quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sobre a Remuneração dos Militares Federais

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1. A implementação de um sistema de defesa moderno, com técnicas operativas avançadas, armamentos e equipamentos sofisticados, exige recursos humanos dotados do atributo da criatividade e com habilidades e capacitações complexas.
Recursos humanos com essas qualidades pressupõem uma auto-estima elevada e alto nível motivacional. 
Nesse contexto, a retribuição salarial assume um papel extremamente relevante.
Como, nesse mundo globalizado em que vivemos, manter uma estrutura organizacional com pessoas altamente qualificadas, quando as suas remunerações são as mais depreciadas no ambiente em que convivem?
Muito antes do que desenhos avançados, equipamentos e armas de alta tecnologia, a prioridade, na construção de um sistema de defesa moderno, reside, fundamentalmente, na qualidade dos recursos humanos que irão gerir o sistema de defesa.
Sem a correção preliminar da atual disfunção salarial que coloca os militares brasileiros na base da estrutura de pagamentos, em todo o serviço público, será impossível realizar um trabalho sério e consistente na construção de um novo ordenamento nas questões de defesa em nosso país.
Por isso os centros mais avançados retribuem seus militares com remunerações adequadas às realidades dos seus mercados de trabalho.
Por exemplo, os militares, nos Estados Unidos da América, estão no topo da estrutura salarial, inclusive considerando a iniciativa privada .
Por isso, também, que alguns outros países, abdicando de valores essenciais à estrutura militar, adotaram procedimentos de liberar os seus militares da obediência à dedicação exclusiva ao ofício das armas, permitindo que exerçam, concomitantemente, outras atividades profissionais
Mas esses últimos países, também, abdicaram da prerrogativa de constituírem um sistema de defesa nacional eficaz.

2. Os Militares Federais Brasileiros constituem a categoria, em todo e serviço público federal, com a menor remuneração média mensal, 26% abaixo da média mensal da Administração Direta (servidores dos ministérios), a categoria que percebe, entre todos os civis, a menor remuneração no Brasil, segundo dados do Boletim Estatístico de Pessoal nº 176 / Dez de 2010 do MPOG.
A remuneração média mensal dos militares federais equivale a:
- 22,83%                       do MPU;
- 25,62%          do Banco Central;
- 32,00%               do Legislativo;
36,00%                  do Judiciário;
74,00% da Administração Direta
(Dados de Dez de 2010)

3. Apesar dessa situação iníqua, de 2001 a 2010, os militares federais receberam um reajustamento acumulado de 141,00%, enquanto que outros setores tiveram, no período, um aumento de :
- MPU                                   268,14%;
- Judiciário                              223,18%;
- BACEN                               185,37%;
- Administração Direta            172,06%;
- Legislativo                            162,28%.
Portanto, não é verdade que se tenha procurado corrigir a disparidade entre as remunerações dos militares e as dos demais servidores federais; ao contrário, a situação, segundo dados oficiais, vem se agravando, progressivamente, principalmente a partir de 2004 .

4. Os servidores públicos federais têm direito à integralidade e à paridade, conforme comprovam os dados, referentes a julho de 2010, contidos na Tabela de Remuneração dos Servidores Públicos Federais do MPOG:
Última Remuneração na Ativa Aposentado 
FUNÇÃO                                                                                         (R$)
Defensor Público da União                                                          19.541,00 
Procurador da Fazenda Nacional                                                 19.451,00 
Advogado da União                                                                    19.451,00 
Defensor Público da União                                                          19.451,00 
Auditor da Recita Federal                                                            19.451,00 
Analista do Banco Central                                                            18.478,00 
Técnico de Nível Médio do Banco Central                                     8.449,00 
Inspetor da CVM                                                                        18.478,00 
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental           18.478,00 
Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA                              18.478,00 
Perito Criminal Federal                                                               19.699 ,00 
Delegado da Polícia Federal                                                       19.699 ,00 
Papiloscopista da Polícia Federal                                                11.879,08 
Policial Rodoviário Federal                                                         10.544,14
Portanto, as regras da integralidade e da paridade não se aplicam, apenas, aos militares federais mas sim a todos os servidores públicos federais no Brasil, de acordo com o prescrito no artigo 2º da Emenda Constitucional nº 45, de 2005.
Não há o que se falar, em conseqüência, em salários diferenciados para ativos, inativos e pensionistas de militares federais. Seria um tratamento altamente discriminatório no contexto do serviço público brasileiro.
Justamente com a classe de servidores do estado brasileiro com os menores salários.

5. As despesas de pessoal com as diferentes funções de Governo, tais como Segurança Pública, Justiça, Saúde, Educação são bem maiores do que aquelas realizadas com a Defesa Nacional.
No entanto, de modo deliberado, desconhece-se a realidade de que todos os gastos com pessoal, no caso da Defesa, estão, todos eles, contabilizados no Ministério da Defesa, pois os Comandos Militares integram a sua estrutura, enquanto os dispêndios com Segurança Pública, Justiça, Saúde e Educação estão diluídos pelos três níveis do poder público.
Esse entendimento é básico para refutar a argumentação falaciosa de que a situação precária da remuneração dos militares decorre do montante expressivo das despesas com pessoal.
Entende-se o que se vê. A medida que o tempo passa, mais alheio está o militar e descrente de qualquer medida saneadora.
Fonte:  Recebido por correio eletrônico
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Manifestação Arrependida

por Luís Mauro Ferreira Gomes
Os Presidentes dos Clubes Militares emitiram, em nome da Comissão Interclubes Militares, no dia 16 de fevereiro de 2012, a memorável nota, em que se traduz, de maneira até muito suave e elegante, o pensamento da esmagadora maioria dos sócios daquelas instituições e de quase todos os militares brasileiros, inclusive os da ativa.
Esta é a razão do desespero com que o governo procura, mais uma vez, fraudar a verdade, ao tentar impedir as legítimas manifestações de quem pensa de modo diferente, mesmo que para isso tenha de violentar direitos garantidos pelo Código Civil e pela Constituição desta combalida República Federativa do Brasil.
Mas o Código Civil e a Constituição nada significam para governantes que, por nada reconhecerem além dos dogmas da ideologia alienígena, impatriótica e sectária que professam, desrespeitam-nos, sem qualquer vestígio de pudor, sempre que lhes convém, diante da passividade alienada das instituições que deveriam coibi-lo.
Assim, avança cada vez mais a ditadura imposta pelo PT e consentida pelos seus aliados e por todos aqueles que se prostituem pelas migalhas que a proximidade com o poder ditatorial lhes confere.
Democracias não reprimem o pensamento contrário à verdade oficial chantageando, coagindo, ameaçando ou corrompendo as lideranças divergentes. Tais práticas são criminosas, como criminosos são quem as pratica.
No mesmo diapasão, soam as proibições das comemorações da redentora Revolução de 31 de Março, que nos salvou de nos transformarmos em uma Cuba grande, mas igualmente miserável, sob a ação desses mesmos traidores que, ainda hoje, infelicitam a Nação brasileira.
Quantas dessas pessoas que nos atiram pedras agora teriam sucumbido no “paredón” dos terroristas que se dizem democratas, mas continuam tão radicais e irresponsáveis como eram antes?
Proibir que se comemore uma data que nos é cara ou tentar impedir que se homenageiem as pessoas que foram, desde 1935, covardemente assassinadas pelos “heróis” dessa camarilha que hoje os venera com a imposição abusiva de seus nomes a ruas em cidades importantes, não mudará os sentimentos dos militares, sócios ou não dos Clubes Militares.
É conhecido o repúdio que temos pela desonestidade, pela mentira, pela injustiça, pela corrupção, pela covardia, pela traição, pela subversão, pelo terrorismo, por todas as formas de autoritarismo e, igualmente, pelos comunistas, provavelmente, responsáveis por mais mortes (eufemismo para assassinatos) no mundo do que todas as guerras juntas. Repúdio esse que se estende a todos os canalhas de um modo geral.
Sim, os militares continuarão a pensar como sempre o fizeram, da mesma forma que continuarão atentos a todas as ameaças à Pátria que juraram defender com o sacrifício da própria vida, venham de onde vierem. Pelo menos, os dignos de assim serem chamados.
Mas o que se pretende não é mudar-lhes a cabeça, senão neutralizá-los. Os regimes totalitários somente sobrevivem se não houver contestação.
Seus dirigentes não querem convencer ninguém. Para eles é suficiente aterrorizar a todos  terroristas que são  de modo a impedir qualquer manifestação contrária à verdade oficial.
Somente assim, conseguem manter a aparente “unanimidade do pensamento nacional” que os mantém no poder.
submetidas todas as outras instâncias do País, é indispensável tirar as Forças Armadas do caminho. A melhor forma para isso é fazer crer aos brasileiros (e a elas mesmas também) que não passam de milícias que qualquer comissário partidário de terceira categoria, desprezado por seus pares de profissão, possa controlar.
Como eles conhecem muito bem os militares, que sempre se opuseram aos seus devaneios ideológicos, sabem, perfeitamente, que os adesistas, com raríssimas exceções, apenas fingem-lhes simpatia para tirar vantagens imediatas, sejam para si, sejam para as instituições. Ao contrário das pessoais, a maioria das “vantagens” institucionais não passa de promessas que jamais serão cumpridas. Já os adesistas, de confiabilidade duvidosa (quem trai os seus, por que não haveria de trair os “outros”?), pensam que se sairão bem, porém, serão simplesmente eliminados, quando não mais forem necessários.
Foi assim em todos os países vitimados por regimes políticos semelhantes. Mas não é preciso ir tão longe, basta ver o que aconteceu, por aqui mesmo, em passado recente.
Cumpre lembrar, ainda, que, ao contrário do que dizem as notícias implantadas nos jornais, tais Clubes não são obrigados a cumprir regulamentos militares — associações de direito privado que são — nem se destinam exclusivamente a militares da Reserva, mas a todos, ativos e inativos, que compõem os seus quadros sociais, tendo, também, por força estatutária, a obrigação de defender os interesses e os direitos de todos os militares, sócios ou não, tão abandonados ultimamente.
Era justamente o que fazia a Comissão Interclubes Militares ao traduzir com tanta fidelidade o pensamento desse estamento, quando sofreu as pressões ilegítimas, constantes da citação em epígrafe, por parte de um governo cuja ilegitimidade não comentaremos, aqui, por já ter sido objeto do nosso trabalho “Ditadura da Maioria e Legitimidade”, de 8 de fevereiro de 2011.
Não encontramos a “nota lacônica” atribuída ao Clube Militar, mas não há por que pôr em dúvida a veracidade da notícia, pois a manifestação desapareceu dos sites dos três Clubes.
O triste episódio serviu somente para mostrar que nada devemos aguardar “com expectativa positiva” de qualquer dos agentes que infestam o cenário político nacional.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Os Milicos Falaram

Os milicos falaram – veja o manifesto dos militares. Os militares se feriram. As Forças Armadas mantiveram silêncio por muito tempo, em relação aos exageros, desmandos e revanchismos da esquerda raivosa catapultada aos píncaros da República.
Entre a esquerda festiva da cachaça, da maconha e dos jargões cubanos não é/era tão nociva quanto esta esquerda furiosa que, abocanhando o poder, mostra as garras de fora pronta para atacar a jugular de qualquer um que a ela se oponha. Os exemplos históricos são muitos e os ensinamentos teóricos ou empíricos de Abrahan Lincoln se confirmam:Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”.
Do alto de sua prepotência, os ex-terroristas eleitos democraticamente, prática que no fundo odeiam, e os alçados a auxiliares diretos por conta de suas velhas amizades no cárcere, nas células terroristas ou nas ações criminosas (assalto a bancos, a residências, sequestros e assassinatos não são crimes apenas em ditaduras, como tentam fazer crer aos desavisados aqueles criminosos que hoje fazem fortuna lesando o erário ou fazendo de seus cargos balcões de negócios), pouco importando sua competência, seu preparo para administrar um país e fazer desse país uma nação.
O manifesto dos militares da reserva não cairá nas páginas da grande mídia assalariada, jornalistas em seus genuflexórios diante do todo poderoso senhor dos cheques, o PT. A imprensa cederá aos apelos do “poder central”, como as ditaduras esquerdistas adoram chamar seus governantes, sob o argumento de que a publicidade da insatisfação dos militares pode despertar na população, que ainda tem as Forças Armadas em boa conta a despeito dos repetidos esforços em detratá-las, o desejo de mudança, de moralização do poder público, da caça aos desmandantes e seus amiguinhos corruptos e corruptores que usam uma ideologia falida para enriquecerem ilegalmente.
Não haverá efeito secundário ao manifesto dos militares, mas o fato de sabê-los ainda com alguma capacidade de indignação, amor próprio e insatisfação, pode ser um sinal de que nem tudo está perdido. A presidente, a maior fiadora deste exército de saias mal encarado que tem sido promovido a ministras, secretárias especiais e outras invenções para inchar a máquina que continua despreparada para governar para todos, fará ouvido de mercador e não dará resposta às críticas e avisos enviados pelos generais, por outro lado, nada poderá fazer contra o direito democrático deles se manifestarem e se oporem às mordidas rascantes das cadelas hidrófobas que a assessoram. Tentar ofender ainda mais os militares pode causar uma insatisfação em cadeia, que não levaria a uma tomada de poder, mas que poderia ecoar na boa parte da população insatisfeita. Mais esperta do que todos os seus assessores somados, ela preferirá ficar muda, fingindo que nada sabe, o maior ensinamento que seu antecessor deixou para a camarilha que o segue como a um deus de barro e fezes.
Fonte:  Pedro da Veiga
COMENTO:  o texto é do dia 21 Fev 12. Certamente, o autor errou em sua previsão por acreditar que ainda vivemos em um estado democrático. Não esperava ele que um sabujo da presidente atropelasse os direitos constitucionais de livre manifestação e determinasse a "desautorização" (seja lá o que signifique essa merda) do manifesto dos clubes militares. Pior, não se esperava que a determinação do "Megalonanico" fosse atendida com a presteza que foi. 
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domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Entrega das Armas de Joelhos e Sem Luta

por Geraldo Almendra
É muito mais grave do que aparentemente estão sendo percebidas pela sociedade, as consequências diretas do lamentável incidente envolvendo os clubes militares e o desgoverno petista.
Os Clubes Naval, Militar e da Aeronáutica, após publicarem um manifesto se posicionando sobre as sórdidas e públicas agressões contra as Forças Armadas contidas nos discursos das Ministras Eleonora e Maria do Rosário, foram obrigados, por ordem direta da presidente da República ao Comandante do Exército, conforme divulgado na mídia, a desautorizarem seu próprio manifesto através de uma nota covardemente sucinta, além de retirarem seu manifesto de suas páginas na internet.
Com este evento justificam-se os pejorativos que o submundo lesa-pátria do PT qualifica os militares, especialmente os herdeiros históricos do Regime Militar: “milicos de merda”. Todos os que não merecem serem assim designados estão com seus uniformes impregnados do cheiro apodrecido dos outros.
Temos sido testemunhas da criminosa, sistemática e covarde perseguição, especialmente durante as gestões de desgovernos petistas, que são imputadas às Forças Armadas, tudo sendo feito com a inexplicável e espúria omissão da geração de comandantes pós-regime militar e, mais grave ainda, sem qualquer manifestação de contrariedade dos grupos sociais organizados, que assistem as Forças Armadas serem humilhadas, depauperadas, aviltadas e perseguidas com o claro objetivo de validar perante a opinião pública a covarde criminalização de todos os que lutaram contra o sórdido comunismo que, a pedido da própria sociedade, foi combatido pelo Regime Militar.
Com esse recuo definitivo das Forças Armadas diante da transformação do Brasil em um Paraíso de Patifes, e o poder público em um covil de bandidos que têm como meta principal ficarem milionários com a contumaz prática do ilícito e humilhar as Forças Armadas para evitar uma quase impossível reação, a mensagem clara e inequívoca que a sociedade civil recebe é a de que o PT pode continuar fazendo o que bem entender durante seu projeto de poder, que terá a retaguarda das “novas” Forças Armadas como protetoras em segundo plano das quadrilhas organizadas que assumiram o poder público do país.
Esse inequívoco ato de covardia, de falta de dignidade, de honra e de patriotismo, representado pela obediência a uma ordem de desautorização de um justo e legal manifesto, fará da “Comissão da Verdade” as portas de entrada de um Tribunal Petista para criminalizar, julgar, mandar prender e condenar todos os que, por ordens superiores, defenderam o país durante o Regime Militar.
Muito em breve seremos testemunhas da colocação em prisões federais na condição de bandidos os militares e civis condenados pela “Comissão da Verdade”, enquanto milhares de terroristas assassinos e seus cúmplices curtem suas milionárias indenizações e pensões vitalícias, e centenas de escândalos de corrupção denunciados e provados durante os desgovernos petistas vão para o limbo do esquecimento “jurídico” de uma sociedade que cada vez mais se mostra omissa, hipócrita, prostituída, covarde, leviana e corrupta, uma sociedade dominada pelo Regime Fascista do PT com a cumplicidade de milhares de esclarecidos canalhas de todas as classes sociais, tudo fruto da criminosa deformação cultural e educacional promovida pelos sórdidos fraudadores da Abertura Democrática.
Está escancarado o Regime Fascista Civil que comanda o país, dominado por uma corruptocracia “democrática”, em que é possível fazer apenas o que a presidente da República permitir.
Bem antes de 2014 a “primeira parte” do projeto de poder do PT acaba de tomar forma, com o Poder Executivo comandando os outros poderes da nova República da Corruptocracia com a salvaguarda das Forças Armadas, agora prontas para defender o mais sórdido poder público de nossa história, com suas armas, se for necessário, apontadas para quem quiser lutar contra a hegemonia dos covis de bandidos que dominam o poder público.
Temos certeza que o PT nunca previu que fosse tão fácil transformar o Estado de um país continental, com seus poderes “federativos” totalmente aparelhados em natural habitat de Covis de Bandidos, e seus Tribunais Superiores em fiadores da máfia da corrupção petista dentro do poder público, em um Paraíso de Patifes.
O que resta aos Clubes Militares?
Terem a dignidade e a honra  se ainda restar alguma  de fecharem suas portas ou entregarem suas estruturas administrativas para também servirem de aparelhamento do empreguismo petista, com seus atuais ocupantes retirando-se para suas vidas privadas de aposentados, pois se mostraram incapazes de dignificar e proteger o ideário dos militares que honram as fardas que vestem, mesmo que simbolizado apenas nas suas “medalhas” presas nas suas vestes eventuais que disfarçam suas almas e corpos agora serviçais ou lacaios do Regime Fascista Civil que comanda o país.

Mais Uma Dos "Cumpanhêrus" do Foro de São Paulo!!!!

Com profunda indignação o país recebeu na sexta-feira a notícia de que um camponês foi atacado por guerrilheiros das FARC, depois que ele se recusou a conduzir um "burro bomba" em El Palo, no município de Caldono, Cauca.
O Comandante da 14ª Brigada do Exército Colombiano, Coronel John Meza, informou que o camponês foi torturado. "Os insurgentes ameaçaram o habitante de El Palo para que ele atentasse contra a vida dos soldados na área", disse ele.
Ante a recusa, os lábios do homem foram costurados com arame, suas mãos fortemente marteladas com   pedras e, por fim, ele foi esfaqueado.
Mesmo nessas condições, o homem conseguiu fugir dos atacantes. Jorge Arias, Prefeito de Caloto, revelou: "ele conseguiu escapar e pedir socorro, e através de um membro da família, ele foi transferido para um hospital em Santander (de Quilichao)" que o mantém hospitalizado em condições críticas de saúde.
É possível que, por seu estado de saúde ele tenha que ser transferido para Cali.
O Presidente Juan Manuel Santos ao juntar-se a condenação nacional, afirmou: "Esta é uma demonstração de barbárie, da covardia e do desespero, porque a ação das Forças de Segurança tem sido eficaz estamos removendo-os de suas tocas e apertando os cadarços de sua mobilidade".
O mandatário atribuiu o novo ato terrorista ao desespero das FARC ante a escalada das autoridades. "E por que eles estão desesperados? Porque as ações das forças de segurança, a ação do nosso Exército, neste momento em particular, tem sido eficaz. Aqui estamos, como temos dito há algum tempo, lhes estamos removendo de suas tocas e lhes estamos fechando os corredores de mobilidade, linhas de abastecimento," disse ele.
Santos acrescentou que as FARC "estão desesperados, pois sabemos, pela inteligência, que estão ficando sem insumos, que estão começando a ter problemas sérios", concluiu o chefe de Estado.
Ao se negar a levar um burro-bomba até onde se encontravan
 os soldados, Luis Dagua foi torturado pelas FARC. 
FOTO COLPRENSA
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Aberrante ação das FARC contra um campesino
As FARC parecem não ter limites em sua crueldade para cumprir ou fazer cumprir seus objetivos terroristas. Em uma clara violação do direito internacional humanitário, membros do grupo agrediram e torturaram o agricultor Luis Eider Dagua, por que ele se recusou a transportar um burro carregado com explosivos para atacar o Batalhão do Exército, localizado em Palo, no município de Caloto.
Habitantes da região, comentaram que o trabalhador foi abordado, quando pescava no rio El Palo, por três homens vestidos de civis e fortemente armados, eles se identificaram como guerrilheiros da frente sexta.
De sua maca em um hospital em Santander de Quilichao, Dagua recordou que ante sua resposta negativa, os três homens começaram a tortura. "Me jogaram no chão e um deles colocou o joelho no meu estômago, prenderam-me as mãos e o outro me costurou a boca com um arame. Então começaram a me bater as mãos com uma pedra".
Antes de fugir, os guerrilheiros feriram Dagua no rosto e corpo com facadas. Além disso, eles fraturaram-lhe um dedo quando ele foi espancado com pedras.
Dagua, contou que após a tortura, ele correu e "me atirei em um banhado. Um deles gritava: atire, matá-lo, matá-lo". Em meio aos gritos, Dagua desmaiou. Ao acordar ele estava cercado por outras pessoas, vizinhos de El Palo.
Um habitante do da região explicou que vários vizinhos testemunharam e viram o homem gravemente ferido. "Avisamos os bombeiros para que eles o ajudassem e o levassem para o hospital".
É um herói
O Coronel John Hugo Mesa, Comandante da Brigada Móvel 14 do Exército, exaltou a ação de Dagua por se recusar a levar o burro carregado com explosivos e o qualificou como um herói. "Os insurgentes ameaçaram o habitante de El Palo para que ele atentasse contra a vida dos uniformizados. Este em ação corajosa se recusou, ele é um verdadeiro herói".
Embora o estado de saúde de Dagua seja estável, na noite passada ele ia ser transferido para um hospital em Cali. O camponês pediu proteção para ele e sua família.
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CRONOLOGIA
ALGUMAS DAS ÚLTIMAS LOUCURAS DAS FARC
-  Setembro de 2009 - Em La Gabarra, corregimento de Tibú, Norte de Santander, guerrilheiros da frente 33 das FARC atentaram contra militares e colheitadores de cultivos ilícitos com um burro bomba.
- Julho de 2011 - Na vereda Las Damas do município de Cartagena del Chairá, Caquetá, insurgentes das FARC fizeram explodir uma bomba montada em um cavalo. No fato um militar morreu e outro resultou ferido.
- Julho de 2011 - No departamento de Caquetá, as FARC ativaram um burro bomba em frente a estação de Policia de Guayabal, no municipio de San Vicente del Caguán, com explosivo anfo (alto explosivo) e estilhaços. 
- Janeiro de 2012 - A frente 36 das FARC ativou um burro bomba quando da passagem de uma patrulha no município de Toledo, Norte antioquenho. No fato, um soldado perdeu a vida e outros 10 resultaram feridos.
Fonte:  tradução livre de  El Colombiano
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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Cai a "Casa da República"!!

A mola propulsora dos seres vivos é o estômago. Quando falta o alimento o homem, principalmente, passa a ser um irracional. E tem pressa! Nessa luta em busca da comida, ganhamos longe dos animais, peixes e aves. A maioria procura no trabalho a forma de subsistir. Outros por uma deformidade de caráter, atacam as pessoas e se ‘apropriam’ do que não lhes pertence. E o fazem com tanta segurança que acham que é um dever se apropriar das coisas alheias. Uns os fazem de maneira ampla, afetando milhares de pessoas. Outros atacam as suas presas individualmente, muitas vezes matando para roubar. 
- Perdeu. Passe a chave do carro. E sai com a carteira, documentos e demais pertences de sua vítima. Ou praticam um assalto na saída de um banco, ou até dentro de casa, depois de invadi-la. Quem sobrevive à violência, dá graças à Deus por que não perdeu a vida. 
Há outras necessidades que mantém um homem vivo. A dignidade, por exemplo! 
No relacionamento de troca, um escambo está se tornando a coqueluche do momento. O indivíduo se nega como ser humano, e se deixa vender por trinta dinheiros. Alguns relutam, e chegam a dar cabo da própria vida para se manterem fieis aos seus princípios. 
Baseado neste princípio de vergar o indivíduo, privando das suas necessidades básicas de sobrevivência, adotou-se no país o arrocho salarial. Algumas categorias são mais visadas e sofrem mais esse afrontamento. Percebe-se, por exemplo, que contra os militares das Forças Armadas, que por uma questão de disciplina, são proibidos de fazer greves, e até pleitear aumentos, o ataque dos predadores é mais cruel. Em conseqüência dessa ação predatória chegamos a uma situação insustentável. Insustentável moral e materialmente.
Nada mais doloroso do que chegar à velhice e notar que a instituição que lhe acolheu na juventude, proporcionou-lhe uma carreira, que lhe garantiu a subsistência e construção de uma família, está se desmoronando. O meu Exército já não é mais o mesmo de ontem. A cada dia mais se curva no vala da sordidez, que resvala na covardia e pusilanimidade. Mais e mais se nota que os seus chefes militares estão deixando de liderar, para servirem de capacho para um governo que está no poder graças a esta mesma instituição militar que após vencer uma batalha, perdoou os derrotados e decretou uma Lei de Anistia geral, ampla e irrestrita, contrariando os que queriam apenas uma anistia relativa. Quanto mais se rebaixam, bajulando e aceitando todas as formas de opressão, e, também, humilhações e restrições, que privam a própria dignidade do militar, mas se sentem gratificados, pois sabem de antemão que a baixeza significa um ganho no futuro ao passar para a reserva. Todos os covardes têm sido recompensados com uma ‘boquinha’, quer seja na forma de um cargo num ministério, secretaria ou órgão do governo, num pró-labore advindo de um cargo em uma administração de uma estatal, ou em uma função remunerada em um organismo internacional. A omissão, o servilismo, premiam os fracos de caráter!
No topo dessa cadeia de bajuladores, omissos e covardes, estão os três comandantes das Forças. Eles fazem cumprir as ordens emanadas de um ministro da Defesa, seja ele qualquer que esteja à frente desta instituição. Não discutem, apenas agem rápido como meninos obedientes. 
- Esqueçam o dia 31 de março de 1964!”, ordenou o ex ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante do Exército, Enzo Martins Peri, abortou em segundos dezenas de palestras que estavam programadas para serem proferidas nesse dia.
- Retirem dos sites dos Clubes Militares o Manifesto Interclubes Militares’ - Compromissos...”, ordenou o atual ministro da Defesa, Celso Amorim. Ordem dada e executada. Os presidentes dos clubes militares agiram como se estivessem à frente de agremiações subordinadas às Forças Armadas. Com esta atitude covarde caiu a A Casa da República, como era conhecido o Clube Militar até o imbróglio que terminou com a negação do manifesto “Compromissos...”. Uma atitude covarde de um dirigente colocou na berlinda toda uma trajetória de lutas de uma entidade em defesa da democracia. Eis os signatários do manifesto que agora negam a sua paternidade.
Vice-Almirante V. Cabral – Presidente do Clube Naval;
General de Exército Tibau – Presidente do Clube Militar; e
Tenente-Brigadeiro Baptista – Presidente do Clube de Aeronáutica.
A presidente da república não desautorizou as falas de suas ministras de estado, preferindo colocar os cães atrás dos presidentes dos clubes militares. A ministra chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, que já calara a Polícia Militar de São Paulo (Site da Rota - Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), agora colocou na sola dos pés três, hoje nem tão ilustres oficiais quatro estrelas das FFAA. Ela se encontra nas nuvens de tanta felicidade! Uma discordância sua é uma ordem, todos se curvam e obedecem cegamente. 
Este ato covarde de submissão explicita referenda as futuras ações da Comissão Nacional da Verdade. O sonho de ver-se militares serem levados às barras de tribunais de exceção e condenados a longas penas de prisão, quando não revigorada a pena de prisão perpetua, agora é possível. O Exército já deu o aval na palavra do ex comandante do Exército, general Francisco Roberto de Albuquerque, que ao ser solicitado a comentar sobre um julgamento a que familiares de comunistas mortos em combate, moviam contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, disse com todas as letras: “O Exército não fará nada!
Quem lutou em defesa das instituições, evitando que o país caísse nas mãos de comuno-sindicalistas, que queriam implantar uma ditadura de esquerda no país, vai pagar caro pelo cumprimento do dever. Os perdedores podem, e o fazem abertamente, acusando e denegrindo a imagem das FFAA. Os militares só têm o direito de ouvir calados, sob pena de sofrerem sanções vindas de quem ao menos deveria ter o mínimo de dignidade em defender a instituição militar. Mas os chefes militares agem de maneira diversa. São uns covardes, bandidos tanto quanto o são os atuais dirigentes do país. Bandidos e traidores, pois estão compartilhando com a derrocada das FFAA brasileiras. 
José Geraldo Pimentel é Capitão Reformado do EB.
Fonte:  Alerta Total
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Consolidação da Conquista do Poder

por Marco Felicio
Quem tem a obrigação de conhecer os fatos ocorridos neste País desde os anos 60, inteirou-se do surgimento do PT e de sua trajetória após a contra-revolução de 64, vivenciou os anos de governo do apedeuta Lula e de seus asseclas, aparelhando e domesticando os três poderes da República, incluso o Ministério da Defesa e a oposição política, criando imenso curral eleitoral por meio de políticas assistencialistas, praticando toda sorte de corrupção, favorecendo o próprio Lula, familiares, amigos, o PT e a conquista de aliados. 
Mentindo ou omitindo descaradamente, inteligentemente, buscaram o apoio das massas mais carentes e até mesmo da maioria da população instruída, criando uma nova estória para tal período, vendendo a imagem antítese do que sempre foram: revolucionários comunistas, totalitários, assassinos, seqüestradores, torturadores, assaltantes, justificando as suas maléficas ações pelo objetivo de impor ao povo brasileiro a ditadura do proletariado (os fins justificam os meios).
No curso de suas ações, conquistaram o poder pela via legal, o voto, e agora, trabalham para a consolidação da conquista do mesmo. O objetivo maior é o enfraquecimento e transformação das Forças Armadas, derradeiro obstáculo a ser vencido. Estão elas reduzidas a quase milícias. Vivem brutal escassez de recursos materiais e financeiros, utilizadas em missões internas diversas que não condizem com a finalidade precípua respectiva, tendo a agravar a inconstitucionalidade do emprego, deixando-as a reboque de ações e circunstâncias sobre as quais não têm o comando e o controle total respectivos. Seus quadros recebem salários aviltantes em relação à média salarial dos poderes constituídos e, até mesmo, já inferiores aos de policiais militares, contrariando a Constituição Federal. 
Seus comandantes têm sido vergonhosamente engabelados por meio de promessas que se sucedem e que jamais são cumpridas. Em nome da disciplina e da hierarquia, aceitam ordens e situações que fragilizam a imagem das Forças. Por eles, fala até mesmo indivíduo processado e acusado de corrupção, José Genoíno, assessor do MDef. Assim, omitem-se, incapacitando suas respectivas lideranças e forte poder de influência. Deixam que se aproveitem da Democracia para matá-la.
Como acreditar nas intenções democráticas e conciliadoras da Presidente eleita, faxineira de faxinas malfeitas, enganadoras, e não de malfeitos, se foi escolhida a dedo para dar continuidade a nefasto projeto em andamento? Como acreditar em suas palavras se os auxiliares diretos, por ela escolhidos, não escondem, claramente, os caminhos e os objetivos a atingir, já delineados, sabidamente, no governo anterior ? 
Exemplo maior se mostra a sórdida “Comissão da Verdade”, criada com o beneplácito dos comandantes das Forças Armadas, presentes quando do seu “lançamento”, escutando, calados, barbaridades inaceitáveis. Serão eles “ingênuos”? Não o creio! Onde se encontram os órgãos e assessores de Inteligência? Omissos, intimidados? Não o creio!
Confirmando o acima, afirma o recente Manifesto dos Clubes Militares: “Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence (esteve ela presente à comemoração), celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar.O próprio manifesto conclui:Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que, quando de sua criação, o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.
A hora é de ação, pois o desenlace está mais do que a vista. Somente não enxerga a realidade quem não tem interesse em vê-la. Infelizmente, estamos em fase de consolidação do poder, empolgado por gente que ao invés de servir ao Brasil dele se serve.
A "ação" não significa, de imediato, colocar tropa na rua e agir em força (embora não se possa descartar tal ação, em último caso, em defesa dos interesses da Nação, real detentora da soberania nacional). Significa posturas e atitudes firmes dos comandantes militares junto ao Ministério da Defesa e à Presidente da República, respaldados pelos seus deveres constitucionais, consoante o artigo 142 da Lei Magna e leis complementares 97, 116 e 136 de 1999, 2004 e 2010, respectivamente. Que exerçam o seu poder de influência, não só o político, mas, também, o que advém da tutela dos meios violentos do Estado, acionando o Judiciário e o Ministério Público, para que a Lei Maior seja fielmente cumprida em todos os seus aspectos, incluso naquele que incumbe às FFAA a missão de Defesa Externa, devendo para isso serem aquinhoadas com orçamentos compatíveis com a estatura político-estratégica e econômica que o País revela ao mundo, tornando-as capacitadas, como Força de Dissuasão, frente aos choques de interesses em um mundo pleno de conflitos.
Marco Felício é General na Reserva.
Fonte:  Alerta Total
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Eloá, Lindemberg e a Justiça para Inglês Ver

por Arthurius Maximus
Mais uma vez, como numa grande partida de futebol, o populacho delirou ao saber da condenação de Lindemberg Alves  o assassino de Eloá Pimentel  a mais de noventa e oito anos de cadeia. Infelizmente, o que o parecem desconhecer é o fato de que, no país onde o crime compensa, ser condenado a noventa e oito anos de cadeia é apenas mais uma farsa.
Como se já não bastasse a aberração legal, disfarçada de preocupação com os direitos humanos, que restringe o cumprimento de pena a meros trinta anos de reclusão; fazendo com que o criminoso brasileiro goze da possibilidade de matar milhões e jamais pagar com uma sentença pífia por seus crimes. Ainda se colocam as famílias das vítimas verdadeiramente a ver navios e, em alguns casos, a reviver o drama e o trauma da morte de seu ente querido ou conviver com o risco da ameaça psicológica constante da libertação de seu algoz em pouquíssimo tempo.
Mesmo que cumpra os trinta anos de cadeia; Lindemberg sairá jovem e forte da cadeia. Apto a assassinar mais algumas Eloás incautas, que ousarem decidir que não o querem mais por perto. Afinal, com apenas vinte e cinco anos, Lindemberg sairá da cadeia com meros cinquenta e dois anos (afinal já cumpriu uns três anos). Estará, pois, na flor da idade.
Sua frieza e sua inacreditável aparência robusta deixam bem claros para todos a impressão de que o assassino tem boa comida e certa tranquilidade na cadeia onde cumpre sua pena. Pois, quando em liberdade, seu físico era franzino e até parecia padecer de má alimentação. Tudo isso é claro, gozando de um gordo auxílio reclusão de mais de R$ 800,00 mensais (garantidos no governo Lula), além do que faturar no presídio se exercer algum trabalho durante sua pena. Nem vou mencionar os gastos para mantê-lo gordinho na cadeia. Isso, já sabemos, custa mais do que o governo gasta com um aluno ou com um trabalhador no “seguro” do INSS.
De certo mesmo, para definir seu grau de psicopatia, resta a sua fria declaração ao ser preso:Estou feliz. Ela está morta e eu estou vivo”. Esse é o retrato do jovem que será engordado e sustentado a pão-de-ló num sistema penitenciário criado sob medida para homens como ele.
Todas essas reflexões, caro leitor, são apenas baseadas no provável cumprimento dos trinta anos de cadeia aos quais foi condenado. Mas, como bem sabemos, Lindemberg é primário e — no Brasil — isso concede a qualquer cidadão uma licença automática para matar. Não faltarão advogados interessados em defender os direitos humanos do pobre menino injustiçado e esmagado pela mídia, acenando com os inúmeros benefícios que o aguardam durante esses anos de reclusão faltantes. Lindemberg jamais cumprirá sequer a metade desses trinta anos de cadeia e não me surpreenderia se, daqui a dez anos (ou menos), ele estiver de volta às ruas perseguindo as famílias de suas novas vítimas.
O nobre leitor causídico, com vasta experiência no direito, refuta?
Ora! Para vocês cito o exemplo vivo do que são capazes nossas leis unidas a um bom advogado: Os assassinos da jovem atriz Daniela Perez foram condenados a dezenove anos e seis meses de prisão  também por homicídio triplamente qualificado  não amargaram seis anos de cadeia. Além disso, pouco depois de libertados, reconquistaram o status de “primariedade” renovando sua licença para matar; obrigando a mãe de sua vítima a realizar uma cruzada em prol de uma mudança na legislação.
Querem outro absurdo? Salvatore Cacciola. Fugiu e ficou anos na Itália curtindo a grana que roubou aqui. Foi capturado por acaso, num esquecimento fatal de sua parte, e poucos meses depois de encarcerado no presídio em Bangu, ganhou “progressão de regime”; ficando livre para fugir de novo quando quiser.
Em que outro lugar do planeta um réu que já se evadiu, tem vastos recursos para tal e é de difícil extradição ganharia novamente liberdade condicional ou qualquer benefício penal?
Devemos, uma vez por todas, acabar com essa falácia de que cadeia deve recuperar alguém e remodelar o caráter do preso. Cadeia é para punir e afastar facínoras e psicopatas perigosos do convívio com a sociedade.
Quem pode, em sã consciência alegar que um Fernandinho Beira-Mar, um Elias Maluco, um FB, um Champinha  perigosíssimo psicopata que estaria livre se não fosse uma manobra legal de um grupo de advogados e das famílias de suas vítimas  e tantos outros criminosos contumazes ou elementos que cometeram crimes violentos vão se recuperar e viver licitamente em sociedade?
Nem se ficassem internados em uma prisão Suíça meus caros. Em nosso meio há um número de indivíduos predestinados geneticamente a serem marginais da lei. A ciência comprova o fato de haver cerca de três a seis por cento de psicopatas na população mundial.
Se hoje somamos seis bilhões de pessoas no planeta, esses são números consideráveis. Portanto, são indivíduos irrecuperáveis e altamente perniciosos para a sociedade. Devendo ser eliminados ou internados em instituições penais por toda a vida ou até não serem mais capazes de oferecer qualquer risco a terceiros.
Compreender que a “justiça para inglês ver” e essas falsas sentenças judiciais, na verdade, premiam os criminosos transformando as famílias das vítimas e a sociedade em novos alvos para a sanha assassina desses criminosos. A isso se soma a péssima performance das polícias judiciárias (que não elucidam — ou mesmo investigam — noventa e cinco por cento dos crimes) sendo a fonte interminável de impunidade, mortandade e alimento do ciclo eterno de violência que experimentamos em nosso país.
Infelizmente, para mudar isso só com uma enorme pressão popular. Pois, os próprios legisladores, elaboram leis frágeis e criam benefícios penais dos mais diversos, justamente com medo de um dia virem a experimentar o longo braço da lei.
Felizmente para eles, hoje o braço da lei aqui no Brasil não é longo e muito menos forte.
Acabar com a impunidade e fazer o delinquente ter a certeza de que será apanhado e punido rápida e severamente é a única forma de diminuir a violência e levar nossa sociedade a um patamar de maior tranquilidade e mais liberdade para quem realmente a merece.
E você, o que pensa disso?
Fonte:  Visão Panorâmica
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ganhei Coragem

por Rubem Alves
"Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece", observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Albert Camus, ledor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora quando a coragem chega: "Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos". Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem. Vou dizer aquilo sobre que me calei: “O povo unido jamais será vencido“: é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política. Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo. Não sei se foi bom negócio: o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de televisão que o povo prefere.
A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos. Na Bíblia o povo e Deus andam sempre em direções opostas. Bastou que Moisés, líder, se distraísse, na montanha, para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um bezerro de ouro. Voltando das alturas Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os 10 mandamentos. 
E há estória do profeta Oséias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava! Mas ela tinha outras idéias. Amava a prostituição. Pulava de amante a amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão. Até que ela o abandonou. Passado muito tempo Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos... E que foi que viu? Viu a sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e disse: "Agora você será minha para sempre." Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus. Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta. Ele amava a prostituta. Mas sabia que ela não era confiável. O povo sempre preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhes contavam mentiras. As mentiras são doces. A verdade é amarga
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo dos romanos o circo era os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo. O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas. As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos.
Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro O Homem Moral e a Sociedade Imoral observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais. Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem. Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciada pelas emoções coletivas. Indivíduos que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo, tornam-se capazes dos atos mais cruéis. Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo. 
Meu amigo Lisâneas Maciel, no meio de uma campanha eleitoral, me dizia que estava difícil porque o outro candidato a deputado comprava os votos do povo por franguinhos da Sadia. E a democracia se faz com os votos do povo. Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade. É sobre esse pressuposto que se constrói o ideal da democracia. Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão. Quem decide as eleições — e a democracia — são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade. Uma coisa é o ideal democrático, que eu amo. Outra coisa são as práticas de engano pelas quais o povo é seduzido. O povo é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham. Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo. Jesus Cristo foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás. Durante a Revolução Cultural na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária. Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar. O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer. O mais famoso dos automóveis foi criado pelo governo alemão para o povo: o Volkswagen. Volk, em alemão, quer dizer "povo".
O povo unido jamais será vencido! Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos. Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio, não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol (tive a desgraça de viajar por duas vezes, de avião, com um time de futebol). Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e engolir sapos e a brincar de "boca-de-forno", à semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse acontecimento raro aconteça é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: "Caminhando e cantando e seguindo a canção." Isso é tarefa para os artistas e educadores: O povo que amo não é uma realidade. É uma esperança.
(Folha de S. Paulo, 05/05/2002)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Obsessão Antiamericana à la Façon du Brésil

La libertad, los europeos occidentales conocieron a partir de la entrada de los tanques Sherman en 1945 y de los dólares del Plan Marshall. Por segunda vez en el siglo, Europa Occidental era salvada de los europeos por los americanos.
(Armando Ribas, Entre Cowboys y Jacobinos)
Sim, vou falar da intervenção militar americana em outros países, de como eles invadiram a Europa em 1944 e o mal que fizeram aos franceses e demais europeus.
(Carlos Lacerda, a um repórter francês que lhe perguntara se ele iria falar da intervenção americana no Brasil em 1964)
por Heitor de Paola
Há algum tempo surgiu na internet, e foi fartamente distribuído, um e-mail sobre aviões americanos numa suposta ação na Amazônia, “espalhando sei lá o que para matar sei lá quem”, como escreveu um correspondente que entende do riscado. Prosseguindo:esse besteirol foi feito por gente que nem é capaz de perceber que não existe esse tipo de vegetação no Brasil, que ela é tipicamente americana. Só para explicar, esse avião é um mata mosquito do Aerial Spray Squadron, da USAF, a força aérea americana, e o que ele estava fazendo era o seu trabalho rotineiro de pulverização de inseticida para matar larvas de mosquito. Esse lugar das fotos especificamente é no delta do Rio Missouri, mas eles fazem isso em todas as regiões americanas aonde há necessidade desse tipo de trabalho. Se ao invés de criar esse tipo de hoax, os imbecis que fazem isso usassem o seu tempo e o seu esforço para dar uma força e muita moral para a FAB, a Força Aérea Brasileira, para que ela ganhasse equipamentos e recursos para também poder fazer isso nas regiões de risco do Brasil, essas epidemias de dengue e de outras doenças transmitidas por mosquitos, certamente se reduziriam bastante”.
Perguntas feitas por um racional oficial brasileiro na reserva: como seria o re-abastecimento da aeronave? Havia um porta-aviões fundeado no Solimões? Será que o SIVAM é tão incompetente assim que permitiria esse voo e ainda o fotografou e nada fez?
Talvez estivessem lá para filtrar a água dos rios e depois levar para os gringos. Pois esta é outra falácia nacionalisteira baseada nos mesmos estudos “científicos” que terrificam o mundo com a mentira do aquecimento global: a água potável está acabando no mundo e as “grandes potências” estão de olho nos riquíssimos aqüíferos Amazônico e Guarani. Como resultado do tal “aquecimento” os cariocas vêm tendo o verão mais ameno desde que aqui cheguei há 42 anos e a Europa está coberta de gelo, batendo recordes de temperaturas negativas! Dá para acreditar nestes caras?
Pois são os mesmos que criaram a mentira de que a água potável está acabando! E nossos nacionalistas acreditaram porque colocam o Brasil no alto do ranking mundial em alguma coisa que não seja carnaval ou futebol. Já perguntei, e fiquei sem resposta: o que as tais potências farão com nossa água? Mudar-se-ão todos para Manaus, Santarém, Foz do Iguaçu e Uruguaiana? Levarão a água de avião? Construirão um enorme aqueduto da Ilha de Marajó a Nova Iorque e Londres?
Lembram da explosão do foguete brasileiro lançado de uma base do nordeste? Pois é, não foi incompetência, mas havia um navio americano por perto. Pronto: os invejosos americanos que não sabem construir foguetes espaciais derrubaram o nosso. 
Provavelmente emitiram raios malvados para derrubar nossa pioneira missão espacial! Não estou brincando, assim foi interpretado mesmo!
O pior é que eu recebi estas maluquices de vários militares da reserva, das três armas, além de alguns civis, como se fosse verdade, num tom medroso e raivoso! Patriotismo, à custa de paranoia xenofóbica, é fascismo e honra Stalin, Hitler e Mussolini, nunca a Caxias, Deodoro e Eduardo Gomes. Muito menos a Castello Branco e Médici.
Segundo Revel[*], “o antiamericanismo repousa numa visão totalizante, senão totalitária, na qual se pode reconhecer a cegueira passional no sentido que deu Littré[**] a certas palavras: “imagem vã na qual acreditamos, por medo, por sonho, por loucura ou por superstição”. Quem faz isto acredita na ridícula tese de Celso Furtado, a de que os atentados de 11 de setembro teriam sido praticados pela direita dos EUA e nas declarações de Leonardo Boff ao jornal O Globo, de que "estava desolado por apenas um avião ter sido lançado sobre o Pentágono: ele teria desejado ver vinte e cinco”. Furtado e Boff não são companhias recomendáveis para bravos chefes militares que nos livraram dos comunistas em 64.
Littré deixou de mencionar a burrice, a imbecilidade, a idiotice e, principalmente a inveja! Sim, a inveja de quem sabe que basta um único porta-aviões da classe Nimitz para destruir no solo toda a FAB, no mar toda a Marinha Brasileira e quem quer que o Exército a eles oponha.
Senhores nacionalistas e patriotas, voltem suas armas para quem realmente corrói o poder de nossas FFAA: o conluio fascista tucano-petista, que faz corpo mole à compra de 12 míseros aviõezinhos para defender nosso imenso território e põe em banho-maria a construção do nosso primeiro submarino nuclear e o re-equipamento do Exército. 
O inimigo não está lá no Norte, mas entre nós. Parem de invejar o que os outros têm e tratem de fazer do nosso país uma Nação potente para enfrentar as reais ameaças que nos rondam, pois a inveja destrói muito mais ao invejoso do que ao invejado!
Artigo para publicação no Jornal Inconfidência, Belo Horizonte-MG
[*]   LObsession Anti-Américaine, 2002 
[**] Émile Littré, autor do Dictionnaire de la langue française, 1877

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A Receita Federal Avisa: o Leão Está Chegando!!

Brasil Vai Ceder Helicópteros Para Liberação de Reféns na Colômbia

17/02/2012 - 09h06
Brasília - O vice-ministro de Assuntos Políticos da Colômbia, Jorge Enrique Bedoya, anunciou que dois helicópteros brasileiros com uma tripulação de 15 pessoas serão utilizados na liberação de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Ainda não há uma data para a operação. O governo colombiano aguarda uma sinalização das FARC para poder organizar o resgate.
Bedoya fez o anúncio durante encontro preparatório para a reunião dos ministros da Defesa e Justiça da UNASUL, que acontece nos dias 3 e 4 de maio em Cartagena de Índias, Colômbia.
A participação do Brasil se dará apenas durante o processo de entrega dos reféns. O país não está autorizado pelo governo colombiano a fazer quaisquer gestões com as FARC.
Juan Manuel Santos também deixou claro que nenhum país ou organização poderá tratar de um processo de paz com a guerrilha. O presidente colombiano enfatizou que está é uma responsabilidade do seu governo.
Jorge Enrique Bedoya explicou ainda que a Colômbia quer a liberação dos reféns sem que haja um espetáculo midiático.
Além do Brasil, também o Comitê Internacional da Cruz Vermelha irá trabalhar na elaboração dos protocolos necessários para a liberação dos sequestrados.
Uma reunião entre integrantes do governo colombiano, da Cruz Vermelha e do Brasil, deverá ser realizada nos próximos dias para organizar a operação.
Fonte: InfoRel
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Mais uma Bolsa-votos para um Povo Sem Vergonha

Governo Institui a Bolsa Turismo
por Janer Cristaldo
O Brasil é sem dúvida um país riquíssimo. Tem os deputados mais caros do mundo, os magistrados mais bem-remunerados do Ocidente, financia o sustento dos bugres, os maiores latifundiários do país — que ainda não descobriram como cultivar suas terras —, financia generosamente bandoleiros que invadem fazendas produtivas e remunera regiamente os celerados que um dia tentaram transformar o Brasil numa republiqueta soviética. E ainda sobra grana para mais favores. 
Em 5 de outubro de 2011, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei que institui o Estatuto da Juventude e define um conjunto de direitos específicos para jovens entre 15 e 29 anos, como a meia-entrada em eventos artísticos e culturais. Atualmente, as leis que regem a meia-entrada são estaduais. A matéria, aprovada na forma de um substitutivo, foi enviada para análise do Senado. A autoria do projeto é a relatora da deputada comunista Manuela d’Ávila. Como hoje rock também é cultura, o projeto garante também meia-entrada para estes festivais de bate-estaca e drogas. 
Quando se pensa que a capacidade dos deputados de criar leis idiotas se exauriu, nunca falta quem os supere. Quarta-feira passada, dia 15, foi aprovado, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), o projeto de lei prevendo que jovens de 15 a 29 anos de baixa renda terão duas passagens gratuitas em todos os aviões, ônibus e barcos interestaduais que transitarem no País, além de duas passagens com desconto de 50%, se o benefício integral já tiver sido utilizado. Os jovens de 15 a 29 anos terão, ainda meia-entrada nos eventos culturais e esportivos financiados com dinheiro público e 40% de desconto nos eventos patrocinados pela iniciativa privada.
Você é jovem e cansou de puxar fumo nos festivais de rock em São Paulo? O governo garante passagens para você degustar novas ervas no Rio. Quem paga estas mordomias a nossos jovens? Adivinhe. Não é difícil.
Está instituída a bolsa-turismo. Antes privilégio de professores universitários que pretendiam doutorar-se no Exterior e de deputados e senadores “em missão”, agora são estendidas a “jovens” universitários em geral e “jovens” não-universitários. De iniciativa do governo de Lula, o estatuto tramitou sete anos na Câmara. No entender do senador Demóstenes Torres — leio no Estadão —, o estatuto é "totalmente demagógico", elaborado para atender à União Nacional dos Estudantes (UNE) e "outros movimentos que hoje estão perdidos, não têm bandeira alguma, não combatem o governo e não combatem a corrupção". Demóstenes tentou reduzir a idade dos jovens para 21 anos, mas o relator alegou que o teto da juventude, aos 29 anos, decorre de um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relator mentiu. Segundo a definição da ONU, os jovens constituem a faixa de idade compreendida entre 15 e 24 anos. Se formos adotar um critério nacional, a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios, a faixa é mais estrita, de 15 a 21 anos. O relator mentiu e o senador goiano sequer se deu ao trabalho de pesquisar. Caiu como um patinho na lorota do PT.
Temos agora, então, marmanjos de 29 anos considerados como jovens para efeitos de mordomias. Juventude, para mim, é um estado de espírito, e podemos ser jovens tanto aos 20, como aos 40 ou 60. Da mesma forma, há não pouca gente de 20 e poucos anos já irremediavelmente senis. Ocorre que a lei não pode definir estados de espírito. Precisa recorrer a critérios mais precisos. Nos dois projetos, os proponentes pretendem definir, de cambulhada, a idade legal dos jovens no Brasil.
Definir jovem como alguém entre 15 e 24 anos me parece sensato. A pessoa saiu da adolescência, teve tempo de fazer algum curso universitário ou preparar-se profissionalmente para algo. A partir daí, começa mesmo a vida. Se bem que, nos últimos anos, tenho visto a adolescência se prolongar até os 30 ou mais anos. Filhos que se encostam nos pais e pais que os sustentam até longa idade, eis a melhor fórmula para criar um inútil.
considerar jovem alguém entre 15 e 29 anos não passa de demagogia de político desonesto. Os autores de tais projetos, com olho em votos, estão distanciando os jovens da adultez. Que mais não seja, quem paga a fatura não são eles. Adulto, define o Houaiss, é aquele que se encontra na fase da vida posterior à juventude e anterior à velhice. Do ponto de vista jurídico, seria aquele que alcançou a maioridade, que chegou à idade em que a lei lhe concede capacidade para os atos da vida civil. Do ponto de vista psicológico, seria aquele que é emocional e intelectualmente maduro, que demonstra capacidade de agir, pensar ou realizar algo de maneira racional, equilibrada, sensata.
Tenho um conceito bastante pragmático do que é ser adulto, que não coincide com o dos dicionários. Adulto é aquele que já saiu do ninho paterno e provê seu sustento. O primeiro salário, por escasso que seja, já é um primeiro sinal de adultez. Pode até que nem supra as necessidades de um jovem, mas fá-lo sentir como é duro ganhar a vida. 
Há alguns anos, um leitor me dizia não ver sentido nem sabor algum na vida. Deduzi logo que se tratava de um jovem pendurado nos pais. Não deu outra. Só o trabalho dá sentido e sabor à vida. Após um dia exaustivo de trabalho, o singelo fato de chegar em casa, pôr chinelos, tomar um uísque, abraçar a mulher querida ou dedicar-se a algum lazer dileto é uma ante-sala do paraíso. E nada melhor que passar no caixa e receber seu salário no final de cada mês, por parco que seja.
Neste momento, terminou a adolescência. Entre nós, isto pode ocorrer até mesmo aos 15 anos. No caso dos soldados do tráfico, por exemplo, bem antes. Não consigo conceber como se possa chamar de adolescente um menino com um revólver na cintura e disposto a matar se for preciso. Por vias transversas, ele já chegou à adultez.
Já afirmei, em algum momento, que me senti adolescente até os 40 anos. Me senti adolescente, não que o fosse. Até os 40, viver foi sempre festa. Gostava dos ofícios que exercia, trabalhar para mim era lazer. Comecei a trabalhar com carteira assinada aos 22 anos. Antes disso, fiz muito bico para custear minhas universidades. Mas desde meu primeiro trabalho em jornal, me senti autônomo. Aos 40, justo no dia em que os comemorava com meus colegas em Madri, após um curso de aperfeiçoamento em espanhol, me descobri desempregado e com o nada pela frente. Naquele momento, senti que a festa havia acabado.
Todos os amigos e amigas de meu pequeno círculo, nessa idade, os 22, ou mesmo antes, eram donos de seu nariz. Houve quem começasse a trabalhar aos dezoito anos. Os projetos em tramitação no Legislativo prolongam prejudicialmente a adolescência e dependência, no caso, do Estado.
Mas, no ritmo em que vai o País, seus autores até que foram tímidos. Um jovem gaúcho, se quiser, poderá ter direito a fazer turismo na Amazônia sem pagar passagem. Já um nordestino que trabalha duro em São Paulo, por exemplo, terá de suar a camiseta para visitar os seus no Nordeste.
Precisamos de mais audácia de nossos legisladores. Por que não duas passagens grátis ao ano para o Exterior? Assim nossos jovens poderão ter essas experiências vitais na existência de qualquer pessoa, como conhecer Paris, Londres, Nova York, ilhas gregas ou canárias. Me parece muito tímido isso de restringir as viagens gratuitas de nossos jovens ao território nacional.
Mais dois ingressos anuais a um bom motel, com acompanhante, é claro. Quando o ministério da Educação propõe um kit gay nas escolas, seria interessante proporcionar aos marmanjos local confortável para suas práticas sexuais. Quando se tornarem adultos, isto é, lá pelos trinta anos, estarão aptos a prover seu sustento.
Acho que até falei demais. Considerada a fúria legiferante de nossos legisladores, não me espantaria que amanhã tais propostas estejam sendo examinadas no Congresso.
Fonte:   Janer Cristaldo
COMENTO:  como se já não bastasse a roubalheira representada pelos impostos e taxas surrupiados de quem efetivamente trabalha e produz alguma coisa "neçepaíz", os canalhas empoleirados no Puteiro Nacional,  também cognominado 'Congresso", não se preocupam em trazer algum benefício aos contribuintes idiotas que lhes sustentam. Pelo contrário, a preocupação dos canalhas é a de criar 'benefícios sociais' para angariar votos dos vagabundos a serem beneficiados. E os imbecis que são tungados já no contracheque e nas idas ao supermercado ficam sem poder defender-se. Até quando?