sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Contra o Estatuto do Desarmamento!

por Heródoto Barbeiro
A bancada da bala está ativa na Câmara dos Deputados.
Ela se aproveita da onda de insegurança em São Paulo e Florianópolis para exercer o lobby em favor da indústria armamentista brasileira. Eles querem derrubar o Estatuto do Desarmamento em vigor e liberar a compra e o porte de armas.
Vendem a falsa ilusão que se as pessoas estiverem armadas vão poder enfrentar os bandidos que agem nas ruas, ou que invadem casas. A bancada da bala quer que o porte de arma seja vitalício e aumenta de seis para nove o número de armas que uma pessoa pode possuir legalmente.
Se o estatuto cair, mais armas vão parar nas mãos dos bandidos, mais mortes no trânsito uma vez que motoristas vão dirigir armados e mais crianças vão morrer quando pegam revólveres dos pais para brincar.
Este é um cenário que no Congresso não tem mais representante de propostas, têm lobistas a serviços deste ou daquele interesse.
O Movimento Viva Brasil, que esteve recentemente no Jornal da Record News, estava lá defendendo a liberação.
COMENTO:  Não me parece que a denominada "bancada da bala" esteja se aproveitando da onda de insegurança que aflige não só São Paulo e Florianópolis, mas praticamente todo o país. É só verificar o que anda ocorrendo na Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, DF  [locais estranhamente poupados pela mídia  Será que as verbas governamentais de "comunicação social", cujos valores são vedados ao conhecimento dos "contribários" (contribuintes otários) teriam algo a ver com isso?]. Na realidade, os parlamentares que se opõem ao tal Estatuto do Desarmamento atendem ao clamor da grande maioria dos eleitores que, acreditando no processo legal-democrático decidiram em um plebiscito pela não proibição do comércio de armas no país. Vencemos  eu votei contra essa falácia de que as armas legais são responsáveis pela violência  mas não levamos. O governo, imoral e desonestamente não aceitou a derrota na votação e, efetivamente não proibiu o comércio, mas na prática quase inviabiliza a aquisição das mesmas com taxas e empecilhos burocráticos que beiram a imbecilidade. É óbvio que quem adquire uma arma deve ser apto ao seu uso e, principalmente, ser considerado cidadão idôneo. Por isso, a restrição na quantidade de munição a ser adquirida é um óbice à aptidão do cidadão correto que possui uma arma. Os altos impostos aliados à ganância dos comerciantes fazem com que a compra de munição se torne proibitiva. A "renovação" periódica do registro de armas, com a repetição do ritual burocrático e tarifário, é outra atitude governamental que agride os mínimos direitos civis, particularmente no aspecto financeiro. Por outro lado, é falso o argumento de que mais mortes ocorrerão no trânsito e nas casas por explosões de ira e descuido, respectivamente. A ira se manifesta de diversas formas e agressões podem ocorrer  e ocorrem  com "correntes de segurança", armas brancas, paus, ferramentas, etc. E descuidos acontecem mesmo com os mais pacíficos desarmamentistas  é só verificar as crianças infelizmente esquecidas em automóveis, que morrem em poços e piscinas, atingidas por choques elétricos, vasilhas com líquidos derramadas de fogões, atacadas por cães, e por aí vai.
É a minha opinião e aceito que posso estar errado, mas para me convencerem disso é necessária a apresentação de argumentos coerentes. Achismos por achismo, fico com o meu! Por fim, não me pareceu bom jornalismo o profissional citar a presença de representante do tal Movimento Viva Brasil em seu programa televisivo sem citar, mesmo resumidamente, os argumentos do entrevistado.
A propósito: não sou filiado a nenhum "movimento", partido político ou entidade armamentista. Sou somente um cidadão que quer ter a oportunidade de defender sua vida e a de seus familiares em caso de necessidade, já que o Estado que me extorque cotidianamente não me garante esse direito  à vida.
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