quarta-feira, 28 de março de 2012

Não é a Homofobia!

por Lenilton Morato
Um adolescente homossexual foi agredido na cidade gaúcha de Santo Ângelo. Imediatamente, os entendidos no assunto afirmam que é preciso que a escola trate do assunto homossexualidade com mais profundidade, a fim de que se possa evitar tal tipo de agressão. Ou seja, o adolescente ser agredido porque é gordo, magro, feio, judeu, cristão, usa aparelho, etc, pode! Mexeu com a questão gay ... bom, aí a coisa complica. Aí temos uma comoção enorme em defesa do homossexual. O gordinho que se f...
Esta notícia veio a meu conhecimento não pelas páginas dos jornais, mas pelo rádio, mais especificamente, pela Rádio Gaúcha. Na ocasião, foi noticiado que a professora deixou de reagir a tal agressão porque "a escola é uma democracia," e que nada poderia ser feito. Observem bem esta afirmação. Nela estão contidos os verdadeiros motivos que estão levando nossas crianças e adolescentes a terem comportamentos cada vez mais violentos e inconsequentes.
O primeiro ponto a se destacado da declaração da professora é a democracia. Costumou-se fundi-la à anarquia, ou seja, que por se tratar de um sistema aberto, tudo se pode fazer. Sob a bandeira democrática, movimentos criminosos como o MST podem prosperar e cometer crimes que passam impunes, pois estes delitos são transmutados em demonstrações de liberdade. Nada mais falso. Em qualquer sociedade as leis precisam ser respeitadas e cumpridas por todos os cidadãos que a compõem, seja um militante, seja uma pessoa comum. Chamar a democracia para justificar manifestações violentas é clara canalhice! Um sistema democrático não é um sistema sem leis onde tudo pode ser feito.
O segundo ponto que advém da afirmação da professora é a impotência da docente face a esta situação. Isso decorre da falta de autoridade que atinge todos os setores da vida brasileira. Os pais e professores estão cada vez mais amarrados e impedidos de educarem nossos adolescentes por uma série de legislações obscuras que retiram especialmente da família o direito de criarem seus filhos de acordo com suas crenças e valores. Ao mesmo tempo, impõe a professores uma atitude de submissão frente ao estudante.
Isto não vem de hoje. Em Viamão, na grande Porto Alegre, uma professora foi expulsa de seu colégio porque obrigou um aluno seu, que pichou a parede recém pintada da escola, a lavar a parede. E ela acabou pagando o pato. Percebem a inversão dos papéis entre educador e educando? Percebem quão sórdida e temerária é a educação do "novo mundo possível"? Não é de causar surpresa, pois, a atitude apática da professora. Se ela tivesse tomado uma atitude estaria sendo acusada de humilhar o estudante que estava agredindo o outro. Perdemos o senso do que é certo e errado.
Além destes dois pontos que ficam explícitos na fala da professora, um terceiro não pode ser ignorado, qual seja, o ataque constante e sistemático à religião cristã, especialmente a católica. Os valores perpetuados pelo cristianismo nos ensinam a amar aos outros como a nós mesmos e, a sua regra de ouro, a não fazer com os outros o que não gostaríamos que fizessem a nós. O problema é que um dos pontos do cristianismo e dos ensinamentos bíblicos é a condenação do comportamento homossexual. Mas em nenhuma missa, culto ou página da Bíblia está escrito que eles devam ser perseguidos e assassinados. No momento em que um cristão usa da violência contra os homossexuais ele está traindo sua fé, bem como quando o considera algo aceitável. O fato do homossexualismo ser considerado um pecado não significa que seus praticantes devam ser agredidos, muito pelo contrário. Jesus nunca exortou os pecadores, mas ofereceu-lhes o perdão. E aí entramos num paradoxo interessante: o cristianismo é atacado pelos movimentos gays de todos os lados e mesmo assim é onde os gays podem ficar mais seguros de que não serão vítimas de violência. É só compararmos com a religião islâmica por exemplo. Fosse lá, o pobre adolescente de Santo Ângelo seria apedrejado, porém de forma oficial.
Evidentemente, o ataque ao cristianismo, à família e à autoridade de professores e agentes da lei não tem reflexos somente na questão homossexual, mas em muitas outras. Desvios de comportamento sempre aconteceram ao longo da história e eram severamente punidos por pais e educadores, situação que hoje não acontece. A vítima dessa vez foi um homossexual. Amanhã pode ser um torcedor do Inter ou do Grêmio ou, ainda, o menino esquisito ou mesmo o CDF.
Não é a homofobia a responsável por comportamentos violentos que ficam impunes. É a corrupção moral da família e da religião que, por um processo de inversão de valores, distorce o que é certo e errado, o que pode ou não ser feito.
O problema é que temos hoje todo um aparato estatal que retira dos pais a responsabilidade pela educação de seus filhos, delegando-a para agentes do Estado (como os conselhos Tutelares) que estão a serviço de um partido e, consequentemente, de uma ideologia.
Estamos apenas colhendo o que foi semeado anos atrás por figuras da estirpe de uma Maria do Rosário por exemplo. E o resultado é este que se vê. Não é culpa da homofobia.

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