuar andando. Não são bandoleiros os condenados. Mas heróis injustiçados pela suprema corte.
Zé Dirceu alega inocência e seus relevantes serviços prestados à nação. Por que então saiu voando de seu cargo. Não foi nenhum político de oposição que ordenou "Sai rápido daí, Zé!". Foi Roberto Jefferson, presidente de partido aliado do PT. Sua ordem não admitiu tergiversações. Não passaram 48 horas e o Zé se esvanecia como fumaça ao vento. Bastaram quatro palavrinhas para demitir a Eminência Parda do governo. É óbvio que atrás das quatro palavrinhas havia uma mensagem cifrada, cujo sentido, a nós, pobres mortais, não foi dado entender. Só o presidente e seu todo-poderoso ministro o captaram. E o captaram rapidinho.
Por quatro vezes, os congressistas rejeitaram a taxação dos aposentados e pensionistas, por considerá-la afrontosa a princípios jurídicos como o ato jurídico perfeito e o direito adquirido. Mas a carne é fraca. Na quinta vez, o Congresso não resistiu e inclusive obteve do mandalete gaúcho instalado no STF a autorização definitiva para implantar a taxação da velharada indefesa.
Considera-se que pelo menos uma centena de deputados foram comprados. É um punhado considerável de prostitutas, capaz de virar qualquer votação. Esses deputados não cometeram crime algum? Permanecerão impunes posando de vestais no Congresso? Da centena de implicados, 25 foram condenados e dez foram em cana. E a turma toda dos vendidos?
Resta outra pergunta mais grave, que fiz há oito anos: voto comprado vale? Venalidade pode criar legislação? Pode derrubar cláusulas pétreas e extinguir direitos adquiridos? Se cassados estes deputados, não seria o caso de cassar também seus votos passados?
Dez réus passarão alguns meses no cárcere, em celas isoladas e com a segurança necessária para continuar “trabalhando”. O país continuará sendo regido pelas leis que promulgaram a soldo do governo. 
É a isso que a imprensa chama fazer justiça?
Fonte:  Janer Cristaldo
.

domingo, 10 de novembro de 2013

Este Brasil Lindo e Trigueiro

por Carlos Brickmann
Faz 110 anos que nasceu o grande Ary Barroso, retratista do Brasil brasileiro, terra do samba e do pandeiro, do coqueiro que dá coco e de fontes murmurantes. Algumas homenagens de agora do nosso Brasil que dá o nome à sua Aquarela:
1 — Tiririca, que tinha prometido desistir da política, resolveu se candidatar à reeleição. Seus votos ajudam a eleger outros políticos do PR, do mensaleiro Valdemar Costa Neto, e rendem ao partido, cada um, R$ 3,75, de dinheiro público. Seu slogan é "Sem Tiririca, Brasília mica". Tiririca, na última eleição, disse que não sabia o que um deputado federal faz. Hoje ele sabe. Parece que gostou.
2 — Lembra de Eduardo Gaievski, assessor da ministra Gleisi Hoffmann, indicado para coordenar sua candidatura pelo PT ao Governo do Paraná e preso pela acusação de pagar crianças para fazer sexo? Há mais casos estranhos. Gleisi, quando senadora, nomeou Gláudio Renato de Lima, PT, para assistente parlamentar. Quando virou ministra, seu sucessor, Sérgio Souza, PMDB, o recebeu como herança e o mantém até hoje no Senado — embora Gláudio tenha sido condenado em dois processos pela Justiça do Paraná, um por improbidade administrativa, outro por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e concussão. Pedofilia, ladroeira — que dedo tem a ministra-candidata para escolher assessores!
3 — Nerigleikson Paiva de Melo, assessor de Renan Calheiros, acusado de comprar votos, foi demitido do Senado. Quem não tem padrinho morre pagão.
Dos olhos claros de cristal
Há Ary; e há Sílvio Caldas, que celebrou a loirinha, a rainha de seu Carnaval. A folia da rainha vem até hoje: Marli Brambilla e Jaime Dutra Coelho, da cooperativa Coana, de Querência do Norte, Paraná, foram presos, acusados de desviar o dinheiro público destinado à compra de alimentos para creches, escolas e hospitais. Os documentos apreendidos se referem à negociação de repasses da estatal Conab, Cia. Nacional de Abastecimento, com a então senadora Gleisi Hoffmann, hoje ministra, e o deputado federal Zeca Dirceu, ambos do PT paranaense. 
Que dedo tem a senadora que virou ministra para escolher interlocutores!
Cada vez aumenta mais
Ary, Silvio Caldas. E Ricardo Frazão, que criou O Cordão dos Puxa-Sacos, marchinha tão brasileira, sucesso há quase 70 anos. Pois a sra. Luiza Barros elogiou fortemente um discurso da presidente Dilma Rousseff contra o racismo institucional. "Foi um marco no desenvolvimento do país", disse Luiza Barros. 
Quem é Luiza Barros, tão pródiga em elogios a Dilma? É ministra de Dilma.
Me dá um dinheiro aí
Ary, Sílvio Caldas, Frazão. E Homero Ferreira, que compôs o hino dos governantes brasileiros: Me dá um dinheiro aí, sucesso com Moacyr Franco em 1960. Sucesso até na São Paulo de Fernando Haddad, prefeito que nunca deve ter ouvido falar de um artista popular como Moacyr Franco. 
Haddad, com apoio de certos vereadores, multiplicou brutalmente o IPTU. O Ministério Público obteve liminar na Justiça contra a escorcha. Haddad deu uma de joão-sem-braço: disse que não tinha sido notificado e publicou o aumento no Diário Oficial. Falhou: a Justiça anulou a publicação. O prefeito Maldadd vai ter de negociar de novo com os vereadores. 
Nem é Carnaval, mas ainda vai ouvir muito essa marchinha. 
Deixa o barco correr
E, claro, ao lado de todos, entre os melhores, Chico Buarque. A Confederação Nacional dos Transportes divulgou sua pesquisa mensal e estão todos festejando: os governistas porque Dilma continua favoritíssima nas eleições do ano que vem e, no segundo turno, venceria qualquer dos adversários; os oposicionistas porque a avaliação do Governo Dilma caiu de 79 para 39% em seis meses, e porque só 8% dão a sua administração o nível de "ótima" (os tucanos perderam a Presidência quando o índice de "ótimo" de Fernando Henrique era de 23%). 
Todos têm motivo para festejar, mas ninguém deveria estar festejando. Falta quase um ano para as eleições e, como ensina Chico Buarque, "deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar". Hoje, as pesquisas são como cada um quiser, bastando lê-las conforme a vontade do freguês. Há coisas boas para o Governo — como a vantagem de Dilma no primeiro turno e sua capacidade de derrotar qualquer adversário no segundo; mas a avaliação de Dilma estacionou de um mês para outro, tendo passado de 38 para 39%. A oposição gosta do pequeno índice de "ótimo", mas a rejeição a Dilma caiu bem, para 36,5%. 
E há a economia: se for bem, Dilma vai bem. Se for mal, Dilma irá mal.
O Pintinho Piu
A lista iniciada por Ary Barroso termina aqui com Erisvaldo da Silva e uma música ingênua, grudenta, O Pintinho Piu. Essa história de pinto falar nunca deu muito certo. Pois nesta semana a Polícia estourou em Cotia, SP, um escritório que cuidava da contabilidade do PCC, o crime organizado. As ordens para os contadores saíam da Penitenciária de Presidente Venceslau, "de segurança máxima".
Mas é esquisito: o secretário da Segurança Ferreira Pinto, que deixou o cargo há pouco tempo e está hoje na Fiesp, assegurou que o crime organizado tinha sido desmantelado. E, quando o pintinho pia, quem não há de calar-se?
          www.brickmann.com.br
.

sábado, 9 de novembro de 2013

Porto Alegre Cultua Assassino Dileto de Tarso Genro

por Janer Cristaldo
De 1964 para cá, uma insólita mania tomou conta do país, o culto a assassinos como se fossem heróis. Desde Che Guevara a Lamarca, Marighela e Luís Carlos Prestes.
Leio na Zero Hora de hoje (5/10) que está prestes a ser concluído, em Porto Alegre, o memorial de Luís Carlos Prestes. A inauguração está prevista para ano que vem. A gauchada, tão ciosa de suas tradições libertárias, passará a contemplar uma ode de Tarso Genro ao assassino stalinista.
Em 1935, Stalin enviou ao Brasil Olga Benario, uma apparatchik alemã, oficial do Exército Vermelho, junto com Arthur Ernest Ewert e mais uma vintena de agentes comunistas, com a missão de transformar o país em uma republiqueta socialista ao estilo de Moscou. Os anos 30 foram de grande excitação bolchevique, Stalin investia não só no Brasil mas também na China e na Espanha. Como marionete desta equipe vinha o gaúcho Luís Carlos Prestes, o grande herói das esquerdas tupiniquins - o ídolo de Tarso Genro - disfarçado como marido de Olga. 
A título de curiosidade: o herói foi deflorado pela judia alemã aos 37 anos de idade. Alguém concebe o Cavaleiro da Esperança só conhecendo mulher já nel mezzo del camin di nostra vita? Curioso que tais anomalias a ninguém causem espécie. 
Em 45, Jorge Amado – a prostituta-mor das letras nacionais, que antes de ser comunista foi nazista - é eleito deputado federal pelo Partido Comunista e publicou Vida de Luís Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, uma apologia ao líder comunista gaúcho e membro do Komintern. O panfleto, encomendado pelo Kremlin, foi traduzido e publicado nas democracias ocidentais e nas ditaduras comunistas, como parte de uma campanha para libertar Prestes da prisão, após sua sangrenta tentativa, em 1935, de impor ao Brasil uma tirania no melhor estilo de seu guru, o Joseph Vissarionovitch Djugatchivili, mais conhecido como Stalin. Para Amado, Prestes, é o “Herói, aquele que nunca se vendeu, que nunca se dobrou, sobre quem a lama, a sujeira, a podridão, a baba nojenta da calúnia nunca deixaram rastro".
Prestes preso, segundo o escritor baiano, é o próprio povo brasileiro oprimido: “Como ele o povo está preso e perseguido, ultrajado e ferido. Mas como ele o povo se levantará, uma, duas, mil vezes, e um dia as cadeias serão quebradas, a liberdade sairá mais forte de entre as grades. ‘Todas as noites têm uma aurora’, disse o Poeta do povo, amiga, em todas as noites, por mais sombrias, brilha uma estrela anunciadora da aurora, guiando os homens até o amanhecer. Assim também, negra, essa noite do Brasil tem sua estrela iluminando os homens, Luís Carlos Prestes. Um dia o veremos na manhã de liberdade e quando chegar o momento de construir no dia livre e belo, veremos que ele era a estrela que é o sol: luz na noite, esperança; calor no dia, certeza”.
Já que falo de falsas biografias, é bom lembrar a ode à Olga Benario, ópera de autoria de Jorge Antunes, apresentada em outubro de 2006, no Theatro Municipal de São Paulo. Santa Olga acabou morrendo em um campo de concentração. Sua extradição do Brasil e morte na Alemanha lhe conferiram uma aura de santidade e martírio. Quando na verdade nunca passou de uma bandoleira internacional, enviada por Stalin como segurança pessoal de Prestes. A moça mereceu inclusive uma hagiologia de Fernando Morais, escritor que vende sua pluma a quem paga melhor. Começou sua fortuna louvando a ditadura de Castro em A Ilha e continuou com Olga. Louvar o comunismo sempre rendeu bem no Brasil. Aliás, em todo Ocidente.
Getúlio Vargas, ao enviar Olga para a Alemanha, ficou como o vilão da história, embora Luís Carlos Prestes o tenha apoiado mais tarde, em sua candidatura à Presidência da República. Condena-se em Getúlio o gesto de tê-la entregue a Hitler, após um pedido de extradição da Alemanha nazista. O que se esquece é que Olga obedecia às ordens de outro grande assassino de judeus, Stalin. 
Fora a estupidez da Intentona Comunista, Luis Carlos Prestes carrega nas costas o assassinato da irmã de um militante comunista, Elza Fernandes. Que, em verdade, chamava-se Elvira Cupelo Colônio e convivia com os comunistas que visitavam seu irmão, Luiz Cupelo Colônio. Aos 16 anos, tornou-se amante de Antonio Maciel Bonfim, secretário-geral do PCB, mais conhecido como Miranda. Presos os conspiradores de 35, Elvira – também conhecida como a “garota” – tornou-se suspeita de colaborar com a polícia e foi condenada à morte por um “tribunal revolucionário”, do qual participava Prestes. Ante a hesitação de alguns dos “juízes”, o Cavaleiro da Esperança é taxativo:
Fui dolorosamente surpreendido pela falta de resolução e vacilação de vocês. Assim não se pode dirigir o Partido do Proletariado, da classe revolucionária." ... "Por que modificar a decisão a respeito da "garota"? Que tem a ver uma coisa com a outra? Há ou não há traição por parte dela? É ou não é ela perigosíssima ao Partido...?" ... "Com plena consciência de minha responsabilidade, desde os primeiros instantes tenho dado a vocês minha opinião quanto ao que fazer com ela. Em minha carta de 16, sou categórico e nada mais tenho a acrescentar..." ... "Uma tal linguagem não é digna dos chefes do nosso Partido, porque é a linguagem dos medrosos, incapazes de uma decisão, temerosos ante a responsabilidade. Ou bem que vocês concordam com as medidas extremas e neste caso já as deviam ter resolutamente posto em prática, ou então discordam mas não defendem como devem tal opinião
Elza foi estrangulada e teve seu corpo quebrado, com os pés juntos à cabeça, para que pudesse ser enfiado num saco e enterrado nos fundos da casa onde foi assassinada. Consta que um dos executores chegou a vomitar. 
Amado, contra todas as evidências, nega a responsabilidade de Prestes na execução. Escritor a soldo de Moscou, era pago para mentir. É espantoso que, quase oitenta anos depois da Intentona, duas décadas após a queda do Muro, os gaúchos tenham de conviver com uma homenagem ao assassino que Tarso Genro cultua como herói.
Fonte:  Janer Cristaldo
.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Notícias do Dia ou A Importância do Nada

.
Para ser jornalista, isto é, para trabalhar oficialmente em um órgão de divulgação de notícias (imprensa, rádio, televisão, etc) há necessidade legal de que o candidato seja portador de um diploma que certifique sua conclusão de um curso superior de jornalismo.
Isso habilita a pessoa a produzir coisas assim:
E eu, ingênuo, sempre acreditei que o trânsito intenso no Eixo Monumental, pela manhã e ao final do dia, se devesse à quantidade enorme de pessoas em veículos que vem trabalhar no Plano Piloto e depois retornam a seus lares.
Mas permaneço com uma dúvida: e quando não acontece acidente algum, qual será o motivo do trânsito intenso no Eixo Monumental?
É pouco?

Que tal a relevância do assunto:
Acredito que o mundo não seria o mesmo se essa notícia não fosse divulgada! Para não deixar de ser crítico e chato, uma observação: o redator deixou de citar os nomes dos animais (os que são objeto de disputa).
Para encerrar, por hoje:
Bieber decide terminar show em SP mais cedo após ser atingido por objetoUm objeto azul jogado por alguém na plateia atingiu o astro, que deixou o palco sem terminar de cantar a canção Boyfriend e sem apresentar seu maior sucesso, Baby
Publicação: 03/11/2013 11:10 Atualização: 03/11/2013 15:01
O cantor Justin Bieber encerrou mais cedo o show realizado no sábado (2/11), em São Paulo. O motivo do astro teen sair do palco sem cantar a canção Baby - que normalmente é o bis nos shows de Bieber - foi um objeto que o atingiu durante a apresentação. Enquanto o músico cantava a música Boyfriend ele foi atingido por um objeto azul, que fez com que ele derrubasse o microfone. Visivelmente irritado, ele deixou o palco e não retornou para finalizar a apresentação.
Leia mais notícias em Diversão & Arte
Apesar da situação, Justin agradeceu o carinho dos fãs brasileiros em mensagem postada ainda ontem em seu Twitter oficial. "Nós tivemos um bom momento hoje à noite. Brasil continua incrível. Todos vocês cantaram alto demais hoje. Obrigado pelo amor. É tudo amor. O tempo todo. Obrigado Brasil!", escreveu. O cantor também lembrou na rede social que neste domingo é o Rio de Janeiro que recebe a turnê Believe Tour.
Apesar do texto-título do vídeo fazer referência a uma garrafa de água, o que pode ser conferido no próprio vídeo, o redator da notícia preferiu se referir a "um objeto azul".
Talvez seja sua colaboração ao "Novembro Azul" - campanha em prol da divulgação da importância da realização do exame de próstata.
Ainda a respeito do fato, essa que eu ouvi do "José Simão", pela Band News FM: "o Justin Bieber é igual chocalho, faz um barulho irritante, mas as crianças adoram!"

ATUALIZANDO: a pressa também pode produzir coisas assim:
Será que o Governo quer o arsenal químico sírio? O que será "sestrído"? A capital da Albânia, antigamente, era Tirana, será que mudaram, ou é só a economia albanesa que anda tão ruim que já estão economizando letras?
.